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Emprego na Indústria cai 0,7% em outubro

Editoria: IBGE

18/12/2015 10h08 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Em outubro de 2015, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou queda de 0,7% frente ao patamar do mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, décimo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 6,8 %. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou variação negativa de 0,7%, no trimestre encerrado em outubro de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013. Na comparação comigual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 7,2 %, em outubro de 2015, quadragésimo nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso da série histórica (dezembro 2000). No índice acumuladono ano, o total do pessoal ocupado na indústria assinalou recuo de 5,9%, ritmo de queda mais acentuado do que o observado no primeiro semestre do ano (-5,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,6% em outubro de 2015, assinalou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Brasil - Outubro de 2015
Variáveis Variação (%)
Outubro 2015/
Setembro 2015*
Outubro 2015/
Outubro 2014
Acumulado
Janeiro-Outubro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,7
-7,2
-5,9
-5,6
Número de Horas Pagas
-0,9
-8,1
-6,5
-6,4
Folha de Pagamento Real
-0,8
-10,3
-7,1
-6,6

*Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 7,2% em outubro de 2015, com o contingente de trabalhadores apontando redução nos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de meios de transporte (-13,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,2%), máquinas e equipamentos (-10,1%), produtos de metal (-11,2%), borracha e plástico (-11,0%), alimentos e bebidas (-2,2%), outros produtos da indústria de transformação (-10,6%), vestuário (-7,2%), produtos têxteis (-10,2%), minerais não-metálicos (-8,0%), metalurgia básica (-8,3%), calçados e couro (-5,7%), papel e gráfica (-3,3%), indústrias extrativas (-4,9%) e madeira (-5,0%).

No índice acumulado nos dez meses do ano, o emprego industrial mostrou queda de 5,9%, com taxas negativas nos dezoito setores investigados. As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-10,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,5%), produtos de metal (-10,6%), máquinas e equipamentos (-7,8%), alimentos e bebidas (-2,4%), outros produtos da indústria de transformação (-9,4%), vestuário (-5,7%), calçados e couro (-7,0%), metalurgia básica (-7,1%), borracha e plástico (-4,1%), produtos têxteis (-5,0%), minerais não-metálicos (-3,8%), papel e gráfica (-3,4%) e indústrias extrativas (-4,6%).

Número de horas pagas acumulou queda de 6,5% no ano

Em outubro de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou recuo de 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, oitava taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 7,1%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou redução de 0,9% no trimestre encerrado em outubro de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou redução de 8,1% em outubro de 2015, vigésima nona taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica. O índice acumulado de janeiro a outubro de 2015 mostrou recuo de 6,5%, intensificando o ritmo de queda frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (-5,8%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -6,1% em setembro para -6,4% em outubro, assinalou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Em outubro de 2015, o número de horas pagas recuou 8,1% no confronto com igual mês do ano anterior, com perfil disseminado de queda, já que dezessete dos dezoito ramos pesquisados apontaram redução. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-15,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-16,2%), máquinas e equipamentos (-10,8%), borracha e plástico (-11,8%), produtos de metal (-11,5%), alimentos e bebidas (-2,5%), minerais não-metálicos (-9,7%), outros produtos da indústria de transformação (-11,6%), produtos têxteis (-10,6%), vestuário (-7,1%), metalurgia básica (-11,9%), calçados e couro (-8,2%) e papel e gráfica (-4,7%). Por outro lado, o único resultado positivo foi assinalado por produtos químicos (0,2%).

No índice acumulado nos dez meses de 2015, houve recuo de 6,5% no número de horas pagas, com os dezoito setores pesquisados apontando redução. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de meios de transporte (-12,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,9%), produtos de metal (-10,9%), máquinas e equipamentos (-8,5%), alimentos e bebidas (-2,7%), outros produtos da indústria de transformação (-10,2%), calçados e couro (-9,0%), vestuário (-5,4%), borracha e plástico (-5,9%), metalurgia básica (-9,4%), minerais não-metálicos (-5,2%), papel e gráfica (-4,4%), produtos têxteis (-4,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-7,9%), indústrias extrativas (-4,2%) e madeira (-5,8%).

Em síntese, o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas na indústria permaneceram, em outubro de 2015, com o comportamento de menor intensidade, com o primeiro apontando o décimo resultado negativo consecutivo no confronto com o mês imediatamente anterior; e o segundo registrando o oitavo mês em sequência de queda nesse mesmo tipo de comparação. Vale destacar que esses resultados refletem, especialmente, a diminuição de ritmo que marca a produção industrial desde o último trimestre de 2013, com redução de 15,1% desde outubro daquele ano. Nesse mesmo período, o total do pessoal ocupado e do número de horas pagas também mostraram perdas: de -10,9% e de -12,2%, respectivamente. A evolução do índice de média móvel trimestral reforça esse quadro de menor intensidade do mercado de trabalho do setor industrial, já que esse indicador prosseguiu, nas duas variáveis, com o desempenho predominantemente negativo desde o fim do primeiro semestre de 2013.

Os sinais de menor dinamismo também ficaram evidentes no confronto do terceiro trimestre do ano com o do índice mensal de outubro de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que tanto o pessoal ocupado assalariado (de -6,8% para -7,2%) como o número de horas pagas na indústria (de -7,5% para -8,1%) acentuaram o comportamento negativo, acompanhando o movimento de queda observado na produção industrial, que passou de -9,6% para -11,2% nesse período.

Folha de pagamento real recua 10,3% em outubro de 2015 frente a outubro de 2014

Em outubro de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 5,3%. No índice desse mês, verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-1,0%), que permaneceu apontando taxas negativas pelo décimo mês seguido, como do setor extrativo (-2,4%). Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria assinalou recuo de 1,2% no trimestre encerrado em outubro de 2015 frente ao patamar do mês anterior e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.

O valor da folha de pagamento real recuou 10,3% no índice mensal de outubro de 2015, décima sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o inicio da série histórica. No índice acumulado para os dez meses de 2015, o valor da folha de pagamento real da indústria assinalou redução de 7,1%, ritmo de queda mais elevado do que o observado no primeiro semestre do ano (-6,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao mostrar redução de 6,6% em outubro de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 10,3% em outubro de 2015, com resultados negativos nos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-15,7%), máquinas e equipamentos (-13,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,5%), produtos de metal (-15,8%), metalurgia básica (-15,1%), alimentos e bebidas (-4,4%), indústrias extrativas (-11,0%), borracha e plástico (-10,8%), papel e gráfica (-8,8%), outros produtos da indústria de transformação (-13,1%), produtos têxteis (-12,3%), minerais não-metálicos (-7,8%), vestuário (-7,7%), calçados e couro (-10,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-7,8%) e produtos químicos (-2,2%).

No índice acumulado nos dez meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 7,1%, com taxas negativas nas dezoito atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de meios de transporte (-12,1%), máquinas e equipamentos (-7,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,3%), alimentos e bebidas (-3,7%), produtos de metal (-11,4%), metalurgia básica (-10,6%), indústrias extrativas (-7,2%), borracha e plástico (-6,6%), outros produtos da indústria de transformação (-9,6%), calçados e couro (-9,6%), papel e gráfica (-4,0%), minerais não-metálicos (-4,1%), produtos têxteis (-6,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,4%) e produtos químicos (-1,8%).