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Em abril, IPCA-15 fica em 0,51%

20/04/2016 09h48 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período
TAXA
Abril
0,51%
Março
0,43%
Abril 2015
1,07%
Acumulado no ano
3,32%
Acumulado 12 meses
9,34%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,51% em abril e ficou 0,08 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,43%). Com este resultado o acumulado no ano ficou em 3,32%, abaixo dos 4,61% registrados em igual período do ano anterior. O acumulado nos últimos 12 meses (9,34%) ficou abaixo do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (9,95%). Em abril de 2015 a taxa havia sido 1,07%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Alimentação e Bebidas, com alta de 1,35%, e Saúde e Cuidados Pessoais, com 1,32%, apresentaram os maiores resultados de grupo, conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Março
Abril
Março
Abril
Índice Geral
0,43
0,51
0,43
0,51
Alimentação e Bebidas
0,77
1,35
0,20
0,34
Habitação
-0,52
-0,41
-0,08
-0,06
Artigos de Residência
0,88
0,28
0,04
0,01
Vestuário
0,44
0,49
0,03
0,03
Transportes
0,45
0,18
0,08
0,03
Saúde e Cuidados Pessoais
0,70
1,32
0,08
0,15
Despesas Pessoais
0,70
0,36
0,07
0,04
Educação
0,67
0,15
0,03
0,01
Comunicação
-0,51
-0,96
-0,02
-0,04

Os alimentos (1,35%) contribuíram com 0,34 p.p. na formação do índice do mês, respondendo por 67% dele. Na região metropolitana de Belo Horizonte os preços dos alimentos ficaram 2,12% mais caros, seguidos porBelém (1,94%). O item frutas (8,52%) deteve a maior contribuição individual (0,09 p.p.). Além das frutas, outros produtos ficaram mais caros de um mês para o outro, sobretudo o açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite(5,76%), hortaliças (5,02%), batata-inglesa (4,80%) e feijão-carioca (4,19%). Por outro lado, o tomate(-8,63%) e a cebola (-3,35%) ficaram mais baratos.

Os remédios, 2,64% mais caros, se destacaram no grupo Saúde e Cuidados Pessoais (1,32%), reflexo de parte do reajuste de 12,50% em vigor a partir de 1º primeiro de abril. Plano de saúde (1,06%), artigos dehigiene pessoal (0,70%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,66%) são outros destaques no grupo.

Nos demais grupos, destacam-se, em alta, os seguintes itens: tv, som e informática (1,69%); artigos de limpeza (1,42%); taxa de água e esgoto (0,98%); emplacamento e licença (0,75%); empregado doméstico(0,69%); roupa feminina (0,57%); conserto de automóvel (0,48%); ônibus urbano (0,37%).

O resultado da taxa de água e esgoto (0,98%) foi influenciado pelas regiões metropolitanas de Recife (9,21%), onde a tarifa foi reajustada em 10,69% a partir do dia 20 de março, e de Curitiba (4,70%), com reajuste de 10,48% em 1º de abril.

No item ônibus urbano (0,37%), foi Porto Alegre (8,00%) a região que exerceu influência sobre o resultado, com o reajuste de 15,38% sobre as tarifas, em vigor desde 30 de março.

A energia elétrica (-2,86%) exerceu o mais expressivo impacto para baixo (-0,11 p.p.), com o fim da cobrança extra da bandeira tarifária, pois desde 1º de abril deixou de ser cobrado o valor de R$1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela. As contas de energia em todas as regiões pesquisadas ficaram mais baratas, especialmente em Salvador (-6,63%). Em algumas regiões, inclusiveSalvador, também houve queda no valor das alíquotas do PIS/COFINS.

Os maiores os índices regionais foram em Belém (0,78%) e Porto Alegre (0,76%). O índice de Belém foi pressionado pela taxa de 1,94% dos alimentos, com destaque para o açaí com alta de 11,80%. Em Porto Alegre o resultado de 8,00% dos ônibus urbanos, que refletiu o reajuste de 15,38% ocorrido em 30 de março, foi o principal responsável pela alta do índice. Salvador (0,08%) foi a região metropolitana que apresentou a menor variação em virtude da queda de 5,15% no preço dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 6,03% mais barato e o do etanol 3,53%. Na tabela abaixo, os resultados por região pesquisada:

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Março
Abril
Ano
12 meses
Belém
4,65 0,47 0,78 3,71 10,00
Porto Alegre
8,40 0,66 0,76 3,95 10,17
Fortaleza
3,49 0,57 0,74 3,97 11,00
Belo Horizonte
11,23 0,52 0,66 3,33 8,27
São Paulo
31,68 0,44 0,59 3,26 9,41
Curitiba
7,79 0,55 0,47 2,72 9,60
Goiânia
4,44 0,67 0,39 3,04 9,51
Recife
5,05 0,40 0,30 3,47 9,99
Rio de Janeiro
12,46 0,11 0,30 3,20 8,70
Brasília
3,46 0,19 0,30 2,20 8,29
Salvador
7,35 0,23 0,08 3,58 9,30
Brasil
100,00 0,43 0,51 3,32 9,34

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 15 de março (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.