Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Índice de Preços ao Produtor de janeiro foi de 0,56%

02/03/2016 12h24 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período
Taxa
janeiro/16
0,56%
dezembro/15
-0,35%
janeiro/15
-0,40%
Acumulado no ano
0,56%
Acumulado em 12 meses
9,86%

Em janeiro, os preços da Indústria Geral variaram, em média, 0,56% comparados a dezembro, variação acima da observada entre dezembro e novembro (-0,35%). Em 12 meses, o IPP da Indústria acumula 9,86%. Entre as 24 atividades investigadas, 17 apresentaram variações positivas de preços, contra 13 no mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a evolução dos preços de produtos 'na porta de fábrica', sem impostos e fretes. A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.


Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústria Geral e Seções
Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Indústria Geral
-0,42
-0,35
0,56
9,20
8,81
0,56
9,40
8,81
9,86
B - Indústrias Extrativas
-10,08
-6,07
-14,42
-3,48
-9,33
-14,42
-13,50
-9,33
-11,08
C - Indústrias de Transformação
-0,10
-0,18
0,99
9,63
9,43
0,99
10,28
9,43
10,49
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

As quatro maiores variações foram nas seguintes atividades: Indústrias extrativas
(-14,42%), fumo (4,77%), outros equipamentos de transporte (3,74%) e produtos de metal (3,35%). As maiores influências vieram de Indústrias extrativas (-0,40 p.p.), alimentos (0,33 p.p.), veículos automotores (0,23 p.p.) e metalurgia (0,12 p.p.).

Já em relação a janeiro de 2015, a variação de preços foi de 9,86%, contra 8,81% em dezembro de 2015. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (36,79%), fumo (34,85%), papel e celulose (22,75%) e alimentos (16,47%). Os setores de maior influência foram: alimentos (3,14 p.p.), outros produtos químicos (1,38 p.p.), outros equipamentos de transporte (0,79 p.p.) e veículos automotores (0,78 p.p.).

Entre as Grandes Categorias Econômicas, ainda em relação a dezembro/15 as variações foram: 2,36% em bens de capital; 0,11% em bens intermediários; e 0,86% em bens de consumo, sendo que 1,43% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,68% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.


Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas
Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Indústria Geral
-0,42
-0,35
0,56
9,20
8,81
0,56
9,40
8,81
9,86
Bens de Capital (BK)
-0,26
0,05
2,36
12,32
12,38
2,36
14,15
12,38
14,22
Bens Intermediários (BI)
-0,98
-0,85
0,11
9,21
8,29
0,11
8,81
8,29
9,67
Bens de consumo(BC)
0,48
0,37
0,86
8,41
8,81
0,86
9,23
8,81
9,12
Bens de consumo duráveis (BCD)
-0,17
0,29
1,43
5,80
6,12
1,43
6,13
6,12
5,93
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)
0,69
0,39
0,68
9,23
9,66
0,68
10,21
9,66
10,14
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Já a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: 0,21 p.p. de bens de capital, 0,06 p.p. de bens intermediários e 0,30 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,18 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,12 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou 9,86%, com as seguintes variações: bens de capital, 14,22% (1,21 p.p.); bens intermediários, 9,67% (5,47 p.p.); e bens de consumo, 9,12% (3,18 p.p.), sendo que a influência de 'bens de consumo duráveis' foi de 0,50 p.p. e a de 'bens de consumo semiduráveis e não duráveis' de 2,68 p.p.

A seguir são analisados os setores que, em janeiro 2016, encontravam-se entre os quatro principais destaques em maiores variações de preços e/ou maiores influências.

Indústrias extrativas: em janeiro, em relação a dezembro, o setor teve queda em seus preços pelo terceiro mês seguido. A variação negativa (- 14,42%) foi a maior entre os setores da indústria, motivada pelos baixos preços das commodities no mercado internacional. Dessa atividade também veio a influência negativa mais intensa (- 0,40 p.p.).

Todos os produtos da atividade influenciaram negativamente a variação mensal dos preços. Em ordem decrescente de influência observaram-se: 'minérios de ferro', 'óleos brutos de petróleo', 'minérios de cobre em bruto ou beneficiados' e 'gás natural'.

A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de - 11,08%. Com exceção de 'gás natural', os demais produtos deste indicador apresentaram queda de preços no período.

Alimentos: em janeiro de 2016, a variação média de preços do setor, na comparação com dezembro de 2015, foi de 1,63%, resultado maior do que os observados em novembro e dezembro (que foram menores que 1%), porém menor do que os observados de agosto (1,94%) a setembro (5,47%). Com esse resultado, a variação observada entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016 foi de 16,46%, maior resultado desde agosto de 2012 (17,85%).

Em relação ao mês anterior, os destaques em termos de variação e em termos de influência não apresentam nenhuma interseção, sendo que os produtos destacados pela variação não constam entre os de maior peso no cálculo do setor, e dois deles ('manteiga de cacau' e 'leite condensado') tiveram variação negativa de preços. Já na influência, dois produtos ('resíduos da extração de soja' e 'açúcar cristal') estão entre os de maior peso no cálculo, tendo influência, como os dois outros ('óleo de soja em bruto, mesmo degomado' e 'óleo de soja refinado'), positiva. A influência destes quatro produtos foi de 0,80 p.p., em 1,63%. O aumento dos derivados de soja está em linha com a depreciação cambial (em janeiro, contra dezembro, foi da ordem de 4,7% e, janeiro de 2016 contra janeiro de 2015, de 54,0%). No caso do açúcar, ao lado de uma oferta mundial menor, no Brasil o quadro se intensifica pela maior produção de álcool (em detrimento do açúcar).

'Açúcar cristal', os óleos derivados da soja e 'suco concentrado de laranja' são os produtos mais influentes no acumulado em 12 meses e, nesse caso, valem as observações anteriores (de depreciação cambial e do viés na produção de álcool a partir da cana-de-açúcar).

Outros produtos químicos: a variação negativa de 0,51% (terceira variação negativa seguida) quebra uma série anterior de variações positivas de preços de cinco meses, o que gerou uma variação acumulada nos preços em 12 meses igual a 13,42%.

As principais variações ocorreram em produtos que não apresentam o maior peso, o que não ocorre entre os de maior influência, onde três dos produtos em destaque estão nesta categoria: 'adubos ou fertilizantes à base de NPK' e 'polipropileno (PP)' com resultados negativos e 'etileno (eteno) não-saturado' com resultado positivo. Acompanhando este grupo tem-se 'sulfato de amônio ou uréia', com variação negativa de preços suficiente para colocá-lo entre os que mais influenciaram os resultados em relação ao mês imediatamente anterior. Os quatro produtos de maior influência nessa comparação representaram - 0,62 p.p. no resultado de – 0,51%, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com 0,11 p.p.

Metalurgia: de dezembro para janeiro houve uma variação positiva de preços de 1,69%, após dois meses de queda de preços. Desta forma, mesmo com o resultado positivo no mês, o setor acumulou nos últimos 12 meses uma variação negativa de preços de 0,70% (terceiro resultado negativo seguido neste tipo de comparação).

Em relação aos produtos com maiores variações de preços apenas 'alumínio não ligado em formas brutas' faz parte do grupo de produtos que apresentam o maior peso de cálculo, comportamento contrário aos que mais influenciaram o resultado do mês, onde três dos produtos em destaque estão nesta categoria, desta forma, além do já mencionado produto, também aparecem 'bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos' e 'lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono'. O único produto que não está entre os de maior contribuição, mas com influência significativa, é 'ligas de alumínio em formas brutas'. Todos os quatro produtos de maior influência no mês contra o mês imediatamente anterior tiveram variações positivas de preços.

Entre os 22 produtos investigados, os quatro em destaque na análise de influências em relação ao mês anterior representam 2,01 p.p. da variação no mês (1,69%).

Quanto às principais influências no acumulado nos últimos 12 meses, dois produtos tiveram variações positivas, 'lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono' e 'ligas de alumínio em formas brutas', contra dois com influência negativa 'bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos' e 'bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos'.

Uma informação interessante é que, em dezembro de 2009, início da divulgação do IPP, o grupo de produtos ligados aos materiais não ferrosos representava 23,2% contra 76,8% dos produtos ligados ao aço, uma relação que demonstrava que, na metalurgia, a parte relativa ao aço tinha um peso de mais de três vezes em relação ao do grupo não ferroso e, hoje, esta relação está próxima de dois.

Veículos automotores: a variação de dezembro para janeiro (2,14%) é a maior da série. Entre os produtos com variação em destaque, dois ('caminhão-trator para reboques e semireboques' e 'caminhão diesel com capacidade superior a 5t') figuram entre os de maior peso e também entre os de maior influência - junto de 'automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência' e 'peças para motor de veículos automotores'. Os quatro produtos (os de maior peso) tiveram influência de 1,81 p.p..

O peso de 'automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência' é bem maior que os demais (quase 50%), logo, um aumento de menor intensidade neste produto tem influência grande, o que aconteceu em janeiro. Por outro lado, vale dizer que produtos como 'caminhão-trator para reboques e semireboques' têm espaço no mercado internacional, o que faz com que a depreciação cambial aumente seus preços em real.

Outros equipamentos de transporte: em janeiro os preços do setor tiveram variação positiva de 3,74% na comparação com o mês anterior (terceira maior variação das indústrias extrativas e de transformação, neste indicador). Novamente, o resultado do mês se deve principalmente aos maiores preços de 'aviões de peso superior a 2.000 kg' que, cotados em moeda internacional, refletiram a depreciação cambial (R$/US$) no mês.

Em relação a janeiro de 2015, o setor apresentou a maior variação de preços dentre as atividades investigadas (36,79%) exercendo, assim, a terceira maior influência no acumulado em 12 meses e acompanhando a trajetória de variação cambial.