Em dezembro, IPCA-15 fica em 1,18% e IPCA-E fecha ano em 10,71%
18/12/2015 10h04 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
PERÍODO
|
TAXA
|
---|---|
DEZEMBRO 2015
|
1,18%
|
NOVEMBRO 2015
|
0,85%
|
DEZEMBRO 2014
|
0,79%
|
Acumulado no ano
|
10,71%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 1,18% em dezembro e ficou 0,33 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,85% de novembro. Em relação aos meses de dezembro, foi o índice mais elevado desde 2002, quando registrou 3,05%. Dessa forma, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que se constitui no IPCA-15 acumulado, fechou o ano de 2015 em 10,71%, o mais elevado desde 2002, quando atingiu 11,99%. Em dezembro de 2014, o índice ficou em 0,79%, fechando o ano em 6,46%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Em dezembro, alimentação e bebidas, com alta de 2,02%, e transportes, com 1,76%, apresentaram os mais elevados resultados de grupo. Juntos, foram responsáveis por 69% do índice, já que somam 0,82 p.p. de impacto, sendo 0,50 p.p. dos alimentos e 0,32 p.p. dos transportes.
Grupo
|
Variação Mensal (%)
|
Impacto (p.p.)
|
Variação Acumulada (%)
|
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro
|
Dezembro
|
Trimestre
|
Ano
|
|
Índice Geral
|
0,66
|
0,85
|
1,18
|
1,18
|
2,71
|
10,71
|
Alimentação e Bebidas
|
0,62
|
1,05
|
2,02
|
0,50
|
3,73
|
12,16
|
Habitação
|
1,15
|
0,74
|
0,69
|
0,11
|
2,60
|
18,51
|
Artigos de Residência
|
0,12
|
0,07
|
0,60
|
0,03
|
0,79
|
4,73
|
Vestuário
|
0,58
|
0,72
|
0,73
|
0,05
|
2,04
|
4,33
|
Transportes
|
0,80
|
1,45
|
1,76
|
0,32
|
4,06
|
10,27
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,55
|
0,66
|
0,61
|
0,07
|
1,83
|
9,12
|
Despesas Pessoais
|
0,56
|
0,37
|
0,56
|
0,06
|
1,50
|
9,51
|
Educação
|
0,17
|
0,03
|
0,32
|
0,01
|
0,52
|
9,29
|
Comunicação
|
0,08
|
1,04
|
0,87
|
0,03
|
2,00
|
2,17
|
Sobre o grupo alimentação e bebidas (2,02%), foi em Goiânia que os preços mais subiram, chegando a 3,31%. Em São Paulo, a variação foi 1,46%, alta menos intensa do que as demais regiões.
Região
|
Variação (%)
|
|
---|---|---|
Dezembro
|
Ano
|
|
Goiânia | 3,31 | 13,34 |
Salvador | 2,61 | 12,57 |
Recife | 2,57 | 13,54 |
Curitiba | 2,40 | 14,08 |
Rio de Janeiro | 2,32 | 13,01 |
Porto Alegre | 2,15 | 14,21 |
Belém | 2,14 | 10,98 |
Fortaleza | 1,95 | 11,80 |
Brasília | 1,87 | 12,19 |
Belo Horizonte | 1,62 | 9,61 |
São Paulo | 1,46 | 11,37 |
Brasil
|
2,02
|
12,16
|
Os preços de vários produtos importantes na despesa das famílias tiveram alta expressiva de novembro para dezembro, com destaque para a cebola (26,28%), batata-inglesa (18,13%), tomate (17,60%), açúcar refinado (13,74%) e cristal (13,64%), feijão-carioca (5,60%), hortaliças (5,05%), frutas (4,90%) e óleo de soja (4,78%).
Considerando o ano, alimentação e bebidas apresentou alta de 12,16%, resultado superado apenas pelo grupohabitação (18,51%). A maior elevação foi registada na região metropolitana de Porto Alegre, onde os preços subiram 14,21%, seguida por Curitiba, com 14,08%. Belo Horizonte registrou alta mais moderada, 9,61% em comparação às demais.
No grupo transportes (1,76%), o item combustíveis, cujos preços subiram 3,41%, se destaca por liderar o ranking dos principais impactos individuais do mês, 0,18 p.p. O litro da gasolina ficou 2,69% mais caro e contribuiu com 0,11 p.p. no índice, enquanto o etanol subiu 7,14%, com 0,07 p.p. Destaca-se, também, o aumento sazonal de 36,54% de dezembro no item passagens aéreas. Com isso, o grupo transporte ficou com variação de 10,27% no ano.
Entre os itens que compõem os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, destaca-se a energia elétrica, cujas contas subiram 0,95% em decorrência, principalmente, da variação de 8,34% apropriada na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas de uma das concessionárias foi reajustada em 16% desde o dia 07 de novembro.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (1,67%), por influência das contas de energia elétrica, que subiram 8,34%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (0,79%).
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação Mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro
|
Trimestre
|
Ano
|
||
Rio de Janeiro |
12,46
|
0,50
|
0,75
|
1,67
|
2,94
|
11,05
|
Goiânia |
4,44
|
0,78
|
1,17
|
1,58
|
3,57
|
11,56
|
Belém |
4,65
|
0,63
|
1,03
|
1,47
|
3,16
|
9,75
|
Fortaleza |
3,49
|
0,66
|
1,18
|
1,37
|
3,24
|
10,78
|
Brasília |
3,46
|
1,28
|
0,80
|
1,29
|
3,41
|
9,50
|
Curitiba |
7,79
|
0,68
|
0,97
|
1,29
|
2,97
|
12,46
|
Salvador |
7,35
|
0,36
|
0,88
|
1,20
|
2,46
|
9,53
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,66
|
0,68
|
1,18
|
2,54
|
11,32
|
Recife |
5,05
|
0,24
|
0,77
|
1,06
|
2,08
|
10,17
|
São Paulo |
31,68
|
0,85
|
0,82
|
0,99
|
2,68
|
11,02
|
Belo Horizonte |
11,23
|
0,43
|
0,79
|
0,79
|
2,02
|
9,26
|
Brasil
|
100,00
|
0,66
|
0,85
|
1,18
|
2,71
|
10,71
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 11 de dezembro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de outubro a 12 de novembro de 2015 (referência). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.