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IPCA fica em 0,25% em março

07/04/2017 10h34 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período TAXA
Março de 2017
0,25%
Fevereiro de 2017
0,33%
Março de 2016
0,43%
No ano 2017
0,96%
Acumulado nos 12 meses
4,57%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março variou 0,25% e ficou abaixo dos 0,33% de fevereiro em 0,08 ponto percentual (p.p.). Desde 2012, quando se situou em 0,21%, não há registro de IPCA mais baixo para os meses de março.

Com este resultado, o primeiro trimestre do ano acumula 0,96%, percentual bem inferior aos 2,62% de igual período de 2016. Constitui-se no menor resultado de primeiro trimestre desde o início do Plano Real, em 1994. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu ainda mais, foi para 4,57%, menos do que os 4,76% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016 o IPCA foi 0,43%.

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Com impacto de 0,15 p.p., a maior parte do índice de março ficou na conta da energia elétrica, que subiu 4,43% e levou o grupo habitação a atingir 1,18%, a mais elevada variação de grupo. O resultado do item energia elétrica reflete a cobrança da bandeira tarifária amarela no valor de R$ 2,00 a cada 100 kwh consumidos, aliada a aumentos ou reduções nas parcelas do PIS/COFINS, dependendo da região pesquisada.

No Rio de Janeiro, houve, ainda, a partir de 15 de março, reajuste de 9,81% nas tarifas de uma das concessionárias e redução de 5,19% em outra. Em Goiânia, ocorreu, também, reajuste de 35,03% na parcela da conta referente à Contribuição para Iluminação Pública – CIP. O menor resultado registrado no item energia elétrica foi 1,53% na região metropolitana de Belém, enquanto o maior, de 6,74%, ficou com o Rio de Janeiro.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral
0,33
0,25
0,33
0,25
Alimentação e Bebidas
-0,45
0,34
-0,11
0,09
Habitação
0,24
1,18
0,04
0,18
Artigos de Residência
0,18
-0,29
0,01
-0,01
Vestuário
-0,13
-0,12
-0,01
-0,01
Transportes
0,24
-0,86
0,04
-0,16
Saúde e Cuidados Pessoais
0,65
0,69
0,08
0,08
Despesas Pessoais
0,31
0,52
0,03
0,06
Educação
5,04
0,95
0,23
0,04
Comunicação
0,66
-0,63
0,02
-0,02

Além da energia elétrica (4,43%), as despesas com habitação (1,18%) ficaram mais elevadas diante do aumento de 1,13% no preço do botijão de gás, tendo em vista reflexos do reajuste médio de 9,80% ao nível das refinarias, concedido pela Petrobrás para vigorar a partir do dia 21 de março.

Educação (0,95%), embora com a segunda maior variação de grupo, mostrou recuo significativo em relação à alta de 5,04% do mês anterior, já que ficou no IPCA de fevereiro a forte pressão dos reajustes anuais habitualmente aplicados sobre o valor das mensalidades do ano anterior. Regionalmente, Fortaleza sobressai nos resultados, com 5,34%.

Já o grupo alimentação e bebidas mostrou aceleração para 0,34% em março, ao passo que, em fevereiro, havia apresentado queda de 0,45%. Produtos importantes na mesa do consumidor, como o leite longa vida(2,60%), o café moído (1,89%) e o pão francês (0,91%), ficaram mais caros.

Item
Variação (%)
Variação Acumulada
(%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Tomate
-3,33
14,47
4,21
-26,92
Açaí
10,95
8,47
23,67
-4,31
Cenoura
11,77
6,83
28,94
-45,47
Ovos
0,50
5,86
6,57
6,28
Batata-inglesa
-5,06
5,08
-8,69
-42,14
Pescado
0,40
3,43
6,33
9,29
Leite longa vida
0,32
2,60
3,62
8,80
Alho
-5,55
2,36
-3,78
-9,46
Café moído
1,82
1,89
5,20
21,42
Frutas
-2,46
1,39
-0,71
2,35
Hortaliças
5,88
1,32
10,84
-9,08
Pão francês
-0,55
0,91
1,00
3,26
Pão de forma
1,83
0,80
3,23
5,09
Iogurte
-0,02
0,77
1,90
14,47
Chocolate e achocolatado em pó
0,44
0,73
2,30
10,91
Refrigerante fora
-0,65
0,63
-0,02
6,97
Lanche fora
0,16
0,52
1,45
10,36

Por outro lado, alimentos como o feijão-preto (-9,11%), o feijão-carioca (-5,59%) e o feijão-mulatinho(-4,50%) ficaram mais baratos de um mês para o outro.

Item
Variação (%)
Variação Acumulada
(%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Feijão-preto
-9,22
-9,11
-20,59
20,02
Feijão-carioca
-14,22
-5,59
-30,01
-14,10
Feijão-mulatinho
4,35
-4,50
-0,41
62,72
Chocolate em barra e bombom
0,22
-4,19
-2,01
12,61
Farinha de trigo
-1,22
-3,50
-5,49
-4,89
Açúcar cristal
-0,99
-2,19
-2,83
8,70
Açúcar refinado
-1,10
-1,65
-2,04
5,06
Óleo de soja
1,05
-1,25
7,43
9,32
Arroz
-0,60
-1,13
-1,84
10,54
Carnes
-1,22
-0,96
-1,86
-0,01
Refrigerante
1,09
-0,75
0,71
8,19
Cebola
-4,36
-0,63
-6,04
-51,15
Cerveja
-0,07
-0,63
-2,08
3,19

A respeito das quedas, observa-se que quatro dos nove grupos de produtos e serviços recuaram de fevereiro para março: transportes (-0,86%), comunicação (-0,63%), artigos de residência (-0,29%) e vestuário(-0,12%). Neles, o destaque foi a gasolina, do grupo transportes, cujo preço do litro ficou, em média, 2,21% mais barato. Excetuando apenas a região de Recife, onde houve aumento de 0,71%, os preços caíram em todas as regiões pesquisadas, chegando a atingir -4,01% na região metropolitana de Curitiba. Quanto ao litro do etanol, a queda foi de 5,10%, com Recife apresentando, também, aumento de preço, 1,71%. Nas demais regiões a queda ficou entre -6,46% em São Paulo e -0,78% em Campo Grande. A passagem aérea também se destacou por apresentar queda de 9,63%.

Em comunicação (-0,63%), o resultado se deve à redução nas tarifas das ligações de fixo para móvel a partir do dia 25 de fevereiro, levando o item telefone fixo a -2,24%.

Quanto aos grupos saúde e cuidados pessoais (0,69%) e despesas pessoais (0,52%), sobressaem, no primeiro, os itens plano de saúde (1,07%) e higiene pessoal (0,71%). No segundo, o item cigarro, cuja variação de 1,68% reflete reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões a partir dos dias 26 e 27 de fevereiro.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,66%), onde o itemcursos regulares teve alta de 8,26%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte(-0,04%), influenciado pela queda de 2,27% nos combustíveis.

Região
Peso
Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Fortaleza
3,49
0,30
0,66
1,58
6,85
Recife
5,05
0,25
0,54
1,11
5,57
Rio de Janeiro
12,06
0,68
0,38
1,47
4,93
São Paulo
30,67
0,27
0,31
0,81
4,37
Curitiba
7,79
0,44
0,27
1,02
3,30
Goiânia
3,59
-0,39
0,27
0,09
2,69
Porto Alegre
8,40
0,24
0,24
0,67
4,29
Campo Grande
1,51
0,24
0,14
0,94
6,02
Belém
4,65
0,35
0,13
0,85
4,82
Vitória
1,78
0,19
0,13
1,02
4,51
Salvador
7,35
0,57
0,04
1,28
4,96
Brasília
2,80
-0,03
-0,02
0,67
4,51
Belo Horizonte
10,86
0,34
-0,04
0,94
4,79
Brasil
100,00
0,33
0,25
0,96
4,57

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 25 de fevereiro a 29 de março de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (base).

INPC varia 0,32% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,32% em março e ficou acima da taxa de 0,24% de fevereiro em 0,08 p.p. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,57%, ficando abaixo dos 4,69% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016, o INPC registrou 0,44%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,32% em março, enquanto no mês anterior registraram queda de 0,53%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,32%, abaixo da taxa de 0,59% de fevereiro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,64%), onde o itemcursos regulares mostrou alta de 8,84%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte(0,08%), influenciado pela queda de 2,25% nos combustíveis.

Região
Peso
Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Fevereiro
Março
Ano
12 meses
Fortaleza 6,61 0,43 0,64 1,75 7,25
Recife 7,17 0,29 0,53 1,20 5,78
Rio de Janeiro 9,51 0,47 0,44 1,45 4,20
Goiânia 4,15 -0,44 0,42 0,06 2,84
Curitiba 7,29 0,66 0,38 1,27 3,06
São Paulo 24,24 0,14 0,38 0,59 4,21
Porto Alegre 7,38 0,16 0,28 0,53 4,19
Brasília 1,88 0,25 0,25 1,58 4,86
Vitória 1,83 0,20 0,24 1,26 4,48
Salvador 10,67 0,29 0,14 1,31 5,08
Campo Grande 1,64 -0,04 0,13 0,66 5,48
Belém 7,03 0,35 0,11 1,03 4,84
Belo Horizonte 10,60 0,11 0,08 0,92 4,50
Brasil 100,00 0,24 0,32 0,98 4,57

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 25 de fevereiro a 29 de março de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (base).