Em agosto, IPCA-15 fica em 0,45%
24/08/2016 10h11 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
PERÍODO
|
TAXA
|
---|---|
Agosto
|
0,45%
|
Julho
|
0,54%
|
Agosto 2015
|
0,43%
|
Acumulado no ano
|
5,66%
|
Acumulado em 12 meses
|
8,95%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,45% em agosto. Com este resultado, o acumulado no ano está em 5,66%, bem abaixo dos 7,36% registrados em igual período do ano anterior. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,95%, próximo dos 8,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2015 a taxa havia sido 0,43%.
Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Os preços dos alimentos tiveram alta de 0,78% e mostraram desaceleração quando comparados a julho (1,45%). Os maiores resultados do grupo foram registrados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte(1,31%), Rio de Janeiro (1,15%) e Fortaleza (1,10%), enquanto o mais baixo ficou com a região metropolitana de Recife (0,32%). O feijão-carioca, tipo mais consumido no País, que havia pressionado o resultado do mês anterior com o forte aumento de 58,06%, desacelerou de forma acentuada, passando para 4,74%, embora os preços tenham continuado a subir. Alguns produtos chegaram a ficar bem mais baratos de julho para agosto, a exemplo da cebola (-22,81%), da batata-inglesa (-18,00%) e das hortaliças (-9,01%). Mesmo assim,Alimentação e Bebidas exerceu impacto de 0,20 p.p. sobre o IPCA-15 do mês, sendo responsável por uma parcela de 44% do índice. Na tabela a seguir, os resultados dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados:
Grupo |
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Julho
|
Agosto
|
Julho
|
Agosto
|
|
Índice Geral |
0,54
|
0,45
|
0,54
|
0,45
|
Alimentação e Bebidas |
1,45
|
0,78
|
0,37
|
0,20
|
Habitação |
0,04
|
-0,02
|
0,01
|
0,00
|
Artigos de Residência |
0,27
|
0,34
|
0,01
|
0,01
|
Vestuário |
-0,08
|
-0,13
|
0,00
|
-0,01
|
Transportes |
0,17
|
0,10
|
0,03
|
0,02
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,56
|
0,87
|
0,06
|
0,10
|
Despesas Pessoais |
0,52
|
0,85
|
0,06
|
0,09
|
Educação |
0,10
|
0,90
|
0,00
|
0,04
|
Comunicação |
0,00
|
0,01
|
0,00
|
0,00
|
Além dos alimentos (0,78%), outros três grupos de produtos e serviços apresentaram desaceleração na taxa de crescimento em relação ao mês de julho: Vestuário (-0,13%), Habitação (-0,02%) e Transportes (0,10%).
No grupo Habitação (-0,02%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-1,87%) devido às quedas registradas nas seguintes regiões metropolitanas: Curitiba (-4,76%), cuja redução de 13,83% nas tarifas passou a vigorar em 24 de junho; São Paulo (-3,94%), onde a redução nas tarifas foi de 7,30% a partir de 04 de julho, em uma das concessionárias; e Porto Alegre (-0,34%), com redução de 7,50% em vigor desde 19 de junho, também em uma das concessionárias. Além disso, houve redução nas alíquotas do PIS/COFINS em seis das 11 regiões pesquisadas. Já em Belém a alta de 1,12% reflete o reajuste de 7,50% em vigor a partir do dia 7 de agosto.
Nos demais grupos pesquisados, destaca-se a alta de 0,90% em Educação, a maior de grupo, que reflete o resultado apurado na coleta de agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Oscursos regulares tiveram variação de 0,97%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) subiram 1,13%.
Quanto aos índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,88%), pressionado pela alta de 69,97% nas diárias dos hotéis, aliado à alta de 1,15 % dos alimentos, que ficou bem acima da média nacional (0,78%). O menor índice foi o de Curitiba, com 0,01%, sob influência da queda de 4,76% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação Mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Julho
|
Agosto
|
Ano
|
12 meses
|
||
Rio de Janeiro
|
12,46
|
0,46
|
0,88
|
5,89
|
9,49
|
Salvador
|
7,35
|
0,50
|
0,75
|
6,54
|
9,34
|
Belo Horizonte
|
11,23
|
0,59
|
0,60
|
6,15
|
8,67
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,64
|
0,52
|
6,94
|
10,94
|
Goiânia
|
4,44
|
0,91
|
0,47
|
5,08
|
9,26
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,20
|
0,45
|
6,09
|
8,99
|
Belém
|
4,65
|
0,69
|
0,39
|
6,19
|
10,04
|
São Paulo
|
31,68
|
0,60
|
0,34
|
5,52
|
8,83
|
Brasília
|
3,46
|
0,60
|
0,34
|
3,71
|
8,05
|
Recife
|
5,05
|
0,58
|
0,15
|
5,69
|
8,51
|
Curitiba
|
7,79
|
0,38
|
0,01
|
4,19
|
7,61
|
Brasil
|
100,00
|
0,54
|
0,45
|
5,66
|
8,95
|
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 12 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.