Em dezembro, setor de serviços cresce 0,6% e fecha o ano em -5,0%
15/02/2017 09h52 | Atualizado em 26/05/2017 11h20
Período | Volume | Receita Nominal |
---|---|---|
Dezembro 2016 / Novembro 2016
|
0,6%
|
0,5%
|
Dezembro 2016 / Dezembro 2015
|
-5,7%
|
-1,5%
|
Acumulado em 2016
|
-5,0%
|
-0,1%
|
Acumulado em 12 meses
|
-5,0%
|
-0,1%
|
O volume do setor de serviços apresentou, no mês de dezembro, crescimento de 0,6% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, após ter registrado alta de 0,2% em novembro e recuo de 2,3% em outubro. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor registrou queda de 5,7%, a maior para o mês de dezembro nessa comparação desde o início da série em 2012. A taxa acumulada no ano de 2016 ficou em -5,0%. A receita nominal registrou variação de 0,5%, em dezembro frente a novembro, na série com ajuste sazonal, e na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 1,5%. A taxa acumulada da receita no ano de 2016 ficou em -0,1%. A publicação completa da PMS pode ser acessada aqui.
Tabela 1
Indicadores de Serviços com Ajuste Sazonal, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Dezembro 2016
Atividades | Taxa de Variação Mês/Mês Anterior (%) | |||||
---|---|---|---|---|---|---|
Variação de Volume | Variação de Receita Nominal |
|||||
Out
|
Nov
|
Dez
|
Out
|
Nov
|
Dez
|
|
Brasil |
-2,3
|
0,2
|
0,6
|
-1,3
|
0,2
|
0,5
|
1 - Serviços prestados às famílias |
0,1
|
0,1
|
2,0
|
-1,2
|
-0,4
|
2,0
|
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação |
0,5
|
0,1
|
2,3
|
-1,0
|
-0,1
|
1,0
|
1.2 - Outros serviços prestados às famílias |
-2,1
|
-0,7
|
1,4
|
-1,6
|
-0,4
|
3,2
|
2 - Serviços de informação e comunicação |
-2,1
|
-0,6
|
-1,7
|
-2,2
|
0,3
|
-2,9
|
2.1 - Serviços TIC |
-1,6
|
-0,9
|
-1,6
|
-2,2
|
-1,6
|
-2,5
|
2.11 - Telecomunicações |
-1,3
|
-0,8
|
-0,8
|
-1,4
|
-0,8
|
-0,9
|
2.12 - Serviços de tecnologia da informação |
-4,5
|
-1,8
|
-5,9
|
-6,6
|
0,8
|
-6,6
|
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias |
-4,0
|
5,0
|
0,3
|
-2,6
|
5,8
|
1,7
|
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-1,9
|
0,6
|
-1,3
|
-1,1
|
1,2
|
-1,3
|
3.1 - Serviços técnico-profissionais |
-5,4
|
4,7
|
0,8
|
-6,2
|
4,7
|
0,4
|
3.2 - Serviços administrativos e complementares |
-0,4
|
0,7
|
-2,9
|
0,5
|
-0,2
|
-1,9
|
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-2,0
|
2,3
|
0,4
|
-2,3
|
2,0
|
2,2
|
4.1 - Transporte terrestre |
-3,5
|
2,1
|
3,2
|
-5,3
|
3,2
|
6,9
|
4.2 - Transporte aquaviário |
-3,8
|
1,8
|
-0,9
|
-3,4
|
1,0
|
-0,6
|
4.3 - Transporte aéreo |
0,7
|
3,7
|
4,9
|
2,3
|
2,7
|
-0,4
|
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-3,3
|
1,2
|
0,3
|
-1,0
|
1,2
|
0,5
|
5 - Outros serviços |
-0,5
|
3,3
|
-1,2
|
-0,4
|
3,4
|
0,5
|
Atividades turísticas |
-1,1
|
0,5
|
3,1
|
-0,5
|
0,6
|
1,0
|
Tabela 2
Indicadores de Volume dos Serviços sem Ajuste Sazonal, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Dezembro 2016
Atividades | Taxa de Variação (%) | ||||
---|---|---|---|---|---|
Mês/Igual Mês do Ano Anterior | Acumulado | ||||
Out
|
Nov
|
Dez
|
No Ano
|
12 Meses
|
|
Brasil |
-7,6
|
-4,6
|
-5,7
|
-5,0
|
-5,0
|
1 - Serviços prestados às famílias |
-6,8
|
-5,6
|
-1,5
|
-4,4
|
-4,4
|
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação |
-6,3
|
-4,9
|
-2,0
|
-4,6
|
-4,6
|
1.2 - Outros serviços prestados às famílias |
-9,6
|
-9,9
|
1,3
|
-2,9
|
-2,9
|
2 - Serviços de informação e comunicação |
-4,4
|
-3,0
|
-6,5
|
-3,2
|
-3,2
|
2.1 - Serviços TIC |
-2,9
|
-2,2
|
-6,1
|
-2,6
|
-2,6
|
2.11 - Telecomunicações |
-4,4
|
-4,0
|
-5,6
|
-3,4
|
-3,4
|
2.12 - Serviços de tecnologia da informação |
2,7
|
4,2
|
-7,6
|
0,1
|
0,1
|
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias |
-14,0
|
-8,3
|
-9,2
|
-7,1
|
-7,1
|
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-5,7
|
-3,6
|
-4,9
|
-5,5
|
-5,5
|
3.1 - Serviços técnico-profissionais |
-18,4
|
-14,3
|
-9,2
|
-11,4
|
-11,4
|
3.2 - Serviços administrativos e complementares |
-1,5
|
0,2
|
-3,3
|
-3,6
|
-3,6
|
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-13,3
|
-7,9
|
-7,2
|
-7,6
|
-7,6
|
4.1 - Transporte terrestre |
-15,7
|
-10,4
|
-8,9
|
-10,4
|
-10,4
|
4.2 - Transporte aquaviário |
-22,4
|
-21,3
|
-21,5
|
-9,5
|
-9,5
|
4.3 - Transporte aéreo |
-4,1
|
0,4
|
7,0
|
1,3
|
1,3
|
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-10,5
|
-3,7
|
-5,4
|
-4,9
|
-4,9
|
5 - Outros serviços |
-4,5
|
-0,3
|
0,6
|
-2,8
|
-2,8
|
Atividades turísticas |
-4,7
|
-2,6
|
0,7
|
-2,6
|
-2,6
|
No que concerne aos resultados por atividade, na série livre de influências sazonais, os segmentos de Serviços prestados às famílias apresentaram crescimento de 2,0%, bem como Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 0,4%. Apresentaram recuos os segmentos de Serviços de informação e comunicação (-1,7%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%) e Outros Serviços (-1,2). O agregado especial das Atividades turísticas apresentou crescimento de 3,1%, na comparação com o mês imediatamente anterior.
Em termos de composição da taxa global de volume, sem ajuste sazonal, as contribuições dos segmentos foram as seguintes: Serviços de informação e comunicação, com -2,6 pp; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com -2,1 pp; Serviços profissionais, administrativos e complementares, com -0,9 pp; Serviços prestados às famílias, com -0,1 pp e Outros serviços, com 0,0 pp.
Serviços registram queda de 2,8% no 4º trimestre em relação ao 3º trimestre
Os resultados de volume do setor de serviços para o 4º trimestre de 2016 apontam para um recuo de 2,8% em relação ao 3º trimestre, na série livre de influências sazonais, revertendo a seqüência de retrações menores observadas nos trimestres anteriores. Em termos trimestrais, os resultados desse último trimestre representam a maior retração do setor, na série iniciada em 2012.
O recuo de 3,8% registrado no segmento de Serviços de Informação e Comunicação, segmento que representa 35,7% do setor de serviços, contribuiu de forma mais expressiva para a retração observada no setor como um todo. Nesse aspecto, destacam-se as retrações de 3,2% em Telecomunicações, 4,2% em Serviços de tecnologia da Informação e 5,5% em Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o recuo situou-se em 6,0%, sendo que a queda de 9,5% do segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio foi a mais expressiva, seguida das quedas de 4,7% registradas nos Serviços de Informação e Comunicação e nos Serviços profissionais, administrativos e complementares.
Serviços recuaram 2,5% no segundo semestre de 2016
Os resultados do segundo semestre apontam para um recuo de 2,5% em relação ao primeiro semestre, na série livre de influências sazonais, ligeiramente menor em comparação aos recuos observados no primeiro semestre e no segundo semestre de 2015. Na comparação com o segundo semestre de 2015, o recuou situou-se em 5,2%, com destaque também para o segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com queda de 9,2%.
Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-7,6%)
tiveram a maior queda no acumulado de 2016
Os resultados acumulados no ano evidenciam a acentuada retração das atividades de serviços em 2016, no qual o segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio acumulou a maior queda, com -7,6%, com destaque para o Transporte terrestre, com -10,4%. Nesse aspecto, é importante ressaltar a forte dependência do Transporte de cargas (rodoviário, ferroviário e dutoviário) em relação ao setor industrial, maior demandante deste serviço, tanto para o consumo de matérias-primas, como para a distribuição da produção. Dessa forma a recuperação dessa atividade vai depender da recuperação do setor industrial.
O segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares também se destacou por apresentar retração de 5,5% em 2016, com destaque para os Serviços técnico-profissionais, com queda de 11,4%. Essas atividades, que abrangem serviços intensivos em conhecimento, tais como: serviços jurídicos, contábeis, de auditoria, consultoria empresarial, serviços de engenharia e arquitetura, publicidade e propaganda, etc., dependem da demanda de outros setores institucionais, como indústria, comércio e governos, que restringiram seus gastos e investimentos em 2016, afetando sobremaneira seus resultados.
A variação acumulada dos Serviços de Informação e Comunicação situou-se no patamar de -3,2%, observando-se que os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, registraram a queda mais acentuada (-7,1%). O segmento de Serviços de tecnologia da informação manteve a sequencia de resultados acumulados positivos, muito embora a variação em 2016 tenha se situado em um patamar inferior ao observado nos anos anteriores.
Os Serviços prestados às famílias, com uma variação acumulada de -4,4% em 2016, dependem fundamentalmente da recuperação do poder de compra das famílias para retomar seu crescimento.
Bahia (-3,9%) registrou maior queda nos serviços, em dezembro frente a novembro
No que se refere aos resultados regionais do setor de serviços em dezembro, com ajuste sazonal, as maiores variações positivas de volume, em relação à novembro, foram registradas no Espírito Santo (4,4%), Ceará (4,3%) e Amazonas (3,4%). As maiores variações negativas foram observadas na Bahia (-3,9%), Paraíba (-3,8%) e Acre (-3,5).
Quanto aos resultados sem ajuste sazonal, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, todas as Unidades da Federação apresentaram variações negativas, sendo que as maiores variações foram registradas em Mato Grosso (-33,1%), Rondônia (-19,6%) e Tocantins (-18,5%).
São Paulo (6,6%) apresentou maior alta nas atividades Turísticas
Em termos regionais, analisando-se os resultados de volume, na série livre de influências sazonais das Atividades turísticas, segundo as Unidades da Federação selecionadas, as variações positivas, por ordem de variação, foram as seguintes: São Paulo (6,6%), Rio Grande do Sul (3,2%), Goiás (2,4%), Rio de Janeiro (1,4%), Distrito Federal (0,8%), Minas Gerais (0,2%) e Bahia (0,1%). As variações negativas foram registradas no Ceará (-7,6%), Santa Catarina (-3,5%), Espírito Santo (-3,4%), Paraná (-2,3%) e Pernambuco (-0,9%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior sem ajuste sazonal, as variações positivas foram as seguintes: Goiás (13,9%), Pernambuco (8,2%), São Paulo (7,3%) e Rio Grande do Sul (1,4%). As variações negativas foram as seguintes: Distrito Federal (-13,6%), Ceará (-10,9%), Rio de Janeiro (-7,3%), Espírito Santo (-5,8%), Minas Gerais (-5,2%), Bahia (-2,4%), Paraná (-2,0%) e Santa Catarina (-1,5%).
Comunicação Social
15 de fevereiro de 2017