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Receita dos serviços cresce 1,1% em maio

16/07/2015 11h10 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

Receita dos serviços cresce 1,1% em maio

Período
Receita Nominal
Maio 2015 / Maio 2014
1,1%
Acumulado em 2015
2,3%
Acumulado em 12 meses
3,8%

O setor de serviços registrou, no mês de maio de 2015, um crescimento nominal de 1,1%, na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas de abril (1,7%) e março (6,1%), configurando-se como a segunda menor taxa da série iniciada em 2012, sendo a de fevereiro de 2015 (0,9%), a menor. A taxa acumulada no ano atingiu 2,3% e, em 12 meses, 3,8%. Na comparação maio de 2015/maio de 2014, três dos cinco segmentos do setor de serviços registraram variações nominais positivas: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 5,5%; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 0,8%, eOutros serviços, com 0,3%. Apresentaram variações nominais negativas Serviços prestados às famílias, com -1,4% e Serviços de informação e comunicação, com -0,8%. Em termos de composição da taxa global, as contribuições foram: Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,2 p.p); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3 p.p.); Outros serviços não apresentaram contribuição significativa (0,0 p.p.) e tiveram contribuição negativa Serviços prestados às famílias (-0,1 p.p) e Serviços de informação e comunicação (-0,3 p.p.). A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms.


Tabela 1
Indicadores de Receita Nominal do Setor de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Maio 2015


Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
Mar Abri Mai No Ano 12 Meses
Brasil
6,1
1,7
1,1
2,3
3,8
1 - Serviços prestados às famílias
2,5
1,2
- 1,4
3,6
5,9
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
0,8
1,2
- 1,6
3,2
6,0
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
13,5
1,5
- 0,6
6,2
5,4
2 - Serviços de informação e comunicação
2,9
- 0,1
- 0,8
0,2
1,1
   2.1 - Serviços TIC
2,9
1,1
0,9
0,9
1,3
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
2,6
- 6,9
- 10,2
- 4,5
- 0,1
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
8,7
6,6
5,5
6,0
7,7
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
5,9
- 2,6
- 3,7
- 2,7
2,1
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
9,7
9,9
8,9
9,1
9,8
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
8,7
1,2
0,8
2,2
3,5
   4.1 - Transporte terrestre
9,0
1,6
- 1,9
2,2
3,0
   4.2 - Transporte aquaviário
18,1
14,7
23,4
16,6
12,8
   4.3 - Transporte aéreo
- 3,3
- 1,1
1,2
- 0,7
2,1
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
10,9
- 1,1
2,4
1,1
3,5
5 - Outros serviços
5,3
- 2,3
0,3
0,5
4,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
 

O segmento de Serviços prestados às famílias apresentou uma retração de 1,4%, em maio, sobre igual mês do ano anterior, contra um crescimento de 1,2% de abril e 2,5% de março. A variação acumulada no ano ficou em 3,6% e em 12 meses, 5,9%. Os Serviços de alojamento e alimentação e Outros serviços prestados às famílias apresentaram retração de 1,6% e 0,6%, respectivamente. A redução do poder aquisitivo da população ocupada em relação a maio de 2014, evidenciada pelo recuo de 5,0% no rendimento médio real habitual e de 5,8% na massa de rendimento médio real habitual da população ocupada, combinada com a variação de preços do item “alimentação fora do domicílio”, acima da média global do IPCA de maio, contribuíram para que os Serviços prestados às famílias registrassem a primeira variação nominal negativa da série iniciada em janeiro de 2012.

Os Serviços de informação e comunicação registraram variação nominal de -0,8%, em maio, na comparação com igual mês do ano anterior, contra -0,1% de abril e 2,9% de março. A variação acumulada no ano ficou em 0,2% e em 12 meses, 1,1%. Os Serviços de tecnologia da informação e comunicação-TIC, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, apresentaram taxa de 0,9 % e os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, apresentaram variação negativa de –10,2%. Os cortes de despesas em publicidade e propaganda por parte de governos (federal, estaduais e municipais) e empresas, contribuíram para a variação negativa nos Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, em especial nas atividades de Televisão aberta.

O segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou variação de 5,5%, em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, inferior às variações de abril (6,6%) e março (8,7%). A variação acumulada no ano ficou em 6,0% e, em 12 meses, 7,7%. Os Serviços técnico-profissionais, correspondentes aos serviços intensivos em conhecimento, apresentaram recuo de 3,7% e os Serviços administrativos e complementares, que abrangem as atividades intensivas em mão-de-obra, cresceram 8,9%. Os Serviços técnico-profissionais também foram afetados pelos cortes de despesas por parte de governos (federal, estaduais e municipais) e empresas, que reduziram a contratação de serviços, principalmente Serviços de publicidade e propaganda e Serviços de engenharia.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou uma variação nominal de 0,8%, em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em abril, o segmento registrou variação de 1,2% e, em março, 8,7%. A variação acumulada no ano ficou em 2,2% e, em 12 meses, 3,5%. Por modalidade, os resultados foram: Transporte terrestre, com -1,9%, Transporte aquaviário, com 23,4% e Transporte aéreo, com 1,2%. A atividade de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou crescimento de 2,4%. O resultado negativo observado nos Transportes terrestres decorre da menor demanda do setor industrial, principalmente do Transporte rodoviário de cargas. Essa menor demanda ocorre tanto para a aquisição de insumos, como para o escoamento da produção.

O segmento de Outros serviços apresentou variação nominal 0,3%, contra -2,3% de abril e 5,3% de março. A variação acumulada no ano ficou em 0,5% e, em 12 meses, 4,4%.

Em maio, Amazonas (-8,6%) apresentou maior queda no setor de serviços

No que se refere aos resultados regionais de maio, na comparação com igual mês do ano anterior, as maiores variações positivas no setor de Serviços foram registradas em Rondônia (12,9%), Bahia (6,5%), e Pará (6,4%). As menores variações positivas foram registradas no Rio Grande do Sul (0,2%), Rio de Janeiro e Santa Catarina (ambos com 0,3%) e Piauí (0,5%). Apresentaram variações negativas, as seguintes Unidades da Federação: Amazonas (-8,6%), Maranhão (-4,9%), Espírito Santo (-4,1%), Distrito Federal (-3,3%), Goiás (-3,1%), Sergipe (-2,7%), Acre (-2,6%), Mato Grosso (-2,3%), Rio Grande do Norte (-1,6%), Minas Gerais (-1,1%) e Paraná (-0,6%).

 


Gráfico 7
Taxa de variação da receita nominal do setor de Serviços, por
Unidades da Federação, segundo índice Mês/Igual mês do ano anterior
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio