Em dezembro, IPCA-15 fica em 0,19% e IPCA-E fecha o ano em 6,58%
21/12/2016 09h27 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
PERÍODO
|
TAXA
|
---|---|
Dezembro
|
0,19%
|
Novembro
|
0,26%
|
Dezembro 2015
|
1,18%
|
Acumulado no ano
|
6,58%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em dezembro e ficou abaixo da taxa de 0,26% de novembro. Esse foi o menor IPCA-15 para os meses de dezembro desde 1998, quando registrou 0,13%. Dessa forma, o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado, fechou o ano de 2016 em 6,58%. Em dezembro de 2015 a taxa havia sido 1,18%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados em queda: Artigos de residência (-0,52%), Habitação (-0,28%) e Alimentação e Bebidas (-0,18%).
Grupo
|
Variação
Mensal (%) |
Impacto (p.p.)
|
Variação
Acumulada (%) |
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro |
Dezembro
|
Trimestre
|
Ano
|
|
Índice Geral
|
0,19
|
0,26
|
0,19
|
0,19
|
0,64
|
6,58
|
Alimentação e Bebidas
|
-0,25
|
-0,06
|
-0,18
|
-0,05
|
-0,49
|
9,15
|
Habitação
|
0,60
|
0,36
|
-0,28
|
-0,04
|
0,68
|
3,38
|
Artigos de Residência
|
-0,31
|
0,09
|
-0,52
|
-0,02
|
-0,74
|
3,78
|
Vestuário
|
0,36
|
-0,03
|
0,57
|
0,04
|
0,90
|
3,94
|
Transportes
|
0,67
|
0,46
|
0,79
|
0,14
|
1,93
|
4,31
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,28
|
0,68
|
0,43
|
0,05
|
1,40
|
11,16
|
Despesas Pessoais
|
-0,12
|
0,47
|
0,63
|
0,07
|
0,98
|
7,93
|
Educação
|
0,06
|
0,02
|
0,07
|
0,00
|
0,15
|
8,96
|
Comunicação
|
0,28
|
0,16
|
0,08
|
0,00
|
0,52
|
1,33
|
A queda em Alimentação e Bebidas (-0,18%) foi mais intensa que no mês anterior (-0,06%). Vários produtos influenciaram o resultado, a exemplo do feijão-carioca (-17,24%), da batata-inglesa (-15,78%), do tomate(-10,58%) e do leite longa vida (-5,40%).
Mesmo com o grupo em queda, alguns alimentos apresentaram aumento de preços, especialmente a cebola(6,50%), a farinha de mandioca (3,52%), o frango inteiro (1,62%) e o óleo de soja (2,55%).
O item energia elétrica (-1,93%), do grupo Habitação (-0,28%), exerceu o principal impacto para baixo no índice do mês (-0,07 ponto percentual (p.p)). Isso porque, em 1º de dezembro, a bandeira tarifária amarela foi substituída pela verde, que não tem o custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Ocorreu, ainda, queda de 7,52% nas contas de energia de Porto Alegre, reflexo da redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, desde 22 de novembro. No Rio de Janeiro, a redução de 11,37% nas tarifas de uma de suas concessionárias aconteceu em 07 de novembro e refletiu na queda de 6,16%. Já emGoiânia, a variação de -1,76% ainda é decorrente da redução de 8,83% em vigor desde o dia 22 de outubro.
Nos Artigos de Residência (-0,52%), a queda foi influenciada pelos itens: TV, som e informática (-2,41%) eeletrodomésticos (-1,08%).
A mais elevada variação de grupo ficou com Transportes (0,79%), sob pressão das passagens aéreas(26,16%), que liderou o ranking dos principais impactos individuais, com 0,09 p.p. Houve pressão, também, do item multa (24,64%), tendo em vista que as penalidades por infrações de trânsito tiveram aumentos em 1° de novembro, decorrência de alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTC), por meio da lei federal n° 13.281. Artigos em alta como Seguro de veículo (2,94%), etanol (1,89%), automóvel usado (1,71%) eemplacamento e licença (0,81%) também exerceram influência no resultado do grupo.
Outros destaques em alta foram: cigarro (2,13%), excursão (0,94%), empregado doméstico (0,87%) e mão de obra para pequenos reparos (0,87%).
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi registrado em Brasília (0,99%), onde os preços daspassagens aéreas tiveram alta de 21,30% com impacto de 0,35 p.p. no resultado do mês. O menor índice foi o de Goiânia (-0,22%), sob influência do resultado da gasolina (-4,69%) e do etanol (-4,18%), além da queda de 1,76% nas tarifas de energia elétrica, refletindo a redução de 8,83% em vigor desde o dia 22 de outubro.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação Mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro
|
Trimestre
|
Ano
|
||
Brasília
|
3,46
|
0,25
|
0,24
|
0,99
|
1,49
|
5,56
|
Recife
|
5,05
|
0,27
|
0,55
|
0,44
|
1,27
|
7,23
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,31
|
0,18
|
0,40
|
0,89
|
8,50
|
São Paulo
|
31,68
|
0,27
|
0,29
|
0,32
|
0,88
|
6,65
|
Belo Horizonte
|
11,23
|
0,31
|
0,18
|
0,14
|
0,63
|
6,85
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,02
|
0,30
|
0,14
|
0,46
|
7,07
|
Curitiba
|
7,79
|
-0,26
|
0,23
|
0,11
|
0,08
|
4,79
|
Salvador
|
7,35
|
0,30
|
0,23
|
0,05
|
0,58
|
6,97
|
Rio de Janeiro
|
12,46
|
-0,01
|
0,29
|
-0,04
|
0,24
|
6,43
|
Belém
|
4,65
|
0,35
|
0,30
|
-0,12
|
0,53
|
7,12
|
Goiania
|
4,44
|
0,38
|
-0,03
|
-0,22
|
0,13
|
5,42
|
Brasil
|
100,00
|
0,19
|
0,26
|
0,19
|
0,64
|
6,58
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 13 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.