Em julho, IPCA-15 fica em 0,59%
22/07/2015 10h59 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período
|
TAXA
|
---|---|
Julho 2015
|
0,59%
|
Junho 2015
|
0,99%
|
Julho 2014
|
0,17%
|
Acumulado no ano
|
6,90%
|
Acumulado 12 meses
|
9,25%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,59% em julho e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de 0,99% de junho. Em relação aos meses de julho, consistiu no índice mais elevado desde julho de 2008, quando foi registrado 0,63%. Com isto, o acumulado do IPCA-15 neste ano situa-se em 6,90%, acima do resultado dos 4,17% do mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 9,25%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (8,80%). Constitui-se no mais elevado resultado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,86%). Em julho de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,17%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas habitação (1,15%) e comunicação (0,59%) ficaram acima dos resultados do mês anterior (1,03% e 0,08%, respectivamente).
Grupo |
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Junho
|
Julho
|
Junho
|
Julho
|
|
Índice Geral
|
0,99
|
0,59
|
0,99
|
0,59
|
Alimentação e Bebidas
|
1,21
|
0,64
|
0,30
|
0,16
|
Habitação
|
1,03
|
1,15
|
0,16
|
0,18
|
Artigos de Residência
|
0,69
|
0,47
|
0,03
|
0,02
|
Vestuário
|
0,68
|
-0,06
|
0,04
|
0,00
|
Transportes
|
0,85
|
0,14
|
0,16
|
0,03
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,87
|
0,80
|
0,10
|
0,09
|
Despesas Pessoais
|
1,79
|
0,83
|
0,19
|
0,09
|
Educação
|
0,18
|
0,10
|
0,01
|
0,00
|
Comunicação
|
0,08
|
0,59
|
0,00
|
0,02
|
Foi em habitação (1,15%), a maior variação de grupo, que a energia elétrica teve alta de 1,91% e, mais uma vez, se projetou como o mais elevado impacto individual no índice, com 0,07 ponto percentual (p.p.). A taxa de 1,91% foi influenciada pela região metropolitana de Curitiba, onde a variação de 8,44% refletiu a maior parte do reajuste de 14,39%, em vigência desde 24 de junho, e pela região metropolitana de São Paulo, onde os 3,84% na energia se devem ao reajuste de 17,00% aplicados nas tarifas de uma das empresas de abastecimento a partir do dia 04 de julho. Neste ano, a energia elétrica teve aumento médio de 44,75%, sendo que, emCuritiba (62,46%), Porto Alegre (57,50%) e São Paulo (55,46%), as contas foram ainda mais elevadas.
Também em habitação (1,15%), logo após a energia elétrica, veio a taxa de água e esgoto, cujo aumento de 4,10% e impacto de 0,06 p.p. refletiu reajustes ocorridos nas regiões a seguir.
Variação(%) | Reajuste(%) | Vigência | |
---|---|---|---|
São Paulo
|
9,79
|
15,64
|
04 de junho
|
Goiânia
|
8,59
|
20,00
|
01 de julho
|
Salvador
|
7,69
|
9,98
|
06 de junho
|
Curitiba
|
3,34
|
5,64
|
01 de junho
|
Recife
|
2,58
|
3,51
|
20 de junho
|
Porto Alegre
|
1,60
|
7,60
|
01 de julho
|
Rio de Janeiro
|
1,09
|
4,05
|
22 de maio
|
Os artigos de limpeza, 1,46% mais caros, também se destacaram no grupo habitação (1,15%).
Nas despesas pessoais, embora a alta de 0,83% tenha sido influenciada pelos jogos de azar (7,06%), a pressão foi bem mais amena, se comparada com o mês anterior (37,77%), reflexo de reajustes vigentes desde 18 de maio nos valores das apostas. No grupo, além dos jogos, outros itens exerceram influência sobre o resultado, principalmente empregado doméstico, com alta de 0,62%.
Nos alimentos, a variação foi de 0,64%. As regiões metropolitanas de Porto Alegre (1,37%), e de Salvador(1,31%) apresentaram os resultados mais elevados. Belém (-0,47), Fortaleza (-0,12%) e Goiânia (-0,09%) registraram queda no grupo.
Apesar dos aumentos de preços verificados em vários produtos importantes no consumo das famílias, comoleite (3,71%), pão (1,26%), ovos (1,59%) e frango (1,10%), outros ficaram mais baratos de junho para julho. Os principais foram:
- Tomate: -20,37%
- Cenoura: -12,75%
- Feijão fradinho: -6,27%
- Hortaliças: -6,08%
- Farinha de mandioca: -2,44%
- Feijão-preto: -2,17%
- Pescados: -1,93%
- Óleo de soja: -1,09%
Os serviços de telefonia fixa e móvel aumentaram 1,28% e 0,83%, respectivamente, pressionando o grupocomunicação (0,59%), enquanto as mensalidades de plano de saúde (1,59%) e os artigos de higienepessoal (0,86%) exerceram pressão sobre saúde e cuidados pessoais (0,80%).
Sobre as mensalidades de plano de saúde (1,59%), reflete parte do reajuste máximo de 13,55% concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre os contratos individuais/familiares. O IPCA-15 de julho, excepcionalmente, incorporou ajustes relativos aos meses de maio e junho, em razão do reajuste ser válido para o período de maio de 2015 a abril de 2016.
No grupo dos artigos de residência (0,47%), as pressões foram exercidas pelas roupas de cama, mesa e banho (1,26%), além do item utensílios e enfeites (1,13%) e dos serviços de conserto de móveis eaparelhos domésticos (1,10%).
Os mais baixos resultados de grupo ficaram com transportes (0,14%), educação (0,10%) e vestuário(-0,06%). A respeito dos transportes, destacam-se as passagens aéreas, que subiram 0,91%, ao passo que, em junho, haviam atingido 29,54%. Quanto à gasolina, responsável por parcela significativa da despesa das famílias, ficou 0,47% mais barata de um mês para o outro. A queda foi ainda mais forte no litro do etanol, cujos preços caíram 2,03%.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,87 %), influenciado pela alta dos alimentos (0,89%) e dagasolina, cujo preço do litro ficou 1,84% mais caro. A taxa de água e esgoto (2,58%), que refletiu o reajuste de 3,51% em vigor desde o dia 20 de junho, também pressionou o resultado. O menor índice foi registrado emBelém (0,26%), onde os alimentos apresentaram queda de 0,47%.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Junho
|
Julho
|
Ano
|
12 meses
|
||
Recife |
5,05
|
1,41
|
0,87
|
7,13
|
8,57
|
Curitiba |
7,79
|
1,13
|
0,79
|
8,20
|
10,73
|
Salvador |
7,35
|
1,06
|
0,73
|
6,22
|
8,15
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,98
|
0,69
|
7,57
|
9,76
|
São Paulo |
31,68
|
0,94
|
0,65
|
7,07
|
9,43
|
Belo Horizonte |
11,23
|
0,86
|
0,57
|
6,40
|
7,86
|
Rio de Janeiro |
12,46
|
0,89
|
0,38
|
7,19
|
10,04
|
Goiânia |
4,44
|
0,54
|
0,38
|
6,40
|
9,65
|
Fortaleza |
3,49
|
1,15
|
0,36
|
6,63
|
8,89
|
Brasília |
3,46
|
1,15
|
0,33
|
5,01
|
8,07
|
Belém |
4,65
|
1,33
|
0,26
|
5,82
|
9,15
|
Brasil |
100,00
|
0,99
|
0,59
|
6,90
|
9,25
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de junho 14 de julho de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de maio 11 de junho de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.