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Emprego na Indústria cai 1,0% em junho

19/08/2015 11h54 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Em junho de 2015, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou queda de 1,0%, frente ao patamar do mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 4,1%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 1,0%, no trimestre encerrado em junho de 2015, frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013. Na comparação trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, houve redução de 2,4%, no período abril-junho de 2015, décima taxa negativa seguida neste tipo de confronto e a mais intensa desta sequência, acumulando nesse período perda de 9,0%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 6,3% em junho de 2015, quadragésimo quinto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde agosto de 2009 (-6,4%). Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o total do pessoal ocupado assalariado recuou tanto no fechamento do segundo trimestre de 2015 (-5,8%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (-5,2%). O índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 4,6% em junho de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Brasil - Junho de 2015
Variáveis Variação (%)
Junho 2015/
Maio 2015*
Junho 2015/
Junho 2014
Acumulado
Janeiro-Junho
Acumulado
nos Últimos
12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-1,0
-6,3
-5,2
-4,6
Número de Horas Pagas
-0,6
-6,3
-5,8
-5,3
Folha de Pagamento Real
1,3
-7,1
-6,1
-4,7

*Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 6,3% em junho de 2015, com o contingente de trabalhadores apontando redução nos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-11,8%), máquinas e equipamentos (-8,9%), alimentos e bebidas (-3,0%), vestuário (-6,7%), outros produtos da indústria de transformação (-9,3%), calçados e couro (-7,8%), borracha e plástico (-4,9%), metalurgia básica (-7,3%), papel e gráfica (-4,0%), minerais não-metálicos (-3,1%), produtos têxteis (-3,8%) e indústrias extrativas (-5,3%).

Em bases trimestrais, o pessoal ocupado assalariado na indústria apontou queda de 5,8% no período abril-junho de 2015, décima quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, e intensificou o ritmo de queda frente ao resultado do primeiro trimestre do ano (-4,6%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A perda de dinamismo no total do emprego industrial entre o primeiro e o segundo trimestre do ano foi acompanhada por quinze dos dezoito setores investigados. As maiores perdas vieram de alimentos e bebidas (de -1,6% para -2,9%), de máquinas e equipamentos (de -5,1% para -7,7%), de meios de transporte (de -8,8% para -10,9%), de vestuário (de -4,3% para -6,5%), de produtos de metal (de -9,3% para -11,2%) e de borracha e plástico (de -0,5% para -2,3%). Em sentido oposto, a atividade de refino de petróleo e produção de álcool (de -6,7% para -5,9%) registrou a única redução na intensidade de queda entre os dois primeiros trimestres de 2015.

No índice acumulado nos seis primeiros meses do ano, o emprego industrial mostrou queda de 5,2%, com taxas negativas nos dezoito setores investigados. As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-9,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,5%), produtos de metal (-10,2%), alimentos e bebidas (-2,2%), máquinas e equipamentos (-6,4%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), vestuário (-5,4%), calçados e couro (-7,5%), metalurgia básica (-6,5%), papel e gráfica (-3,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,3%), indústrias extrativas (-4,6%) e produtos têxteis (-2,9%).

Número de horas pagas cai 0,6% em junho

Em junho de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou recuo de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, quarta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 3,4%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou redução de 1,1% no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria mostrou recuo de 2,5% no período abril-junho de 2015, oitava taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desta sequência, acumulando nesse período perda de 10,0%.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou redução de 6,3% no índice mensal de junho de 2015, vigésima quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o número de horas pagas recuou tanto no fechamento do segundo trimestre de 2015 (-6,3%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (-5,8%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -5,1% em maio para -5,3% em junho, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Em junho de 2015, o número de horas pagas recuou 6,3%, no confronto com igual mês do ano anterior, com perfil disseminado de queda, já que dezessete dos dezoito ramos pesquisados apontaram redução. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,5%), produtos de metal (-11,6%), máquinas e equipamentos (-8,4%), outros produtos da indústria de transformação (-10,1%), alimentos e bebidas (-2,0%), borracha e plástico (-6,9%), vestuário (-6,0%), calçados e couro (-8,8%), metalurgia básica (-9,0%), papel e gráfica (-5,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,0%) e minerais não-metálicos (-3,3%). Por outro lado, o setor de produtos químicos, com variação de 0,4%, assinalou a única influência positiva nesse mês.

Em bases trimestrais, o número de horas pagas apontou queda de 6,3%, no período abril-junho de 2015, décima sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, e intensificou o ritmo de queda frente ao resultado do primeiro trimestre do ano (-5,2%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A perda de dinamismo no total do número de horas pagas, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015, foi acompanhada por quinze dos dezoito setores investigados. As maiores perdas vieram de meios de transporte (de -9,1% para -11,8%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de -10,0% para -13,3%), de máquinas e equipamentos (de -6,3% para -8,6%), de alimentos e bebidas (de -2,2% para -2,9%), borracha e plástico (de -1,9% para -3,9%) e vestuário (de -4,3% para -5,7%). Em sentido oposto, as atividades de outros produtos da indústria de transformação (de -9,5% para -9,3%) e a de papel e gráfica (de -4,5% para -4,3%) registraram as reduções no ritmo de queda entre os dois primeiros trimestres de 2015.

No índice acumulado nos seis primeiros meses de 2015, houve recuo de 5,8% no número de horas pagas, com os dezoito setores pesquisados apontando redução. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de meios de transporte (-10,4%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,7%), máquinas e equipamentos (-7,5%), alimentos e bebidas (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-9,4%), calçados e couro (-9,8%), vestuário (-5,0%), metalurgia básica (-8,4%), papel e gráfica (-4,4%), minerais não-metálicos (-3,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,6%), borracha e plástico (-2,9%) e indústrias extrativas (-4,0%).

Em síntese, o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas na indústria permaneceram com o comportamento de menor intensidade, com o primeiro apontando o sexto resultado negativo consecutivo no confronto com o mês imediatamente anterior; e o segundo registrando o quarto mês em sequência de queda nesse mesmo tipo de comparação. Vale destacar que esses resultados refletem, especialmente, a diminuição de ritmo que marca a produção industrial desde o último trimestre de 2013, com redução de 10,2% desde outubro de 2013. Nesse mesmo período, o total do pessoal ocupado e do número de horas pagas também mostraram perdas: de -8,3% e de -8,8%, respectivamente. A evolução do índice de média móvel trimestral reforça esse quadro de menor intensidade do mercado de trabalho do setor industrial, já que esse indicador prosseguiu, nas duas variáveis, com o desempenho predominantemente negativo desde o fim do primeiro semestre de 2013.

Os sinais de menor dinamismo também ficaram evidentes no confronto dos três primeiros meses do ano com o segundo trimestre de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que tanto o pessoal ocupado assalariado (de -4,6% para -5,8%) como o número de horas pagas na indústria (de -5,2% para -6,3%) acentuaram o comportamento negativo, acompanhando o movimento de queda observado na produção industrial, que passou de -5,9% para -6,7% nesse período.

Folha de pagamento real recua 6,1% no primeiro semestre

Em junho de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, após assinalar dois meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou redução de 4,7%. No índice desse mês, verifica-se a influência positiva do setor extrativo (31,2%), em função do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, uma vez que a indústria de transformação (-1,1%) permaneceu apontando taxas negativas pelo sexto mês seguido. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,2%, no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao patamar do mês anterior, e prossegue com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real assinalou queda de 3,2% no período abril-junho de 2015, quinta taxa negativa seguida neste tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 8,2%.

O valor da folha de pagamento real recuou 7,1% no índice mensal de junho de 2015, décima terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real recuou tanto no fechamento do segundo trimestre de 2015 (-7,5%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (-6,1%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao mostrar redução de 4,7% em junho de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde novembro de 2003 (-5,0%) e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 7,1% em junho de 2015, com resultados negativos em quinze dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-17,4%), alimentos e bebidas (-6,3%), máquinas e equipamentos (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,7%), metalurgia básica (-13,5%), borracha e plástico (-11,4%), produtos de metal (-11,9%), produtos químicos (-4,3%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), calçados e couro (-8,4%), minerais não-metálicos (-3,3%) e produtos têxteis (-3,6%). Por outro lado, indústrias extrativas (18,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (15,9%) apontaram as principais contribuições positivas no total da indústria, com ambas influenciadas pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa desses setores.

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real, ao recuar 7,5% no segundo trimestre de 2015, assinalou o quarto trimestre consecutivo de resultados negativos e mostrou perda de ritmo frente às taxas observadas no primeiro (2,1%), segundo (0,5%), terceiro (-2,9%) e quarto (-3,9%) trimestres de 2014 e primeiro trimestre de 2015 (-4,9%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Este movimento de perda de dinamismo entre o primeiro e o segundo trimestres de 2015 também foi observado em quatorze dos dezoito setores, com destaque para meios de transporte (de -8,9% para -14,9%), alimentos e bebidas (de -1,2% para -5,2%), máquinas e equipamentos (de -3,2% para -7,1%), metalurgia básica (de -7,0% para -11,5%), refino de petróleo e produção de álcool (de -3,1% para -8,8%) e indústrias extrativas (de -4,9% para -8,6%). Por outro lado, os setores de fumo, que passou de -19,9% no primeiro trimestre de 2015 para -2,0% no segundo, e papel e gráfica (de -2,4% para -1,3%), apontaram as principais reduções no ritmo de queda entre esses dois períodos.

No índice acumulado nos seis primeiros meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 6,1%, com taxas negativas nas dezoito atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de meios de transporte (-11,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,4%), produtos de metal (-10,6%), máquinas e equipamentos (-5,1%), alimentos e bebidas (-3,2%), metalurgia básica (-9,2%), indústrias extrativas (-6,6%), outros produtos da indústria de transformação (-7,4%), borracha e plástico (-4,5%), calçados e couro (-9,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%) e papel e gráfica (-1,9%).