IBGE disponibiliza o Mapa de Cobertura e Uso da Terra do Maranhão
18/12/2015 10h18 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Elaborado na escala 1:1.000.000 (1 cm = 10 km), este trabalho é um dos resultados do Mapeamento Sistemático de Cobertura e Uso da Terra por unidades da federação, implementado pelo IBGE. As informações contidas no mapa retratam a dinâmica do uso da terra e são fundamentais para o planejamento e a gestão do território. Trata-se de um importante instrumento de apoio às análises de avaliação de impactos sobre os recursos naturais, detectando os processos de transformação e permitindo, inclusive, a avaliação de conflitos socioambientais. O mapa em PDF pode ser acessado aqui.
Os arquivos digitais em shape estão aqui.
No mapeamento sistemático desenvolvido pelo IBGE, as categorias geográficas são identificadas pela interpretação de imagens de satélite e ajustadas às informações obtidas em trabalhos de campo. A esta classificação preliminar são agregadas análises de informações estatísticas do IBGE, recortes espaciais sobre áreas urbanizadas e estudos específicos sobre recursos naturais. Informações de fontes externas também podem ser incluídas como, por exemplo, aquelas fornecidas pelo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), além de documentação sobre áreas de silvicultura e outros textos técnicos.
O mapeamento no Maranhão identificou quatro categorias: áreas antrópicas não agrícolas; áreas antrópicas agrícolas; áreas de vegetação natural, águas e áreas descobertas.
Na categoria áreas antrópicas não agrícolas, foram identificadas áreas de mineração, com destaque para a exploração de ouro no município de Godofredo Viana e a exploração de granito ornamental, pedra brita, e extração de areia nos municípios de Bacabeira e Rosário, bem como a exploração de calcário e cimento no município de Codó. A outra classe presente nesta categoria é a das áreas urbanizadas.
No que se refere às áreas antrópicas agrícolas, a pecuária está disseminada por todo estado, ocupando cerca de 47,12% de seu território, seja em classes individualizadas ou em classes associadas a outras atividades, como os cultivos temporários e/ou permanentes, o reflorestamento ou, ainda, o extrativismo florestal. Nesta categoria, a maior concentração está na porção Norte/Noroeste do estado.
A pecuária bubalina também é destaque e, segundo a Produção Pecuária Municipal 2014, do IBGE, o estado ocupa o quinto lugar na criação de búfalos. Ainda na categoria de Áreas Antrópicas Agrícolas, a produção de grãos teve grande expansão nas chapadas ao sul do estado, dentre eles a soja (10º maior produtor entre as 27 UFs), sendo o município de Balsas seu principal representante. Também o milho e o arroz (5º maior produtor entre as UFs) têm expressão estadual. Em razão da escala cartográfica do mapeamento, essas culturas aparecem com legendas individualizadas ou associadas a outras atividades.
A categoria áreas de vegetação natural está dividida em áreas de cobertura florestal e áreas campestres. As áreas de cobertura florestal ocupam 30,52% do estado, com destaque para o extrativismo de madeira e para outros produtos da floresta. Em alguns casos, reflorestamentos com espécies de eucalipto estão associados a essas coberturas, por ocuparem áreas já sem vegetação. Esse uso é notório nos municípios de Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Barra do Corda, Grajaú, Santa Luzia.
Na área com vegetação secundária da Floresta Ombrófila Aberta, afloram os babaçuais (usados pelo extrativismo vegetal) em associação com a pecuária. Nas áreas campestres (95.443km2), notadamente nas formações pioneiras alagadas, encontra-se a pecuária bubalina, como nos municípios de Santa Helena, Pinheiro, Turilândia e Turiaçu, na bacia do rio Pericumã. Em algumas áreas alagadas observa-se também o cultivo de arroz.
No sul do estado, as áreas campestres ocorrem nas chapadas, conhecidas como gerais, onde predominam o cultivo dos grãos e o gado bovino, como nos municípios de Alto Parnaíba, Balsas, Fortaleza dos Nogueiras, Nova Colinas, Riachão e Tasso Fragoso.
A categoria águas abrangeas águas continentais e as águas costeiras, queservem ao transporte, à pesca e ao lazer.
A categoria áreas descobertas(0,54% do estado) está representada, principalmente, pelas grandes extensões de dunas e é voltada para o turismo e o lazer. Um exemplo dentro dessa categoria é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.