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Produção industrial recua em setembro (-1,3%)

04/11/2015 10h14 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

Período
Produção Inductrial
Setembro 2015 / Agosto 2015
-1,3%
Setembro 2015 / Setembro 2014
-10,9%
Acumulado em 2015
-7,4%
Acumulado em 12 meses
-6,5%
Média móvel trimestral
-1,3%

Em setembro de 2015, a produção industrial recuou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quarto resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 4,8%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 10,9% em setembro de 2015, 19ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%). Assim, os índices do setor industrial foram negativos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2015 (-9,5%), como para o acumulado dos nove meses do ano (-7,4%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 6,5% em setembro de 2015, assinalou a perda mais intensa desde dezembro de 2009 (-7,1%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Clique aqui para acessar a publicação completa.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Setembro de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Setembro 2015/
Agosto 2015*
Setembro 2015/
Setembro 2014
Acumulado
Janeiro-Setembro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
1,0
-31,7
-23,6
-20,4
Bens Intermediários
-1,3
-7,2
-4,1
-3,9
Bens de Consumo
-1,2
-12,1
-9,1
-7,5
   Duráveis
-5,3
-27,8
-15,7
-13,9
   Semiduráveis e não Duráveis
0,5
-7,4
-7,1
-5,6
Indústria Geral
-1,3
-10,9
-7,4
-6,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

Frente a agosto, 15 dos 24 ramos investigados tiveram queda na produção

A redução de 1,3% da atividade industrial na passagem de agosto para setembro teve predomínio de resultados negativos, alcançando 15 dos 24 ramos pesquisados, com destaque para a influência de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 6,7%, segunda queda consecutiva, acumulando nesse período perda de 15,9%. Outras contribuições negativas importantes vieram de máquinas e equipamentos (-4,5%), metalurgia (-3,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,2%), produtos alimentícios (-0,5%), celulose, papel e produtos de papel (-1,9%), produtos de borracha e de material plástico (-1,6%) e produtos de metal (-1,7%). Entre os oito ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançou 3,5%, eliminando a perda de 2,7% acumulada nos meses de julho e agosto. Outros impactos positivos importantes foram verificados em indústrias extrativas (1,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%), com o primeiro intensificando o avanço de 0,7% observado no mês anterior; e o segundo acumulando expansão de 8,7% nos três últimos meses, após registrar redução de 29,7% entre fevereiro e junho desse ano.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 5,3%, mostrou a redução mais acentuada em setembro de 2015 e intensificou o ritmo de queda frente ao mês anterior (-4,0%). Houve influência da menor produção de automóveis, ainda afetada pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. O setor produtor de bens intermediários (-1,3%) também registrou taxa negativa nesse mês e permaneceu com o comportamento de queda, presente desde fevereiro último, acumulando nesse período perda de 4,3%. Os segmentos de bens de capital (1,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) apontaram os índices positivos em setembro de 2015, com o primeiro interrompendo sete meses de taxas negativas consecutivas, período em que acumulou redução de 25,2%; e o segundo eliminando parte da perda de 3,6% acumulada nos meses de julho e agosto.

Média móvel trimestral recua 1,3%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral recuou 1,3% no trimestre encerrado em setembro de 2015 frente ao mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-3,0%) mostrou a redução mais acentuada nesse mês e permaneceu com o comportamento negativo presente desde outubro do ano passado, acumulando nesse período perda de 30,7%. Os setores produtores de bens intermediários (-1,1%), de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,1%) e de bens de consumo duráveis (-0,1%) também registraram taxas negativas, com o primeiro mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014; o segundo intensificando a magnitude de queda frente aos resultados de julho (-0,2%) e de agosto (-0,5%); e o último prosseguindo com a sequência de taxas negativas iniciada em dezembro do ano passado.

Indústria recua 10,9% na comparação com setembro de 2014

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial caiu 10,9% em setembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 76,8% dos 805 produtos pesquisados. Setembro de 2015 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 39,3%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes vieram de máquinas e equipamentos (-20,2%), metalurgia (-14,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,9%), produtos de metal (-17,3%), produtos de borracha e de material plástico (-15,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,5%), produtos de minerais não-metálicos (-12,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,4%), produtos têxteis (-22,5%), produtos alimentícios (-2,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,8%), outros produtos químicos (-5,0%) e móveis (-22,4%). Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2014, entre as duas atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (2,6%), impulsionado pelos avanços nos itens minérios de ferro em bruto e pelotizados.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-31,7%) e bens de consumo duráveis (-27,8%) assinalaram, em setembro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,4%) e de bens intermediários (-7,2%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-10,9%).

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 31,7% no índice mensal de setembro de 2015, assinalou a 19ª taxa negativa consecutiva, com queda próxima da verificada no mês anterior (-33,0%). Na formação do índice, o segmento foi influenciado pelos recuos em todos os seus grupamentos, com destaque para a redução de 38,4% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, embarcações, vagões para transporte de mercadorias e ônibus. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-37,9%), para fins industriais (-9,7%), para construção (-55,4%), agrícola (-24,8%) e para energia elétrica (-14,2%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 27,8% no índice mensal de setembro de 2015, 19º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-38,1%), influenciado por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da linha branca (-21,4%) e da linha marrom (-14,3%), motocicletas (-6,6%), móveis (-22,8%) e de outros eletrodomésticos (-9,2%).

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,4%) em setembro de 2015 foi a 11ª taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior e repetiu o resultado registrado em agosto último (-7,4%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: semiduráveis (-14,4%), não-duráveis (-10,9%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,4%) e carburantes (-6,5%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários, com redução de 7,2% em setembro de 2015, assinalou a 18ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde julho de 2009 (-11,1%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,3%), metalurgia (-14,0%), produtos de metal (-19,0%), produtos de borracha e de material plástico (-14,6%), produtos de minerais não-metálicos (-12,1%), outros produtos químicos (-5,4%), produtos têxteis (-21,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,0%) e máquinas e equipamentos (-7,1%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (2,6%), produtos alimentícios (0,3%) e celulose, papel e produtos de papel (0,5%). Ainda nessa categoria, houve recuos nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-19,1%), que marcou a 19ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o início da série histórica, e de embalagens (-7,5%), que acentuou a queda de 5,6% assinalada no mês anterior e também apontou o recuo mais elevado de sua série histórica.

Produção industrial recua 9,5% no 3º trimestre

Em bases trimestrais, o setor industrial, ao recuar 9,5% no terceiro trimestre de 2015, assinalou a sexta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e teve a queda mais acentuada desde o período abril-junho de 2009 (-11,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A redução no ritmo produtivo no total da indústria na passagem do segundo (-6,5%) para o terceiro trimestre de 2015 (-9,5%) foi observada nas quatro grandes categorias econômicas, com bens de capital (de -22,0% para -30,7%) apontando a principal perda entre os dois períodos e permanecendo nos três trimestres de 2015 com o resultado negativo mais elevado. O segmento de bens de consumo duráveis, ao passar de -12,4% para -19,0%, além de intensificar a magnitude de queda, também prosseguiu ao longo de 2015 com taxas negativas de dois dígitos. Os setores produtores de bens intermediários (de -3,3% para -6,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (de -7,5% para -8,0%) também registraram aumento na intensidade de perda entre os dois períodos, mas mostraram no terceiro trimestre de 2015 resultados negativos abaixo da média da indústria.

Índice acumulado em 2015 cai 7,4%

No índice acumulado para o período janeiro-setembro de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,4%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 25 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 74,2% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,3%), pressionado pela redução na produção de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos em automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças, reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e carrocerias para ônibus e caminhões. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-28,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), de máquinas e equipamentos (-13,1%), produtos alimentícios (-3,4%), metalurgia (-8,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,3%), produtos de metal (-10,6%), produtos de borracha e de material plástico (-7,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,8%), produtos de minerais não-metálicos (-6,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,3%), outros produtos químicos (-4,1%), produtos têxteis (-12,8%) e bebidas (-5,8%). Por outro lado, a única influência positiva foi observada em indústrias extrativas (7,3%), impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-23,6%) e bens de consumo duráveis (-15,7%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-29,4%), na primeira, e de automóveis (-16,0%) e eletrodomésticos (-21,2%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,1%) e de bens intermediários (-4,1%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o primeiro prosseguindo com recuo acima da magnitude observada na média nacional (-7,4%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.