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Em março, IPCA-15 fica em 1,24%

20/03/2015 11h42 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período
TAXA
MARÇO 2015
1,24%
Fevereiro 2015
1,33%
Março 2014
0,73%
Acumulado no ano
3,50%
Acumulado 12 meses
7,90%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 1,24% em março e ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (1,33%). Com isto, o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado por trimestre, situou-se em 3,50%, acima da taxa de 2,11% registrada nos três primeiros meses de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 7,90%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). Em março de 2014 o IPCA-15 havia sido 0,73%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

A taxa de 1,24% é explicada, basicamente, pelos aumentos nas contas da energia elétrica, nos preços doscombustíveis e dos alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês, sobre o qual exerceram impacto de 0,96 ponto percentual (p.p.). Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupoHabitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março (tabela abaixo).

Grupo Variação Mensal(%) Impacto (p.p.) Variação Acumulada(%)
Janeiro Fevereiro Março Março Trimestre 12 meses
Índice Geral
0,89
1,33
1,24
1,24
3,50
7,90
Alimentação e Bebidas
1,45
0,85
1,22
0,30
3,56
8,90
Habitação
1,23
2,17
2,78
0,41
6,30
13,72
Artigos de Residência
-0,55
0,62
0,44
0,02
0,51
4,10
Vestuário
0,51
-0,89
-0,11
-0,01
-0,50
2,78
Transportes
0,75
1,98
1,91
0,36
4,71
7,38
Saúde e Cuidados Pessoais
0,38
0,39
0,96
0,11
1,73
7,06
Despesas Pessoais
1,39
1,22
0,41
0,04
3,05
8,26
Educação
0,30
5,98
0,74
0,04
7,08
8,43
Comunicação
-0,04
0,28
-0,78
-0,03
-0,54
-1,65

Individualmente, com 0,35 p.p., coube às contas de energia elétrica a liderança no ranking dos principais impactos. A forte elevação de 10,91% ocorrida nas contas refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 02 de março. Tanto na bandeira tarifária vigente, a vermelha, que aumentou 83,33% ao passar de R$3,00 para R$5,50, quanto nas tarifas, tendo em vista a aplicação de reajustes extraordinários, conforme a seguir:

Energia elétrica
Área Variação no
mês (%)
Reajuste
extraordinário (%)
Curitiba
14,89
31,86
Porto Alegre
13,67
26,31
São Paulo
13,65
27,91
Goiânia
11,12
25,12
Brasília
9,95
21,98
Belo Horizonte
9,76
21,39
Rio de Janeiro
9,71
21,05
Fortaleza
8,57
8,91
Salvador
6,42
4,64
Recife
4,34
1,45
Belém
4,04
3,02

Com elevação de 6,25%, os combustíveis exerceram impacto de 0,31 p.p. sobre o índice do mês, sendo 0,26 p.p. de responsabilidade da gasolina, cujos preços subiram 6,68%. Por região, os aumentos da gasolina variaram de 4,41% em Goiânia até 9,22% em Recife. A alta da gasolina reflete, nas bombas, o reajuste das alíquotas do PIS/Cofins autorizado a partir de primeiro de fevereiro e que incidiu, também, sobre o óleo diesel, que ficou 4,05% mais caro. O consumidor passou a pagar, ainda, 5,32% a mais pelo litro do etanol. Com isto, IPCA-15 do grupo Transportes fechou o mês em 1,91%.

Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%), cenoura (18,32%), tomate (13,04%), ovos (12,01%), hortaliças (7,62%) efeijão-carioca (4,17%). Na região metropolitana de Curitiba os preços dos alimentos chegaram a subir 2,38%, enquanto em Belém o aumento foi de 0,52%.

Além destes, outros aumentos influenciaram o índice do mês, com destaque para os itens: seguro de veículo(3,01%), higiene pessoal (2,17%), ônibus intermunicipal (1,82%), ônibus urbano (1,39%), automóvel novo(1,37%), mão de obra para pequenos reparos (1,23%) e eletrodomésticos (0,94%).

Dentre os índices regionais o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,72%) especialmente em virtude das altas da energia elétrica (14,89%), ônibus urbano (10,95%) e combustíveis (8,52%). O menor índice foi o de Belém (0,76%), onde os alimentos apresentaram a taxa de 0,52%, bem abaixo da média nacional (1,22%) (tabela a seguir).

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Janeiro
Fevereiro
Março
Trimestre
12 meses
Curitiba
7,79
0,70
1,09
1,72
3,55
8,29
Fortaleza
3,49
0,72
0,81
1,38
2,93
7,86
Porto Alegre
8,40
1,12
1,20
1,38
3,74
8,82
Goiania
4,44
1,15
1,27
1,34
3,81
9,33
Salvador
7,35
0,49
1,27
1,33
3,12
7,22
São Paulo
31,68
0,92
1,58
1,25
3,80
7,74
Belo Horizonte
11,23
0,72
1,28
1,16
3,19
7,04
Recife
5,05
0,55
1,27
1,15
2,99
7,93
Rio de Janeiro
12,46
1,35
1,59
1,10
4,10
8,69
Brasília
3,46
0,67
0,34
0,82
1,84
6,71
Belém
4,65
0,85
1,08
0,76
2,72
7,66
Brasil
100,00
0,89
1,33
1,24
3,50
7,90

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 13 de março de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.