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Vendas no varejo caem 0,9% em maio

14/07/2015 11h20 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Maio / Abril
-0,9
0,0
-1,8
-0,9
Média móvel trimestral
-0,8
-0,2
-1,3
-0,7
Maio 2015 / Maio 2014
-4,5
1,9
-10,4
-4,2
Acumulado 2015
-2,0
4,1
-7,0
-1,1
Acumulado 12 meses
-0,5
5,7
-5,0
0,8

Em maio de 2015, o Comércio Varejista do País registrou variação de -0,9% no volume de vendas, com relação ao mês anterior, ajustada sazonalmente, sendo o quarto mês consecutivo com resultado negativo. Nesta mesma comparação, a variação da receita nominal permaneceu constante (0,0%). Quanto à média móvel trimestral, o volume de vendas registrou variação de -0,8%, enquanto a receita apresentou taxa de -0,2%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional apresentou, em termos de volume de vendas, decréscimo de 4,5% sobre maio do ano anterior, acumulando variações de -2,0% no ano e de -0,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variação de 1,9%, 4,1% e de 5,7%, respectivamente.
O Comércio Varejista Ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, permaneceu em queda sobre o mês imediatamente anterior (-1,8%), sendo o sexto resultado consecutivo negativo, na série com ajuste sazonal. A variação da receita nominal foi de -0,9%, voltando a ser negativa. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, foram registradas variações de -10,4% para o volume de vendas e de -4,2% na receita nominal de vendas. As taxas acumuladas foram de -7,0%, no ano, e de -5,0%, nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -1,1% e 0,8% para a receita nominal, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Sete das dez atividades pesquisadas apresentaram variação negativa

Em maio, sete das dez atividades investigadas na pesquisa registraram resultados negativos para o volume de vendas, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal. As taxas negativas foram: -0,1% em Combustíveis e lubrificantes; -0,4% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -1,1% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -2,1% em Livros, jornais, revistas e papelaria; -2,1% para Móveis e eletrodomésticos; -3,8% para Material de construção; e -4,6% em Veículos e motos, partes e peças. As atividades com resultados positivos foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 5,5%; Tecidos, vestuário e calçados, com 2,7%; e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 1,7%.

Na comparação maio de 2015/maio de 2014 (série sem ajuste), considerando o volume de vendas, cinco das oito atividades registraram variações negativas. Por ordem de contribuição negativa à taxa global (-4,5%), os resultados foram os seguintes: -18,5% para Móveis e eletrodomésticos; -2,1% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -7,7% para Tecidos, vestuário e calçados; -4,2% em Combustíveis e lubrificantes; e -11,8% para Livros, jornais, revistas e papelaria. As atividades de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 0,3%; e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 0,2%, praticamente não influenciaram a taxa global. A atividade que exerceu impacto positivo no resultado do varejo foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,8%).



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Maio 2015

ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
MAR
ABR
MAI
MAR
ABR
MAI
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-1,0
-0,5
-0,9
0,3
-3,3
-4,5
-2,0
-0,5
1 - Combustíveis e lubrificantes
2,8
-0,1
-0,1
-2,1
-2,1
-4,2
-3,7
-1,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-2,1
1,8
-1,1
-2,4
-2,0
-2,1
-1,6
-0,9
2.1 - Super e hipermercados
-2,0
1,5
-0,8
-2,4
-2,0
-2,1
-1,5
-0,9
3 - Tecidos, vest. e calçados
-1,7
-3,6
2,7
-1,2
-7,5
-7,7
-5,0
-2,8
4 - Móveis e eletrodomésticos
-3,6
-2,9
-2,1
-6,8
-15,3
-18,5
-10,9
-6,1
4.1 - Móveis
-
-
-
-7,9
-16,2
-20,0
-13,5
-7,8
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-6,2
-15,0
-17,9
-9,7
-5,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,2
-0,1
-0,4
10,3
6,2
1,8
5,0
6,8
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-0,1
-11,9
5,5
21,8
2,5
0,3
10,7
3,2
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-2,4
-0,4
-2,1
-5,9
-9,1
-11,8
-8,6
-9,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,1
-4,6
1,7
15,7
-0,7
0,2
4,4
5,8
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-1,9
-0,3
-1,8
-0,8
-8,3
-10,4
-7,0
-5,0
9 - Veículos e motos, partes e peças
-4,8
3,6
-4,6
-3,7
-19,3
-22,2
-17,3
-13,9
10- Material de Construção
-0,7
-1,7
-3,8
2,9
-4,1
-11,3
-5,7
-3,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com variação de -18,5% no volume de vendas em relação a maio do ano passado, registrou o maior impacto negativo na formação da taxa do varejo. Este desempenho reflete não só à redução da massa de rendimento e o menor ritmo de crescimento do crédito, mas também o fraco desempenho das vendas em comemoração ao Dia das Mães na comparação maio 2015/maio 2014. O efeito base é reforçado devido ao aumento das vendas de televisores motivado pela Copa do Mundo. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram de -10,9% e -6,1%, respectivamente.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com taxa de -2,1% no volume de vendas em maio de 2015 sobre igual mês do ano anterior, foi a segunda maior contribuição negativa na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -1,6% e nos últimos 12 meses de -0,9%. Este desempenho negativo foi influenciado pelo menor poder de compra da população e, também, pelo fato do mês de maio de 2015 contar com um dia útil a menos, em comparação com o mesmo período do ano anterior, mesmo com o crescimento dos preços de alimentação no domicílio se encontrar abaixo da média geral.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados foi responsável pela terceira maior participação negativa na composição do índice geral do varejo, com variação de -7,7% em relação a igual mês do ano anterior. Este tipo de atividade que, geralmente, reflete positivamente a comemoração do Dia das Mães, em maio de 2015 apresentou resultado negativo e abaixo da média geral, mesmo sendo favorecido com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação (variações respectivamente de 3,4% e 8,5% no acumulado dos últimos 12 meses, até maio, segundo o IPCA). Os resultados em termos acumulados apresentaram retração: -5,0%, no ano, e -2,8%, nos últimos 12 meses.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes apresentou taxa de -4,2% no volume de vendas em relação a maio de 2014, respondendo pela quarta maior contribuição negativa à taxa global do varejo. A taxa de crescimento acumulada no ano (-3,7%) e a dos últimos 12 meses (-1,1%), reflete o comportamento dos preços de combustíveis acima da média, com 9,2% de variação em 12 meses, contra os 8,5% do índice geral, segundo o IPCA.

O comércio de Livros, jornais, revistas e papelaria, que exerceu o quinto maior impacto negativo na formação do resultado global, registrou variação no volume de vendas de -11,8% sobre maio de 2014, com taxa acumulada no ano e nos últimos 12 meses de -8,6% e de -9,5%, respectivamente. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela restrição orçamentária das famílias e, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com variação de 0,3% praticamente não exerceu influência na formação da taxa global do varejo, no volume de vendas na comparação com maio de 2014. Os resultados em termos acumulados, variação de 10,7% no ano e de 3,2% nos últimos 12 meses, podem ser explicados pelo comportamento dos preços dos computadores, um dos principais item que compõe a atividade .

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com taxa de 0,2%, também não registrou impacto significativo na formação da taxa do varejo do volume de vendas, em relação a maio de 2014. O resultado diferenciado entre maio deste ano e maio de 2014 (12,1% sobre maio de 2013) reflete o comportamento da massa de rendimentos das pessoas ocupadas e do crédito, cujos níveis estão mais baixo este ano do que no ano passado, comprometendo, assim, o volume das vendas comemorativas do Dia das Mães em 2015. Para os cinco primeiros meses do ano, a variação acumulada foi de 4,4%, e para os últimos 12 meses de 5,8%.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, apresentou a única influência positiva na taxa global do varejo, com taxa 1,8% na relação maio 2015/maio 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 5,0% e 6,8%, respectivamente. O desempenho setorial acima da média desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - MAIO 2015
(Indicadores de volume de vendas)

Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global
-4,5
-4,5
-10,4
-10,4
1 - Combustíveis e lubrificantes
-4,2
-0,4
-4,2
-0,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-2,1
-1,0
-2,1
-0,6
3 - Tecidos, vest. e calçados
-7,7
-0,7
-7,7
-0,4
4 - Móveis e eletrodomésticos
-18,5
-2,4
-18,5
-1,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,8
0,1
1,8
0,1
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
0,3
0,0
0,3
0,0
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-11,8
-0,1
-11,8
-0,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
0,2
0,0
0,2
0,0
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-22,2
-6,7
10- Material de Construção
-
-
-11,3
-1,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Varejo ampliado cai 10,4% na comparação com maio de 2014

O Comércio Varejista Ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou na relação maio de 2015/maio de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -10,4%, taxa acumulada no ano de -7,0% e em doze meses de -5,0%. Este comportamento ocorre em função do desempenho negativo de Veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -22,2%, acumulando no ano taxa de -17,3% e, em 12 meses, de -13,9%. A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da diminuição real da massa de salários.

Material de construção apresentou variação, no volume de vendas, de -11,3% na comparação com maio de 2014. Em relação aos resultados acumulados, as taxas foram de -5,7%, no ano, e de -3,6%, nos últimos 12 meses, refletindo a já citada diminuição da renda somada as expectativas negativas sobre o quadro macroeconômico.

Resultados do varejo foram negativos em 25 das 27 unidades da federação

No Comércio Varejista, das 27 unidades da federação 25 apresentaram variações negativas no volume de vendas, na comparação de maio de 2015 com igual mês do ano anterior (série sem ajuste), com destaque para Paraíba, com -13,6%; Goiás (-12,6%); e Amazonas (-11,1%). Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do varejo, as variações foram: -3,5%, em São Paulo; -9,6%, na Bahia; -4,0%, em Minas Gerais; e -3,0%, no Rio de Janeiro.

Para o volume de vendas, na comparação maio de 2015 sobre o mês anterior (com ajuste sazonal), os resultados no Varejo foram negativos para 22 estados, ressaltando-se: Sergipe, com -3,9%; Amazonas (-3,1%); Rondônia (-2,7%); e Paraíba (-1,8%). As maiores taxas positivas ocorreram em Roraima (3,9%); Mato Grosso (1,6%); e Tocantins (1,5%).

Em relação ao Comércio Varejista Ampliado, 26 estados registraram resultados negativos, em termos de volume de vendas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando-se: Espírito Santo (-21,7%); Rondônia (-17,7%); Acre (-17,6%); e Paraíba (-17,5%). Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do comércio varejista ampliado, as variações foram: -8,6%, em São Paulo; -13,7%, no Rio Grande do Sul; -8,1%, para Rio de Janeiro; -9,1%, em Minas Gerais; e -11,0%, no Paraná.