Em outubro, indústria avança em 8 dos 15 locais pesquisados
09/12/2025 09h00 | Atualizado em 09/12/2025 09h00
Com a variação de 0,1% na produção industrial em outubro de 2025, na série com ajuste sazonal, 8 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam esse movimento positivo. Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%), Amazonas (4,1%) e Rio de Janeiro (4,1%) apresentaram as expansões mais acentuadas, seguidos Bahia (2,7%), Minas Gerais (2,1%), Santa Catarina (0,6%) e Paraná (0,5%). Já os resultados negativos mais intensos foram registrados no Rio Grande do Sul (-5,7%), Espírito Santo (-1,7%), Para (-1,4%), São Paulo (-1,2%), Pernambuco (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Região Nordeste (-0,1%).
A média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2025 frente ao nível do mês anterior. Os avanços mais acentuados foram registrados por Goiás (3,4%), Mato Grosso (2,7%), Amazonas (1,6%), Minas Gerais (1,1%) e Espírito Santo (1,1%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-0,8%) assinalou o recuo mais elevado.
Frente a outubro de 2024, o setor industrial recuou 0,5%, com resultados negativos em 6 dos 18 locais pesquisados. Os principais recuos foram registrados no Mato Grosso do Sul (-17,8%), Rio Grande do Norte (-9,5%) e Mato Grosso (-8,2%).
| Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Outubro de 2025 |
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|---|---|---|---|---|
| Locais | Variação (%) | |||
| Outubro 2025/Setembro 2025* | Outubro 2025/Outubro 2024 | Acumulado Janeiro-Outubro | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
| Amazonas | 4,1 | 12,5 | 1,3 | 2,9 |
| Pará | -1,4 | -3,9 | 3,8 | 4,9 |
| Região Nordeste | -0,1 | 2,1 | -0,6 | 0,3 |
| Maranhão | - | 0,0 | -5,5 | -5,8 |
| Ceará | -0,3 | 0,4 | -0,4 | -0,5 |
| Rio Grande do Norte | - | -9,5 | -12,7 | -11,9 |
| Pernambuco | -0,6 | 4,8 | -4,7 | -2,1 |
| Bahia | 2,7 | 1,2 | 1,0 | 1,1 |
| Minas Gerais | 2,1 | 2,9 | 0,8 | 0,6 |
| Espírito Santo | -1,7 | 18,3 | 8,6 | 5,3 |
| Rio de Janeiro | 4,1 | 9,5 | 4,6 | 2,6 |
| São Paulo | -1,2 | -4,6 | -2,0 | -2,1 |
| Paraná | 0,5 | -4,1 | 0,9 | 1,2 |
| Santa Catarina | 0,6 | 0,6 | 2,8 | 3,4 |
| Rio Grande do Sul | -5,7 | 1,8 | 2,3 | 2,3 |
| Mato Grosso do Sul | - | -17,8 | -13,5 | -12,2 |
| Mato Grosso | 5,8 | -8,2 | -7,2 | -4,1 |
| Goiás | 6,5 | 11,7 | 3,0 | 2,2 |
| Brasil | 0,1 | -0,5 | 0,8 | 0,9 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas * Série com Ajuste Sazonal |
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A produção industrial nacional mostrou variação positiva de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, com taxas positivas em 8 dos 15 locais pesquisados. Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%), Amazonas (4,1%) e Rio de Janeiro (4,1%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro acumulando ganho de 11,6% em quatro meses consecutivos de crescimento na produção; o segundo marcando o terceiro resultado positivo seguido e registrando avanço de 8,1% nesse período; o terceiro avançando 14,7% nos meses de setembro e outubro de 2025; e o último eliminando parte da perda de 6,0% verificada no período agosto-setembro de 2025. Bahia (2,7%), Minas Gerais (2,1%), Santa Catarina (0,6%) e Paraná (0,5%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em outubro de 2025.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,7%) apontou o recuo mais elevado nesse mês e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 10,8%. Espírito Santo (-1,7%), Pará (-1,4%), São Paulo (-1,2%), Pernambuco (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Região Nordeste (-0,1%) também assinalaram resultados negativos em outubro de 2025.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em setembro (0,1%) e agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%) de 2025. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, onze dos quinze locais pesquisados apontaram resultados positivos nesse mês, com destaque para os avanços mais acentuados registrados por Goiás (3,4%), Mato Grosso (2,7%), Amazonas (1,6%), Minas Gerais (1,1%) e Espírito Santo (1,1%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-0,8%) assinalou o recuo mais elevado em outubro de 2025.
Na comparação com outubro de 2024, o setor industrial mostrou recuo de 0,5% em outubro de 2025, com seis dos dezoito locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que outubro de 2025 (23 dias) teve o mesmo número de dias úteis que igual mês do ano anterior (23). Mato Grosso do Sul (-17,8%) assinalou redução de dois dígitos e a mais acentuada nesse mês, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico) e de celulose, papel e produtos de papel (celulose).
Rio Grande do Norte (-9,5%), Mato Grosso (-8,2%), São Paulo (-4,6%), Paraná (-4,1%) e Pará (-3,9) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice mensal de outubro de 2025. Maranhão, com variação nula (0,0%) nesse mês, repetiu o patamar de produção registrado em outubro de 2024. Por outro lado, Espírito Santo (18,3%), Amazonas (12,5%) e Goiás (11,7%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais elevados nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, gás natural e minérios de ferro pelotizados ou sinterizados), no primeiro local; de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores e terminais de autoatendimento bancário), outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo e óleos combustíveis) e produtos químicos (inseticidas para usos doméstico e/ou industrial, poliestireno, metais preciosos coloidais e compostos de metais preciosos e aditivos preparados para cimento, argamassas ou concretos), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), produtos alimentícios (maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, açúcar cristal, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja refinado e em bruto, alimentos à base de milho ou flocos de milho, rações e arroz) e produtos químicos (preparações capilares, superfosfatos, cloretos de potássio e sabões ou detergentes – em barras ou líquidos), no último.
Rio de Janeiro (9,5%), Pernambuco (4,8%), Minas Gerais (2,9%), Região Nordeste (2,1%), Rio Grande do Sul (1,8%), Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,6%) e Ceará (0,4%) registraram os demais resultados positivos no índice mensal de outubro de 2025.
No comparação entre os resultados do segundo quadrimestre e o período setembro-outubro de 2025, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, quinze dos dezoito locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 0,4% para 0,8%. Em termos regionais, Rio Grande do Norte (de -14,4% para 4,1%), Amazonas (de -0,5% para 10,5%), Goiás (de 1,9% para 7,6%), Pernambuco (de 1,3% para 4,8%), Ceará (de -0,6% para 2,5%), Bahia (de -1,2% para 1,4%), Região Nordeste (de 0,2% para 2,5%), Maranhão (de -5,0% para -3,1%), Mato Grosso do Sul (de -18,3% para -16,4%) e Rio Grande do Sul (de 4,2% para 6,1%) apontaram os avanços mais acentuados, enquanto Paraná (de -0,5% para -2,9%), Pará (de 1,4% para -0,1%) e Rio de Janeiro (de 7,7% para 6,9%) assinalaram as perdas entre os dois períodos.
No acumulado no ano, houve expansão de 0,8%, com resultados positivos em 10 dos 18 locais pesquisados. Espírito Santo (8,6%), Rio de Janeiro (4,6%) e Pará (3,8%) assinalaram os avanços mais acentuados para os dez meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), no primeiro local; de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural), no segundo; e de indústrias extrativas (minérios de manganês e de cobre – ambos em bruto ou beneficiados) e metalurgia (vergalhões de aços ao carbono), no último. Goiás (3,0%), Santa Catarina (2,8%), Rio Grande do Sul (2,3%), Amazonas (1,3%), Bahia (1,0%) e Paraná (0,9%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,8%), enquanto Minas Gerais (0,8%) completou o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano. Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-13,5%) e Rio Grande do Norte (-12,7%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais elevados no índice acumulado para o período janeiro-outubro de 2025, pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva), no segundo. Mato Grosso (-7,2%), Maranhão (-5,5%), Pernambuco (-4,7%), São Paulo (-2,0%), Região Nordeste (-0,6%) e Ceará (-0,4%) também mostraram resultados negativos no índice acumulado para os dez meses do ano.
No acumulado em 12 meses, a produção industrial cresceu 0,9%, mas prosseguiu assinalando perda de ritmo frente aos índices dos meses anteriores. Em termos regionais, onze dos dezoito locais pesquisados registraram taxas positivas em outubro de 2025, mas doze apontaram menor dinamismo frente aos índices de setembro último. Rio Grande do Norte (de -9,8% para -11,9%), Mato Grosso do Sul (de -10,1% para -12,2%), Mato Grosso (de -2,1% para -4,1%), Pará (de 6,5% para 4,9%), Paraná (de 2,5% para 1,2%), Santa Catarina (de 4,4% para 3,4%) e São Paulo (de -1,1% para -2,1%) assinalaram as principais perdas entre setembro e outubro de 2025, enquanto Espírito Santo (de 4,0% para 5,3%), Rio de Janeiro (de 1,3% para 2,6%), Goiás (de 1,3% para 2,2%) e Amazonas (de 2,0% para 2,9%) mostraram os ganhos mais acentuados entre os dois períodos.