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Em fevereiro, vendas do varejo crescem 1,2%

12/04/2016 10h57 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Fevereiro/Janeiro
1,2
1,3
1,8
2,9
Média móvel trimestral
-1,0
-0,2
-0,2
0,7
Fevereiro 2016 / Fevereiro 2015
-4,2
7,3
-5,6
3,3
Acumulado 2016
-7,6
3,9
-10,1
-1,3
Acumulado 12 meses
-5,3
3,0
-9,1
-1,8

Em fevereiro de 2016, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista nacional registrou aumentos de 1,2% para o volume de vendas e de 1,3% para a receita nominal. Essa taxa do volume foi a mais alta desde julho de 2013 (3,0%), mas não compensou a queda de 4,1% acumulada nos dois meses anteriores. Dessa forma, a média móvel trimestral (-1,0%) em fevereiro permaneceu negativa pelo terceiro mês consecutivo. Na série sem ajuste sazonal, em relação a fevereiro de 2015, o volume de vendas do varejo recuou (-4,2%), décima primeira taxa negativa seguida nessa comparação, embora menos acentuada do que a observada em janeiro (-10,3%). No ano, o varejo acumulou redução (-7,6%) e nos últimos doze meses (- 5,3%), a taxa foi idêntica à do mês anterior.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Fevereiro 2016
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
DEZ
JAN
FEV
DEZ
JAN
FEV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-2,3
-1,9
1,2
-7,2
-10,6
-4,2
-7,6
-5,3
1 - Combustíveis e lubrificantes
0,5
-2,5
0,6
-9,8
-13,8
-4,1
-9,2
-6,8
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-1,1
-0,8
0,8
-3,7
-5,8
-1,4
-3,7
-3,0
2.1 - Super e hipermercados
-1,3
-0,6
0,7
-3,9
-5,8
-1,4
-3,7
-3,1
3 - Tecidos, vest. e calçados
-2,0
-0,1
-2,8
-9,7
-12,9
-10,8
-12,0
-9,7
4 - Móveis e eletrodomésticos
-8,1
-5,4
5,0
-18,9
-24,7
-10,9
-18,7
-16,0
4.1 - Móveis
-
-
-
-22,3
-4,8
-5,3
-5,0
-15,7
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-17,4
-32,6
-13,7
-24,7
-16,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
0,4
0,1
0,3
3,1
-0,2
6,2
2,8
2,9
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-1,7
-0,1
-2,4
-15,0
-13,0
-16,3
-14,4
-12,3
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-11,6
0,8
-1,3
-15,9
-24,9
-17,3
-21,2
-7,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-5,2
-3,2
-0,1
-7,9
-14,8
-11,4
-13,2
-3,9
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-0,8
-1,5
1,8
-11,0
-14,1
-5,6
-10,1
-9,1
9 - Veículos e motos, partes e peças
0,4
-2,2
3,8
-20,0
-21,3
-6,6
-14,7
-17,0
10- Material de Construção
2,3
-5,1
3,3
-12,5
-18,0
-11,1
-14,8
-9,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

O volume de vendas do comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) cresceu 1,8% sobre o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, enquanto a receita nominal de vendas subiu 2,9%. Já em relação a fevereiro de 2015, as variações foram (-5,6%) para o volume de vendas e 3,3% para receita nominal. Nas taxas acumuladas, as variações do volume de vendas foram (-10,1%) no ano e (-9,1%) nos últimos 12 meses, e para a receita nominal, de (-1,3%) e (-1,8%) respectivamente.

RESULTADOS SETORIAIS

O avanço de 1,2% do comércio varejista em fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por quatro das oito atividades pesquisadas. Esse avanço foi influenciado, principalmente, por Móveis e eletrodomésticos (5,0%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). No primeiro setor, o aumento veio após a perda (-13,2%) acumulada de dezembro e janeiro, e no segundo segmento, após três quedas consecutivas, acumulando (-3,7%). As outras taxas positivas foram emCombustíveis e lubrificantes (0,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(0,3%).

Tecidos, vestuário e calçados (-2,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,4); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%) recuaram nessa comparação. O volume de vendas do comércio varejista ampliado (1,8%) também cresceu entre janeiro e fevereiro de 2016, influenciado por Veículos e motos, partes e peças (3,8%) e Material de construção (3,3%).



TABELA 2
BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Fevereiro 2016
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
DEZ
JAN
FEV
DEZ
JAN
FEV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-1,9
0,1
1,3
2,6
0,8
7,3
3,9
3,0
1 - Combustíveis e lubrificantes
3,4
-3,2
1,6
8,7
5,7
10,4
8,0
6,5
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,6
0,5
1,7
8,1
6,8
12,1
9,4
6,9
2.1 - Super e hipermercados
0,5
0,6
1,7
7,8
6,6
11,9
9,2
6,6
3 - Tecidos, vest. e calçados
-1,7
0,6
-1,8
-5,4
-8,2
-5,0
-6,8
-5,9
4 - Móveis e eletrodomésticos
-13,3
-3,0
5,7
-15,9
-19,5
-5,6
-13,4
-13,4
4.1 - Móveis
-
-
-
-17,5
0,9
-0,6
0,2
-11,1
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-15,2
-29,1
-8,5
-20,4
-14,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
0,7
0,7
0,9
11,0
7,6
14,6
10,9
10,1
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-1,0
0,6
-2,1
-7,4
-4,8
-7,4
-5,9
-5,1
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-9,3
-1,4
0,2
-14,6
-21,4
-11,4
-16,4
-10,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-2,8
-3,5
0,3
-0,5
-7,6
-3,2
-5,6
2,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-0,2
-0,7
2,9
-2,7
-5,4
3,3
-1,3
-1,8
9 - Veículos e motos, partes e peças
0,5
-2,5
4,1
-17,2
-19,3
-4,6
-12,6
-13,4
10- Material de Construção
0,8
-2,3
-0,6
-8,0
-14,4
-6,9
-10,9
-5,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Em relação a fevereiro de 2015, o volume de vendas do comércio varejista recuou
(-4,2%), décima primeira taxa negativa consecutiva, sendo essa queda a menos acentuada dos últimos seis meses. Vale citar que fevereiro de 2016 (19 dias) teve um dia útil a mais do que fevereiro do ano passado (18 dias). O resultado deste mês foi acompanhado por taxas negativas em sete das oito atividades investigadas.

Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram os seguintes: Móveis e eletrodomésticos(-10,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,4%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%); Tecidos, vestuário e calçados (-10,8%); Combustíveis e lubrificantes(-4,1%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-17,3%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,3%). A única atividade com impacto positivo no resultado global no varejo foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%).

TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - Fevereiro 2016
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
      Taxa Global
-4,2
-4,2
-5,6
-5,6
1 - Combustíveis e lubrificantes
-4,1
-0,4
-4,1
-0,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-1,4
-0,7
-1,4
-0,5
3 - Tecidos, vest. e calçados
-10,8
-0,7
-10,8
-0,5
4 - Móveis e eletrodomésticos
-10,9
-1,2
-10,9
-0,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
6,2
0,5
6,2
0,3
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-16,3
-0,2
-16,3
-0,1
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-17,3
-0,3
-17,3
-0,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-11,4
-1,1
-11,4
-0,8
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
 
-6,6
-1,7
10- Material de Construção
-
-
-11,1
-1,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

O volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos recuou (-10,9%) em relação a fevereiro do ano passado e registrou o maior impacto negativo na formação da taxa do varejo. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram, respectivamente (-18,7%) e (-16,0%). Tal comportamento foi influenciado pela elevação do custo das operações de crédito às pessoas físicas, além da redução da massa real de rendimentos.

O volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,4%), que engloba lojas de departamentos, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, foi responsável pela segunda maior influência negativa sobre a taxa do varejo. Para os dois primeiros meses do ano a variação acumulada foi (-13,2%) e para os últimos 12 meses, (-3,9%). Este desempenho pode ser atribuído a um cenário de queda de ritmo de oferta de crédito e de redução da massa real de rendimentos, mesmo que essa atividade contemple baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de (-1,4%) no volume de vendas em fevereiro sobre igual mês do ano anterior, exerceu a terceira principal contribuição negativa na formação da taxa global do varejo. O segmento acumula no primeiro bimestre do ano recuo de 3,7% e de 3,0% nos últimos doze meses. O crescimento acima da média dos preços de alimentação no domicílio, somado ao menor poder de compra da população, influenciou este desempenho.

Do mesmo modo, a atividade de Tecidos, vestuário e calçados também foi responsável pela terceira participação negativa mais intensa no índice geral do varejo, (-10,8%) com relação a igual mês do ano anterior, acumulando (-12,0%) no ano e (-9,7%) nos últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário subindo menos que o IPCA, o volume de vendas desta atividade vem se mantendo abaixo da média geral do comércio varejista.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes registrou queda (-4,1%) no volume de vendas, em relação a fevereiro de 2015, respondendo pela quarta maior contribuição negativa à taxa global do varejo. Os acumulados no ano (-9,2%) nos últimos 12 meses (-6,8%) também estão negativos. Esse recuo nas vendas reflete, principalmente, o crescimento dos preços dos combustíveis, que acumula alta de 15,9% em 12 meses, segundo o IPCA.

O setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com queda (-17,3%) no volume de vendas em comparação a fevereiro de 2015, teve a quinta maior participação negativa na taxa global do varejo. As taxas acumuladas foram (-21,2%) no ano e (-7,5%) nos últimos 12 meses, devido à alta do dólar nos últimos meses, pois muitos componentes eletrônicos ainda são importados.

Livros, jornais, revistas e papelaria, papelaria deram a contribuição negativa menos intensa ao resultado do varejo, com variação no volume de vendas de (-16,3%) sobre fevereiro de 2015, e acumulando (-14,4%) no ano e (-12,3%) nos últimos 12 meses. No que tange aos jornais e revistas, esse declínio se liga à gradativa substituição dos impressos pelos eletrônicos, além da redução orçamentária das famílias.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foi o único com participação positiva na taxa global do varejo, com crescimento de 6,2% na relação fevereiro 2015/fevereiro 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 2,8% e 2,9%, respectivamente. O desempenho setorial favorável desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e a variação de preços de medicamentos abaixo do índice geral.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, (-5,6%) teve sua vigésima primeira taxa negativa consecutiva em relação ao mesmo mês do ano anterior. Assim, as taxas acumuladas ficaram em (-10,1%) para o ano e (-9,1%) em doze meses. Esse comportamento é atribuído ao desempenho negativo de Veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi (-6,6%), acumulando no ano (-14,7%) e, em 12 meses, (-17,0%). A redução das vendas no segmento decorre, entre outros fatores, da menor oferta de crédito, da restrição orçamentária das famílias e da desaceleração do crescimento real dos salários.

O volume de vendas de Material de construção recuou (-11,1%) em relação a fevereiro de 2015, acumulando (-14,8%) no ano e (-9,5%) nos últimos doze meses. Esse desempenho deve-se à redução da atividade econômica e ao menor número de lançamentos imobiliários.

RESULTADOS REGIONAIS

De janeiro para fevereiro de 2016, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejistacresceu em dezessete das 27 unidades da federação, com destaque para os locais que avançaram acima da média brasileira (1,2%): Tocantins (3,3%), Paraná (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Minas Gerais (2,5%), Rio de Janeiro (2,2%), Amazonas (2,1%), Amapá (1,4%) e São Paulo (1,4%). Por outro lado, as taxas mais negativas foram em Sergipe (-3,7%), Mato Grosso (-1,8%) e Rio Grande do Norte (-1,7%).

Em relação a fevereiro de 2015, o volume de vendas caiu em 25 das 27 unidades da federação e as taxas mais negativas foram no Amapá (-17,1%), Sergipe (-12,8%) e Amazonas (-10,8%), com recuos de dois dígitos. No entanto, as participações negativas mais intensas sobre a taxa do varejo vieram de São Paulo (-3,6%) e Rio de Janeiro (-6,5%).

O volume de vendas do Comércio Varejista Ampliado recuou em 24 das 27 Unidades da Federação, em relação a fevereiro de 2015, destacando-se: Amapá (-18,6%), Sergipe
(-14,6%); Espírito Santo (-13,2%) e Maranhão (-12,9%). As únicas taxas positivas no volume de vendas ocorreram em Rondônia (-5,6%), Roraima (2,2%) e Minas Gerais (0,9%). Os impactos mais negativos no resultado global do setor (-5,6%) vieram de Rio de Janeiro
(-9,4%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-8,4%).


Gráfico 5
Taxa de variação do Volume de Vendas do Varejo por UF
Mês/Mês imediatamente anterior
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio


Gráfico 6
Taxa de variação do Volume de Vendas do Varejo por UF
Mês/Igual mês do ano anterior
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio