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Vendas do varejo variam 0,1% em junho

Editoria: IBGE

09/08/2016 07h59 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Junho/Maio
0,1%
0,9%
-0,2%
-0,2%
Média móvel trimestral
-0,2%
0,6%
-0,7%
-0,1%
Junho 2016 / Junho 2015
-5,3%
6,0%
-8,4%
0,0%
Acumulado 2016
-7,0%
4,5%
-9,3%
-0,8%
Acumulado 12 meses
-6,7%
3,4%
-10,1%
-2,1%

Em junho de 2016, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista nacional apresentou variações positivas de 0,1% em volume de vendas e de 0,9% para receita nominal. Com esses resultados, a média móvel trimestral para o volume de vendas, em trajetória descendente desde dezembro de 2014, mostrou variação de -0,2%, enquanto permanece no campo positivo (0,6%) para a receita nominal.

Na série sem ajuste sazonal, em relação a junho de 2015, o volume de vendas apontou queda de 5,3%, 15º taxa negativa consecutiva nessa comparação, porém menos acentuada que as observadas em maio (-9,0%) e abril (-6,9%). Para o acumulado dos seis primeiros meses do ano, a queda foi de 7,0%, menor resultado da série. O acumulado nos últimos 12 meses também registrou a maior queda da série histórica (-6,7%). Por outro lado, a receita nominal de vendas do comércio varejista, em junho de 2016, mantém-se no campo positivo nas mesmas comparações: 6,0% frente a junho de 2015, 4,5% no acumulado no ano e 3,4% no acumulado nos últimos 12 meses.

Para o comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), a variação em relação a maio de 2016 foi de -0,2% tanto para o volume quanto para a receita nominal de vendas, ambas na série com ajuste sazonal. Em relação a junho de 2015, a queda no volume de vendas foi de 8,4%, também menos intensa que as registradas em maio (-10,2%) e abril (-9,2%). No que tange às variações acumuladas, o recuo no semestre foi de 9,3% e de -10,1% nos últimos 12 meses. A receita nominal de vendas do comércio varejista ampliado, em junho de 2016, ficou estável em relação a igual mês de 2015 (0,0%), mas recuou 0,8% no acumulado no ano e, no indicador acumulado nos últimos 12 meses, a taxa ficou em -2,1%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Três das oito atividades pesquisadas apresentam variações positivas

O volume do comércio varejista ficou praticamente estável na passagem de maio para junho (0,1%), após recuo de 0,9% em maio. Também foi observada relativa estabilidade frente a maio nos setores de combustíveis e lubrificantes (-0,1%); móveis e eletrodomésticos (-0,1%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,2%).

Pressionando negativamente a média global do varejo, destaca-se, principalmente, o recuo de 0,4% no grupamento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, após relativa estabilidade registrada em maio (0,1%), seguido por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%).

Por outro lado, com avanço no volume de vendas em junho frente a maio, figuram os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%), com desempenhos influenciados pelas comemorações das datas festivas do mês de junho, seguidos por livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).

Considerando o comércio varejista ampliado, a variação foi de -0,2% frente a maio, com veículos e motos, partes e peças registrando perda de 1,3% frente a maio, em oposição ao avanço de 1,3% em material de construção nessa mesma comparação.



BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Junho 2016
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
ABR
MAI
JUN
ABR
MAI
JUN
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
0,3
-0,9
0,1
-6,9
-9,0
-5,3
-7,0
-6,7
1 - Combustíveis e lubrificantes
0,2
-0,4
-0,1
-10,6
-10,8
-8,9
-9,8
-9,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
1,0
0,1
-0,4
-4,6
-5,5
-2,9
-3,6
-3,4
2.1 - Super e hipermercados
1,2
0,1
-0,4
-4,4
-5,3
-2,6
-3,4
-3,4
3 - Tecidos, vest. e calçados
4,1
1,7
0,7
-9,9
-13,6
-3,7
-11,1
-11,3
4 - Móveis e eletrodomésticos
-1,8
-1,4
-0,1
-10,1
-15,2
-9,7
-14,5
-15,7
4.1 - Móveis
-
-
-
-14,1
-12,1
-12,4
-12,5
-16,5
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-8,2
-16,5
-8,5
-15,5
-15,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-3,0
-0,7
-0,2
-1,3
-2,5
-2,1
0,2
0,7
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-3,6
-2,6
0,6
-18,7
-24,4
-18,3
-17,0
-15,5
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-8,1
-2,2
-3,6
-14,4
-14,4
-18,3
-16,2
-14,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
2,0
-2,1
0,8
-11,1
-15,4
-8,4
-12,3
-8,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-1,5
-0,3
-0,2
-9,2
-10,2
-8,4
-9,3
-10,1
9 - Veículos e motos, partes e peças
-6,9
0,6
-1,3
-13,7
-13,2
-15,2
-13,7
-17,1
10- Material de Construção
-3,7
0,0
1,3
-13,0
-10,6
-9,8
-13,0
-12,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com junho de 2015, o volume de vendas do comércio varejista recuou 5,3%, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando todas as atividades pesquisadas.

Os resultados, por ordem de maior contribuição na formação da taxa global, foram os seguintes:hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%), móveis e eletrodomésticos(-9,7%); combustíveis e lubrificantes (-8,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%). Essas atividades respondem por mais de 80% da taxa global.

As demais atividades em quedas foram: tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria(-2,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de 18,3%.

BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - Junho 2016
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
      Taxa Global
-5,3
-5,3
-8,4
-8,4
1 - Combustíveis e lubrificantes
-8,9
-0,9
-8,9
-0,6
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-2,9
-1,5
-2,9
-0,9
3 - Tecidos, vest. e calçados
-3,7
-0,3
-3,7
-0,2
4 - Móveis e eletrodomésticos
-9,7
-1,0
-9,7
-0,7
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-2,1
-0,2
-2,1
-0,1
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-18,3
-0,1
-18,3
-0,1
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-18,3
-0,3
-18,3
-0,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-8,4
-0,9
-8,4
-0,6
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-15,2
-4,2
10- Material de Construção
-
-
-9,8
-0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Com variação de -2,9% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a maior contribuição para o índice geral no mês de junho. Esta atividade mantém alta correlação com a evolução negativa da massa de salários real habitual. Em termos de acumulados, a taxa para os primeiros seis meses do ano foi de -3,6% e para os últimos 12 meses, de -3,4%.

O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de -9,7% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, responde pela segunda maior contribuição negativa na taxa global do varejo. Este resultado explica-se pelo menor ritmo de crescimento do crédito às famílias, além da queda da renda real. No acumulado do ano a taxa foi de -14,5% e nos últimos 12 meses, de -15,7%.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, com variação de -8,9% no volume de vendas em relação a junho de 2015, exerceu a terceira maior influência na formação da taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de -9,8%, e nos últimos 12 meses, de -9,3%. O aumento de preços de combustíveis, acima do índice geral de inflação vem influenciando o comportamento do setor.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., com variação de -8,4% no volume de vendas em relação a junho de 2015, também exerceu o terceiro maior impacto negativo na formação da taxa do comércio varejista. Em termos acumulados, a taxa para o primeiro semestre do ano foi de -12,3% e para os últimos 12 meses, de -8,7%.

O segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou variação no volume de vendas de -3,7% com relação a igual mês do ano anterior. Embora os preços de vestuário estejam evoluindo abaixo da inflação geral, o desempenho do setor é negativo, porém, vale citar que a taxa registrada em junho é a menor do ano de 2016. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de -11,1%, e nos últimos 12 meses, de -11,3%.

O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com recuo de 18,3% frente a junho de 2015, também influenciou negativamente o resultado global. Em termos acumulados, a taxa no semestre foi de -16,2% e nos últimos 12 meses, de -14,0%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se a influência da evolução da taxa de câmbio, com reflexo nos preços de alguns componentes eletrônicos importados, em especial, para microcomputadores e aparelhos eletrônicos.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou recuo de 2,1% na comparação com junho do ano passado. A essencialidade dos produtos comercializados vem sendo pressionada pelo comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos, que evoluíram acima da taxa geral de inflação nos últimos dois meses. No entanto, taxas acumuladas ainda permanecem no campo positivo: 0,2% no primeiro semestre de 2016 e 0,7% para os últimos 12 meses.

Embora com variação de -18,3% no volume das vendas, a atividade de livros, jornais, revistas e papelariapouco impacto exerceu no resultado do total do varejo. No volume de vendas acumulado no primeiro semestre do ano, a variação foi de -17,0% e para os últimos 12 meses, -15,5%. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o comércio varejista ampliado registrou recuo de 8,4%, acumulando no semestre uma perda de 9,3% e no acumulado para os últimos dez meses, recuo de 10,1%. Mesmo com maior número de dias úteis em junho de 2016, o resultado do varejo ampliado vem sendo impactado pela redução do ritmo da atividade econômica, pelo aumento das taxas de juros e pela redução da renda da familiar.

O desempenho do varejo ampliado reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de -15,2% sobre junho de 2015 e taxas acumuladas de -13,7% nos seis primeiros meses e -17,1% nos últimos 12 meses.

O segmento de material de construção recuou 9,8% em volume de vendas na comparação com junho de 2015. Em relação às taxas acumuladas, os resultados foram: -13,0% no primeiro semestre e -12,4% nos últimos 12 meses.

Volume de vendas cresce em 13 das 27 unidades da federação

Regionalmente, em junho de 2016, 13 das 27 unidades da Federação apresentaram recuo no volume de vendas, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Os destaques negativos, em termos de magnitude de taxa, foram: Paraíba (-2,0%); Tocantins e Rio de Janeiro (-1,4%); Santa Catarina (-1,2%), Piauí (-1,1%); e Grande do Norte (-1,0%). Por outro lado, Roraima, com variação de 7,4%, registrou o maior avanço no volume de vendas.

Na comparação com junho de 2015, a redução do volume de vendas no varejo alcançou todos os 27 estados. O destaque, em termos de magnitude de taxa, foi no Amapá (-19,1%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destaca-se, pela ordem: Rio de Janeiro (-9,5%), seguido por São Paulo (-1,7%).

Em relação ao comércio varejista ampliado, as 27 unidades da federação registraram resultados negativos, em termos de volume de vendas, na comparação com junho de 2015, com exceção de Roraima (1,5%). Destacando-se Amapá (-17,8%), com taxas mais elevada. Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do comércio varejista ampliado, figuram as variações de -6,3% em São Paulo e -13,6% no Rio de Janeiro.