Em 2013, existiam 33.374 empresas de alto crescimento, aquelas que aumentaram em pelo menos 20% ao ano o número de empregados, por um período de três anos consecutivos, e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação. Elas equivaliam a 0,7% do total de empresas ativas na economia e a 7,0% do total de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas naquele ano. Entre 2010 e 2013, tais empresas apresentaram um crescimento de 172,0% no pessoal ocupado e geraram 3,1 milhões de novos postos de trabalho, o equivalente a 42,0% das vagas criadas pelo conjunto de empresas ativas com ao menos uma pessoa ocupada assalariada e 91,9% dos postos gerados em empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas.

Quanto à distribuição dessas empresas entre os setores, o setor de construção (10,5%) foi o que apresentou a maior proporção de empresas de alto crescimento no total de empresa ativas com 10 ou mais pessoas assalariadas, embora em termos absolutos o maior número de empresas de alto crescimento esteja nos serviços (9.948). Já a distribuição das empresas de alto crescimento por atividade econômica mostrou que as três principais seções foram comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (26,4%), indústrias de transformação (21,3%) e construção (12,1%).

Em 2013, as empresas ativas com 10 ou mais assalariados geraram R$ 1,789 trilhões em valor adicionado bruto, sendo que as empresas de alto crescimento foram responsáveis por R$ 264,1 bilhões, 14,8% desse total. Em relação à receita líquida, as empresas de alto crescimento responderam por R$ 861,4 bilhões, 14,2% do total de R$ 6.055 bilhões de receita líquida gerada por empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas.

Dentre as empresas de alto crescimento em 2011 (34.528), 13.528 (39,2%) continuaram a crescer em média 20% em 2012 e 7.071 (20,5%) mantiveram tal crescimento em 2013. Essas empresas, denominadas de alto crescimento contínuo, representavam 21,2% do total de empresas de alto crescimento em 2013, ocupavam 1,9 milhão de pessoas assalariadas (38,0% do total) e pagavam R$ 43,5 bilhões em salários e outras remunerações (40,4%).

Essas são algumas das informações das Estatísticas de Empreendedorismo 2013, elaboradas pelo IBGE em parceria com o Instituto Empreender Endeavor Brasil. Em relação a edições anteriores, a novidade nesta publicação é a análise sobre empresas multilocalizadas, que são aquelas que têm pelo menos uma filial localizada em município diferente da sede. Observou-se que 18,8% (6.583) das empresas multilocalizadas são de alto crescimento, com idade média de 21,0 anos, mais elevada do que a das empresas de alto crescimento em geral (13,9 anos). O padrão de intensidade de ligações está concentrado no Centro-Sul e ao longo da costa. Dentre os municípios que abrigam três ou mais sedes de empresas de alto crescimento multilocalizadas, 72,0% se localizam no Centro-Sul.

A publicação completa das Estatísticas de Emprendedorismo 2013 pode ser acessada aqui.

Em 2013, existiam no Brasil 33.374 empresas de alto crescimento, que ocupavam quase 5,0 milhões de pessoas assalariadas e pagavam R$ 107,5 bilhões em salários e outras remunerações. Em relação ao ano anterior, houve uma redução de 5,2% no número de empresas de alto crescimento total, de 5,8% no pessoal ocupado assalariado e de 1,1 % nos salários e outras remunerações pagas, em valores nominais, por tais empresas.

Em relação ao total de empresas ativas, a participação de empresas de alto crescimento permaneceu abaixo de 1% em todo o triênio considerado (2011-2013). No que se refere à participação no total de empresas com uma ou mais pessoas ocupadas assalariadas, a taxa é relativamente estável, atingindo 1,4% em 2013. Por outro lado, em relação a empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, o valor tem decrescido, passando de 7,7% (2011) para 7,0% (2013).

Quanto à proporção de pessoal ocupado em relação às empresas ativas com uma ou mais pessoas ocupadas assalariadas, entre 2011 e 2012 a taxa variou de 15,4% para 15,6%, seguida por uma redução no biênio 2012-2013, atingindo 14,3%. Esta perda de participação também se verifica no total de salários e remunerações em relação a empresas ativas com uma ou mais pessoas ocupadas: após um biênio de taxa constante (14,4% entre 2011-2012), a taxa decresce para 12,7% no biênio 2012-2013. Verifica-se também uma redução no salário médio mensal absoluto, que era de 2,7 salários mínimos em 2011, caindo para 2,5 salários mínimos em 2012-2013.

Empresas de alto crescimento geraram 3,1 milhões de postos assalariados entre 2010 e 2013

Apesar de representarem uma parcela pequena no total de empresas ativas no Brasil, as empresas de alto crescimento destacam-se em termos de incremento de postos de trabalho assalariados. Entre as empresas de alto crescimento de 2013, houve um aumento de 172,0% do pessoal ocupado entre 2010 e 2013, valor acima do verificado nas empresas de alto crescimento de 2012 (167,8%), mas abaixo do observado neste grupo de empresas em 2011, quando a taxa era de 175,5%.

O pessoal assalariado das empresas de alto crescimento em 2013 passou de 1,8 milhão de pessoas, em 2010, para 5,0 milhões, em 2013, um incremento de 3,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. Isto representa 42,0% dos postos gerados em empresas com uma ou mais pessoas ocupadas assalariadas e 91,9% em empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas. No Brasil, entre 2010 e 2013, foram criados 7,5 milhões de postos de trabalho, um aumento de 27,2%, taxa abaixo da verificada entre empresas de alto crescimento (172,0%) e acima da taxa observada em empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas (13,4%).

Em 2013, a média de idade das empresas de alto crescimento era de 13,9 anos. Dentre as empresas de alto crescimento, 79,6% estavam concentradas na faixa etária até 20 anos. Entre 2012 e 2013, nas empresas com até 20 anos, houve uma redução da participação no total de pessoal ocupado assalariado de 68,3% para 68,0% e um aumento da participação dos salários e outras remunerações de 62,7% para 66,0%.

As empresas com mais de 40 anos de idade representam 2,7% do total de empresas de alto crescimento, mas ocupavam 8,8% do pessoal ocupado e pagavam 11,3% dos salários e outras remunerações.

13,6% das empresas de alto crescimento eram gazelas

Em 2013, foram contabilizadas 4.529 empresas gazelas, que são empresas de alto crescimento com até cinco anos de idade no ano de referência. Elas apresentaram, de 2011 para 2013, um ligeiro aumento na representatividade em relação ao total de empresas de alto crescimento, passando de 12,4% para 13,6%. As empresas gazelas ocupavam 407.231 pessoas assalariadas e pagavam R$ 8,1 milhões em salários e outras remunerações.

A representatividade de empresas com 10 a 49 pessoas assalariadas ocupadas no total de empresas gazelas foi de 58,6%, taxa superior à participação de tais empresas no grupo de empresas de alto crescimento, 52,4%.

Mais de 1/4 das empresas de alto crescimento estava no comércio

Em 2013, o setor de construção (10,5%) foi o que apresentou a maior proporção de empresas de alto crescimento no total de empresa ativas com 10 ou mais pessoas assalariadas, no entanto, em termos absolutos, o maior número de empresas de alto crescimento se concentra no setor de serviços (9.948).

Já a distribuição das empresas de alto crescimento por atividade econômica mostrou que as três principais seções foram comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (26,4%); indústrias de transformação (21,3%); e construção (12,1%). Por outro lado, saúde humana e serviços sociais (2,1%) e outras atividades de serviços (1,3%) apresentaram baixa representatividade.

A distribuição do pessoal ocupado assalariado das empresas de alto crescimento por seção de atividade mostrou que indústrias de transformação (22,5%); atividades administrativas e serviços complementares (18,8%); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (17,7%); e construção (16,1%) eram as que mais ocupavam. Já os setores de administração pública, defesa e seguridade social; e eletricidade e gás apresentaram representatividade próxima de zero.

Entre 2010 e 2013, nas empresas de alto crescimento, as seções que mais geraram postos de trabalho, em termos absolutos, foram indústrias de transformação (688,6 mil); atividades administrativas e serviços complementares (635,1 mil); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (539,4 mil); e construção (522,6 mil). Já os salários médios mensais mais altos estavam nos setores eletricidade e gás (9,6 salários mínimos), indústrias extrativas (7,5 salários mínimos) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1 salários mínimos).

Valor adicionado médio das empresas de alto crescimento é 99,3% maior do que o das empresas com 10 ou mais assalariados

Em 2013, as empresas ativas com 10 ou mais assalariados geraram R$ 1,789 trilhões em valor adicionado bruto, sendo que as empresas de alto crescimento foram responsáveis por R$ 264,1 bilhões, 14,8% desse total. Assim, o valor adicionado médio (valor adicionado bruto dividido pelo número de empresas) das empresas de alto crescimento foi de R$ 8,4 milhões, 99,3% acima do verificado entre as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas (R$ 4,2 milhões). Dentre as empresas de alto crescimento, a atividade de extração de petróleo e gás natural foi a que gerou maior valor adicionado médio (R$ 648,3 milhões). Em relação à receita líquida, as empresas de alto crescimento responderam por R$ 861,4 bilhões, 14,2% do total de R$ 6,055 trilhões de receita líquida gerada pelas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas.

20,5% das empresas de alto crescimento em 2011 continuaram crescendo até 2013

As empresas de alto crescimento contínuo são aquelas que continuam com crescimento do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período ininterrupto superior a três anos, desde o ano inicial de observação. Observa-se que, do total de empresas de alto crescimento em 2011 (34.528), 13.528 (39,2%) continuaram a crescer em média 20% em 2012 e 7.071 (20,5%) mantiveram tal crescimento em 2013.

As empresas de alto crescimento contínuo, em 2013, ocupavam 1,9 milhão de pessoas assalariadas (38,0% do total) e pagavam R$ 43,5 bilhões em salários e outras remunerações (40,4%). Em 2013, essas empresas representavam 21,2% do total de empresas de alto crescimento.

Em 2013, 18,8% das empresas multilocalizadas eram de alto crescimento

Em 2013, existiam no Brasil 479,2 mil empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, destas, 7,3% (35.077) eram empresas de multilocalizadas, isto é, possuíam filiais em cidades diferentes do município-sede. As empresas de alto crescimento representam 18,8% (6.583) das empresas multilocalizadas, percentual acima do verificado entre empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, 7,0%. A idade média das empresas de alto crescimento multilocalizadas é de 21,0 anos, mais elevada do que a das empresas de alto crescimento em geral (13,9 anos).

O padrão de maior intensidade de empresas de alto crescimento multilocalizadas está concentrado no Centro-Sul e ao longo da linha de costa brasileira. Dentre os municípios que abrigam três ou mais sedes de empresas de alto crescimento multilocalizadas, 72,0% se localizam no Centro-Sul. No recorte por unidade da federação, São Paulo detém quase 25,0% dos municípios nesta situação.

Concentração de unidades locais de empresas de alto crescimento é maior nas regiões Nordeste e Norte

A região Sudeste apresenta a maior concentração de unidades locais de empresas de alto crescimento (50,0%) e de população ocupada (52,0%) nessas unidades. No entanto, a representatividade das unidades locais de empresas de alto crescimento em relação às unidades locais de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas é maior na região Centro-Oeste (10,9%), seguida por Norte (10,6%), Nordeste (10,2%), Sudeste (9,9%) e Sul (9,7%).

No caso da representatividade em termos de pessoal ocupado, o Centro-Oeste também aparece em primeiro com 19,3%, seguido por Nordeste (19,2%), Norte (18,9%), Sudeste (16,5%) e Sul (15,8%).