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Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,90% em maio

28/06/2016 11h43 | Atualizado em 29/05/2017 10h16

 

MAIO 2016
0,90%
Abril 2016
-0,34%
Maio 2015
0,00%
Acumulado em 2016
-0,61%
Acumulado em 12 meses
5,61%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,90% em maio, acima dos -0,34% registrados no mês anterior. É o primeiro resultado positivo depois de três negativos consecutivos. Com isso, o acumulado no ano chegou a -0,61%, contra -1,49% em abril. O acumulado em 12 meses foi para 5,61%, acima dos 4,67% de abril. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.


Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e
Seções - Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/16
ABR/16
MAI/16
MAR/16
ABR/16
MAI/16
MAR/16
ABR/16
MAI/16
Indústria Geral
-1,20
-0,34
0,90
-1,15
-1,49
-0,61
5,26
4,67
5,61
B - Indústrias Extrativas
6,56
13,35
11,37
-9,23
2,88
14,58
-20,17
-6,57
7,86
C - Indústrias de Transformação
-1,38
-0,70
0,58
-0,92
-1,62
-1,04
6,14
5,04
5,53
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Em maio, os preços da indústria variaram, em média, 0,90%, quando comparados a abril/2016, número superior ao observado na comparação entre abril/2016 e março/16 (-0,34%). Em maio/2016, 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços. As quatro maiores variações observadas em maio/2016 se deram entre os produtos compreendidos nas indústrias extrativas (11,37%), farmacêutica (2,99%), alimentos (2,82%) e impressão (2,82%). Em termos de influência, sobressaíram alimentos (0,57 p.p.), indústrias extrativas (0,33 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,13 p.p.) e outros produtos químicos (0,09 p.p.).

O indicador acumulado no ano atingiu -0,61%, contra -1,49% em abril. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram indústrias extrativas (14,58%), outros produtos químicos (-8,19%), farmacêutica (6,90%) e impressão (6,73%). Os setores de maior influência foram outros produtos químicos (-0,88 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,68 p.p.), alimentos (0,62 p.p.) e indústrias extrativas (0,40 p.p.).

Ao comparar maio de 2016 com maio de 2015 (acumulado em doze meses), a variação de preços ocorrida foi de 5,61%, contra 4,67% em abril/2016. As quatro maiores variações ocorreram em alimentos (16,61%), fumo (14,24%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (13,62%) e impressão (12,99%). Neste indicador, os setores de maior influência foram alimentos (3,12 p.p.), veículos automotores (0,44 p.p.), metalurgia (-0,31 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,30 p.p.).

Já entre as grandes categorias econômicas, houve variação de -0,38% em bens de capital; 1,19% em bens intermediários; e 0,75% em bens de consumo, sendo que 0,49% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,83% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Em termos de influência, bens de capital contribuíram com -0,03 p.p., 0,66 p.p. de bens intermediários e 0,27 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,22 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano, as variações foram de -0,72% em bens de capital (com influência de -0,06 p.p.), -1,93% de bens intermediários (-1,10 p.p.) e 1,59% de bens de consumo (0,55 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,14 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,41 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa acumulada em 12 meses, a variação em bens de capital foi de 6,93% (0,60 p.p.); bens intermediários, 4,03% (2,29 p.p.); e bens de consumo, 7,87% (2,72 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,27 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 2,45 p.p.(tabelas 4 e 5; figura 5).


Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e
Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/16
ABR/16
MAI/16
MAR/16
ABR/16
MAI/16
MAR/16
ABR/16
MAI/16
Indústria Geral
-1,20
-0,34
0,90
-1,15
-1,49
-0,61
5,26
4,67
5,61
Bens de Capital (BK)
-0,98
-1,31
-0,38
0,98
-0,34
-0,72
8,13
7,73
6,93
Bens Intermediários (BI)
-1,80
-0,09
1,19
-3,00
-3,08
-1,93
3,10
2,36
4,03
Bens de consumo (BC)
-0,29
-0,50
0,75
1,34
0,83
1,59
8,09
7,73
7,87
Bens de consumo duráveis (BCD)
-0,07
-0,62
0,49
1,87
1,24
1,74
4,61
3,57
3,24
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)
-0,35
-0,46
0,83
1,18
0,71
1,54
9,21
9,07
9,36
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

11 das 24 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

Em maio, os preços da indústria variaram, em média, 0,90%, quando comparados a abril/2016, número superior ao observado na comparação entre abril/2016 e março/16 (-0,34%). Em maio/2016, 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços.

Indústrias extrativas: os preços das indústrias extrativas aumentaram pelo terceiro mês consecutivo, apresentando variação de 11,37% em maio. A variação mensal positiva dos preços teve a segunda maior influência (0,33 p.p.) sobre o indicador para a indústria em geral, ficando atrás apenas dos produtos alimentícios. Com a aceleração de preços observada a partir de abril, o setor acumulou, em maio, variação positiva de 14,58% no ano. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), observou-se variação de 7,86. Tal como observado em abril, a alta de preços das indústrias extrativas foi influenciada principalmente pelos preços internacionais do minério de ferro. A alta de preços mensal dos “óleos brutos de petróleo”, em consequência da política nacional adotada para o setor.

Alimentos: os preços do setor variaram em 2,82% em maio, maior resultado desde setembro de 2015 (5,47% e a maior variação positiva da série). Com esse resultado, o acumulado no ano alcançou 3,08% e, na comparação com maio de 2015, há uma variação positiva de 16,61% (a maior do ano). Ao analisar os produtos destacados, dois — “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, em período de entressafra, e “resíduos da extração de soja”, influenciado pelo preço internacional — aparecem tanto na lista de maiores variações quanto na de maiores influências. No caso das variações, o aumento dos preços de “alimentos à base de milho” e de “carnes de suínos frescas ou refrigeradas” estão em linha com o aumento do próprio milho. No caso dos produtos destacados em termos de influência, os quatro responderam por 2,29 p.p. (em 2,82%). Para o “açúcar refinado de cana”, o aumento está atrelado a um aumento do preço internacional, o que também ocorre no caso dos derivados de soja (“resíduos da extração de soja”), com o agravante, neste caso, de problemas climáticos que influenciaram a oferta argentina. O aumento de preços de “arroz descascado branqueado, parbolizado ou não” se justifica num ambiente com baixa disponibilidade do produto. A variação de preços no setor foi a terceira maior entre as atividades tanto das indústrias extrativas quanto de transformação e, por sua vez, foi a maior influência (0,57 p.p. em 0,90%). Nessa mesma linha, o setor aparece como destaque em todos os índices calculados, com exceção do acumulado no ano.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em maio, a variação dos preços do setor foi de -1,28% (sexto resultado negativo consecutivo), com o que, em 2016, a série acumulou variação de -6,53%, maior resultado negativo da série, que só teve resultados negativos, nesse mês do ano, em 2015 e 2016. Quando comparado aos preços do mesmo mês de 2015, os atuais estão 0,09% maiores que aqueles. A influência dos produtos “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, “querosenes de aviação” e “naftas” foi de -1,27 p.p. (em -1,28%) e apenas a variação nos preços da “nafta” foi positiva.

Outros produtos químicos: a indústria química variou 0,88% em relação a abril (revertendo a situação de três quedas seguidas de preços neste tipo de comparação), o que gerou uma variação acumulada no ano de -8,19% e de -0,04% nos últimos 12 meses. As principais variações, todas positivas, excetuando-se “estireno”, ocorreram em produtos que não fazem parte dos que apresentam maior peso no cálculo, o que não ocorre entre os de maior influência, onde apenas o “PEAD” não está nesta categoria; são eles “adubos e fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e “herbicidas para uso na agricultura”, este último com resultado negativo no mês. A amônia é o principal insumo para a obtenção dos fertilizantes nitrogenados e tem apresentado queda de preços nos últimos meses (inclusive é um dos destaques de variação acumulada no ano), o que explica, em parte, os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes à base de NPK” também no acumulado do ano e nos 12 meses. Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram 0,66 p.p. no resultado de 0,88%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com 0,22 p.p.

Metalurgia: houve uma variação positiva de 1,00% em maio, quebrando uma série de três quedas consecutivas. Desta forma, o setor acumulou alta de 0,08% no ano e, nos últimos 12 meses, queda de -4,00%. Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, aparecem três dos quatro produtos de maior peso na atividade: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”, com a maior variação positiva entre todos, “alumínio não ligado em formas brutas” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidas”. O único produto que não pertence ao grupo daqueles de maior peso é “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, que também foi destaque entre as maiores variações negativas no mês (refletindo os efeitos verificados com o cobre na Bolsa de Londres e o recuo do dólar frente ao real). Considerando as principais influências na análise de acumulado no ano e em 12 meses, apenas dois produtos são comuns: “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, com resultados negativos nos dois índices, e “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos”, com acumulado no ano positivo, porém negativo em 12 meses. “Alumínio não ligado em formas brutas” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” foram destaques nos resultados de 12 meses, sendo o primeiro de forma negativa e o segundo de forma positiva.

Veículos automotores: a variação média de preços do setor foi de 0,47% em maio, primeiro resultado positivo depois de três meses consecutivos. Com isso, o setor acumulou variação de 1,40%. Na comparação com maio de 2015, houve alta de 4,07%, a menor taxa neste tipo de comparação no ano. Três produtos (“faróis para veículos automotores”, “bombas injetoras para veículos automotores” e “motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões”) figuram tanto como destaque em termos de variação quanto em termos de influência. O quarto produto em influência é “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, o produto de maior peso no cálculo (aproximadamente 50%). Os quatro produtos tiveram influência de 0,38 p,p., sendo que apenas um teve influência negativa (“faróis para veículos automotores”).

Outros equipamentos de transporte: os preços do setor caíram 0,68% em relação a abril. Com isso, a atividade completou quatro meses seguidos de variações negativas, acumulando queda de 4,95% no ano. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, ocorreu variação positiva de 12,80%. O indicador acumulado em 12 meses da atividade teve, em termos absolutos, a quarta maior influência (0,30 p.p.) sobre o indicador da indústria em geral.

 

Comunicação Social
28 de junho de 2016