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Em setembro, vendas no varejo variam -0,3%

13/11/2025 09h00 | Atualizado em 13/11/2025 14h09

Em setembro de 2025, o volume de vendas do comércio varejista variou -0,3%, frente a agosto, após variação de 0,1% no mês anterior. A média móvel trimestral apresentou estabilidade (-0,1%). Frente a setembro de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 0,8%, a sexta taxa positiva consecutiva. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,5%. O acumulado em 12 meses foi de 2,1%.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro / Agosto* -0,3 0,0 0,2 0,6
Média móvel trimestral* -0,1 0,2 1,0 1,3
Setembro 2025 / Setembro 2024 0,8 5,3 1,1 5,0
Acumulado 2025 1,5 7,0 -0,3 4,3
Acumulado 12 meses 2,1 7,6 0,7 5,3
*Série COM ajuste sazonal
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou 0,2% em setembro na comparação com agosto. A média móvel mostrou crescimento de 1,0%. Frente a setembro de 2024, houve crescimento de 1,1%. No ano, o varejo ampliado acumula -0,3%. O acumulado em 12 meses foi de 0,7%.

Houve predominância de taxas negativas na passagem de agosto para setembro de 2025, na série com ajuste sazonal, nas atividades do comércio varejista. As taxas negativas foram registradas em 6 dos 8 setores: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,2%), Combustíveis e lubrificantes (-0,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e Eletrodomésticos (-0,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

Já as taxas positivas ficaram por conta de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,3%)

No comércio varejista ampliado, as duas atividades tiveram resultados com leitura distinta na comparação de setembro com agosto: Veículos e motos, partes e peças com queda de 0,8% e Material de construção com variação -0,1%.

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
 Setembro 2025
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,2 0,1 -0,3 1,2 0,3 0,8 1,5 2,1
1 - Combustíveis e lubrificantes 2,0 -0,7 -0,9 3,1 0,3 -0,8 0,5 0,6
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,3 0,3 -0,2 0,4 -0,6 -0,6 0,8 1,4
       2.1 - Super e hipermercados -0,1 0,3 -0,3 0,8 -0,3 -0,5 1,2 1,9
3 - Tecidos, vest. e calçados -3,0 0,8 -1,2 -1,4 0,6 -1,6 3,3 4,1
4 - Móveis e eletrodomésticos 1,4 0,0 -0,5 3,2 2,1 7,5 4,1 4,7
       4.1 - Móveis - - - -7,0 -9,6 -2,3 -4,4 -1,6
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 6,5 6,4 11,1 6,8 6,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,6 0,9 1,3 4,0 2,5 5,0 3,6 4,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 0,9 -2,1 -1,6 3,6 0,7 -2,1 -1,7 -3,2
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -3,1 4,9 -0,9 -4,7 -0,7 5,8 -0,5 -0,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,7 -0,6 0,5 1,3 1,9 2,8 2,1 3,5
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,9 0,8 0,2 -2,4 -2,1 1,1 -0,3 0,7
9 - Veículos e motos, partes e peças 1,4 2,4 -0,8 -9,4 -7,7 -1,6 -2,8 0,3
10- Material de construção 0,5 0,1 -0,1 -2,7 -6,1 -0,3 0,6 2,0
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       -6,7 -2,0 7,7 -4,5 -5,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10 
      

Quatro das oito atividades tiveram resultados positivos frente a setembro de 2024

Na comparação com igual mês do ano anterior, o crescimento de 0,8% no varejo foi acompanhado por quatro das oito atividades: Móveis e eletrodomésticos (7,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%). Por outro lado, quatro também é o número de atividades que registraram queda no indicador interanual: Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), Combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%).

No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças obteve queda de 1,6%, Material de construção teve variação de -0,3% e Atacado especializado de produtos alimentícios bebidas e fumo cresceu 7,7%.

BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Setembro 2025
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,2 0,4 0,0 6,3 5,3 5,3 7,0 7,6
1 - Combustíveis e lubrificantes 1,2 -0,5 -0,5 5,3 1,6 1,3 6,0 5,7
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,2 0,5 0,1 7,1 6,0 5,0 7,4 8,2
       2.1 - Super e hipermercados 0,2 0,4 0,3 7,4 6,3 5,1 7,8 8,6
3 - Tecidos, vest. e calçados -2,2 1,0 -0,8 1,9 4,3 2,5 6,6 7,0
4 - Móveis e eletrodomésticos 1,0 -0,1 -0,1 3,7 1,8 6,3 4,5 5,1
       4.1 - Móveis - - - -3,2 -6,4 1,1 -1,3 1,4
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 6,1 4,7 8,0 6,5 6,4
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,0 1,4 1,3 8,7 7,3 9,8 8,4 9,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,1 -0,7 -2,5 9,6 5,5 3,0 4,2 3,0
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -3,8 5,2 -1,9 -3,2 -1,1 4,5 0,5 0,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,2 -0,1 1,0 5,9 6,6 7,5 6,7 7,8
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 2,2 1,0 0,6 1,7 2,1 5,0 4,3 5,3
9 - Veículos e motos, partes e peças 4,7 2,2 -0,1 -6,9 -5,4 0,9 -0,3 2,4
10- Material de construção 0,8 0,7 0,2 0,3 -2,5 3,3 3,2 4,4
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       -3,6 1,2 10,3 -0,2 -0,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Séries com ajuste sazonal.
 

O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou, em setembro, alta de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, primeiro mês de crescimento após dois meses de queda: -4,7% em julho e -0,7% em agosto. O indicador acumulado do ano soma -0,5% até setembro, recuperando-se em relação a agosto (-1,3%). Nos últimos doze meses o resultado é igual: -1,3% até agosto e -0,5% até setembro.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registrou crescimento (5,0%) pelo trigésimo primeiro mês consecutivo, na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior (o último mês a apresentar variação no campo negativo foi fevereiro de 2024: -0,5%). O setor ainda registrou a maior contribuição para a formação da taxa do varejo, junto a Móveis e Eletrodoméstico, somando 0,5 p.p. ao total de 0,8% do indicador interanual. Para o indicador acumulado do ano, o resultado em setembro de 2025 foi de 3,6%. mantendo patamar similar desde abril (3,7%). Nos últimos doze meses o resultado até setembro de 2025 foi de 4,0%, em desaceleração desde outubro de 2024 (7,8%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, registra, em setembro de 2025, seu sexto mês consecutivo de alta, na comparação interanual: 2,8%. Na comparação entre setembros, a atividade exerceu a terceira maior contribuição para a composição da taxa do comércio varejista, com 0,2 p.p. de um total de 0,8% do varejo. A trajetória é de crescimento também tanto para os indicadores do acumulado do ano (2,1%) quanto para o acumulado dos últimos dozes meses (3,5%). Tais resultados evidenciam a recuperação que o setor vem experenciando, em 2024 e 2025, após período de performance negativa em 2023, com fechamento de lojas físicas, ocorrida por conta da crise contábil de grandes empresas do setor.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou, em setembro de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, queda de 2,1%, primeira taxa negativa após dois meses de alta. Apesar do viés de baixa na trajetória do volume de vendas do setor ao longo dos últimos meses, o setor acumula ganhos no terceiro trimestre de 2025 (0,9%) em relação ao mesmo período de 2024, o que não acontecia desde o primeiro tri de 2023 (3,3%). No ano, até setembro, o setor acumula perdas de 1,7%. Nos últimos doze meses, as perdas ficaram em 3,2% até setembro, menos intensas do que até agosto (-3,8%).

No caso de Tecidos, vestuário e calçados, a taxa interanual para o mês de setembro de 2025 foi de -1,6%, após crescimento de 0,6% em agosto de 2025. Ainda na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, ao longo de 2025, apenas dois meses registraram taxas negativas (-1,4% em julho, -1,6% em setembro), sendo que todos os demais indicaram variações positivas no volume de vendas. No ano, o setor acumula ganhos de 3,3% até setembro e no acumulado dos últimos doze meses o resultado também é positivo: 4,1%, mas perdendo a intensidade desde junho (5,5%).

O agrupamento de Combustíveis e lubrificantes, na comparação interanual, teve, em setembro de 2025, resultado 0,8% inferior ao de setembro de 2024, invertendo dois resultados positivos consecutivos (3,1% em julho e 0,3% em agosto). Com isso, o terceiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, para o setor é de crescimento: 0,9%. No ano, o acúmulo é positivo, atingindo 0,5% até setembro. Cenário similar se dá nos últimos doze meses: 0,6% até setembro.

A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 0,6% na comparação de setembro de 2025 com o mesmo mês do ano anterior, mesma taxa apresentada em agosto nesta comparação. Adicionalmente, nos últimos dez meses, o setor apresentou queda em seis: dezembro de 2024 (-0,8%), fevereiro de 2025 (-0,3%), março (-1,4%), junho (-0,3%) e agosto (-0,6%), além de setembro. No ano até setembro, o acúmulo é positivo em 0,8%, abaixo do resultado anterior (1,0% até agosto). Nos últimos doze meses o resultado também é de ganhos em decrescimento: 3,5% até abril contra 1,4% até setembro.

No varejo ampliado, na comparação com 2024, Veículos e motos, partes e peças fechou setembro de 2025 com queda de 1,6% em relação a setembro de 2024. Na série histórica, esse é o quarto mês seguido a apresentar queda (a última alta foi em maio de 2025: 1,5%). O resultado de setembro levou o setor a registrar a maior contribuição, no campo negativo, na formação da taxa global do ampliado, somando -0,3 p.p. ao total de 1,1%. Em termos do acumulado no ano, o resultado foi de -2,8% até setembro, patamar semelhante ao mês anterior (-2,9%). Nos últimos dozes meses, o acúmulo é positivo: 0,3% até setembro, o menor resultado desde o início da atual sequência de 28 resultados positivos consecutivos (a última queda foi em maio de 2023: -1,4%).

Material de construção teve variação de -0,3% em setembro de 2025 em relação a setembro de 2024, quarto mês consecutivo registrando resultados no campo negativo (-3,8% em junho, -2,7% em julho e -6,1% em agosto). Com isso, o terceiro trimestre do setor registra queda 3,1% em relação ao terceiro trimestre de 2024. O acumulado do ano fechou em 0,6% e se encontra no campo positivo desde abril de 2024, sendo a taxa registrada em setembro a menor desta sequência. Nos últimos doze meses o resultado também foi de ganhos: 2,0%, décimo oitavo seguido positivo.

Atacado especializado de produtos alimentícios bebidas e fumo registrou alta de 7,7% em relação a setembro de 2024, rompendo uma série de treze meses consecutivos de queda no indicador interanual. O resultado de setembro coloca o setor como o principal em termos de contribuição no campo positivo, no indicador de volume, representando 1,0 p.p. de 1,1% do varejo ampliado. No ano, o cenário é de perdas: -4,5% até setembro. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é negativo em 5,5% até setembro de 2025, comparado com igual período do ano anterior.

Comércio varejista tem taxas negativas em 15 das 27 unidades da federação

Na passagem de agosto para setembro de 2025, na série com ajuste sazonal, o varejo teve resultados negativos em 15 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (-2,2%), Roraima (-2,0%) e Distrito Federal (-1,7%). Pelo lado positivo, figuram 11 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Tocantins (3,2%), Amapá (2,9%) e Bahia (2,4%). O Rio Grande do Norte apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de agosto para setembro.

No comércio varejista ampliado, a variação entre agosto e setembro de 2025 teve resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (11,4%), Minas Gerais (3,3%) e Rio Grande do Sul (2,7%). Pelo lado negativo, estão 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraná (-1,8%), São Paulo (-1,6%) e Roraima (-1,5%). O Maranhão, para esta comparação, registrou estabilidade (0,0%).

Frente a setembro de 2024, o comércio varejista apresentou resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (10,0%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Bahia (5,9%). Do lado negativo constam 7 taxas, com destaque para Piauí (-5,4%), Roraima (-5,2%) e Rio de Janeiro (-2,6%).

No varejo ampliado, a variação no volume de vendas foi de 1,1% com resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (20,7%), Amapá (10,8%) e Mato Grosso (8,5%). Do lado negativo, são 5 resultados regionais, com destaque para São Paulo (-3,6%), Piauí (-2,7%) e Pernambuco (-2,3%).