Índice de Preços ao Produtor (IPP) de março cai 1,21%
29/04/2016 09h28 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
MARÇO 2016
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-1,21%
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Fevereiro 2016
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-0,63%
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Março 2015
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1,86%
|
Acumulado em 2016
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-1,17%
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Acumulado em 12 meses
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5,25%
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Em março de 2016, os preços da indústria geral variaram, em média, -1,21% quando comparados ao mês anterior, resultado inferior ao de fevereiro (-0,63%). O resultado de março é o menor da série iniciada em janeiro de 2014. O acumulado no ano foi de -1,17%, contra 0,04% em fevereiro. O acumulado em 12 meses foi de 5,25%, contra 8,52% em fevereiro. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 8 apresentaram variações positivas de preços, contra 10 do mês anterior.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e
Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções | Variação | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
JAN/16
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FEV/16
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MAR/16
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JAN/16
|
FEV/16
|
MAR/16
|
JAN/16
|
FEV/16
|
MAR/16
|
|
Indústria Geral |
0,68
|
-0,63
|
-1,21
|
0,68
|
0,04
|
-1,17
|
9,99
|
8,52
|
5,25
|
Bens de Capital (BK) |
2,40
|
-0,41
|
-1,00
|
2,40
|
1,98
|
0,95
|
14,27
|
11,98
|
8,10
|
Bens Intermediários (BI) |
0,28
|
-1,50
|
-1,81
|
0,28
|
-1,22
|
-3,01
|
9,86
|
7,72
|
3,09
|
Bens de consumo(BC) |
0,89
|
0,74
|
-0,29
|
0,89
|
1,63
|
1,33
|
9,15
|
8,95
|
8,09
|
Bens de consumo duráveis (BCD) |
1,43
|
0,51
|
-0,07
|
1,43
|
1,94
|
1,87
|
5,92
|
5,73
|
4,62
|
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) |
0,72
|
0,81
|
-0,36
|
0,72
|
1,53
|
1,17
|
10,18
|
9,97
|
9,20
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Em março de 2016, a variação de preços de -1,21% frente a fevereiro repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -1,00% em bens de capital; -1,81% em bens intermediários; e -0,29% em bens de consumo, sendo que -0,07% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,36% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
A influência das grandes categorias econômicas sobre a indústria geral foi a seguinte: -0,09 ponto percentual (p.p) de bens de capital, -1,02 p.p. de bens intermediários e -0,10 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,10 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis.
Na perspectiva do acumulado no ano, as variações de preços da indústria acumularam, até março, variação de -1,17%, sendo 0,95% a variação de bens de capital (com influência de 0,08 p.p.), -3,01% de bens intermediários (-1,71 p.p.) e 1,33% de bens de consumo (0,46 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,15 p.p. pelos produtos de “bens de consumo duráveis” e 0,31 p.p., pelos “bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.
No acumulado em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou, em março, 5,25%, com as seguintes variações: bens de capital, 8,10% (0,70 p.p. de influência); bens intermediários, 3,09% (1,75 p.p.); e bens de consumo, 8,09% (2,79 p.p.), sendo que a influência de “bens de consumo duráveis” foi de 0,39 p.p. e a de “bens de consumo semiduráveis e não duráveis” de 2,41 p.p.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções
Últimos três meses
Seções e atividades | Variação | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
JAN/16
|
FEV/16
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MAR/16
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JAN/16
|
FEV/16
|
MAR/16
|
JAN/16
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FEV/16
|
MAR/16
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|
Indústria Geral
|
0,68
|
-0,63
|
-1,21
|
0,68
|
0,04
|
-1,17
|
9,99
|
8,52
|
5,25
|
B - Indústrias Extrativas
|
-14,43
|
-0,46
|
6,56
|
-14,43
|
-14,83
|
-9,23
|
-11,09
|
-23,64
|
-20,17
|
C - Indústrias de Transformação
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1,11
|
-0,63
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-1,40
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1,11
|
0,46
|
-0,94
|
10,62
|
9,63
|
6,13
|
Oito das 24 atividades industriais tiveram alta
Em março/2016, 8 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra 10 do mês anterior. As quatro maiores variações se deram entre indústrias extrativas (6,56%), outros equipamentos de transporte (-4,86%), fumo (-4,86%) e outros produtos químicos (-4,11%). As maiores influências vieram de outros produtos químicos (-0,43 p.p.), alimentos (-0,34 p.p.), papel e celulose (-0,15 p.p.) e indústrias extrativas (0,15 p.p.).
O indicador acumulado no ano atingiu -1,17% em março/2016, contra 0,04% em fevereiro. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (-9,23%), outros produtos químicos (-6,35%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,14%) e produtos de metal (4,93%). Já as maiores influências vieram de outros produtos químicos (-0,68 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,44 p.p.), Indústrias extrativas (-0,25 p.p.) e veículos automotores (0,19 p.p.).
No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida em março de 2016 foi de 5,25%, contra 8,52% no mês anterior. As quatro maiores variações ocorreram em indústrias extrativas (-20,17%), outros equipamentos de transporte (15,22%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (14,77%) e fumo (13,90%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (2,26 p.p.), Indústrias extrativas (-0,67 p.p.), veículos automotores (0,59 p.p.) e outros produtos químicos (0,54 p.p.).
Indústrias extrativas: em março, depois de resultados negativos ininterruptos desde novembro de 2015, a variação contra o mês anterior foi de 6,56%. Mesmo com esse resultado positivo, tanto o acumulado no ano (-9,23%) quanto a comparação com o mesmo mês do ano passado (-20,17%) mantiveram-se com variações negativas. O resultado positivo observado no mês se deve às variações em 'óleos brutos de petróleo' e 'minérios de ferro', que, por sua vez, são negativas nas demais comparações.
Alimentos: em março, a variação média dos produtos que compõem a atividade de alimentos foi de -1,68%, primeiro resultado negativo desde maio de 2015 (-0,63%) e segundo maior resultado negativo da série (o primeiro foi o de fevereiro de 2013, -2,58%). Com essa variação, o acumulado recuou de 1,95%, em fevereiro, para 0,24%, em março. O acumulado em 12 meses, por sua vez, ao atingir a variação de 11,82% chega ao menor resultado observado desde agosto de 2015 (7,84%).
Em relação ao mês anterior, há uma interseção de três produtos no conjunto das quatro maiores variações e das quatro maiores influências; são eles: 'leite esterilizado / UHT / Longa Vida', 'carnes de bovinos frescas ou refrigeradas' e 'carnes de bovinos congeladas'. Desses, as variações de preços das carnes foram negativas e a do leite, positiva. O quarto produto destacado em termos de influência foi 'resíduos da extração de soja', também com variação negativa. Os quatro produtos de maior influência responderam por -1,19 p.p. da variação de -1,68%.
Papel e celulose: o setor de fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentou, em março, a maior queda no índice de preços ao produtor desde o início da medição, em janeiro de 2010, da ordem de -4,04% em relação ao mês anterior. Com o índice de março, o setor acumula uma queda de -2,58% em 2016, mas mantém uma variação positiva de 8,34% desde março de 2015.
Os quatro produtos que mais influenciaram o setor em março foram: “celulose”; “papel kraft para embalagem não revestido”, “papel, não revestido, para usos na escrita, impressão e outros fins gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”; e “caixas de papelão ondulado ou corrugado”. Esses quatro produtos foram responsáveis por -4,06 p.p. dentro da variação de -4,04% do setor.
Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor, na comparação com fevereiro variaram, em média, em -0,54% em março. Com isso a variação acumulada no ano foi de -4,19%. Na comparação com igual mês de 2015, a variação é positiva, 4,11%.
O recuo de preços de “naftas” e “óleos lubrificantes básicos” foram destaques na variação negativa, contrabalançando as variações positivas de “gasolina automotiva” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”. Os dois últimos produtos têm o maior peso no cálculo do produto, somando quase 70%, logo, se conclui que as variações nos produtos com queda foram mais intensas, a ponto de compensar o peso destes produtos. Os quatro produtos de maior influência responderam por -0,55 p.p. da variação de -0,54%.
Outros produtos químicos: os preços da indústria química registraram no mês de março uma variação negativa de 4,11%, maior queda no setor, neste tipo de comparação, desde o início da série do IPP em janeiro de 2010, o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de -6,35% e de 5,33% em 12 meses.
Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior (“adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “polipropileno(PP)” e “PEAD”) representaram -2,62 p.p. no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 p.p.
Veículos automotores: em março, a variação média dos produtos do setor de veículos automotores foi de -0,26%, fazendo com que o acumulado no ano retrocedesse de 2,09%, em fevereiro, para 1,82%, em março. Na comparação com igual mês de 2015, os preços de março de 2016 estão 5,47% maiores que os de março de 2015, numa série que é decrescente desde janeiro de 2016 (7,14%).
Os destaques, tanto em termos de variação quanto de influência, em relação ao mês anterior, são de variações negativas de preços. Dois produtos (“caixas de marcha para veículos automotores” e “carrocerias para ônibus”) aparecem nas duas listas. No caso da influência, os outros dois são “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão-trator para reboques e semirreboques”. Os quatro produtos de maior influência responderam por -0,21 p.p. da variação de -0,26%.
Outros equipamentos de transporte: em março de 2016, os preços do setor apresentaram variação de -4,86% na comparação com o mês imediatamente anterior, repetindo o sinal da variação de fevereiro (-0,32%). A variação acumulada no ano registrou -1,58%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços do setor registraram aumento de 15,22% – segunda maior taxa registrada na indústria geral e maior taxa da indústria de transformação.
A redução verificada nos preços de “Aviões de peso superior a 2.000 kg” (aderentes à variação cambial - R$/US$) foi o principal responsável pelo resultado no mês. Os outros dois produtos investigados (“Fabricação ou manutenção de embarcações” e “Motocicletas com mais de 50cm3”) apresentaram preços maiores em março na comparação com fevereiro.