Pnad 2013: Internet pelo celular é utilizada em mais da metade dos domicílios que acessam a Rede
29/04/2015 17h40 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Pnad 2013: Internet pelo celular é utilizada em mais da metade dos domicílios que acessam a Rede
A Pnad 2013 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) constatou que 49,4% da população de 10 anos ou mais de idade (85,6 milhões de pessoas) tinham se conectado à Internet e 48,0% (31,2 milhões) dos domicílios possuíam acesso à Internet. O microcomputador foi o principal meio de acesso à Internet nos domicílios (88,4%), mas o acesso via telefone móvel celular estava presente em 53,6% dos domicílios, enquanto o tabletem 17,2% deles. A banda larga estava presente em 97,7% (30,5 milhões) dos domicílios com Internet, sendo que 77,1% (24,1 milhões) conectavam-se em banda larga fixa e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel.
A utilização da Internet era mais frequente entre os jovens de 15 a 17 anos (75,7%) e crescia com a escolaridade, variando de 5,4%, na população sem instrução ou com menos de um ano de estudo, até 89,8%, entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo. A proporção de pessoas que acessavam era crescente conforme a renda, ultrapassando os 50% a partir da classe de um a dois salários mínimos.
Nos 63,3 milhões de domicílios com televisão (97,2% do total), foram contabilizados 103,3 milhões de aparelhos, sendo 38,4% (39,7 milhões) de tela fina e 61,6% (63,7 milhões) de tubo. Entre os domicílios com televisão, 31,2% recebiam sinal digital de TV aberta, enquanto a antena parabólica, estava presente em 38,4% dos domicílios com televisão, com maior proporção nas áreas rurais (78,3%) e nos domicílios com menor renda (48,8% dos domicílios sem rendimento a ¼ do salário mínimo). Já a TV por assinatura era mais comum nas áreas urbanas (33,2%), com maior renda (74,9% dos domicílios com mais de cinco salários mínimos).
Em 2013, quase um quarto da população brasileira (24,8%) não tinha telefone celular, embora o percentual de pessoas com celular tenha avançado 131,4%, desde 2005. A ausência do celular foi observada, geralmente, entre as pessoas com os menores rendimentos (50,9% na faixa de rendimento per capita até ¼ do salário mínimo), baixa escolaridade (60,2% das pessoas sem instrução ou com menos de 1 ano de estudo) , trabalhadores agrícolas (48,9%).
Essas e outras informações integram o suplemento Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, da Pnad 2013, realizado em convênio com o Ministério das Comunicações. Nesta terceira edição do suplemento, foram investigados, pela primeira vez, o número e o tipo de televisores (tela fina ou tubo) por domicílio, a recepção do sinal digital de televisão aberta, televisão por assinatura e antena parabólica, além dos equipamentos utilizados para acessar a Internet (celular, tablet, computador, TV ou outro equipamento eletrônico) e o tipo de conexão utilizada (sinal de rede celular - 3G ou 4G; discada e/ou banda larga). Todos os resultados desse suplemento da PNAD 2013 estão disponíveis no linkhttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/acessoainternet2013/default.shtm
No Brasil, 85,6 milhões de pessoas acessaram a Internet em 2013
Em 2013, 85,6 milhões de pessoas de dez anos ou mais (49,4%) utilizaram a Internet através de diversos equipamentos (microcomputador, telefone móvel celular, tablet e outros), pelo menos uma vez, nos três meses que antecederam à data de referência da pesquisa. Quando se considera a utilização por meio de microcomputador, este contingente foi de 78,3 milhões de pessoas (45,3%). Em 2013, 7,2 milhões de pessoas (4,1%) acessaram a Internet apenas por meio de outros dispositivos, sendo que na região Norte, esse percentual foi de 8,7% (1,2 milhão de pessoas).
Em 2013, 53,6% dos domicílios se conectaram à Internet pelo celular
Em relação aos domicílios, 48,0% deles (31,2 milhões) tinham acesso à Internet, sendo que, dos domicílios com acesso à Internet, 42,4% (13,2 milhões) acessavam somente através do microcomputador e 3,6 milhões (11,6%) apenas por outros equipamentos. O microcomputador foi o principal meio de acesso à Internet, utilizado em 88,4% dos domicílios com acesso. O telefone celular foi declarado por 53,6% e 17,2% disseram usar otablet. A região Norte apresentou o maior percentual de domicílios que utilizavam o telefone móvel para o acesso à Internet (75,4%), superando o acesso através do microcomputador (64,8%).
O acesso à Internet feito exclusivamente pelo telefone móvel celular ou tablet superou o microcomputador em Sergipe (28,9% por telefone celular/tablet versus 19,3% por computador), Pará (41,2% versus 17,3%), Roraima (32,0% versus 17,2%), Amapá (43,0% versus 11,9%) e Amazonas (39,6% versus 11,1%), embora a utilização do microcomputador como único equipamento para o acesso à Internet tenha prevalecido na maioria das unidades da federação. Rondônia apresentou o maior percentual de acesso exclusivo via microcomputador (61,1%), enquanto que Santa Catarina teve a menor proporção de acesso exclusivo através de telefone móvel celular ou tablet (5,0%). Observa-se, ainda, que 7,1 milhões (10,8% do total) de domicílios possuíam tablet, sendo que mais da metade (3,9 milhões) estava no Sudeste e 278 mil no Norte, representando, respectivamente, 13,8% e 5,9% dos domicílios das regiões.
Na região Norte, 73,5% dos domicílios se conectavam via banda larga móvel
Em 2013, apenas 2,3% (725 mil) dos domicílios com Internet possuíam exclusivamente a conexão discada. A banda larga estava presente em 97,7% (30,5 milhões), sendo que, destes, 77,1% (24,1 milhões) conectavam-se em banda larga fixa e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel. Em 23,0% (7,2 milhões) dos domicílios existiam as duas modalidades de conexão.
Na região Norte, a conexão através de banda larga móvel atingia 73,5% dos domicílios, contra 47,1% que se conectavam via banda larga fixa. Nas demais grandes regiões, a conexão pela rede fixa ultrapassava a móvel. No Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, a rede móvel era superior a 80%, enquanto no Distrito Federal, Santa Catarina, São Paulo e Paraná, a rede fixa atingia esse patamar.
68,0% dos estudantes da rede pública acessaram a Internet em 2013
A análise por distribuição etária mostrou que, em 2013, a utilização da Internet ainda é mais frequente dentre os mais jovens: a maior proporção foi alcançada pelo grupo de 15 a 17 anos (75,7%). Em todas as faixas compreendidas entre 10 a 39 anos, o uso da Internet ultrapassava 50%, e os percentuais decresciam com o aumento da idade, chegando a 12,6% entre as pessoas de 60 anos ou mais. Já a observação por sexo mostrou que não havia diferença significativa na utilização da Internet por homens (49,3%) e mulheres (49,5%).
Os estudantes representavam 32,4% (27,8 milhões) dos usuários da Internet. Do total de estudantes da rede pública (28,0 milhões), 68,0% (19,1 milhões) utilizavam a Internet. Já na rede privada, dos 9,0 milhões de estudantes, 96,3% (8,7 milhões) utilizavam a Internet. Embora 67,6% (57,8 milhões) dos usuários da Internet fossem não estudantes, sua utilização mostrou relação direta com os anos de estudo, indicando proporções crescentes entre os mais escolarizados, indo de 5,4% na população sem instrução e menos de 1 ano de estudo até 89,8% entre os com 15 anos ou mais de estudo.
Mais da metade (55,6%) das pessoas com renda de 1 a 2 salários
mínimos utilizaram a Internet
A Pnad constatou que a proporção de pessoas que utilizavam a Internet é crescente conforme a classe de rendimento domiciliar per capita, indo de 23,9% na classe dos sem rendimento a ¼ do salário mínimo até 89,9% na classe de mais de dez salários mínimos. A partir da classe um a dois salários mínimos per capita, os percentuais foram acima de 50%.
Já a análise por situação de ocupação revelou que mais da metade (53,8%) dos ocupados utilizavam a Internet, enquanto entre os não ocupados a proporção foi de 43,9%. Segundo os grupamentos ocupacionais, os profissionais das ciências e das artes apresentaram o maior percentual de utilização (91,3%). Pelos grupamentos de atividade, os ocupados em atividades agrícolas (11,4%), serviços domésticos (28,3%) e construção (34,6%) foram os que menos utilizaram a Internet.
Em 2013, 31,2% dos domicílios com televisão recebiam sinal digital
Em 2013, o Brasil tinha 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes, dos quais 63,3 milhões (97,2%) possuíam televisão. Foram contabilizados 103,3 milhões de aparelhos de televisão, sendo 38,4% (39,7 milhões) de tela fina e 61,6% (63,7 milhões) de tubo.
A recepção do sinal de televisão por antena parabólica estava presente em 38,4% (24,3 milhões) dos domicílios com televisão, a televisão por assinatura chegava a 29,5% (18,7 milhões) e o sinal digital de televisão aberta estava em 31,2% (19,7 milhões) dos domicílios. Do total dos domicílios com televisão, 28,5% (18,1 milhões) não possuíam nenhum desses recursos, ou seja, recebiam apenas o sinal analógico, sendo que a região Norte (34,3%) apresentou o maior percentual de domicílios nesta situação e a região Sul (26,2%), o menor.
Observou-se, ainda, que 35,4% dos domicílios com televisão não possuíam recepção de sinal digital de televisão aberta, mas contavam com pelo menos uma modalidade alternativa de acesso a transmissões: 25,5% tinham somente recepção de sinal de televisão por antena parabólica, 7,5% tinham somente televisão por assinatura e 2,4% tinham antena parabólica e televisão por assinatura.
Televisão por assinatura predominava nas áreas urbanas, enquanto antena parabólica era mais comum em áreas rurais
Na região Sudeste (40,1% ou 11,2 milhões) e nas áreas urbanas (33,2% ou 18,2 milhões) estavam as maiores proporções de acesso à televisão por assinatura. Vale destacar que a televisão por assinatura predominava nos domicílios com maiores rendimentos domiciliares per capita, estando presente em 74,9% dos domicílios cujo rendimento era maior que cinco salários mínimos. Já a proporção de domicílios com antena parabólica era maior nas áreas rurais (78,3% ou 6,7 milhões) e dentre os domicílios com menores rendimentos, estando presente em 48,8% dos domicílios sem rendimento a ¼ do salário mínimo. Esse tipo de acesso foi maior no Nordeste (50,7% ou 8,3 milhões).
Centro-Oeste registrou o maior acesso ao celular e Nordeste o menor
As estimativas da PNAD 2013 mostram que o contingente de pessoas de 10 anos ou mais de idade que tinham telefone móvel celular para uso pessoal era de 130,2 milhões, o que correspondia a 75,2% da população brasileira nesta faixa de idade. Em relação ao ano de 2005, o contingente aumentou em 131,4% (73,9 milhões de pessoas), enquanto que em relação a 2008, o aumento foi de 49,4% (43,0 milhões de pessoas).
O Centro-Oeste (83,8%) registrou, em 2013, a maior proporção de acesso ao telefone móvel celular, seguido pelas regiões Sul (79,8%) e Sudeste (79,5%). Apesar de possuírem as menores proporções de pessoas com telefone móvel celular para uso pessoal no total da população, na comparação 2005/2013, as regiões Norte (de 26,4% para 66,7%) e Nordeste (23,9% para 66,1%) foram aquelas com maiores crescimentos de acesso.
O Distrito Federal (89,4%) foi a unidade da federação com maior percentual de pessoas que tinham celular para uso pessoal, em 2013, seguido por Mato Grosso do Sul (83,5%) e Goiás (83,4%). Houve menores percentuais de acesso no Maranhão (52,3%) e Piauí (62,6%). Na comparação 2005/2013, as unidades da federação com maior aumento da posse de celular foram Tocantins (de 27,0% para 74,6%), Paraíba (de 26,2% para 73,0%), Bahia (de 21,2% para 67,0%), Piauí (de 16,8% para 62,6%) e Roraima (de 24,6% para 69,6%).
A posse de telefone móvel celular era maior entre as mulheres (75,9%), do que entre os homens (74,4%), em 2013. Mas no Sudeste (79,8%) e Sul (80,2%), a proporção de homens com telefone celular era maior que a de mulheres (79,2% e 79,3% respectivamente). A Pnad 2013 mostrou que a posse de celular cresce em todas as faixas de idade a partir de 10 a 14 anos (49,9%), atingindo a maior proporção no grupo de idade de 25 a 29 anos (87,3%), a partir do qual cai entre os idosos de 60 anos ou mais de idade (51,6%).
Pnad 2013 revelou que quanto maior escolaridade é maior o percentual de telefone móvel celular
Em 2013, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal era maior entre os não estudantes (76,6%), do que entre os estudantes (69,9%). Mas enquanto na rede privada de ensino, o percentual de estudantes com celular era de 92,8%, na rede pública esta proporção era de 62,6%. A Pnad mostrou, também, que entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo, o percentual passou de 8,4%, em 2005, para 39,8%, em 2013.
Os maiores crescimentos no período ocorreram entre aqueles com 4 a 7 anos de estudo (de 26,8 para 67,4) e entre aqueles com 8 a 10 anos de estudo (de 43,5% para 83,7%). Na faixa de 11 a 14 anos de estudo, o percentual, em 2013, era de 92,2%, e entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo, esta proporção alcançava 96,3%.
Mulheres ocupadas tinham proporção maior de celular que homens ocupados
Entre as pessoas economicamente ativas (ocupados e desocupados), a proporção de celulares passou de 43,8%, em 2005, para 84,6%, em 2013. Entre as pessoas não economicamente ativas, o percentual daquelas que tinham celular era de 24,3%, em 2005, passando para 38,0%, em 2008, e 61,2% em 2013. Entre as pessoas ocupadas, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade que tinham telefone móvel celular para uso pessoal era de 84,6% (81,8 milhões de pessoas). Entre aqueles não ocupados, este percentual era de 63,3% (48,4 milhões de pessoas). A posse de telefone móvel celular, em 2013, era maior para as mulheres ocupadas (87,3%) de que para os homens ocupados (82,6%).
A posse de telefone móvel celular se diferencia conforme a posição na ocupação e a categoria de emprego dos ocupados. Enquanto 95,1% dos empregadores e 94,5% dos militares e funcionários públicos estatutários tinham celular, em 2013, 78,8% dos trabalhadores por conta própria e 54,3% dos trabalhadores não remunerados possuíam telefone móvel celular no mesmo período. Quando foram considerados o grupo que reúne empregados e trabalhadores domésticos, a diferença de posse de celular entre aqueles com carteira de trabalho assinada (92,9%) e aqueles sem carteira (80,5%) era de 12,4 pontos percentuais. Em termos regionais, a posse de telefone móvel celular entre os trabalhadores por conta própria variou de 65,9% (região Norte) a 88,1% (região Centro-Oeste) e entre os trabalhadores não remunerados, de 33,6%, na região Norte, a 81,5% na região Centro-Oeste.
Segundo o grupamento de atividade, o celular estava mais presente na Educação, saúde e serviços sociais (94,7%), Administração Pública (93,7%), Outros serviços coletivos, sociais e pessoais (93,3%), seguido por Serviços domésticos (83,1%) e Construção (82,4%). E tinha menor proporção no grupamento Agrícola (51,1%).
A análise do percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular, segundo as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, mostrou que a posse do celular crescia à medida que o nível de rendimento aumenta. Assim, enquanto entre as pessoas sem rendimento ou com rendimento de até ¼ do salário mínimo, 49,1% tinham celular, em 2013, esta proporção era de 95,7% entre as pessoas com rendimento domiciliar per capita acima de 10 salários mínimos.
Comunicação Social
29 de abril de 2015