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Em fevereiro, IBGE prevê safra 3,5% maior que a de 2014

Editoria: IBGE

10/03/2015 09h27 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Estimativa de FEVEREIRO de 2015
199,6 milhões de toneladas
Variação Fevereiro 2015/ Janeiro 2015
-0,9% (-1,8 milhão de toneladas)
Variação Safra 2015 / Safra 2014
3,5% (+ 6,8 milhões de toneladas)

A segunda estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 199,6 milhões de toneladas, 3,5% superior à obtida em 2014 (192,8 milhões de toneladas). A previsão de fevereiro em relação a janeiro caiu 1,8 milhão de toneladas (-0,9%). A estimativa da área a ser colhida (57,2 milhões de hectares) foi 1,5% maior que a área colhida em 2014 (56,3 milhões de hectares). Arroz, milho e soja, os três principais produtos deste grupo, somados representaram 91,5% da estimativa da produção e responderam por 85,3% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 3,9% na área da soja e redução 1,8% na área de arroz e de 1,0% na área do milho. No que se refere à produção, houve acréscimos de 2,6% para o arroz, 9,8% para a soja e diminuição de 4,2% para o milho. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa.


Cereais, leguminosas e oleaginosas
Grandes Regiões
Participação na produção
Fevereiro de 2015
 

Cereais, leguminosas e oleaginosas
Unidades da Federação
Participação na produção
Fevereiro de 2015
 

Regionalmente, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 80,6 milhões de toneladas; Sul, 75,7 milhões de toneladas; Sudeste, 18,8 milhões de toneladas; Nordeste, 18,9 milhões de toneladas; e Norte, 5,5 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, foram constatados incrementos de 0,4% na região Norte, de 20,4% na região Nordeste, de 5,1% na região Sudeste e de 7,0% na região Sul. A região Centro-Oeste apresentou diminuição de 2,8% em relação à produção do ano anterior. Nessa avaliação para 2015, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,3%, seguido pelo Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,2%), que, somados, representaram 57,9% do total nacional previsto.

Estimativa de fevereiro de 2015 em relação à produção de 2014

Dentre os vinte e seis principais produtos, doze apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: amendoim em casca 1ª safra (0,7%), amendoim em casca 2ª safra (3,8%), arroz em casca (2,6%), aveia em grão (23,6%), cevada em grão (23,1%), feijão em grão 1ª safra (9,6%), feijão em grão 2ª safra (1,8%), mamona em baga (138,0%), mandioca (4,2%), milho em grão 1ª safra (0,9%), soja em grão (9,8%) e trigo em grão (21,6%). Com variação negativa foram quatorze produtos: algodão herbáceo em caroço (7,8%), batata - inglesa 1ª safra (1,2%), batata - inglesa 2ª safra (3,2%), batata - inglesa 3ª safra (19,4%), cacau em amêndoa (16,5%), café em grão - arábica (1,3%), café em grão - canephora (15,2%), cana-de-açúcar (2,5%), cebola (8,3%), feijão em grão 3ª safra (3,6%), laranja (7,4%), milho em grão 2ª safra (7,5%), sorgo em grão (6,2%) e triticale em grão (10,5%). O incremento de produção mais significativo, em números absolutos, superando a 1,0 milhão de toneladas, na comparação com a safra 2014, ocorreu para a soja (8.445.580 t). Nesta comparação anual, as maiores variações negativas, em números absolutos, foram observadas para a cana-de-açúcar (-17.337.886 t) e o milho (-3.316.211 t).

Estimativa de fevereiro de 2015 em relação a janeiro de 2015

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, comparativamente ao mês de janeiro: feijão 2ª safra (2,8%), sorgo (1,3%), milho 2ª safra (-0,4%), soja (-0,7%), cana-de-açúcar (-1,1%), café arábica (-2,1%), milho 1ª safra (-2,8%), café canephora (-4,4%) e feijão 1ª safra (-4,9%).

CAFÉ ARÁBICA (em grão) - Em 2015, o Brasil deverá produzir 1.892.109 toneladas de café arábica, o que equivale a 31,5 milhões de sacas de 60 kg. Em 2014, a cultura sofreu danos significativos com a estiagem e o calor, notadamente em Minas Gerais e São Paulo, maiores produtores de café arábica. O percentual de decréscimo da produção em relação à estimativa de janeiro é de 2,1%. Há registros pontuais de queda de rendimento médio, pois as altas temperaturas e a baixa pluviosidade neste início de 2015 são ocorrências negativas, nesta época crucial de “enchimento” dos grãos. Minas, o maior produtor brasileiro de café arábica, aponta decréscimo de 0,4% na produção estimada de fevereiro em relação a janeiro, que totaliza 1.345.091 toneladas (22,4 milhões de sacas de 60 kg). Já a área a ser colhida está estimada em 983.078 ha, 1,6% maior e o rendimento médio de 1.368 kg/ha está 1,9% menor.

CAFÉ CANEPHORA (em grão) - Para o café canephora, a estimativa realizada em fevereiro de 2015 é de que sejam produzidas, neste ano, 671.226 toneladas (11,2 milhões de sacas), 4,4% menor que a estimativa de janeiro. A área total ocupada com esta espécie é de 518.532 hectares (0,2%maior). A produção do Espírito Santo, principal produtor de café canephora do País, está estimada em 457.404 toneladas (7,6 milhões de sacas). Apresenta decréscimo de 6,3% em relação a estimativa anterior. Devido à estiagem e elevadas temperaturas, o rendimento médio cai 6,6%, influenciando a queda da produção do estado.

CANA-DE-AÇÚCAR - A produção nacional de cana-de-açúcar para 2015 está estimada em 672.624.349 toneladas numa área plantada de 10.376.180 hectares, menores respectivamente em 1,1% e 1,7%, quando comparadas as estimativas de janeiro. Já o rendimento médio de 70.880 kg/ha, encontra-se 2,3% maior. São Paulo, maior produtor nacional, estima uma área destinada à colheita 7,1% menor que a informação anterior, determinando uma redução da produção em 2,8%, que só não é maior devido ao acréscimo no rendimento médio esperado de 4,7%, passando de 70.000 kg/ha, informado em janeiro, para os atuais 73.275 kg/ha.

FEIJÃO (em grão) 1ª safra - A 1ª safra nacional de feijão está estimada em 1.543.772 toneladas, o que representa uma queda de 4,9% frente à estimativa de janeiro, acompanhando a redução das estimativas da área colhida (0,8%) e do rendimento médio (4,2%). Nesta estimativa de fevereiro, os maiores produtores desta safra de feijão são Paraná (21,5%), Ceará (15,1%) e Minas Gerais (11,5%). A redução da produção estimada para este mês foi influenciada, principalmente, pelas estimativas nos Estados do Ceará (-3,6%), Bahia (-11,3%) e Minas Gerais (-10,0%), que juntos representam 36,5% da produção nacional.

FEIJÃO (em grão) 2ª safra - A estimativa da produção nacional de feijão 2ª safra totaliza, pelo levantamento de fevereiro, 1.366.772 toneladas, 2,8% maior que a estimativa de janeiro. A área plantada de 1.174.758 hectares é 0,2% maior que a última estimativa. O rendimento médio esperado é 2,5% maior que o de janeiro. Os três estados maiores produtores da 2ª safra são Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais com, respectivamente, 33,2%, 15,0% e 12,1% de participação na produção nacional.

MILHO (em grão) 1ª Safra - Espera-se para fevereiro redução da produção em 2,8% no milho primeira safra, fazendo com que a produção esperada seja de 30,9 milhões de toneladas. Minas Gerais, principal estado produtor (18,5%), é o maior influenciador desta queda nacional. Estima-se que o estado reduzirá em 5,7% a produção e em 2,4% o rendimento médio. A estiagem enfrentada pelo estado na fase de polinização é a responsável pelos números pessimistas.

SOJA (em grão) - Estima-se para o mês de fevereiro redução de 0,7% em relação à produção nacional estimada de janeiro. Da queda de 628.404 toneladas, 66,1% ou 415.510 toneladas correspondem à redução enfrentada pelo estado de Goiás. Tal fato decorre principalmente após o forte veranico enfrentado pelo estado em janeiro.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA). Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para cereais (arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo e triticale), leguminosas (amendoim e feijão) e oleaginosas (caroço de algodão, mamona, soja e girassol) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em março de 2007, para as principais lavouras brasileiras.