IPCA fica em 0,33% em fevereiro
10/03/2017 11h29 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período | TAXA |
---|---|
Fevereiro
|
0,33%
|
Janeiro
|
0,38%
|
Fevereiro de 2016
|
0,90%
|
Acumulado no ano
|
0,71%
|
Acumulado 12 meses
|
4,76%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de fevereiro apresentou variação de 0,33% e ficou abaixo dos 0,38% de janeiro em 0,05 ponto percentual (p.p.). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde 2000, quando se situou em 0,13%. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice está em 0,71%, percentual bem inferior aos 2,18% referentes a igual período de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,76%, enquanto havia registrado 5,35% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa atingiu 0,90%. Os dados completos do IPCA podem ser acessados aqui.
Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 5,04% e impacto de 0,23 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por 70% dele. Em contrapartida, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,45% e teve intensa atuação em conter o índice, tendo em vista o impacto de -0,11 p.p.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Janeiro | Fevereiro | Janeiro | Fevereiro | |
Índice Geral |
0,38
|
0,33
|
0,38
|
0,33
|
Alimentação e Bebidas |
0,35
|
-0,45
|
0,09
|
-0,11
|
Habitação |
0,17
|
0,24
|
0,03
|
0,04
|
Artigos de Residência |
-0,10
|
0,18
|
0,00
|
0,01
|
Vestuário |
-0,36
|
-0,13
|
-0,02
|
-0,01
|
Transportes |
0,77
|
0,24
|
0,14
|
0,04
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,55
|
0,65
|
0,06
|
0,08
|
Despesas Pessoais |
0,45
|
0,31
|
0,05
|
0,03
|
Educação |
0,29
|
5,04
|
0,01
|
0,23
|
Comunicação |
0,63
|
0,66
|
0,02
|
0,02
|
A alta de 5,04% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,99%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,21 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento devido à diferença no período de reajuste. Seguem os resultados do grupo Educação por região pesquisada.
Região
|
Variação (%)
|
---|---|
Fevereiro
|
|
Salvador
|
7,20
|
Recife
|
6,80
|
Belo Horizonte
|
6,64
|
Rio de Janeiro
|
6,40
|
Porto Alegre
|
5,89
|
Vitória
|
5,54
|
Belém
|
5,48
|
Campo Grande
|
5,00
|
Curitiba
|
4,68
|
Goiânia
|
4,60
|
São Paulo
|
3,63
|
Brasília
|
3,56
|
Brasil
|
5,04
|
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas, com variação de -0,45%, foi decisivo no recuo da taxa do IPCA de janeiro para fevereiro. Este é o menor resultado desde julho de 2010, quando os preços dos alimentos tiveram queda de 0,76%. Ao se considerar apenas os meses de fevereiro, esta é a queda mais intensa desde o início do plano Real (1994).
Considerando os alimentos para consumo em casa, todas as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,39% em São Paulo até -1,57% em Campo Grande.
Região
|
Variação (%)
|
||
---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
12 meses
|
|
São Paulo
|
-0,54
|
-0,39
|
4,27
|
Belém
|
0,25
|
-0,50
|
5,68
|
Belo Horizonte
|
0,04
|
-0,54
|
4,99
|
Fortaleza
|
0,73
|
-0,60
|
7,82
|
Curitiba
|
-1,09
|
-0,60
|
1,87
|
Vitória
|
1,01
|
-0,78
|
5,94
|
Rio de Janeiro
|
0,76
|
-0,93
|
3,60
|
Porto Alegre
|
1,02
|
-0,98
|
6,42
|
Goiânia
|
-0,80
|
-1,01
|
2,69
|
Brasília
|
0,42
|
-1,04
|
2,98
|
Recife
|
0,21
|
-1,25
|
3,96
|
Salvador
|
1,60
|
-1,31
|
2,40
|
Campo Grande
|
0,38
|
-1,57
|
4,51
|
Brasil
|
0,17
|
-0,75
|
4,34
|
Vários produtos importantes na mesa do brasileiro ficaram mais baratos em fevereiro, como feijão-carioca(-14,22%) e frango inteiro (-3,83%). As principais quedas encontram-se a seguir.
Item |
Variação (%)
|
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Feijão-carioca
|
-13,58
|
-14,22
|
-25,87
|
-5,28
|
Feijão-preto
|
-3,75
|
-9,22
|
-12,63
|
38,99
|
Alho
|
-0,48
|
-5,55
|
-6,00
|
-6,50
|
Batata-inglesa
|
-8,48
|
-5,06
|
-13,11
|
-43,03
|
Cebola
|
-1,13
|
-4,36
|
-5,44
|
-51,75
|
Frango inteiro
|
-0,33
|
-3,83
|
-4,15
|
2,04
|
Tomate
|
-5,83
|
-3,33
|
-8,96
|
-40,90
|
Feijão-fradinho
|
-0,47
|
-3,15
|
-3,61
|
35,36
|
Frutas
|
0,40
|
-2,46
|
-2,06
|
9,95
|
Frango em pedaços
|
-0,66
|
-2,16
|
-2,81
|
0,78
|
Suco de frutas
|
0,25
|
-1,43
|
-1,18
|
5,56
|
Carne seca e de sol
|
-0,55
|
-1,37
|
-1,91
|
-1,43
|
Azeite
|
1,26
|
-1,26
|
-0,02
|
5,19
|
Farinha de trigo
|
-0,86
|
-1,22
|
-2,06
|
-0,44
|
Carnes
|
0,31
|
-1,22
|
-0,91
|
0,32
|
Açúcar refinado
|
0,71
|
-1,10
|
-0,39
|
9,93
|
Sorvete
|
0,07
|
-1,00
|
-0,93
|
7,95
|
Açúcar cristal
|
0,35
|
-0,99
|
-0,65
|
14,15
|
Pão doce
|
0,91
|
-0,77
|
0,14
|
4,86
|
Refrigerante fora
|
0,00
|
-0,65
|
-0,65
|
7,53
|
Atomatado
|
1,41
|
-0,64
|
0,76
|
5,81
|
Arroz
|
-0,12
|
-0,60
|
-0,71
|
12,88
|
Pão francês
|
0,65
|
-0,55
|
0,09
|
3,07
|
Em relação aos itens alimentícios que se mostraram em alta, os destaques foram:
Item |
Variação (%)
|
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 mses
|
|
Cenoura
|
7,98
|
11,77
|
20,70
|
-41,54
|
Açaí
|
2,76
|
10,95
|
14,01
|
0,25
|
Hortaliças
|
3,32
|
5,88
|
9,40
|
-8,16
|
Feijão-mulatinho
|
-0,07
|
4,35
|
4,28
|
74,50
|
Farinha de mandioca
|
5,51
|
2,63
|
8,28
|
32,75
|
Bolo
|
3,34
|
2,15
|
5,56
|
11,02
|
Pão de forma
|
0,58
|
1,83
|
2,42
|
4,86
|
Café moído
|
1,40
|
1,82
|
3,24
|
20,78
|
Margarina
|
2,40
|
1,73
|
4,17
|
10,32
|
Refrigerante
|
0,37
|
1,09
|
1,46
|
9,98
|
Óleo de soja
|
7,66
|
1,05
|
8,79
|
15,02
|
Café da manhã
|
0,47
|
1,00
|
1,47
|
12,99
|
A principal pressão individual para baixo veio do item passagem aérea, cuja queda de 12,29% gerou -0,05 p.p. de impacto e quase anulou os 0,06 p.p. dos ônibus urbanos, com tarifas mais caras em 2,33%.
Das 13 regiões pesquisadas, as tarifas dos ônibus urbanos, em fevereiro, ficaram mais caras em oito delas, especialmente em Curitiba (15,30%), conforme a tabela a seguir.
Ônibus urbano
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Fortaleza
|
7,99
|
16,36
|
14/01
|
Salvador
|
0,60
|
9,09
|
02/01
|
Belo Horizonte
|
1,00
|
9,46
|
03/01
|
Brasília
|
8,93
|
25,00
|
02/01
|
Belém
|
8,77
|
14,81
|
19/01
|
Curitiba
|
15,30
|
14,86
|
06/02
|
Recife
|
6,84
|
14,28
|
15/01
|
Vitória
|
0,97
|
16,60
|
01/01
|
Observa-se que o reajuste de 25% de Brasília vigorou de 02 a 18 de janeiro, foi interrompido e retornou à tarifa anterior por decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A partir do dia 28 de janeiro o reajuste voltou a ser aplicado.
Em Curitiba (15,30%), a partir de 6 de fevereiro, ocorreu o reajuste de 14,86% de segunda a sábado, e aos domingos deixou de ser concedido desconto, o que resultou em reajuste de 70,00% nestes dias. Já emFortaleza (7,99%) e em Vitória (0,97%) as tarifas continuaram mais baratas nos dias de domingo, mas foram reajustadas em 20,93% e 16,67%, respectivamente.
Cabe ressaltar, também, as variações apropriadas nas tarifas dos ônibus intermunicipais em cinco regiões, conforme abaixo.
Ônibus intermunicipal
|
|||
---|---|---|---|
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
Vitória
|
5,76
|
6,00
|
16/01
|
Curitiba
|
12,56
|
14,00
|
06/02
|
Fortaleza
|
5,10
|
12,00
|
11/02
|
São Paulo
|
4,43
|
6,65
|
08/01
|
Rio de Janeiro
|
5,11
|
12,00
|
14/01
|
Registre-se que na região metropolitana de São Paulo o reajuste de 6,65% concedido às tarifas dos ônibus intermunicipais pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) vigorou de 08 a 11 de janeiro, foi suspenso de 12 de janeiro a 11 de fevereiro e voltou a valer a partir do dia 12 de fevereiro.
Com isto, o grupo Transportes teve variação de 0,24%. Nele, destacam-se, ainda, o seguro de veículos(2,59%) e os combustíveis (-0,25%). O litro da gasolina ficou 0,21% mais barato, sendo que apenasSalvador, com 8,79%, e Campo Grande, com 0,74%, não mostraram queda de preços. Já o etanolapresentou variação média de -0,72%, mas em Salvador ocorreu alta expressiva de 9,50%.
Quanto aos demais grupos, situaram-se entre -0,13% referente ao Vestuário e 0,66% de Comunicação.
Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,68%), onde o item cursos regulares apresentou alta de 9,65%. O menor índice foi o de Goiânia (-0,39%), reflexo da queda de 4,24% dos combustíveis.
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Rio de Janeiro |
12,06
|
0,40
|
0,68
|
1,08
|
4,84
|
Salvador |
7,35
|
0,67
|
0,57
|
1,24
|
4,76
|
Curitiba |
7,79
|
0,31
|
0,44
|
0,75
|
3,61
|
Belém |
4,65
|
0,37
|
0,35
|
0,72
|
5,25
|
Belo Horizonte |
10,86
|
0,64
|
0,34
|
0,99
|
5,35
|
Fortaleza |
3,49
|
0,62
|
0,30
|
0,92
|
6,92
|
São Paulo |
30,67
|
0,23
|
0,27
|
0,50
|
4,65
|
Recife |
5,05
|
0,32
|
0,25
|
0,57
|
4,96
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,18
|
0,24
|
0,42
|
4,73
|
Campo Grande |
1,51
|
0,56
|
0,24
|
0,80
|
6,33
|
Vitória |
1,78
|
0,69
|
0,19
|
0,89
|
4,54
|
Brasília |
2,80
|
0,72
|
-0,03
|
0,69
|
4,65
|
Goiânia |
3,59
|
0,20
|
-0,39
|
-0,18
|
2,98
|
Brasil |
100,00
|
0,38
|
0,33
|
0,71
|
4,76
|
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (base).
INPC varia 0,24% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,24% em fevereiro e ficou abaixo da taxa de 0,42% de janeiro em 0,18 p.p. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,69%, ficando abaixo dos 5,44% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, o INPC registrou 0,95%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,53% em fevereiro, enquanto no mês anterior registraram alta de 0,35%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,59%, acima da taxa de 0,45% de janeiro.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Curitiba (0,66%), onde o itemônibus urbano apresentou alta de 15,30% refletindo o reajuste de 14,86% nas tarifas de segunda a sábado e de 70,00% aos domingos, uma vez que o desconto foi cancelado nesses dias. O menor índice foi o de Goiânia(-0,44%), reflexo da queda de 5,01% da energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (base).
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Curitiba |
7,29
|
0,23
|
0,66
|
0,88
|
3,34
|
Rio de Janeiro |
9,51
|
0,53
|
0,47
|
1,00
|
4,06
|
Fortaleza |
6,61
|
0,67
|
0,43
|
1,10
|
7,16
|
Belém |
7,03
|
0,57
|
0,35
|
0,92
|
5,41
|
Recife |
7,17
|
0,38
|
0,29
|
0,66
|
5,19
|
Salvador |
10,67
|
0,88
|
0,29
|
1,17
|
4,86
|
Brasília |
1,88
|
1,08
|
0,25
|
1,33
|
4,73
|
Vitória |
1,83
|
0,81
|
0,20
|
1,12
|
4,46
|
Porto Alegre |
7,38
|
0,10
|
0,16
|
0,26
|
4,52
|
São Paulo |
24,24
|
0,07
|
0,14
|
0,21
|
4,53
|
Belo Horizonte |
10,60
|
0,73
|
0,11
|
0,84
|
4,95
|
Campo Grande |
1,64
|
0,57
|
-0,04
|
0,53
|
5,76
|
Goiânia |
4,15
|
0,08
|
-0,44
|
-0,36
|
2,93
|
Brasil |
100,00
|
0,42
|
0,24
|
0,66
|
4,69
|