IPCA fica em 0,18% em novembro
10/12/2025 09h00 | Atualizado em 10/12/2025 11h02
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de novembro foi 0,18%, 0,09 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,09% de outubro. No ano, o IPCA acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,46%, abaixo dos 4,68% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a variação havia sido de 0,39%.
| Período | Taxa |
|---|---|
| Novembro de 2025 | 0,18% |
| Outubro de 2025 | 0,09% |
| Novembro de 2024 | 0,39% |
| Acumulado no ano | 3,92% |
| Acumulado nos últimos 12 meses | 4,46% |
Em novembro, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação positiva. Despesas pessoais (0,77%) e Habitação (0,52%) apresentaram as maiores variações e o maior impacto (0,08 p.p. cada), seguidos de Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%). Os demais grupos ficaram no campo negativo: Artigos de residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%), Saúde e cuidados pessoais (-0,04%) e Alimentação e bebidas (-0,01%).
| IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal | ||||
|---|---|---|---|---|
| Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
| Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
| Índice Geral | 0,09 | 0,18 | 0,09 | 0,18 |
| Alimentação e bebidas | 0,01 | -0,01 | 0,00 | 0,00 |
| Habitação | -0,30 | 0,52 | -0,05 | 0,08 |
| Artigos de residência | -0,34 | -1,00 | -0,01 | -0,03 |
| Vestuário | 0,51 | 0,49 | 0,02 | 0,02 |
| Transportes | 0,11 | 0,22 | 0,02 | 0,04 |
| Saúde e cuidados pessoais | 0,41 | -0,04 | 0,06 | 0,00 |
| Despesas pessoais | 0,45 | 0,77 | 0,05 | 0,08 |
| Educação | 0,06 | 0,01 | 0,00 | 0,00 |
| Comunicação | -0,16 | -0,20 | 0,00 | -0,01 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | ||||
No grupo Despesas pessoais (0,77%), o destaque foi o subitem Hospedagem que, com 4,09% de variação, apresentou impacto de 0,03 p.p. no índice do mês. Ressalta-se a variação do subitem em Belém (178,93%) que, em novembro, sediou a COP 30 - Conferência do clima da ONU.
Após registrar queda de 0,30% em outubro, o grupo Habitação apresentou variação de 0,52% em novembro, novamente sob influência da energia elétrica residencial, com alta de 1,27% e 0,05 p.p. de impacto. Com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, a mesma do mês anterior, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, a variação no subitem decorre, principalmente, dos reajustes de 19,56% em Goiânia (13,02%), a partir de 22 de outubro; 11,21% em Brasília (7,39%), vigente desde 22 de outubro; 16,05% em uma das concessionárias em São Paulo (0,70%) a partir de 23 de outubro e 21,95% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,39%) a partir de 22 de novembro.
Com acumulado de 15,08% no ano e de 11,41% nos últimos 12 meses, a energia elétrica residencial é o principal impacto nos dois períodos com 0,58 p.p. e 0,46 p.p., respectivamente.
Veja na tabela a variação da energia elétrica residencial, por região pesquisada, em novembro, além dos acumulados no ano e em 12 meses:
| Região | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
|---|---|---|---|
| Novembro | Ano | 12 meses | |
| Goiânia | 13,02 | 30,06 | 22,87 |
| Brasília | 7,39 | 18,90 | 14,32 |
| Porto Alegre | 2,39 | 18,87 | 15,77 |
| Fortaleza | 2,29 | 7,51 | 4,77 |
| Campo Grande | 1,15 | 7,51 | 5,34 |
| Aracaju | 0,98 | 16,64 | 12,94 |
| Rio Branco | 0,84 | 1,78 | -2,63 |
| São Paulo | 0,70 | 22,45 | 16,79 |
| Belém | 0,52 | 9,36 | 7,65 |
| Recife | 0,26 | 12,85 | 8,98 |
| Rio de Janeiro | 0,15 | 5,03 | 1,78 |
| São Luís | 0,14 | 24,05 | 21,73 |
| Belo Horizonte | -0,05 | 14,01 | 11,27 |
| Curitiba | -0,15 | 9,53 | 7,94 |
| Salvador | -0,34 | 8,15 | 5,65 |
| Vitória | -1,20 | 22,12 | 19,68 |
| Brasil | 1,27 | 15,08 | 11,41 |
Ainda em Habitação, foi incorporado o reajuste de 9,75% nas tarifas de água e esgoto (0,29%) em Fortaleza (7,80%), vigente desde 05 de novembro, e a redução de 0,04% nas tarifas de gás encanado (-0,01%) no Rio de Janeiro (-0,04%), a partir e 1º de novembro.
A variação de 0,22% de Transportes reflete a alta de 11,90% no subitem passagem aérea, principal impacto individual (0,07 p.p.) no resultado de novembro. Já os combustíveis registraram variação negativa no mês (-0,32%) com quedas no gás veicular (-0,51%), na gasolina (-0,42%) e no óleo diesel (-0,06%). Apenas o etanol ficou no campo positivo com variação de 0,39%, desacelerando em relação ao 0,85% de outubro.
Registre-se, também, o reflexo das gratuidades concedidas no ônibus urbano (-0,76%), em razão de feriados em Belém (-15,54%), Curitiba (-3,93%) e Brasília (-0,91%), com redução de mesma magnitude no metrô (-3,90%) na capital federal. Também no metrô e no trem (-3,63%) em São Paulo, a redução de 6,73% em ambos os modais referem-se à gratuidade conferida nos dias do ENEM, igualmente impactando o subitem integração transporte público (-4,51%).
Artigos de residência (-1,00%) apresentou a menor variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para as reduções nos eletrodomésticos e equipamentos (-2,44%) e TV, som e informática (-2,28%).
Em Saúde e cuidados pessoais (-0,04%) foi registrada queda de 1,07% nos artigos de higiene pessoal, ante a alta de 0,57% do mês anterior.
Em novembro, o grupo Alimentação e bebidas voltou para patamar negativo, registrando variação de -0,01%, com a alimentação no domicílio (-0,20%) caindo pelo sexto mês consecutivo. Destacam-se as quedas dos subitens tomate (-10,38%), leite longa vida (-4,98%) e arroz (-2,86%). No lado das altas sobressaem o óleo de soja (2,95%) e as carnes (1,05%).
A alimentação fora do domicílio variou 0,46% no mês, com desaceleração no lanche, que saiu de 0,75% em outubro para 0,61% em novembro e na refeição, que foi de 0,38% para 0,35% em igual comparativo.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,44%) impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (13,02%) e das carnes (1,78%). A menor variação (-0,10%) foi registrada em Aracaju em razão da queda no conserto de automóvel (-3,75%) na gasolina (-1,40%).
| IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e em 12 meses | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
||
| Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
| Goiânia | 4,17 | 0,96 | 0,44 | 3,88 | 4,71 |
| Fortaleza | 3,23 | -0,02 | 0,42 | 3,89 | 4,57 |
| Brasília | 4,06 | 0,06 | 0,28 | 4,15 | 4,42 |
| São Paulo | 32,28 | 0,04 | 0,28 | 4,49 | 5,04 |
| Campo Grande | 1,57 | -0,08 | 0,23 | 2,97 | 3,42 |
| Curitiba | 8,09 | -0,02 | 0,16 | 3,87 | 4,34 |
| Rio Branco | 0,51 | 0,10 | 0,15 | 2,67 | 3,21 |
| Rio de Janeiro | 9,43 | -0,06 | 0,12 | 2,91 | 3,51 |
| Belém | 3,94 | 0,26 | 0,11 | 3,85 | 4,51 |
| Vitória | 1,86 | 0,31 | 0,09 | 4,77 | 5,31 |
| Porto Alegre | 8,61 | 0,33 | 0,09 | 4,13 | 4,66 |
| Belo Horizonte | 9,69 | -0,15 | 0,04 | 3,55 | 3,81 |
| Salvador | 5,99 | 0,06 | 0,01 | 3,19 | 4,11 |
| São Luís | 1,62 | -0,15 | -0,05 | 3,44 | 4,17 |
| Recife | 3,92 | 0,17 | -0,08 | 3,76 | 4,12 |
| Aracaju | 1,03 | 0,20 | -0,10 | 4,12 | 4,81 |
| Brasil | 100,00 | 0,09 | 0,18 | 3,92 | 4,46 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | |||||
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro de 2025 a 28 de novembro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de setembro de 2025 a 29 de outubro de 2025 (base).
INPC tem alta de 0,03% em novembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC registrou alta de 0,03% em novembro. No ano, o acumulado é de 3,68% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,33%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,00% em outubro para -0,06% em novembro. A variação dos não alimentícios passou de 0,04% em outubro para 0,06% em novembro.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,51%) ocorreu em Goiânia, por conta da energia elétrica residencial (13,05%) e das carnes (1,48%). A menor variação ocorreu em Belém (-0,26%), em razão da queda no ônibus urbano (-15,54%) e nos artigos de higiene pessoal (-3,20%).
| INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e em 12 meses | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
| Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
| Goiânia | 4,43 | 0,92 | 0,51 | 3,68 | 4,40 |
| Fortaleza | 5,16 | 0,01 | 0,37 | 3,90 | 4,49 |
| Brasília | 1,97 | 0,07 | 0,24 | 3,56 | 3,87 |
| São Paulo | 24,60 | -0,09 | 0,16 | 4,52 | 4,97 |
| Campo Grande | 1,73 | -0,11 | 0,14 | 2,66 | 3,20 |
| Rio Branco | 0,72 | 0,11 | 0,02 | 2,38 | 2,96 |
| Salvador | 7,92 | -0,01 | -0,02 | 3,07 | 3,94 |
| Curitiba | 7,37 | -0,04 | -0,06 | 3,42 | 3,89 |
| Belo Horizonte | 10,35 | -0,21 | -0,06 | 3,40 | 3,63 |
| São Luís | 3,47 | -0,14 | -0,08 | 3,34 | 3,99 |
| Rio de Janeiro | 9,38 | -0,10 | -0,08 | 2,41 | 3,02 |
| Porto Alegre | 7,15 | 0,30 | -0,09 | 4,12 | 4,53 |
| Vitória | 1,91 | 0,32 | -0,14 | 4,80 | 5,26 |
| Aracaju | 1,29 | 0,13 | -0,15 | 4,27 | 4,86 |
| Recife | 5,60 | 0,13 | -0,15 | 3,58 | 3,97 |
| Belém | 6,95 | 0,23 | -0,26 | 3,46 | 3,98 |
| Brasil | 100,00 | 0,03 | 0,03 | 3,68 | 4,18 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | |||||
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro de 2025 a 28 de novembro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de setembro de 2025 a 29 de outubro de 2025 (base).