IPCA fica em 0,08% em setembro
07/10/2016 10h57 | Atualizado em 29/05/2017 10h59
Período | TAXA |
---|---|
SETEMBRO de 2016
|
0,08%
|
Agosto de 2016
|
0,44%
|
Setembro de 2015
|
0,54%
|
No ano 2016
|
5,51%
|
Acumulado nos 12 meses
|
8,48%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,08%, bem abaixo dos 0,44% de agosto, e constituiu-se no menor índice desde a taxa de 0,01% de julho de 2014. Em relação aos meses de setembro, não há registro de IPCA mais baixo desde 1998, quando ficou em -0,22%. Com esse resultado, o acumulado no ano situa-se em 5,51%, muito menos do que os 7,64% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, a taxa desceu para 8,48%, abaixo dos 8,97% relativos aos 12 7meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2015 o IPCA havia sido 0,54%. Clique aqui para acessar a publicação completa.
Em comparação com o mês anterior, dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice, apenas três mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços: habitação (de 0,30% em agosto para 0,63% em setembro), vestuário (de 0,15% para 0,43%) e comunicação (de -0,02% para 0,18%).
Grupo
|
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Agosto
|
Setembro
|
Agosto
|
Setembro
|
|
Índice Geral
|
0,44
|
0,08
|
0,44
|
0,08
|
Alimentação e Bebidas
|
0,30
|
-0,29
|
0,08
|
-0,07
|
Habitação
|
0,30
|
0,63
|
0,05
|
0,09
|
Artigos de Residência
|
0,36
|
-0,23
|
0,01
|
-0,01
|
Vestuário
|
0,15
|
0,43
|
0,01
|
0,02
|
Transportes
|
0,27
|
-0,10
|
0,05
|
-0,02
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,80
|
0,33
|
0,09
|
0,04
|
Despesas Pessoais
|
0,96
|
0,10
|
0,10
|
0,01
|
Educação
|
0,99
|
0,18
|
0,05
|
0,01
|
Comunicação
|
-0,02
|
0,18
|
0,00
|
0,01
|
O grupo dos alimentos, que acumulou alta de 9,11% de janeiro a agosto, apresentou a maior queda de grupo em setembro (-0,29%), levando o ano para 8,80%. Individualmente, as menores variações foram registradas nas regiões metropolitanas de Vitória (-0,98%), e Curitiba (-0,96%). Cinco das 13 regiões pesquisadas mostraram aumentos no resultado do grupo, sendo em Belém a taxa mais elevada (0,53%). Considerando os alimentos para consumo em casa, a queda foi de 0,60%, enquanto a alimentação fora de casa subiu 0,33%.
Grande parte dos itens pesquisados mostrou redução na taxa de crescimento ou queda nos preços de um mês para o outro. Os preços do leite, que subiam sistematicamente desde o início do ano, caíram 7,89%, gerando impacto de -0,10 ponto percentual (p.p.) no índice do mês, o mais expressivo impacto para baixo.
Item |
Variação (%)
|
Variação
Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|
Agosto
|
Setembro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Batata-inglesa
|
-8,00
|
-19,24
|
-8,43
|
7,85
|
Leite longa vida
|
2,52
|
-7,89
|
40,69
|
38,71
|
Alho
|
-5,10
|
-7,45
|
23,81
|
43,39
|
Cenoura
|
-5,67
|
-5,34
|
-15,56
|
-11,15
|
Feijão-carioca
|
-5,60
|
-4,61
|
125,67
|
149,68
|
Hortaliças
|
-8,81
|
-4,42
|
-3,60
|
6,04
|
Açaí
|
-5,53
|
-3,95
|
7,81
|
9,10
|
Feijão-preto
|
2,82
|
-3,77
|
82,75
|
87,00
|
Cebola
|
-18,46
|
-3,30
|
-39,03
|
-48,45
|
Ovos
|
-0,23
|
-2,52
|
12,38
|
17,14
|
Bolo
|
0,76
|
-2,01
|
7,98
|
13,63
|
Pão de forma
|
2,26
|
-1,61
|
11,03
|
18,08
|
Feijão-mulatinho
|
3,40
|
-1,45
|
123,38
|
134,66
|
Óleo de soja
|
-1,91
|
-1,03
|
4,82
|
15,37
|
Entre os alimentos em alta, o destaque ficou com o item carnes que, com participação de 2,70% no orçamento das famílias, teve aumento de 1,43%, gerando impacto de 0,04 p.p, o mais elevado no IPCA do mês.
Item
|
Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|
Agosto
|
Setembro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Leite condensado
|
10,23
|
8,26
|
51,60
|
53,01
|
Leite em pó
|
7,40
|
5,64
|
27,46
|
27,19
|
Farinha de mandioca
|
-0,34
|
3,40
|
40,68
|
47,36
|
Cafezinho
|
1,87
|
2,17
|
14,07
|
16,67
|
Chocolate e achocolatado em pó
|
0,73
|
2,00
|
14,35
|
15,00
|
Queijo
|
3,29
|
1,92
|
14,30
|
15,08
|
Café da manhã
|
2,87
|
1,63
|
11,26
|
13,44
|
Açúcar cristal
|
1,72
|
1,58
|
19,73
|
54,21
|
Café moído
|
2,46
|
1,55
|
15,53
|
21,73
|
Doces
|
0,05
|
1,48
|
5,62
|
7,42
|
Carnes
|
-0,86
|
1,43
|
-0,63
|
3,81
|
Frango inteiro
|
0,41
|
1,25
|
2,27
|
13,75
|
Arroz
|
2,92
|
1,13
|
15,64
|
25,79
|
Iogurte
|
1,21
|
1,12
|
12,76
|
12,10
|
Refrigerante
|
0,37
|
1,09
|
8,34
|
12,79
|
Outras bebidas alcoólicas
|
1,41
|
0,80
|
8,91
|
11,68
|
Cerveja
|
-0,40
|
0,76
|
3,91
|
11,34
|
Frutas
|
4,94
|
0,75
|
15,51
|
27,26
|
Açúcar refinado
|
1,85
|
0,69
|
22,30
|
55,42
|
Lanche fora
|
0,69
|
0,65
|
8,34
|
9,75
|
Artigos de residência (-0,23%) e transportes (-0,10%) também caíram. As passagens aéreas (-2,39%), osautomóveis usados (-1,50%) e a gasolina (-0,40%), foram as principais influências nos transportes. Nos artigos de residência, as influências em queda vieram de TV, som e informática (-1,15%) e mobiliário(-0,65%).
Do lado das altas, habitação (0,63%) atingiu o mais elevado resultado de grupo do mês. Isto veio da pressão do botijão de gás (3,92%), o mais elevado impacto individual no índice do mês, 0,04 p.p., assim como no item carnes. Exceto a região metropolitana de Belém, que mostrou queda de 1,46%, o preço do gás ficou mais caro em todas as regiões pesquisadas, indo de 0,64% em Belo Horizonte até 11,84% em Recife. Condomínio(0,91%) e mão de obra para pequenos reparos (0,87%) também se destacaram.
Outros itens que também pressionaram o IPCA do mês foram excursão (2,09%), alimento para animais(1,42%), calçados (1,23%), cabeleireiro (1,19%), plano de saúde (1,07%), ônibus intermunicipal (0,88%),empregado doméstico (0,87%), etanol (0,83%), emplacamento e licença (0,81%), manicure (0,69%) etelefone fixo (0,63%).
Quanto aos itens em queda, os demais destaques foram hotel (-6,53%) e cigarro (-3,32%).
Sobre os índices regionais, o maior foi o de Campo Grande (0,48%), onde sete dos nove grupos pesquisados apresentaram taxas superiores à média nacional. O menor índice foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,17%), sob influência da queda de 29,91% nas diárias dos hotéis, após alta de 111,23% em agosto, tendo em vista as Olimpíadas.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação (%)
|
Variação acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Agosto
|
Setembro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Campo Grande
|
1,51
|
0,18
|
0,48
|
5,76
|
9,39
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,54
|
0,43
|
7,13
|
10,87
|
Recife
|
5,05
|
-0,09
|
0,38
|
5,68
|
8,49
|
Belém
|
4,65
|
0,24
|
0,31
|
6,17
|
10,15
|
Brasília
|
2,80
|
0,25
|
0,22
|
3,80
|
7,05
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,37
|
0,19
|
6,33
|
9,10
|
Goiânia
|
3,59
|
0,29
|
0,18
|
5,14
|
8,78
|
Curitiba
|
7,79
|
0,24
|
0,14
|
4,15
|
7,16
|
São Paulo
|
30,67
|
0,55
|
0,06
|
5,25
|
8,13
|
Salvador
|
7,35
|
0,08
|
0,02
|
5,90
|
8,82
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
0,30
|
-0,06
|
5,82
|
7,99
|
Vitória
|
1,78
|
0,68
|
-0,16
|
4,31
|
7,00
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
1,00
|
-0,17
|
5,86
|
9,13
|
Brasil
|
100,00
|
0,44
|
0,08
|
5,51
|
8,48
|
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de agosto a 28 de setembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de julho a 30 de agosto de 2016 (base).
INPC varia 0,08% em setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,08% em setembro e ficou bem abaixo da taxa de 0,31% de agosto. Com este resultado, o acumulado no ano foi para 6,18%, bem menos do que os 8,24% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 9,15%, abaixo dos 9,62% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2015, o INPC registrou 0,51%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de -0,25% em setembro, enquanto, em agosto, a variação havia sido de 0,28%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,23% em setembro, abaixo da taxa de 0,32% de agosto.
Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,51%) e o menor, o da região metropolitana de Vitória (-0,23%).
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Agosto
|
Setembro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Fortaleza
|
6,61
|
0,58
|
0,51
|
7,38
|
11,24
|
Recife
|
7,17
|
-0,07
|
0,49
|
6,41
|
9,20
|
Campo Grande
|
1,64
|
0,16
|
0,43
|
5,85
|
9,83
|
Belém
|
7,03
|
0,23
|
0,31
|
6,55
|
10,54
|
Brasília
|
1,88
|
0,05
|
0,17
|
3,70
|
7,28
|
Salvador
|
10,67
|
0,06
|
0,16
|
6,83
|
9,73
|
Goiânia
|
4,15
|
0,25
|
0,14
|
5,52
|
9,38
|
Porto Alegre
|
7,38
|
0,28
|
0,06
|
6,58
|
9,27
|
Curitiba
|
7,29
|
0,26
|
0,01
|
4,35
|
7,26
|
São Paulo
|
24,24
|
0,46
|
-0,06
|
6,21
|
8,89
|
Belo Horizonte
|
10,60
|
0,25
|
-0,11
|
6,19
|
8,25
|
Rio de Janeiro
|
9,51
|
0,57
|
-0,14
|
6,32
|
9,61
|
Vitória
|
1,83
|
0,76
|
-0,23
|
5,19
|
7,56
|
Brasil
|
100,00
|
0,31
|
0,08
|
6,18
|
9,15
|
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de agosto a 28 de setembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de julho a 30 de agosto de 2016 (base).
Comunicação Social
7 de outubro de 2016