Em maio, IPCA-15 fica em 0,86%
20/05/2016 16h47 | Atualizado em 29/05/2017 10h16
Em maio, IPCA-15 fica em 0,86%
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 PERÍODO 
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 TAXA 
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|---|---|
| 
 Maio 
 | 
 0,86% 
 | 
| 
 Abril 
 | 
 0,51% 
 | 
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 Maio 2015 
 | 
 0,60% 
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 Acumulado no ano 
 | 
 4,21% 
 | 
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 Acumulado em 12 meses 
 | 
 9,62% 
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,86% em maio e ficou 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,51% de abril. Desde 1996, quando o IPCA-15 apresentou alta de 1,32% em maio, não havia registro de taxa mais elevada para os meses de maio. Mesmo com a aceleração do índice de um mês para o outro, o acumulado no ano está em 4,21%, abaixo dos 5,23% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 9,62%, mais do que os 9,34% a que havia atingido nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 a taxa havia sido 0,60%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Os alimentos, cujos preços aumentaram 1,03%, e os remédios, que subiram 6,50%, exerceram forte pressão sobre o IPCA-15. Juntos, contribuíram com 0,48 p.p. e foram responsáveis por mais da metade da taxa do mês, 56%.
No grupo alimentação e bebidas (1,03%), que deteve 0,27 p.p. do índice, produtos básicos na mesa das famílias continuaram em alta, com destaque para a batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%).
Nos remédios, os 6,50% em maio após os 2,64% de abril resultam em um aumento de preços de 9,31% nestes dois meses, reflexo do reajuste de 12,50% em vigor a partir do dia 1º de abril. No mês, o item remédios, com 0,21 p.p., deteve a maior contribuição individual. Com isto, saúde e cuidados pessoais foi para 2,54%, a mais elevada variação de grupo.
| Grupo | 
 Variação (%) 
 | 
 Impacto (p.p.) 
 | 
||
|---|---|---|---|---|
| 
 Abril 
 | 
 Maio 
 | 
 Abril 
 | 
 Maio 
 | 
|
| Índice Geral | 
 0,51 
 | 
 0,86 
 | 
 0,51 
 | 
 0,86 
 | 
| Alimentação e Bebidas | 
 1,35 
 | 
 1,03 
 | 
 0,34 
 | 
 0,27 
 | 
| Habitação | 
 -0,41 
 | 
 0,99 
 | 
 -0,06 
 | 
 0,15 
 | 
| Artigos de Residência | 
 0,28 
 | 
 0,55 
 | 
 0,01 
 | 
 0,02 
 | 
| Vestuário | 
 0,49 
 | 
 0,72 
 | 
 0,03 
 | 
 0,04 
 | 
| Transportes | 
 0,18 
 | 
 -0,30 
 | 
 0,03 
 | 
 -0,05 
 | 
| Saúde e Cuidados Pessoais | 
 1,32 
 | 
 2,54 
 | 
 0,15 
 | 
 0,28 
 | 
| Despesas Pessoais | 
 0,36 
 | 
 0,81 
 | 
 0,04 
 | 
 0,09 
 | 
| Educação | 
 0,15 
 | 
 0,29 
 | 
 0,01 
 | 
 0,01 
 | 
| Comunicação | 
 -0,96 
 | 
 1,26 
 | 
 -0,04 
 | 
 0,05 
 | 
A taxa de água e esgoto, item do grupo habitação (0,99%), também se destaca entre as principais contribuições, com 0,13 p.p., vindo logo após os remédios. A alta atingiu 9,03% no mês, sob pressão da variação de 35,93% na região metropolitana de São Paulo, expressando os efeitos do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, cancelado pela Deliberação n° 641 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), de 30 de março de 2016. Isso, aliado ao fim da concessão de bônus por redução e de ônus por aumento de consumo de água, que vinha sendo praticada pelo Programa, passou a vigorar, em 12 de maio, reajuste de 8,40% sobre o valor das tarifas.
Ainda na taxa de água e esgoto, foram incorporados aumentos nas regiões metropolitanas de Fortaleza (8,42%), reflexo de parte do reajuste de 11,96% em vigor desde 23 de abril; de Curitiba (5,53%), onde, em 1º de abril, ocorreu reajuste de 10,48%; de Recife (1,35%), refletindo um resíduo do reajuste de 10,69% que vigora desde 20 de março; e de Belo Horizonte (0,46%), mostrando uma pequena parte do reajuste de 13,90% em 13 de maio, que inclui, também, revisão na estrutura tarifária praticada pela empresa de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da região.
Entre os demais itens que pressionaram o índice do mês, os principais foram: cigarro (3,70%), telefonia celular (3,40%), automóvel usado (2,38%), TV, som e informática (2,38%), roupas de cama, mesa e banho (2,08%), leitura (1,85%), automóvel novo (1,11%), artigos de limpeza (1,10%), plano de saúde (1,06%), roupa feminina (1,05%), artigos de higiene pessoal (0,92%), mão de obra pequenos reparos (0,87%), empregado doméstico (0,87%), condomínio (0,81%), serviços médicos e dentários (0,79%) e roupa masculina (0,71%).
A respeito do cigarro, a alta de 3,70% refletiu reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, em todas as regiões pesquisadas a partir do dia 1º de maio, além de reduções em marcas comercializadas em Belo Horizonte, Curitiba e Goiânia. No caso da telefonia celular, a alta de 3,40% se deve a aumentos nas tarifas de determinada operadora no mês de abril.
Quanto aos itens que se apresentaram em queda no mês, os destaques foram as passagens aéreas, com -8,59%, e etanol, cujo preço do litro ficou 8,54% mais barato.
Sobre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Fortaleza, com 1,19 %, pressionado pela taxa de água e esgoto (8,42%), com reajuste de 11,96% em 23 de abril, e pela energia elétrica, com 6,86%, tendo em vista o reajuste de 12,97% no valor da tarifa em vigor desde 22 de abril, combinado com queda de 8,40% da parcela referente à taxa de Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Os menores índices foram os de Brasília (0,55%) e de Goiânia (0,58%).
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 Região 
 | 
 Peso Regional (%) 
 | 
 Variação Mensal (%) 
 | 
 Variação Acumulada (%) 
 | 
||
|---|---|---|---|---|---|
| 
 Abril 
 | 
 Maio 
 | 
 Ano 
 | 
 12 meses 
 | 
||
| Fortaleza | 
 3,49 
 | 
 0,74 
 | 
 1,19 
 | 
 5,21 
 | 
 10,95 
 | 
| Salvador | 
 7,35 
 | 
 0,08 
 | 
 1,13 
 | 
 4,75 
 | 
 9,97 
 | 
| Porto Alegre | 
 8,40 
 | 
 0,76 
 | 
 0,98 
 | 
 4,97 
 | 
 10,44 
 | 
| Rio de Janeiro | 
 12,46 
 | 
 0,30 
 | 
 0,90 
 | 
 4,13 
 | 
 9,25 
 | 
| Belém | 
 4,65 
 | 
 0,78 
 | 
 0,88 
 | 
 4,62 
 | 
 10,24 
 | 
| São Paulo | 
 31,68 
 | 
 0,59 
 | 
 0,88 
 | 
 4,16 
 | 
 9,73 
 | 
| Curitiba | 
 7,79 
 | 
 0,47 
 | 
 0,81 
 | 
 3,55 
 | 
 9,71 
 | 
| Recife | 
 5,05 
 | 
 0,30 
 | 
 0,72 
 | 
 4,21 
 | 
 9,63 
 | 
| Belo Horizonte | 
 11,23 
 | 
 0,66 
 | 
 0,70 
 | 
 4,05 
 | 
 8,37 
 | 
| Goiânia | 
 4,44 
 | 
 0,39 
 | 
 0,58 
 | 
 3,64 
 | 
 9,66 
 | 
| Brasília | 
 3,46 
 | 
 0,30 
 | 
 0,55 
 | 
 2,76 
 | 
 8,73 
 | 
| Brasil | 
 100,00 
 | 
 0,51 
 | 
 0,86 
 | 
 4,21 
 | 
 9,62 
 | 
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de março 13 de abril (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
20 de maio de 2016