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Produção industrial avança 2,0% em janeiro

04/03/2015 10h27 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Janeiro 2015 / Dezembro 2014
2,0%
Janeiro 2015 / Janeiro 2014
-5,2%
Acumulado em 2015
-5,2%
Acumulado em 12 meses
-3,5%
Média móvel trimestral
-0,8%

Em janeiro de 2015, a produção industrial avançou 2,0% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar perdas de 1,1% em novembro e de 3,2% em dezembro. Entretanto, a indústria recuperou apenas parte da perda de 4,3% acumulada no período novembro-dezembro de 2014 e ainda encontra-se 8,9% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Na série sem ajuste sazonal, noconfronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 5,2% em janeiro de 2015, 11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,5% em janeiro de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%). A publicação completa pode ser acessada pelo linkhttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr/default.shtm.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Janeiro de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Janeiro 2015/
Dezembro 2014*
Janeiro 2015/
Janeiro 2014
Acumulado
Janeiro-Janeiro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
9,1
-16,4
-16,4
-10,9
Bens Intermediários
0,7
-2,4
-2,4
-2,7
Bens de Consumo
-1,1
-7,4
-7,4
-2,9
   Duráveis
-1,4
-13,9
-13,9
-9,9
   Semiduráveis e não Duráveis
-0,3
-5,3
-5,3
-0,7
Indústria Geral
2,0
-5,2
-5,2
-3,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com Ajuste Sazonal

Na comparação com dezembro, 13 dos 24 ramos tiveram aumento na produção

A expansão de 2,0% da atividade industrial na passagem de dezembro de 2014 para janeiro de 2015 mostrou resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto positivo foi registrado por produtos alimentícios, que avançou 3,9%, eliminando parte da perda de 4,5% acumulada nos meses de novembro e dezembro últimos. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas e equipamentos (7,6%), metalurgia (5,4%), indústrias extrativas (2,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%). Com os resultados desse mês, o primeiro interrompeu quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 12,0%; o segundo recuperou parte da redução de 6,0% verificada entre outubro e dezembro últimos; o terceiro assinalou o segundo mês seguido de crescimento na produção, acumulando nesse período expansão de 3,0%; e o último eliminou parte do recuo de 9,8% registrado entre setembro e dezembro de 2014. Entre os 11 ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância foram assinalados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,8%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,8%). Com exceção do primeiro setor, que mostrou taxa negativa pelo terceiro mês seguido e acumulou perda de 9,7% nesse período, as demais atividades apontaram resultados positivos em dezembro último: 1,9% e 7,7%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao avançar 9,1%, assinalou a expansão mais acentuada em janeiro de 2015, influenciada principalmente pela maior produção de caminhões, após a concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas no mês anterior. Esse crescimento foi o mais intenso desde julho de 2014 (14,7%) e recuperou parte da redução de 13,4% acumulada entre outubro e dezembro últimos. O segmento de bens intermediários (0,7%) também mostrou taxa positiva nesse mês e interrompeu o comportamento predominantemente negativo presente desde setembro de 2014, período em que acumulou perda de 2,6%. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-1,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) registraram os resultados negativos em janeiro de 2015, com ambos apontando o quarto mês consecutivo de queda na produção e acumulando nesse período redução de 8,2% e de 4,3%, respectivamente.

Média móvel trimestral cai 0,8%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2015 frente ao mês anterior, após também assinalar queda em novembro (-0,5%) e dezembro (-1,4%). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-2,1%) mostrou a redução mais acentuada em janeiro e praticamente manteve o ritmo de queda verificado no mês anterior (-2,3%). Os segmentos de bens de capital (-1,3%), de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) e de bens intermediários (-0,1%) também registraram taxas negativas nesse mês, com os dois primeiros permanecendo com a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014; e o último mantendo o comportamento predominantemente negativo presente desde dezembro de 2013.

Indústria recua 5,2% na comparação com janeiro de 2014

Na comparação com janeiro de 2014, a indústria teve queda de 5,2% em janeiro de 2015, com perfil generalizado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 65,6% dos 805 produtos pesquisados. Janeiro de 2015 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,2%) exerceu a maior influência negativa, pressionada pela redução na produção de aproximadamente 81% dos produtos investigados no setor, especialmente automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões, reboques e semirreboques e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,2%), de máquinas e equipamentos (-10,9%), de outros produtos químicos (-7,1%), de produtos alimentícios (-2,7%), de produtos de metal (-10,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-14,3%) e de metalurgia (-4,0%). Ainda na comparação com janeiro de 2014, entre as seis atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi em indústrias extrativas (10,4%), impulsionado pelos avanços em minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-16,4%) e bens de consumo duráveis (-13,9%) assinalaram, em janeiro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-5,3%), com queda ligeiramente mais intensa do que a média nacional (-5,2%), e de bens intermediários (-2,4%) também apontaram resultados negativos nesse mês.

O setor produtor de bens de capital mostrou queda de 16,4% no índice mensal de janeiro de 2015, 11º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-21,5%). O segmento foi influenciado pelo recuo em todos os seus grupamentos, com destaque para a redução de 21,4% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital agrícola (-28,0%), para construção (-27,9%), de uso misto (-9,3%), para fins industriais (-2,2%) e para energia elétrica (-7,8%).

O segmento de bens de consumo duráveis, ao recuar 13,9% em janeiro de 2015, também assinalou a 11ª taxa negativa consecutiva no índice mensal e apontou a queda mais elevada desde agosto de 2014 (-16,1%). Nesse mês, o setor foi pressionado pela menor fabricação de automóveis (-15,9%) e de eletrodomésticos da linha marrom (-30,4%), ambos ainda influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-16,9%), de móveis (-4,6%) e de eletrodomésticos da linha branca (-0,5%). A principal influência positiva foi no grupo de outros eletrodomésticos (2,5%), impulsionado pelo aumento na fabricação de eletroportáteis domésticos (aspirador de pó, liquidificador, espremedor de frutas, batedeira e semelhantes).

A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-5,3%) em janeiro de 2015 foi o quarto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e o mais intenso desde abril de 2009 (-6,2%). Esse desempenho foi explicado pelos recuos nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,1%), de semiduráveis (-8,6%) e de não-duráveis (-5,5%), pressionados pela menor produção de bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas, cervejas, chope, carnes e miudezas de aves frescas, refrigeradas e congeladas, sorvetes e picolés, no primeiro; de telefones celulares, camisetas de malha, camisas, blusas e semelhantes de malha de uso feminino, calçados de couro de uso feminino, calças compridas de uso feminino e discos de vídeo (DVD), no segundo; e de medicamentos, no último. Vale destacar o resultado negativo assinalado pelo subsetor de carburantes (-5,0%), influenciado pelo recuo na fabricação de gasolina automotiva.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários, com redução de 2,4% em janeiro de 2015, assinalou a 11ª taxa negativa consecutiva e mostrou intensidade de queda maior do que a observada em dezembro último (-1,7%). O resultado desse mês foi explicado pelos recuos nos produtos associados às atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,4%), de produtos de metal (-14,0%), de outros produtos químicos (-7,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,0%), de metalurgia (-4,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,3%), de produtos têxteis (-8,1%) e de máquinas e equipamentos (-4,9%), enquanto as pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (10,4%), produtos alimentícios (1,9%) e celulose, papel e produtos de papel (1,4%). Ainda nessa categoria, vale citar os resultados negativos observados nos grupamentos de insumos para construção civil (-8,8%), que marcou a 11ª queda consecutiva nesse tipo de comparação, e de embalagens (-1,2%), que volta a recuar, após avançar 1,6% em dezembro último.