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Produção industrial cai 3,8% em agosto

04/10/2016 11h05 | Atualizado em 29/05/2017 11h08

 

Período
Produção Industrial
Agosto 2016 / Julho 2016
-3,8%
Agosto 2016 / Agosto 2015
-5,2%
Acumulado 2016
-8,2%
Acumulado 12 meses
-9,3%
Média Móvel Trimestral
-0,7%

A produção industrial caiu 3,8% em agosto de 2016 frente ao mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), interrompendo cinco meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, período em que acumulou expansão de 3,7%. Foi a queda mais intensa desde janeiro de 2012 (-4,9%) nesta comparação.

Já no confronto com agosto de 2015 (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou queda de 5,2% em agosto de 2016, trigésima taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde junho de 2015 (-2,6%).

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a Indústria registrou queda de 8,2%. Entretanto, houve ligeira redução na magnitude de queda frente ao resultado do primeiro semestre do ano (-9,1%).

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,3% em agosto de 2016, reduziu ligeiramente o ritmo de perda frente ao registrado em junho (-9,8%) e julho (-9,6%).

O setor industrial, em agosto de 2016, volta a mostrar um quadro de menor ritmo produtivo, com perfil disseminado de taxas negativas, já que três das quatro grandes categorias econômicas e 21 das 24 atividades apontaram redução na produção. Com o resultado desse mês, o total da indústria encontra-se 21,3% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.

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Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Agosto de 2016


Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Agosto 2016/ Julho 2016*
Agosto 2016/
Agosto 2015
Acumulado Janeiro-Agosto
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital
0,4
5,0
-15,9
-21,9
Bens Intermediários
-4,3
-6,9
-8,0
-8,3
Bens de Consumo
-1,6
-4,1
-6,5
-8,2
   Duráveis
-9,3
-12,4
-20,2
-23,0
   Semiduráveis e não Duráveis
-0,9
-1,9
-2,7
-4,1
Indústria Geral
-3,8
-5,2
-8,2
-9,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.
*Série com ajuste sazonal

Frente a julho, 21 dos 24 ramos investigados tiveram queda na produção

A redução de 3,8% da atividade industrial, na passagem de julho para agosto de 2016, teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 21 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-8,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,4%), com o primeiro eliminando o avanço de 1,9% verificado em julho; e o último apontando a segunda queda consecutiva e acumulando nesse período perda de 14,0%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (-1,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,9%), de metalurgia (-1,7%), de máquinas e equipamentos (-1,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%). Por outro lado, entre os dois ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que avançou 8,3%, eliminando, dessa forma, a queda de 7,3% verificada no mês anterior.

Entre as grandes categorias econômicas, na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (-9,3%) e bens intermediários (-4,3%) mostraram as reduções mais acentuadas em agosto de 2016, com o primeiro marcando a queda mais intensa desde junho de 2015 (-13,5%) e devolvendo parte do ganho de 12,0% acumulados entre maio e julho últimos; e o segundo além de apontar a redução mais elevada desde dezembro de 2008 (-11,3%), revertendo dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou avanço de 2,9%. Bens de consumo semi e não-duráveis (-0,9%) também registrou taxa negativa, em agosto de 2016, e assinalou perda de 3,2% em dois meses seguidos de queda na produção. Por outro lado, o segmento de bens de capital, com o acréscimo de 0,4%, mostrou o único resultado positivo nesse mês, após recuar 2,1% em julho último, quando interrompeu seis meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou avanço de 14,8%.

Indústria recua 5,2% na comparação com agosto de 2015

Na comparação com agosto de 2015, o setor industrial mostrou queda de 5,2% em agosto de 2016, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 26 ramos. Vale citar que agosto de 2016 (23 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (21). Entre as atividades, indústrias extrativas (-11,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-12,5%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; e óleos combustíveis, óleo diesel, álcool etílico e naftas para petroquímica, na última.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,0%), de produtos alimentícios (-2,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,0%), de produtos do fumo (-45,2%), de máquinas e equipamentos (-6,3%), de outros equipamentos de transporte (-14,0%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,3%). Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2015, entre as oito atividades que apontaram expansão na produção, as principais pressões foram registradas por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,1%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (7,0%) e outros produtos químicos (1,8%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-12,4%) e bens intermediários (-6,9%) assinalaram, em agosto de 2016, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,9%) também mostrou resultado negativo nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (-5,2%). Por outro lado, o segmento de bens de capital, com expansão de 5,0%, apontou a única taxa positiva.

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 12,4% no índice mensal de agosto de 2016, trigésimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas menos intenso do que o verificado no mês anterior (-15,9%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-19,7%), influenciado, em grande parte, por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-17,6%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-3,1%), enquanto os principais resultados positivos foram observados nos grupamentos de eletrodomésticos da “linha branca” (8,7%), de outros eletrodomésticos (11,4%) e de móveis (2,4%).

O setor produtor de bens intermediários, ao recuar 6,9% em agosto de 2016, assinalou a vigésima nona taxa negativa consecutiva no índice mensal e com queda mais intensa do que a observada no mês anterior (-4,8%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-11,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-14,1%), de máquinas e equipamentos (-25,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,2%), de produtos alimentícios (-5,5%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,8%), de metalurgia (-0,9%), de produtos de metal (-1,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-0,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,5%), enquanto as pressões positivas foram registradas por outros produtos químicos (2,0%) e produtos têxteis (4,1%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados observados nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-7,9%), que marcou o trigésimo recuo seguido na comparação com igual mês do ano anterior, e de embalagens (0,9%), que interrompeu dezenove meses de taxas negativas consecutivas.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,9% em agosto de 2016, quarta taxa negativa consecutiva, mas menos intensa do que a registrada no mês anterior (-6,4%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda observada no grupamento de carburantes (-8,8%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de álcool etílico. Os subsetores de não-duráveis (-2,0%) e de semiduráveis (-1,4%) também mostraram resultados negativos nesse mês.

O setor produtor de bens de capital, ao crescer 5,0% em agosto de 2016, interrompeu 29 meses de taxas negativas consecutivas no índice mensal. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo avanço observado na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a expansão vinda de bens de capital agrícola (21,9%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de máquinas para colheita, silos metálicos para cereais e tratores agrícolas. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para construção (17,4%), para equipamentos de transporte (1,9%) e para energia elétrica (11,5%), enquanto bens de capital para fins industriais (-10,7%) e de uso misto (-9,2%) apontaram os resultados negativos em agosto de 2016.

Índice acumulado em 2016 cai 8,2%

No índice acumulado para o período janeiro-agosto de 2016, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 8,2%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, indústrias extrativas, que recuou 13,1%, e veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; e automóveis, caminhões e autopeças, na segunda. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,5%), de máquinas e equipamentos (-14,4%), de metalurgia (-9,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,5%), de produtos de metal (-11,8%), de outros equipamentos de transporte (-21,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%) e de móveis (-13,4%).

Por outro lado, entre as quatro atividades que ampliaram a produção nos oito meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (1,7%), impulsionada, em grande parte, pelo avanço na fabricação de açúcar cristal e VHP.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-20,2%) e bens de capital (-15,9%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-20,7%) e de eletrodomésticos (-20,1%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,5%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-8,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,7%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado do ano, com o primeiro registrando recuo ligeiramente abaixo da magnitude observada na média nacional (-8,2%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.

 

Comunicação Social
4 de outubro de 2016