IPCA de outubro fica em 0,82%
06/11/2015 09h56 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período | TAXA |
---|---|
OUTUBRO 2015
|
0,82%
|
Setembro 2015
|
0,54%
|
Outubro 2014
|
0,42%
|
Acumulado 2015
|
8,52%
|
Acumulado 12 meses
|
9,93%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro apresentou variação de 0,82% e ficou 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,54% registrada no mês de setembro. Este é o mais elevado resultado para os meses de outubro desde 2002, quando atingiu 1,31%. Com isto, o acumulado no ano de 2015 ficou em 8,52%, acima do 5,05% de igual período de 2014 e o mais elevado para o período de janeiro a outubro desde 1996 (8,70%). Nos últimos doze meses, o índice foi para 9,93%, resultado superior aos 9,49% dos doze meses imediatamente anteriores e o mais elevado para os doze meses desde novembro de 2003 (11,02%). Em outubro de 2014 o IPCA havia registrado 0,42%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral |
0,54
|
0,82
|
0,54
|
0,82
|
Alimentação e Bebidas |
0,24
|
0,77
|
0,06
|
0,19
|
Habitação |
1,30
|
0,75
|
0,20
|
0,12
|
Artigos de Residência |
0,19
|
0,39
|
0,01
|
0,02
|
Vestuário |
0,50
|
0,67
|
0,03
|
0,04
|
Transportes |
0,71
|
1,72
|
0,13
|
0,31
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,55
|
0,55
|
0,06
|
0,06
|
Despesas Pessoais |
0,33
|
0,57
|
0,04
|
0,06
|
Educação |
0,25
|
0,10
|
0,01
|
0,00
|
Comunicação |
0,01
|
0,39
|
0,00
|
0,02
|
Em outubro, os combustíveis, que detêm parte significativa das despesas das famílias, participando com 4,89% de peso no IPCA, lideraram o ranking dos principais impactos. Mais caros em 6,09%, os combustíveis ficaram com 0,30 p.p., sendo responsáveis por 37% do resultado do índice.
O consumidor passou a pagar, em média, 5,05% a mais pelo litro da gasolina, combustível de maior peso no índice, 3,83%, exercendo impacto de 0,19 p.p. Os preços chegaram a aumentar 6,21% em São Paulo e 6,12% em Curitiba, enquanto as menores variações foram em Recife (1,70%) e Vitória (1,72%). Este foi o reflexo, nas bombas, do reajuste de 6,00% autorizado ao nível das refinarias em vigor desde o dia 30 de setembro. Em relação aos últimos doze meses, os preços da gasolina acumulam 17,93%. Em Recife a alta atinge 23,38%, ficando com Campo Grande a variação mais baixa, 8,99%.
No caso do etanol, o aumento foi ainda maior, chegando a 12,29%. Mas, como a participação no orçamento é de 0,80%, sua contribuição no índice foi de 0,10 p.p., menor do que a da gasolina. São Paulo sobressaiu com 14,99%, e Recife mostrou a menor variação, 2,85%. Na ótica dos últimos doze meses, os preços do litro do etanol subiram 16,98%. Em Goiânia foi registrada a alta mais expressiva, 24,16%, enquanto a menor ficou com Recife, 5,52%.
No diesel, cujo peso é 0,15%, os preços aumentaram 3,26%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4,00% nas refinarias, também em 30 de setembro. Em relação aos doze meses, a alta está em 15,94%.
Assim, o reajuste nos preços dos combustíveis levou Transportes (1,72%) ao mais elevado resultado de grupo no mês. Outros destaques no grupo foram passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal(0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%).
A respeito dos ônibus urbanos, a variação de 0,10% foi influenciada por Brasília, onde as tarifas aumentaram 23,08% no mês, refletindo parte do reajuste de 33,34% vigente desde o dia 20 de setembro. Já em Belo Horizonte, observa-se queda de 4,86% tendo em vista que o reajuste de 9,68% de 08 de agosto foi revogado em 14 de setembro, por liminar, e as tarifas retornaram aos valores anteriores em 17 de setembro, vigorando até o dia 24 de outubro, quando, a partir do dia 25, o reajuste voltou a ser aplicado. Quanto aos ônibus intermunicipais, a variação de 0,84% se deve, principalmente, aos 9,04% registrados em Porto Alegre, que refletiu parte do reajuste de 10,00% em vigor desde 16 de setembro.
Alimentação e Bebidas (0,77%) foi grupo que apresentou a segunda maior alta no índice do mês. Foi emBelém (1,61%) onde os preços mais subiram; já o Rio de Janeiro (0,28%) mostrou o menor ritmo de crescimento de preços. A alimentação fora de casa teve alta de 0,93%, mais intensa do que os alimentos consumidos em casa (0,68%). Com isto, o grupo Alimentação e Bebidas chegou a 10,39% nos últimos doze meses, tendo Goiânia à frente, com alta de 13,16%, e Belo Horizonte por último, com 7,89%.
De setembro para outubro, os preços de grande parte dos produtos alimentícios subiram. As principais altas encontram-se na tabela a seguir. Quanto às quedas, foram registradas em poucos produtos, destacando-se acebola, cujos preços caíram 32,64%, e a batata-inglesa, 10,69% mais barata de um mês para o outro.
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Setembro
|
Outubro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Frango inteiro
|
1,45
|
5,98
|
8,07
|
9,33
|
Açúcar cristal
|
0,01
|
4,43
|
5,40
|
3,51
|
Alho
|
1,11
|
4,12
|
38,13
|
41,83
|
Cerveja
|
1,69
|
4,06
|
5,65
|
7,75
|
Arroz
|
0,37
|
3,77
|
4,60
|
6,43
|
Refrigerante
|
1,84
|
2,48
|
8,76
|
10,26
|
Tempero misto
|
0,09
|
2,16
|
13,50
|
14,36
|
Farinha de trigo
|
0,10
|
2,07
|
2,01
|
1,83
|
Açúcar refinado
|
-0,73
|
1,91
|
4,49
|
7,70
|
Frutas
|
-0,76
|
1,75
|
6,42
|
8,73
|
Café da manhã
|
1,25
|
1,72
|
13,85
|
13,44
|
Margarina
|
0,69
|
1,69
|
6,73
|
6,71
|
Manteiga
|
0,69
|
1,69
|
6,73
|
6,71
|
Suco de frutas
|
1,59
|
1,60
|
9,13
|
10,12
|
Carnes
|
0,91
|
1,41
|
9,17
|
17,16
|
Café moído
|
-0,01
|
1,39
|
7,00
|
7,22
|
Frango em pedaços
|
0,34
|
1,34
|
2,79
|
3,07
|
Pão francês
|
0,99
|
1,29
|
10,57
|
10,66
|
Cerveja fora
|
1,09
|
1,28
|
9,63
|
12,47
|
Chocolate em barra e bombom
|
1,00
|
1,28
|
11,56
|
10,99
|
Lanche
|
0,16
|
1,18
|
10,62
|
11,59
|
Macarrão
|
-0,03
|
1,13
|
6,46
|
7,16
|
Óleo de soja
|
-0,12
|
1,13
|
7,65
|
7,23
|
Hortaliças e verduras
|
-2,98
|
1,13
|
10,00
|
14,77
|
Creme de leite
|
2,78
|
1,04
|
8,76
|
7,57
|
Refeição fora
|
0,94
|
0,82
|
8,00
|
10,16
|
Doces
|
0,44
|
0,76
|
9,05
|
10,71
|
Linguiça
|
0,03
|
0,70
|
10,47
|
10,23
|
Farinha de Mandioca
|
0,28
|
0,64
|
4,36
|
-2,32
|
Queijo
|
0,74
|
0,61
|
9,26
|
9,20
|
Atomatado
|
0,78
|
0,61
|
7,22
|
9,64
|
Iogurte
|
0,13
|
0,58
|
8,11
|
10,14
|
Nos itens de despesas com Habitação (0,75%), sobressai o botijão de gás, 3,27% mais caro após ter subido 12,98% em setembro. Com isto, nestes dois meses, o GLP para uso residencial apresenta aumento de 16,67% nos pontos de distribuição ao consumidor, consequência do reajuste de 15% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, com vigência a partir do dia primeiro de setembro.
Em Habitação, outros itens fizeram aumentar a despesa do consumido: energia elétrica (0,87%), mão de obra para pequenos reparos (0,58%), aluguel (0,57%) e artigos de limpeza (0,41%).
Sobre a energia elétrica, tanto em São Paulo quanto em Goiânia, além de movimentos nas alíquotas dos impostos, foram incorporadas partes de reajustes concedidos. Em São Paulo, a variação de 1,06% no valor das contas considera o reajuste de 15,50% em vigor a partir de 23 de outubro sobre as tarifas de uma das concessionárias. Em Goiânia, a variação de 4,37% leva em conta o reajuste de 6,71% que passou a vigorar desde 12 de setembro.
Considerando os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques ficaram com os seguintes itens: excursão (2,70%), plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (1,03%), telefone fixo (0,86%) ecelular (0,50%).
Na telefonia fixa, a variação de 0,86% no valor das contas reflete aumentos entre 5,50% e 7,20% ocorridos sobre as tarifas de fixo para móvel em 02 de outubro. Quanto à telefonia celular, a variação de 0,50% se deve a reajuste praticado por uma das operadoras.
Dentre os índices regionais, o maior ficou com Brasília (1,24%) em razão da alta de 23,08% no item ônibus urbano, cujas tarifas foram reajustadas em 33,34% a partir de 20 de setembro. O menor índice foi registrado no Rio de Janeiro (0,59%), onde os alimentos consumidos em casa variaram 0,02%, bem abaixo da média nacional (0,68%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Brasília
|
2,80
|
1,25
|
1,24
|
7,65
|
9,21
|
Campo Grande
|
1,51
|
-0,28
|
1,18
|
7,57
|
9,34
|
Goiânia
|
3,59
|
0,67
|
1,18
|
8,65
|
11,19
|
Belém
|
4,65
|
0,13
|
1,07
|
7,09
|
8,97
|
São Paulo
|
30,67
|
0,71
|
0,99
|
9,22
|
10,45
|
Recife
|
5,05
|
0,17
|
0,84
|
8,19
|
9,24
|
Vitória
|
1,78
|
1,13
|
0,75
|
7,50
|
8,44
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,57
|
0,73
|
8,45
|
10,02
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,56
|
0,73
|
9,18
|
10,49
|
Curitiba
|
7,79
|
0,54
|
0,64
|
10,12
|
11,52
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
0,41
|
0,62
|
7,69
|
8,61
|
Salvador
|
7,35
|
0,27
|
0,60
|
7,56
|
8,73
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
0,49
|
0,59
|
7,84
|
9,90
|
Brasil
|
100,00
|
0,54
|
0,82
|
8,52
|
9,93
|
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2015 (base).
INPC varia 0,77% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,77% em outubro e ficou 0,26 p.p. acima do resultado de 0,51% de setembro. Com isto, o acumulado no ano fechou em 9,07%, bem acima da taxa de 5,02% relativa a igual período de 2014. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 10,33%, bem próximo dos 9,90% relativos aos doze meses anteriores. Em outubro de 2014 o INPC foi 0,38%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,80% em outubro, enquanto em setembro foi 0,16%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação 0,76% em outubro, acima dos 0,66% de setembro.
Dentre os índices regionais, o maior ficou com Brasília (1,83%) onde as tarifas dos ônibus urbanosaumentaram 23,08%, refletindo o reajuste de 33,34% a partir de 20 de setembro. O menor índice foi o de Belo Horizonte (0,41%) onde o item ônibus urbano apresentou queda de 4,86% em virtude da revogação, em 17 de setembro, do reajuste de 9,68%, concedido em 08 de agosto. Em 25 de outubro, porém, o reajuste voltou a ser aplicado. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Brasília
|
1,88
|
1,41
|
1,83
|
9,72
|
10,82
|
Campo Grande
|
1,64
|
-0,18
|
1,35
|
7,88
|
9,70
|
Goiânia
|
4,15
|
0,73
|
1,18
|
9,51
|
12,15
|
Belém
|
7,03
|
0,08
|
1,16
|
7,13
|
8,96
|
São Paulo
|
24,24
|
0,69
|
0,89
|
10,23
|
11,28
|
Recife
|
7,17
|
0,29
|
0,77
|
8,39
|
9,33
|
Vitória
|
1,83
|
1,28
|
0,75
|
7,89
|
8,53
|
Porto Alegre
|
7,38
|
0,67
|
0,72
|
9,78
|
10,95
|
Fortaleza
|
6,61
|
0,61
|
0,70
|
8,34
|
9,57
|
Curitiba
|
7,29
|
0,55
|
0,63
|
11,40
|
12,60
|
Salvador
|
10,67
|
0,29
|
0,56
|
7,66
|
8,71
|
Rio de Janeiro
|
9,51
|
0,34
|
0,47
|
9,01
|
10,92
|
Belo Horizonte
|
10,60
|
0,39
|
0,41
|
8,06
|
8,89
|
Brasil
|
100,00
|
0,51
|
0,77
|
9,07
|
10,33
|
O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2015 (base).