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Em fevereiro, vendas no varejo variam -0,1%

14/04/2015 16h48 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

Em fevereiro, vendas no varejo variam -0,1%

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Fevereiro/Janeiro
-0,1
0,7
-1,1
-0,2
Média móvel trimestral
-0,7
-0,2
-1,9
-1,3
Fevereiro 2015 / Fevereiro 2014
-3,1
3,6
-10,3
-4,2
Acumulado 2015
-1,2
5,0
-7,5
-1,7
Acumulado 12 meses
0,9
7,2
-3,8
1,9

Em fevereiro, o comércio varejista do país registrou variação de –0,1% no volume de vendas e de 0,7% para a receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, tal resultado volta a ser negativo, após o crescimento de 0,3% em janeiro. Já para a receita nominal, trata-se do segundo mês consecutivo de crescimento. Em termos de variação da média móvel, para o volume de vendas a variação foi de -0,7%, enquanto a receita apresentou taxa de –0,2%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, variação de -3,1% sobre fevereiro de 2014, -1,2% no acumulado do bimestre e 0,9% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 3,6%, 5,0% e de 7,2%, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Entre as dez atividades, três registraram variação positiva

Nos resultados de fevereiro sobre o mês anterior, três das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. As taxas foram de: 1,8% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 1,0% em Livros, jornais, revistas e papelaria; 0,8% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -0,2% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -0,7% para Tecidos, vestuário e calçados e Material de construção; -1,3% para Móveis e eletrodomésticos e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; -3,5% em Veículos e motos, partes e peças; e -5,3% para Combustíveis e lubrificantes.

Já na relação fevereiro de 2015 contra fevereiro de 2014 (série sem ajuste), cinco das oito atividades do varejo obtiveram resultados negativos no volume de vendas. Por ordem de contribuição à taxa global negativa, os resultados foram os seguintes: -10,4% para Móveis e eletrodomésticos; -10,4% para Combustíveis e lubrificantes; -1,8% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -7,3% para Tecidos, vestuário e calçados; e -5,3% para Livros, jornais, revistas e papelaria. As atividades que exerceram impactos positivos na composição do resultado do varejo foram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,2%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 8,4%.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Fevereiro 2015
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
DEZ
JAN
FEV
DEZ
JAN
FEV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-2,4
0,3
-0,1
0,3
0,5
-3,1
-1,2
0,9
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,8
-1,0
-5,3
2,0
-0,2
-10,4
-5,2
0,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,1
0,4
-0,2
-0,9
0,2
-1,8
-0,8
0,3
2.1 - Super e hipermercados
-0,2
0,2
0,2
-0,8
0,3
-1,4
-0,6
0,3
3 - Tecidos, vest. e calçados
-7,1
1,4
-0,7
-3,4
-0,7
-7,3
-3,8
-2,2
4 - Móveis e eletrodomésticos
-9,3
1,9
-1,3
-3,4
-3,4
-10,4
-6,5
-1,6
4.1 - Móveis
-
-
-
-4,9
-11,5
-11,0
-11,2
-2,7
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-2,8
0,3
-10,1
-4,3
-1,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-1,1
1,5
0,8
8,0
5,0
3,2
4,1
7,5
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-7,9
13,5
-1,3
7,2
21,0
8,4
14,5
0,3
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-9,1
-0,3
1,0
-9,3
-9,9
-5,3
-7,9
-9,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-3,5
-0,2
1,8
7,2
4,5
3,0
3,8
6,5
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***)
-4,3
-0,2
-1,1
-2,2
-4,9
-10,3
-7,5
-3,8
9 - Veículos e motos, partes e peças
-9,7
-1,3
-3,5
-8,6
-16,3
-23,7
-19,8
-12,8
10- Material de Construção
1,3
-1,8
-0,7
1,0
-2,8
-13,0
-7,8
-2,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(2) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Móveis e eletrodomésticos, com variação de -10,4% no volume de vendas em relação a fevereiro do ano passado, registrou o maior impacto negativo na formação da taxa do varejo. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas de crescimento foram: -6,5% e -1,6%, respectivamente. Tal comportamento pode ser atribuído à retirada gradual dos incentivos (redução do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI) direcionados à linha branca somado ao menor ritmo de crescimento do crédito.

Combustíveis e lubrificantes, registrou variação de -10,4% no volume de vendas, em relação a fevereiro de 2014, respondendo pela segunda maior contribuição negativa à taxa global do varejo. A taxa de crescimento acumulada no bimestre, -5,2% e a dos últimos 12 meses, 0,2%, reflete o comportamento do crescimento dos preços de combustíveis acima da média, com 10,2% de variação em 12 meses, contra os 7,7% do índice geral, segundo o IPCA.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -1,8% no volume de vendas em fevereiro sobre igual mês do ano anterior, foi a terceira contribuição negativa na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. O crescimento acima da média dos preços de alimentação no domicílio (8,6% de variação no acumulado de 12 meses contra 7,7% do índice geral, segundo o IPCA) somado ao menor poder de compra da população, influenciou este desempenho.

Tecidos, vestuário e calçados, responsável pela quarta maior participação negativa na composição do índice geral do varejo, apresentou taxa de variação de -7,3% com relação a igual mês do ano anterior, de -3,8% no acumulado no ano e de -2,2% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação (variações respectivamente de 2,9% e 7,7% no acumulado dos últimos 12 meses, até fevereiro, segundo o IPCA), esta atividade vem apresentando desempenho negativo e inferiores à média geral do comércio varejista.

Livros, jornais, revistas e papelaria, papelaria representou a quinta contribuição negativa ao resultado total do varejo, registrando variação no volume de vendas de -5,3% sobre fevereiro de 2014, e taxa acumulada de -7,9% no bimestre e de -9,1% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, foi responsável pela maior influência positiva na formação da taxa do varejo, com variação de 3,0% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2014. Para os dois primeiros meses do ano, a variação acumulada foi de 3,8% e para os últimos 12 meses, de 6,5%. Este resultado positivo, em um cenário de queda de ritmo de crescimento de crédito e de massa de salários, é influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a segunda participação positiva na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 3,2% na relação fevereiro 2015/fevereiro 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 4,1% e 7,5%, respectivamente. O desempenho setorial favorável desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação neste mês, com aumento de 8,4% no volume de vendas em comparação a fevereiro de 2014, registrou a terceira maior participação positiva na formação da taxa global do varejo. Os resultados em termos acumulados, variação de 14,5% no ano e de 0,3% nos últimos 12 meses, pode ser explicado pelo comportamento dos preços do principal produto que compõe a atividade.

Varejo ampliado variou -1,1% em fevereiro

O Comércio Varejista Ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou variação sobre o mês anterior, com ajuste sazonal, de -1,1% para o volume de vendas, sendo o terceiro mês consecutivo negativo, e de -0,2 para a receita nominal de vendas, que volta a ser negativa. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o resultado foi de -10,3% para o volume de vendas e de -4,2% na receita nominal de vendas. No que tange às taxas acumuladas, as variações foram de -7,5% no ano e de -3,8% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -1,7% e 1,9% para a receita nominal, respectivamente. Esse comportamento ocorre em função do desempenho negativo de Veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -23,7%, acumulando no ano de -19,8% e em 12 meses taxa de -12,8%. A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários. Vale destacar ainda que, neste ano, o carnaval foi em fevereiro, fazendo com que houvesse menos dias úteis em relação ao ano passado.

O segmento de Material de construção apresentou variação, no volume de vendas, de -13,0% na comparação com o fevereiro de 2014, de -7,8% no acumulado no bimestre e de -2,8 nos últimos 12 meses. Este resultado abaixo da média reflete as expectativas sobre o quadro macroeconômico, atrelado ao menor número de lançamentos no mercado imobiliário residencial e comercial, além do menor número de dias úteis em fevereiro.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - Fevereiro 2015
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
      Taxa Global
-3,1
-3,1
-10,3
-10,3
1 - Combustíveis e lubrificantes
-10,4
-1,1
-10,4
-0,7
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-1,8
-0,9
-1,8
-0,6
3 - Tecidos, vest. e calçados
-7,3
-0,5
-7,3
-0,3
4 - Móveis e eletrodomésticos
-10,4
-1,3
-10,4
-0,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
3,2
0,2
3,2
0,1
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
8,4
0,1
8,4
0,1
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-5,3
-0,1
-5,3
0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
3,0
0,3
3,0
0,2
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-23,7
-7,1
10- Material de Construção
-
-
-13,0
-1,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composiçaõ da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Resultados foram negativos em 20 estados na comparação com fevereiro de 2014

Das 27 unidades da Federação, 20 apresentaram resultados negativos no volume de vendas, na comparação entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014: Os destaques foram: Goiás, com -10,6%; Mato Grosso, com -8,9%; e Distrito Federal e Maranhão, com -8,7%. Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do varejo, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (-2,1%); Rio Grande do Sul (-7,3%); Minas Gerais (-5,2%); e Bahia (-7,0%).

Para o volume de vendas, na comparação fevereiro de 2015 sobre o mês anterior (com ajuste sazonal), os resultados no varejo foram negativos para 19 estados, ressaltando-se: Roraima (-8,0%); Amapá (-6,7%); Goiás (-2,5%); e Ceará (-2,4%). As maiores taxas positivas ocorreram em Sergipe (3,3%) e Tocantins (2,5%).

Em relação ao Comércio Varejista Ampliado, vinte e seis estados registraram resultados negativos, em termos de volume de vendas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando-se: Espírito Santo (-13,7%), Paraíba (-13,4%); Rio Grande do Sul (-13,2%); Distrito Federal (-13,1%); e Goiás, com -12,7%. A única taxa com desempenho positivo no volume de vendas ocorreu em Roraima (1,0%). Em termos de impacto negativo no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (-11,7%); Rio Grande do Sul (-13,2%); Minas Gerais (-9,6%); e Rio de Janeiro, com -7,1%.

 

Comunicação Social
14 de abril de 2015