Em fevereiro, IPCA fica em 0,90%
09/03/2016 11h44 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período | TAXA |
---|---|
Fevereiro/16
|
0,90%
|
Janeiro/16
|
1,27%
|
Fevereiro/15
|
1,22%
|
Acumulado no ano
|
2,18%
|
Acumulado em 12 meses
|
10,36%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de fevereiro (0,90%) ficou abaixo da taxa de janeiro (1,27%) em 0,37 ponto percentual (p.p.). No ano, o índice acumulou 2,18%, inferior aos 2,48% acumulados em igual período de 2015. Nos últimos doze meses (10,36%) o acumulado ficou abaixo dos 10,71% dos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2015 o IPCA foi de 1,22%.
A publicação completa sobre o IPCA pode ser encontrada aqui.
Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a mais elevada variação ficou comEducação, que atingiu 5,90%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%, constituindo-se no item de maior contribuição no mês, com 0,21 p.p.. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude de diferença na data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos regulares situaram-se entre os 3,99% da região metropolitana de Recife e os 10,88% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 5,53%. Seguem os resultados dos grupos pesquisados.
Grupo
|
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
|
Índice Geral
|
1,27
|
0,90
|
1,27
|
0,90
|
Alimentação e Bebidas
|
2,28
|
1,06
|
0,57
|
0,27
|
Habitação
|
0,81
|
-0,15
|
0,13
|
-0,02
|
Artigos de Residência
|
0,45
|
1,01
|
0,02
|
0,04
|
Vestuário
|
-0,24
|
0,24
|
-0,01
|
0,01
|
Transportes
|
1,77
|
0,62
|
0,33
|
0,11
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,81
|
0,94
|
0,09
|
0,11
|
Despesas Pessoais
|
1,19
|
0,77
|
0,13
|
0,08
|
Educação
|
0,31
|
5,90
|
0,01
|
0,27
|
Comunicação
|
0,22
|
0,66
|
0,00
|
0,03
|
Os grupos Educação (5,90% e 0,27 p.p. de contribuição) e Alimentação e Bebidas (1,06% e contribuição também de 0,27 p.p.) foram responsáveis por 60% do IPCA do mês, ou 0,54 p.p..
Em fevereiro, os preços dos alimentos (1,06%) continuaram subindo, embora com menos força do que em janeiro (2,28%). Na tabela a seguir, os principais produtos em alta, com destaque para a cenoura (23,79%) efarinha de mandioca (11,40%).
Item |
Variação (%)
|
Variação
Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Cenoura
|
32,64
|
23,79
|
64,20
|
50,42
|
Farinha de mandioca
|
7,33
|
11,40
|
19,56
|
20,17
|
Açaí
|
0,14
|
10,06
|
10,21
|
-7,23
|
Feijão-mulatinho
|
9,75
|
9,76
|
20,46
|
40,48
|
Feijão-fradinho
|
3,71
|
8,72
|
12,75
|
18,80
|
Feijão-preto
|
3,22
|
8,43
|
11,92
|
2,67
|
Alho
|
10,81
|
8,26
|
19,96
|
74,25
|
Feijão-carioca
|
7,26
|
6,82
|
14,57
|
18,50
|
Hortaliças
|
7,80
|
5,05
|
13,24
|
20,08
|
Açúcar refinado
|
7,28
|
4,42
|
12,02
|
45,02
|
Ovos
|
1,73
|
4,39
|
6,19
|
19,97
|
Açúcar cristal
|
4,48
|
4,38
|
9,06
|
44,74
|
Óleo de soja
|
3,31
|
3,92
|
7,36
|
24,04
|
Frutas
|
5,23
|
3,84
|
9,27
|
20,92
|
Pão de forma
|
5,55
|
3,23
|
8,96
|
18,86
|
Chocolate em barra e bombom
|
1,37
|
2,59
|
4,00
|
15,13
|
Margarina
|
2,04
|
2,47
|
4,56
|
11,56
|
Cebola
|
22,05
|
1,96
|
24,44
|
66,58
|
Pescado
|
3,07
|
1,91
|
5,04
|
9,94
|
Enlatados
|
1,34
|
1,84
|
3,20
|
9,79
|
Carnes industrializadas
|
0,31
|
1,49
|
1,81
|
9,08
|
Atomatado
|
1,82
|
1,27
|
3,12
|
13,12
|
Leite longa vida
|
1,04
|
1,12
|
2,17
|
15,62
|
Café moído
|
1,80
|
1,04
|
2,86
|
13,66
|
Frango em pedaços
|
-0,53
|
0,97
|
0,44
|
4,67
|
Doces
|
1,38
|
0,97
|
2,37
|
9,96
|
Pão francês
|
0,95
|
0,93
|
1,89
|
12,68
|
Lanche fora
|
0,79
|
0,81
|
1,61
|
9,61
|
Arroz
|
1,37
|
0,80
|
2,18
|
10,98
|
Refrigerante fora
|
1,09
|
0,74
|
1,84
|
10,45
|
Carnes
|
1,06
|
0,68
|
1,74
|
12,90
|
Refeição fora
|
1,25
|
0,66
|
1,92
|
10,20
|
Biscoito
|
0,63
|
0,59
|
1,22
|
7,86
|
Entre os produtos com preços em queda, destacam-se o tomate (-12,63%) e a batata-inglesa (-5,70%).
As tarifas de ônibus urbanos, com alta de 2,61%, são destaques no grupo Transportes (0,62%) tendo em vista aumentos registrados nas seguintes regiões:
Ônibus Urbano
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Curitiba
|
14,47
|
12,00
|
01/02
|
Recife
|
9,24
|
14,28
|
19/01
|
Goiânia
|
9,09
|
12,10
|
06/02
|
Vitória
|
4,25
|
12,03
|
10/01
|
São Paulo
|
2,70
|
8,57
|
09/01
|
Belo Horizonte
|
1,09
|
8,82
|
03/01
|
Rio de Janeiro
|
1,06
|
11,76
|
02/01
|
Salvador
|
0,99
|
10,00
|
02/01
|
Observa-se que na região metropolitana de Curitiba a tarifa diferenciada dos dias de domingo passou de R$1,50 para R$2,50, reajustada em 66,67%.
Nos ônibus intermunicipais, a alta foi de 2,17% sob influência das regiões a seguir:
Ônibus Intermunicipal
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Curitiba
|
16,32
|
25,00
|
01/02
|
Vitória
|
9,05
|
12,24
|
10/01
|
Belém
|
5,55
|
-
|
-
|
São Paulo
|
2,23
|
8,57
|
09/01
|
Rio de Janeiro
|
2,06
|
10,48
|
10/01
|
Salvador
|
0,46
|
9,30
|
02/01
|
Belo Horizonte
|
0,13
|
12,66
|
03/01
|
No item táxi (1,04%), os reajustes ocorreram conforme mostra a tabela:
Táxi
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Salvador
|
4,64
|
10,52
|
13/01
|
Rio de Janeiro
|
1,61
|
10,50
|
04/01
|
Porto Alegre
|
1,44
|
7,82
|
05/01
|
Recife
|
0,62
|
9,93
|
01/01
|
Belo Horizonte
|
0,45
|
7,45
|
28/02
|
Além disso, houve aumento de 3,83% nas tarifas de trem, reflexo dos reajustes de 12,12% ocorrido no Rio de Janeiro em 02 de fevereiro e de 8,57% em São Paulo no dia 09 de janeiro. Ainda em Transportes, observa-se que os preços do etanol continuaram subindo e foram para 4,22%, enquanto a gasolina ficou em 0,55%. Por outro lado, chegando até -15,83%, a queda nas passagens aéreas foi significativa.
As contas de energia elétrica (-2,16%) também tiveram queda e levaram o grupo Habitação para -0,15%, sendo a principal contribuição negativa (-0,09 p.p.). Este comportamento se deve à redução no valor da bandeira tarifária vermelha, que passou de R$ 4,50 para R$ 3,00 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, a partir de 1º de fevereiro.
O Sistema das Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com usinas térmicas, está em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2015, quando o valor da bandeira vermelha foi acrescido às tarifas de energia elétrica.
Já na taxa de água e esgoto, a alta foi a 1,72% reflexo de aumentos registrados nas contas das seguintes regiões.
Taxa de água e esgoto
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Belém
|
15,51
|
20,00
|
23/01
|
Porto Alegre
|
4,68
|
10,54
|
01/02
|
Campo Grande
|
1,25
|
10,36
|
03/01
|
Brasília
|
0,17
|
2,65
|
01/01
|
Na região metropolitana de São Paulo, a variação de 4,75% em água e esgoto é resultado de adaptação dos cálculos à forma de escalonamento da faixa de bonificação concedido às tarifas e à incorporação da tarifa de contingência.
Nos demais grupos, os destaques foram: TV por assinatura e internet (7,86%); TV, som e informática(2,80%); artigos de higiene pessoal (1,90%); conserto e manutenção (1,90%); cigarro (1,89%);eletrodomésticos (1,50%); plano de saúde (1,06%); serviços médicos e dentários (0,76%); cabeleireiro(0,70%).
O cigarro (1,89%) refletiu reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões, além de redução nos preços.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Salvador (1,41%), destacando-se a alta de 2,55% nos preços dos alimentos. O menor foi o da região metropolitana de Vitória (0,28%), onde osalimentos ficaram em 0,36%, bem abaixo da média nacional (1,06%). A seguir, tabela com os resultados regionais.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
Salvador
|
7,35
|
1,69
|
1,41
|
3,13
|
10,47
|
Recife
|
5,05
|
1,32
|
1,29
|
2,62
|
10,58
|
Belém
|
4,65
|
1,06
|
1,11
|
2,18
|
10,02
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
1,19
|
0,99
|
2,19
|
9,24
|
Porto Alegre
|
8,40
|
1,56
|
0,97
|
2,55
|
11,45
|
Curitiba
|
7,79
|
0,73
|
0,83
|
1,56
|
11,71
|
São Paulo
|
30,67
|
1,10
|
0,82
|
1,92
|
10,19
|
Goiânia
|
3,59
|
1,20
|
0,81
|
2,02
|
10,40
|
Fortaleza
|
3,49
|
1,45
|
0,80
|
2,26
|
11,82
|
Brasília
|
2,80
|
0,93
|
0,69
|
1,62
|
9,95
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
1,82
|
0,68
|
2,52
|
10,08
|
Campo Grande
|
1,51
|
1,38
|
0,54
|
1,93
|
9,79
|
Vitória
|
1,78
|
1,15
|
0,28
|
1,43
|
8,94
|
Brasil
|
100,00
|
1,27
|
0,90
|
2,18
|
10,36
|
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fica em 0,95%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,95% em fevereiro, e foi menor que o de janeiro (1,51%) em 0,56 p.p. Nos dois primeiros meses do ano, o índice acumula 2,47%, inferior aos 2,66% de igual período de 2015. Nos últimos doze meses o índice ficou em 11,08%, abaixo da taxa de 11,31% dos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2015 o INPC foi 1,16%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,19% em fevereiro, enquanto em janeiro a alta foi 2,41%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,84% em fevereiro, abaixo da taxa de 1,11% de janeiro.
O maior índice regional foi o da região metropolitana de Recife (1,61%), destacando-se a alta de 9,24 % nas tarifas dos ônibus urbanos, refletindo o reajuste de 14,28% em vigor desde o dia 19 de janeiro. Os menores índices ficaram com Vitória (0,40%) e Campo Grande (0,44%), onde os preços dos alimentos subiram 0,44% em ambas, bem abaixo da média nacional (1,19%). A tabela abaixo, os índices regionais.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
Recife
|
7,17
|
1,47
|
1,61
|
3,11
|
11,20
|
Salvador
|
10,67
|
2,07
|
1,51
|
3,61
|
11,06
|
Belém
|
7,03
|
1,19
|
1,12
|
2,33
|
10,23
|
Curitiba
|
7,29
|
0,64
|
1,09
|
1,74
|
12,86
|
Porto Alegre
|
7,38
|
1,55
|
0,98
|
2,54
|
12,01
|
Fortaleza
|
6,61
|
1,57
|
0,88
|
2,47
|
11,85
|
Belo Horizonte
|
10,60
|
1,45
|
0,85
|
2,31
|
9,98
|
Rio de Janeiro
|
9,51
|
2,37
|
0,72
|
3,11
|
11,37
|
São Paulo
|
24,24
|
1,37
|
0,70
|
2,08
|
10,64
|
Brasília
|
1,88
|
1,05
|
0,69
|
1,74
|
11,70
|
Goiânia
|
4,15
|
1,31
|
0,68
|
2,00
|
11,46
|
Campo Grande
|
1,64
|
1,42
|
0,44
|
1,87
|
10,37
|
Vitória
|
1,83
|
1,66
|
0,40
|
2,07
|
9,70
|
Brasil
|
100,00
|
1,51
|
0,95
|
2,47
|
11,08
|
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.