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PNAD Contínua mostra desocupação de 6,5% no quarto trimestre de 2014, com média anual 6,8%

10/02/2014 10h33 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Indicador / Período 4º tri / 2014 3º tri / 2014 4º tri / 2013 Média 2014
Taxa de desocupação
6,5%
6,8%
6,2%
6,8%
Nível da ocupação
56,9%
56,8%
57,3%
56,8%
População ocupada
92,9 milhões
92,3 milhões
91,9 milhões
---
População desocupada
6,5 milhões
6,7 milhões
6,1 milhões
---

A taxa de desocupação no 4º trimestre de 2014 foi estimada em 6,5% para o Brasil. Esta estimativa apresentou queda na comparação com o 3º trimestre desse ano (6,8%) e crescimento frente ao 4º trimestre de 2013 (6,2%). No ano, a taxa ficou em 6,8%, abaixo dos 7,1% registrados em 2013 e dos 7,4% em 2012. Apopulação desocupada também mostrou queda na comparação com o trimestre imediatamente anterior, passando de 6,7 milhões para 6,5 milhões de pessoas.

O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,9% no 4º trimestre de 2014 no Brasil, permanecendo estável frente ao trimestre anterior (56,8%) e em relação ao 4º trimestre do ano passado (57,3%). Também no 4º trimestre de 2014, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contingente que aumentou 1,3% em relação ao 4º trimestre do ano anterior.

A publicação completa com os dados divulgados hoje está disponível no linkhttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua/.

Taxa de desocupação entre as mulheres atinge 7,7% no 4º tri de 2014

As análises apontaram diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres, comportamento verificado nas cinco grandes regiões. No 4º trimestre de 2014, a taxa foi estimada em 5,6% para os homens e 7,7% para as mulheres.

Regionalmente, houve expansão da taxa de desocupação nas regiões Nordeste (de 7,9% para 8,3%), Sudeste (de 6,2% para 6,6%) e Centro–Oeste (de 4,9% para 5,3%) na comparação com o 4º trimestre de 2013, enquanto nas regiões Norte e Sul, o cenário foi de estabilidade desse indicador.

Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2014
Grandes Regiões Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14 anos ou mais de idade (%)
2012 2013 2014
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.
Brasil
7,9
7,5
7,1
6,9
8,0
7,4
6,9
6,2
7,1
6,8
6,8
6,5
Norte
8,9
8,1
7,8
7,3
8,6
8,3
7,5
6,5
7,7
7,2
6,9
6,8
Nordeste
9,7
9,6
9,4
9,3
10,9
10,0
9,0
7,9
9,3
8,8
8,6
8,3
Sudeste
7,9
7,4
6,9
6,6
7,6
7,2
7,0
6,2
7,0
6,9
6,9
6,6
Sul
5,1
4,8
4,3
4,0
4,8
4,3
4,1
3,8
4,3
4,1
4,2
3,8
Centro-Oeste
7,0
6,2
5,7
5,7
6,8
6,0
5,5
4,9
5,8
5,6
5,4
5,3

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (14,1%) continuou acima do estimado para a taxa média total. Este comportamento também foi verificado nas cinco grandes regiões, onde a taxa oscilou entre 8,4% no Sul e 17,4% no Nordeste. Já nos grupos de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 6,3% e 3,3%, respectivamente.

A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto (11,6%) era superior à verificada para os demais de níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 6,8%, o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (3,4%).

Norte e Nordeste apresentam os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria

No 4º trimestre de 2014, a população ocupada era composta por 69,5% de empregados, 4,2% de empregadores, 23,4% de trabalhadores por conta própria e 2,8% de trabalhadores familiares auxiliares. A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Nas regiões Norte (29,9%) e Nordeste (29,7%) o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. O mesmo foi constatado para os trabalhadores familiares auxiliares, as regiões Norte (6,7%) e Nordeste (4,1%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.

Parte expressiva dos empregados estava alocada no setor privado (72,8%), 18,0% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,3%). O destaque é a expansão da participação dos trabalhadores domésticos na população ocupada, ocorrida na região Norte, de 8,8% para 9,5%.

Cresce o percentual de trabalhadores com carteira assinada

No 4º trimestre de 2014, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, um avanço de 0,6 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2013. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% tinham carteira de trabalho assinada no 4º trimestre de 2014, acima dos 31,1% registrados no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,2% dos empregados do setor público.

As regiões Norte (64,8%) e Nordeste (63,4%) apresentaram os menores percentuais nesse indicador. No mesmo período, com exceção da região Sudeste, que registrou estabilidade, a proporção dos empregados do setor privado com carteira assinada aumentou em todas as regiões. No 4° trimestre de 2014, entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% deles tinham carteira de trabalho assinada, o que representou um avanço frente à proporção do 4º trimestre de 2013 (31,1%).

Nível da ocupação fica em 56,9% no 4º tri de 2014

O nível da ocupação no Brasil, no 4º trimestre de 2014, foi estimado em 56,9%. Não houve variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior, quando era 56,8%. Regionalmente, no 4º trimestre de 2014, as regiões que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar foram a Centro-Oeste (61,5%) e a Sul (61,2%), enquanto na região Nordeste foi verificado o menor nível da ocupação, 52,2%.

As análises apontaram diferenças no nível da ocupação entre homens e mulheres, ou seja, a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário. No 4º trimestre de 2014, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 68,2% e o das mulheres, em 46,7%. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (cerca de 27 pontos percentuais), e a Sul com a menor diferença (cerca de 19 pontos percentuais).

No 4º trimestre de 2014, o nível da ocupação do grupo etário de 25 a 39 anos foi estimado em 75,8%, para o grupo etário de 40 a 59 anos em 69,9%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, esta estimativa era 57,9%. Entre os menores de idade (de 14 a 17 anos) esta estimativa foi 15,9%, enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), 22,1%.

Em geral, as análises mostraram que nos grupos com níveis de instrução mais altos, o nível da ocupação era mais elevado. Destaca-se, ainda, que, no 4º trimestre de 2014, cerca de 32,0% das pessoas sem nenhuma instrução estava trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior completo, o nível da ocupação chegou a 79,7%.

39,1% das pessoas de 14 anos ou mais estavam fora da força de trabalho

No 4º trimestre de 2014, 39,1% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa. A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,1%). Centro-Oeste (35,0%) e Sul (36,4%) tiveram os menores percentuais. Esta configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica.

Tabela 8 - Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de referência,
na população de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2014
Grandes
Regiões
Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de referência,
na população de 14 anos ou mai s de idade (%)
2012 2013 2014
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.
Brasil
38,8
38,3
38,5
38,7
38,8
38,5
38,6
38,9
38,9
38,9
39,1
39,1
Norte
38,9
37,6
38,2
37,4
37,7
38,0
39,0
38,9
38,7
38,7
38,8
39,3
Nordeste
43,2
43,1
43,0
43,7
44,0
43,9
44,0
43,4
43,1
43,1
43,2
43,1
Sudeste
37,7
36,9
37,1
37,4
37,5
36,8
36,9
37,9
38,1
37,9
38,2
38,2
Sul
36,2
35,5
35,9
36,0
35,8
35,7
35,8
35,9
36,0
36,2
36,2
36,4
Centro-Oeste
35,1
34,9
35,2
35,2
34,9
34,8
34,3
35,1
35,1
34,8
34,9
35,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012-2014.

A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres (66,2%). Além disso, cerca de 35,0% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles com menos de 25 anos de idade somavam 29,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,3%. As regiões Sul (39,9%) e Sudeste (39,0%) apresentaram os maiores percentuais de idosos fora da força de trabalho. Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de pessoas idosas fora da força eram os menores (23,0% e 29,7%).

No 4º trimestre de 2014, mais da metade desta população (54,9%) não tinha concluído o ensino fundamental e pouco menos de um quarto tinha concluído pelo menos o ensino médio. Isso porque os idosos constituíram a maior parcela das pessoas fora da força de trabalho e tinham nível de instrução mais baixo.