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Em janeiro, IPCA-15 foi para 0,31%

19/01/2017 12h22 | Atualizado em 15/09/2017 15h35

Em janeiro, IPCA-15 foi para 0,31%

PERÍODO
TAXA
Janeiro 2017
0,31%
Dezembro
0,19%
Janeiro 2016
0,92%
Acumulado no ano
0,31%
Acumulado em 12 meses
5,94%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,31% em janeiro e ficou 0,12 ponto percentual (p.p) acima da taxa de dezembro (0,19%). Este foi o IPCA-15 mais baixo para os meses de janeiro desde 1994, quando foi criado o Plano Real. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,94%, ficando abaixo dos 6,58% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2016 a taxa foi 0,92%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.

Em janeiro, embora o grupo das Despesas Pessoais tenha mostrado o resultado mais elevado (0,76%), o grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pelo crescimento do IPCA-15, ao passar de -0,18% em dezembro para 0,28% em janeiro. Na região metropolitana de Salvador, a alta dos alimentos chegou a 1,05%, enquanto em Goiânia houve queda (-0,60%).


Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Dezembro
Janeiro
Dezembro
Janeiro
Índice Geral
0,19
0,31
0,19
0,31
Alimentação e Bebidas
-0,18
0,28
-0,05
0,07
Habitação
-0,28
-0,22
-0,04
-0,03
Artigos de Residência
-0,52
-0,23
-0,02
-0,01
Vestuário
0,57
-0,18
0,04
-0,01
Transportes
0,79
0,71
0,14
0,13
Saúde e Cuidados Pessoais
0,43
0,48
0,05
0,05
Despesas Pessoais
0,63
0,76
0,07
0,08
Educação
0,07
0,18
0,00
0,01
Comunicação
0,08
0,49
0,00
0,02

Após recuar em setembro (-0,01%), outubro (-0,25%), novembro (-0,06%) e dezembro (-0,18%), o grupoAlimentação e Bebidas (0,28%) voltou a subir. A pressão veio dos alimentos consumidos em casa, que subiram para 0,21%, após a significativa queda de 0,45% em dezembro. Ainda que os aumentos não tenham se mostrado generalizados, os preços de alguns produtos subiram bastante, como óleo de soja (8,04%),farinha de mandioca (4,53%), ovos (3,10%) e frutas (2,38%). Outros produtos, cujos preços vinham caindo, desaceleram, como batata-inglesa (de -15,78% para -10,85%), feijão carioca (de -17,24% para -13,74%) eleite longa vida (de -5,40% para -1,96%).

Despesas Pessoais (0,76%) foi o grupo com a maior alta, devido ao item cigarro (2,61%), cujos preços foram reajustados em 1º de dezembro. Outras influências vieram dos itens excursão (2,51%) e empregado doméstico (0,52%), que apropriou 1/12 do reajuste do novo salário mínimo nacional em todas as regiões pesquisadas, já que os salários regionais ainda não foram definidos.

Isoladamente, a gasolina foi o item com o maior impacto (0,10 pp) sobre o IPCA-15. O preço do litro subiu, em média, 2,43%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 8,1% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, desde 06 de dezembro. Regionalmente, os maiores aumentos foram em Goiânia (4,60%), Brasília (4,32%) e Fortaleza(4,22%). Além da gasolina (2,43%), as despesas com Transportes foram pressionadas pelas tarifas dosônibus urbanos (0,83%) e intermunicipais (1,87%), além do etanol (2,28%) e do seguro voluntário (1,70%).

A alta de 0,83% nos ônibus urbanos é consequência das variações apropriadas por três regiões metropolitanas. Em Brasília (9,25%), houve reajuste de 25% nas tarifas, em vigor desde 2 de janeiro. Embora a Câmara Legislativa do Distrito Federal tenha decidido anular esse reajuste em 12 de janeiro, ele continua vigente até que a decisão seja publicada. Em Salvador (3,60%), o reajuste foi de 9,09%, desde 2 de janeiro. Em Belo Horizonte (3,24%), houve reajuste de 9,40%, em vigor desde 3 de janeiro.

Os demais grupos variaram entre -0,23% (Artigos de Residência) e 0,48% (Saúde e Cuidados Pessoais). Três grupos tiveram quedas: Artigos de Residência (-0,23%) Vestuário (-0,18%) e Habitação (-0,22%). Neste último, as contas de energia elétrica (-2,25%) geraram o impacto negativo mais intenso (-0,08 p.p.) sobre o IPCA-15, com a volta, a partir de 1º de dezembro, da bandeira tarifária verde. Ocorreu, ainda, queda de 5,30% nas contas de energia de Porto Alegre, devido à redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, desde 22 de novembro. Em contraposição, ainda no grupo Habitação, os preços subiram em artigos de limpeza (1,23%), gás de botijão (0,64%) e mão de obra para pequenos reparos (0,52%), cujo aumento foi apropriado da mesma maneira que o item empregados domésticos.

Regionalmente, o índice mais elevado foi o da região metropolitana de Salvador (0,63%) onde os preços dosalimentos subiram 1,05%. Os itens ônibus urbano (3,60%) e intermunicipal (7,77%) também pressionaram o resultado e refletiram, respectivamente, reajustes de 9,09% e 8,42%, ambos em vigor desde 2 de janeiro. O menor índice foi o de Porto Alegre (0,03%), influenciado por dois itens: energia elétrica (-5,30%), devido à redução de 16,28% nas tarifas locais, desde 22 de novembro, e alimentação fora de casa (-1,08%). A seguir, tabela com os resultados regionais.


Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada 12 meses (%)
Dezembro
Janeiro
Salvador
7,35
0,05
0,63
6,60
Brasília
3,46
0,99
0,57
5,45
Fortaleza
3,49
0,40
0,53
7,78
Belo Horizonte
11,23
0,14
0,40
6,44
São Paulo
31,68
0,32
0,31
5,98
Rio de Janeiro
12,46
-0,04
0,30
5,55
Curitiba
7,79
0,11
0,27
4,52
Belém
4,65
-0,12
0,17
6,27
Recife
5,05
0,44
0,14
6,42
Goiânia
4,44
-0,22
0,14
4,80
Porto Alegre
8,40
0,14
0,03
6,01
Brasil
100,00
0,19
0,31
5,94

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados entre 14 de dezembro de 2016 e 12 de janeiro de 2017 (referência) e comparados aos vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2016 (base). Esse indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 

Comunicação Social
19 de janeiro de 2017