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IPCA de março fica em 1,32%

08/04/2015 16h21 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

IPCA de março fica em 1,32%

Período TAXA
MARÇO 2015
1,32%
Fevereiro 2015
1,22%
Março 2014
0,92%
Acumulado 2015
3,83%
Acumulado em 12 meses
8,13%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março apresentou variação de 1,32%, ficando 0,10 ponto percentual acima da taxa de fevereiro (1,22%). Este é o maior índice mensal desde fevereiro de 2003, quando atingiu 1,57%, além de ser a taxa mais elevada para os meses de março desde 1995 (1,55%). Com isto, o acumulado no ano de 2015 ficou em 3,83%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2003, quando a alta foi de 5,13%. Nos últimos doze meses, o índice foi para 8,13%, o mais elevado desde dezembro de 2003 (9,30%). Em março de 2014, o IPCA ficou em 0,92%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginahttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Janeiro Fevereiro Março Janeiro Fevereiro Março
Índice Geral
1,24
1,22
1,32
1,24
1,22
1,32
Alimentação e Bebidas
1,48
0,81
1,17
0,37
0,20
0,29
Habitação
2,42
1,22
5,29
0,35
0,18
0,79
Artigos de Residência
-0,28
0,87
0,35
-0,01
0,04
0,01
Vestuário
-0,69
-0,60
0,59
-0,04
-0,04
0,04
Transportes
1,83
2,20
0,46
0,34
0,41
0,09
Saúde e Cuidados Pessoais
0,32
0,60
0,69
0,03
0,07
0,08
Despesas Pessoais
1,68
0,86
0,36
0,18
0,09
0,04
Educação
0,31
5,88
0,75
0,01
0,27
0,03
Comunicação
0,15
-0,02
-1,16
0,01
0,00
-0,05

Mais da metade do índice de março ficou na conta da energia elétrica, cujo aumento médio de 22,08% gerou 0,71 ponto percentual (p.p.) de impacto, o mais expressivo do mês, que representou 53,79% do IPCA. Com a entrada em vigor, a partir de 02 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia. Na mesma data, houve reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50.

No Rio de Janeiro, a variação da energia refletiu, também, o reajuste anual de 34,91% em uma das concessionárias, que entrou em vigor em 15 de março. À exceção de Recife, que apresentou variação de 0,65% em razão de redução de impostos, as demais regiões pesquisadas tiveram aumentos significativos na energia, a saber:

Energia Elétrica
Área Variação no mês (%) Reajuste extraordinário (%)
Campo Grande
34,77
26,67
Curitiba
32,73
31,86
Porto Alegre
27,21
26,31
Goiânia
27,14
25,12
Fortaleza
25,81
8,91
São Paulo
25,63
27,91
Brasília
23,85
21,98
Belo Horizonte
23,61
21,39
Rio de Janeiro
23,34
21,05
Vitória
20,8
23,6
Belém
5,35
3,02
Salvador
2,73
4,64
Recife
0,65
1,45
Brasil
22,08
-

Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 36,34% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas já estão 60,42% mais caras. A tabela a seguir apresenta as variações na energia elétrica, no ano e em doze meses, por região pesquisada.

Região Variação (%)
Ano 12 meses
Curitiba
44,02
78,35
Porto Alegre
46,86
77,67
São Paulo
48,21
72,74
Vitória
27,96
64,09
Goiânia
39,64
60,92
Brasília
35,11
56,87
Campo Grande
42,14
55,64
Belém
17,69
53,66
Belo Horizonte
33,79
52,67
Fortaleza
28,32
50,38
Rio de Janeiro
32,57
48,07
Recife
12,48
34,93
Salvador
13,01
33,05
Brasil
36,34
60,42

Assim, os gastos com Habitação, onde se encontra o item energia, registraram o maior resultado de grupo, 5,29%. Nele sobressaem, ainda, o aumento de 1,25% no item mão de obra para pequenos reparos e de 0,96% no condomínio.

As despesas com Alimentação e Bebidas subiram 1,17% e exerceram impacto de 0,29 p.p. Juntos, o grupo dos alimentos e o da Habitação exerceram impacto de 1,08 p.p., representando 81,82% do IPCA do mês.

Nos alimentos, que ficaram 3,50% mais caros neste ano e 8,19% nos últimos doze meses, foram registrados aumentos expressivos em alguns itens, especialmente na cebola (15,10%) e nos ovos (12,75%). Seguem as principais altas:

Item Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Cebola
9,92
15,10
38,10
38,63
Ovo de galinha
4,76
12,75
18,32
9,10
Alho
3,78
7,66
13,89
24,42
Feijão-fradinho
7,62
5,69
23,01
22,14
Hortaliças
7,52
5,19
18,68
-1,48
Cenoura
14,41
4,85
29,91
25,44
Açaí
9,01
4,56
21,55
22,77
Tomate
7,43
4,46
26,08
-7,22
Óleo de soja
0,26
3,95
5,41
-0,70
Feijão-carioca
6,87
3,40
30,34
22,34
Leite longa vida
-2,21
2,74
-1,87
-2,05
Bolo
0,21
2,20
2,97
3,43
Lanche fora
1,37
1,87
4,60
10,56
Frutas
1,46
1,77
5,97
4,00
Refrigerante fora
0,95
1,66
3,73
10,11
Biscoito
0,74
1,40
2,54
5,88
Refeição fora
0,62
1,03
2,51
9,59
Pão francês
1,23
0,93
2,26
5,66
Carnes industrializadas
0,71
0,62
2,36
9,18

Dentre os demais grupos, cabe destacar a alta da gasolina, do grupo dos Transportes (0,46%), cujos preços se elevaram em 1,26%, ainda refletindo uma parte do aumento nas alíquotas do PIS/COFINS que entrou em vigor em primeiro de fevereiro. Com isto, o litro do combustível totaliza 9,80% de aumento médio neste ano, atingindo 13,36% na região metropolitana de Salvador. Considerando os últimos doze meses, a alta foi de 11,49%, chegando a 17,05% na região de Fortaleza.

Ainda nos Transportes, sobressai a alta de 0,85% no item ônibus urbano, reflexo de variações apropriadas em Goiânia (10,00%), onde o reajuste de 17,85% no valor das tarifas está em vigor desde o dia 16 de fevereiro; Porto Alegre (7,97%), onde o reajuste foi de 10,85% a partir de 22 de fevereiro, e Curitiba (3,40%), onde o reajuste de 15,78% vigora desde o dia 06 de fevereiro. Neste ano, as tarifas de ônibus urbanos estão, em média, 11,91% mais caras, e ainda não foram reajustadas em quatro das 13 regiões pesquisadas. Considerando os últimos doze meses, a média é de 14,05%, com duas regiões sem reajuste.

Também no grupo dos Transportes, os seguintes itens exerceram pressão: seguro voluntário de veículo(3,05%); acessórios e peças (1,50%), automóvel usado (1,28%) e conserto de automóvel (1,15%).

Cabe registrar, ainda, a alta de 1,36% no item higiene pessoal, do grupo Saúde e Cuidados Pessoais(0,69%).

Do lado das quedas, os destaques ficaram com os itens passagens aéreas (-15,45%) e telefone fixo(-4,13%). Neste, a queda se deve à redução média de 22,00% nas tarifas de telefonia fixa para móvel, vigente a partir de 24 de fevereiro.

Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Porto Alegre (1,81%). A pressão veio da energia elétrica(27,21%) e ônibus urbano (7,97%). A energia elétrica refletiu o reajuste extraordinário médio de 26,31% em vigor desde o dia 2 de março. Quanto ao item ônibus urbano, houve reajuste de 10,85% a partir de 22 de fevereiro. Os menores índices foram os de Recife (0,56%) e Belém (0,58%). Em Recife, o item energia elétrica (0,65%) apresentou o menor resultado em relação às demais regiões, em função do mais baixo reajuste extraordinário (1,45%) e da queda das alíquotas de PIS/Cofins. Em Belém, os alimentos consumidos em casa ficaram em 0,17%, bem abaixo da média nacional (1,17%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Porto Alegre
8,40
1,13
1,81
4,19
9,13
Campo Grande
1,51
0,73
1,79
3,91
8,76
Curitiba
7,79
1,38
1,69
4,07
8,66
Fortaleza
3,49
0,82
1,57
3,5
8,29
Belo Horizonte
10,86
1,08
1,48
3,68
7,39
Vitória
1,78
0,7
1,45
3,38
7,89
Goiânia
3,59
1,41
1,43
4,12
9,54
Rio de Janeiro
12,06
1,19
1,35
4,32
9,11
São Paulo
30,67
1,25
1,31
4,12
7,83
Brasília
2,80
0,57
1,18
2,56
7,17
Salvador
7,35
1,66
0,87
3,45
7,35
Belém
4,65
1,07
0,58
2,69
7,92
Recife
5,05
1,64
0,56
2,79
7,51
Brasil
100,00
1,22
1,32
3,83
8,13

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015 (base).

INPC variou 1,51% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 1,51% em março, 0,35 p.p. acima do resultado de fevereiro (1,16%). No primeiro trimestre do ano, o índice situa-se em 4,21%, acima do percentual de 2,10% registrado em igual período de 2014. Considerando os últimos doze meses, a taxa foi para 8,42%, bem acima dos 7,68% dos doze meses anteriores. Em março de 2014 o INPC foi de 0,82%.

Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,21% em março, enquanto em fevereiro a taxa foi de 0,86%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 1,64% em março, acima da taxa de 1,29% de fevereiro.

Dentre os índices regionais, o maior ficou com a região metropolitana de Curitiba (2,30%), em virtude da alta de 33,06% nas tarifas de energia elétrica, que com peso de 4,49% gerou impacto de 1,49 ponto percentual no índice da área. Os alimentos (1,76%) também pressionaram o resultado. O menor índice foi o de Belém(0,55%), onde os alimentos se apresentaram com 0,55% de variação, bem abaixo da média nacional (1,21%). A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Curitiba
7,29
1,46
2,30
4,95
9,39
Porto Alegre
7,38
0,94
2,17
4,51
9,34
Goiânia
4,15
1,27
1,97
4,69
10,38
Campo Grande
1,64
0,54
1,92
3,89
8,75
Brasília
1,88
0,75
1,86
3,43
8,06
Rio de Janeiro
9,51
1,13
1,84
5,47
10,20
Vitória
1,83
0,72
1,74
3,65
7,75
Belo Horizonte
10,60
0,76
1,68
3,77
7,54
São Paulo
24,24
1,19
1,52
4,92
8,20
Fortaleza
6,61
0,99
1,40
3,54
8,14
Salvador
10,67
1,61
0,94
3,56
7,41
Recife
7,17
1,56
0,64
3,01
7,58
Belém
7,03
1,02
0,55
2,55
7,71
Brasil
100,00
1,16
1,51
4,21
8,42

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015 (base).

 

Comunicação Social
8 de abril de 2015