IPCA fica em 0,38% em janeiro
08/02/2017 09h20 | Atualizado em 29/05/2017 10h16
Período | TAXA |
---|---|
JANEIRO de 2017
|
0,38%
|
Dezembro de 2016
|
0,30%
|
Janeiro de 2016
|
1,27%
|
No ano 2017
|
0,38%
|
Acumulado nos 12 meses
|
5,35%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro variou 0,38%, superando os 0,30% de dezembro em 0,08 ponto percentual (p.p.). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de janeiro na série histórica iniciada em dezembro de 1979. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 5,35%, ficando abaixo dos 6,29% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2016 a taxa foi 1,27%. Clique aqui para acessar a publicação completa.
As tarifas dos ônibus urbanos, que subiram 2,84%, lideraram o ranking dos principais impactos individuais, com 0,07 p.p.. Importante na despesa do consumidor, os ônibus urbanos têm expressiva participação de 2,61% na formação do IPCA. Com isto, o grupo transportes apresentou a mais elevada variação de grupo.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | Dezembro | Janeiro | |
Índice Geral |
0,30
|
0,38
|
0,30
|
0,38
|
Alimentação e Bebidas |
0,08
|
0,35
|
0,02
|
0,09
|
Habitação |
-0,59
|
0,17
|
-0,09
|
0,03
|
Artigos de Residência |
-0,31
|
-0,10
|
-0,01
|
0,00
|
Vestuário |
0,32
|
-0,36
|
0,02
|
-0,02
|
Transportes |
1,11
|
0,77
|
0,20
|
0,14
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,49
|
0,55
|
0,05
|
0,06
|
Despesas Pessoais |
1,01
|
0,45
|
0,11
|
0,05
|
Educação |
0,07
|
0,29
|
0,00
|
0,01
|
Comunicação |
0,02
|
0,63
|
0,00
|
0,02
|
Das 13 regiões pesquisadas, as tarifas dos ônibus urbanos ficaram mais caras em oito, especialmente em Brasília (14,75%) e Vitória (15,19%). Em Brasília, o reajuste de 25% vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e retornou à tarifa anterior por decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A partir do dia 28 de janeiro o reajuste de 25,00% voltou a ser aplicado.
Ônibus urbano
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Fortaleza
|
9,09
|
16,36
|
14/01
|
Salvador
|
8,50
|
9,09
|
02/01
|
Belo Horizonte
|
8,38
|
9,40
|
03/01
|
Brasília
|
14,75
|
25,00
|
02/01
|
Belém
|
5,56
|
14,81
|
19/01
|
Campo Grande
|
6,61
|
8,61
|
22/12
|
Recife
|
6,92
|
14,28
|
15/01
|
Vitória
|
15,19
|
16,60
|
01/01
|
Ocorreu reajuste, também, nas tarifas dos ônibus intermunicipais em quatro regiões. Na região metropolitana de São Paulo, o reajuste de 6,65% concedido pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) aos ônibus intermunicipais vigorou de 08 a 11 de janeiro, com suspensão a partir do dia 12. Tal reajuste não voltou a ser aplicado no período de referência do índice.
Ônibus intermunicipal
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Belo Horizonte
|
8,15
|
9,46
|
01/01
|
Salvador
|
5,43
|
8,42
|
26/12
|
São Paulo
|
1,22
|
6,65
|
08/01
|
Rio de Janeiro
|
6,84
|
12,00
|
14/01
|
Os combustíveis (1,28%) também pressionaram as despesas com transporte, já que o litro do etanol subiu 3,10%, com destaque para Campo Grande (6,12%), enquanto o litro da gasolina subiu 0,84%. Mesmo assim, transporte, apesar da variação de grupo mais elevada, apresentou forte desaceleração na taxa de crescimento de preços de dezembro para janeiro, ao passar de 1,11% para 0,77%. Isto se deve, principalmente, às passagens aéreas, que passaram de 26,29% em dezembro para -7,36% em janeiro.
Por outro lado, os grupos alimentação e bebidas, que foram de 0,08% para 0,35%, e habitação, de -0,59% para 0,17%, mostraram significativa aceleração, contribuindo para elevar o IPCA de um mês para o outro. No primeiro, a alimentação consumida fora de casa passou de 0,33% para 0,69%, sendo que os alimentos para consumo em casa foram de -0,05% para 0,17%.
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
12 meses (%) |
|
---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
||
Cenoura |
0,30
|
7,98
|
-35,26
|
Óleo de soja |
6,17
|
7,66
|
18,29
|
Farinha de mandioca |
1,60
|
5,51
|
44,09
|
Bolo |
0,19
|
3,34
|
9,22
|
Hortaliças |
1,04
|
3,32
|
-8,88
|
Açaí |
-3,47
|
2,76
|
-0,55
|
Margarina |
0,48
|
2,40
|
11,11
|
Pescado |
2,84
|
2,39
|
8,27
|
Chocolate em barra e bombom |
-1,80
|
2,05
|
20,00
|
Atomatado |
0,75
|
1,41
|
7,86
|
Café moído |
1,33
|
1,40
|
19,86
|
Cerveja fora |
0,46
|
1,24
|
5,41
|
Iogurte |
1,01
|
1,15
|
16,58
|
Chocolate e achocolatado em pó |
-0,10
|
1,11
|
13,60
|
Carnes industrializadas |
0,73
|
1,01
|
6,50
|
Pão doce |
0,82
|
0,91
|
6,86
|
Lanche fora |
0,92
|
0,76
|
10,70
|
Açúcar refinado |
1,14
|
0,71
|
16,05
|
Refeição fora |
-0,12
|
0,68
|
5,07
|
Leite longa vida |
-3,97
|
0,66
|
11,77
|
Pão francês |
-0,07
|
0,65
|
4,60
|
Nos alimentos, alguns ficaram bem mais baratos, a exemplo do feijão-carioca (-13,58%), enquanto outros, como o óleo de soja (7,66%), subiram.
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
12 meses (%) |
|
---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
||
Feijão-carioca |
-13,77
|
-13,58
|
17,95
|
Batata-inglesa |
-16,12
|
-8,48
|
-43,41
|
Tomate |
-2,04
|
-5,83
|
-46,59
|
Feijão-preto |
-0,25
|
-3,75
|
66,03
|
Cerveja |
0,81
|
-1,38
|
5,79
|
Cebola |
4,98
|
-1,13
|
-48,56
|
Leite em pó |
-1,36
|
-1,06
|
24,50
|
Farinha de trigo |
-1,70
|
-0,86
|
1,56
|
Queijo |
-1,05
|
-0,70
|
10,87
|
Frango em pedaços |
0,32
|
-0,66
|
4,01
|
No grupo habitação, a queda nas contas de energia elétrica foi menos intensa. Em dezembro, as contas ficaram 3,70% mais baratas, o principal impacto para baixo. Isto devido ao fim da cobrança do adicional de R$1,50 referente à bandeira amarela. Em janeiro, a queda foi de 0,60% e se deve à redução do PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas. Do lado das altas, destaca-se, em habitação, a taxa de água e esgoto, cuja variação de 0,61% se refere a Campo Grande (7,37%), onde ocorreu reajuste de 8,42% em 03 de janeiro, e ao Rio de Janeiro (5,12%), com reajuste de 7,13% em primeiro de janeiro.
Nos demais grupos sobressaem, em alta, os seguintes itens: excursão (2,51%), leitura (2,27%) e telefone celular (1,67%).
Os artigos de residência (-0,10%) e de vestuário (-0,36%) foram os dois grupos que apresentaram queda no índice do mês.
Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o de Brasília (0,72%), onde o item ônibus urbano apresentou alta de 14,75% refletindo o reajuste de 25,00% que vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e voltou a ser cobrado em 28 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de Porto Alegre (0,18%).
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada 12 meses (%) |
|
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
|||
Brasília |
2,80
|
1,12
|
0,72
|
5,41
|
Vitória |
1,78
|
0,63
|
0,69
|
4,63
|
Salvador |
7,35
|
0,32
|
0,67
|
5,64
|
Belo Horizonte |
10,86
|
0,24
|
0,64
|
6,02
|
Fortaleza |
3,49
|
0,60
|
0,62
|
7,45
|
Campo Grande |
1,51
|
0,70
|
0,56
|
6,65
|
Rio de Janeiro |
12,06
|
0,25
|
0,40
|
4,84
|
Belém |
4,65
|
0,20
|
0,37
|
6,05
|
Recife |
5,05
|
0,43
|
0,32
|
6,05
|
Curitiba |
7,79
|
0,14
|
0,31
|
4,01
|
São Paulo |
30,67
|
0,35
|
0,23
|
5,22
|
Goiânia |
3,59
|
0,05
|
0,20
|
4,22
|
Porto Alegre |
8,40
|
-0,04
|
0,18
|
5,49
|
Brasil |
100,00
|
0,30
|
0,38
|
5,35
|
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (base).
INPC varia 0,42% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,42% em janeiro e ficou acima da taxa de 0,14% de dezembro em 0,28 p.p.. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 5,44%, ficando abaixo dos 6,58% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2016 o INPC registrou 1,51%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,35% em janeiro, enquanto, no mês anterior, registraram 0,05%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,45%, bem acima da taxa de 0,18% de dezembro.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Brasília (1,08%), onde o item ônibus urbanoapresentou alta de 14,75%, refletindo o reajuste de 25,00% que vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e voltou a ser cobrado em 28 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de São Paulo (0,07%).
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada 12 meses (%) |
|
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
|||
Brasília | 1,88 | 0,87 | 1,08 | 5,18 |
Salvador | 10,67 | 0,20 | 0,88 | 6,14 |
Vitória | 1,83 | 0,39 | 0,81 | 4,66 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,09 | 0,73 | 5,72 |
Fortaleza | 6,61 | 0,51 | 0,67 | 7,64 |
Belém | 7,03 | 0,06 | 0,57 | 6,22 |
Campo Grande | 1,64 | 0,52 | 0,57 | 6,27 |
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,07 | 0,53 | 4,32 |
Recife | 7,17 | 0,50 | 0,38 | 6,57 |
Curitiba | 7,29 | -0,15 | 0,23 | 3,78 |
Porto Alegre | 7,38 | -0,12 | 0,10 | 5,38 |
Goiânia | 4,15 | -0,03 | 0,08 | 4,08 |
São Paulo | 24,24 | 0,14 | 0,07 | 5,11 |
Brasil | 100,00 | 0,14 | 0,42 | 5,44 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (base).