Volume de serviços avança 0,6% em setembro
12/11/2025 09h00 | Atualizado em 12/11/2025 09h01
Em setembro de 2025, o volume de serviços avançou 0,6% frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal). É o oitavo resultado positivo seguido, período em que acumulou alta de 3,3%. Com isso, o setor está 19,5% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova, neste mês, o ápice da sua série histórica.
| Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - setembro de 2025 |
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|---|---|---|
| Período | Variação (%) | |
| Volume | Receita Nominal | |
| Setembro 25 / Agosto 25* | 0,6 | 0,6 |
| Setembro 25 / Setembro 24 | 4,1 | 8,4 |
| Acumulado Janeiro-Setembro | 2,8 | 7,7 |
| Acumulado nos Últimos 12 Meses | 3,1 | 7,6 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal |
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Na série sem ajuste sazonal, frente a setembro de 2024, o volume de serviços avançou 4,1%, a 18a taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,8%. Em 12 meses, houve alta de 3,1%, mantendo, portanto, o ritmo de crescimento frente ao acumulado até agosto (3,1%).
A expansão de 0,6% no volume de serviços, na passagem de agosto para setembro de 2025 (com ajuste sazonal), foi acompanhada por três das cinco atividades, com destaque para os transportes (1,2%), que emplacaram o segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 1,5%. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (1,2%) e de outros serviços (0,6%), com o primeiro ramo se recuperando da perda de 0,5% observada em agosto; e o último assinalando o terceiro avanço seguido, com ganho acumulado de 2,5%. Em contrapartida, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,5%) registraram os recuos do mês.
| Pesquisa Mensal de Serviços | ||||||||||||
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| Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação | ||||||||||||
| Setembro 2025 - Variação (%) | ||||||||||||
| Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
| JUL | AGO | SET | JUL | AGO | SET | JAN-JUL | JAN-AGO | JAN-SET | Até JUL | Até AGO | Até SET | |
| Volume de Serviços - Brasil | 0,2 | 0,2 | 0,6 | 2,8 | 2,5 | 4,1 | 2,7 | 2,6 | 2,8 | 3,0 | 3,1 | 3,1 |
| 1. Serviços prestados às famílias | 0,3 | 1,1 | -0,5 | -1,7 | 1,5 | -0,4 | 1,3 | 1,4 | 1,2 | 2,8 | 2,3 | 1,9 |
| 1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 0,1 | 1,9 | 0,0 | -1,8 | 2,7 | 1,8 | 1,8 | 1,9 | 1,9 | 3,2 | 2,9 | 2,7 |
| 1.1.1 Alojamento | - | - | - | 1,5 | 5,4 | 1,3 | 3,3 | 3,6 | 3,3 | 2,5 | 2,7 | 2,9 |
| 1.1.2 Alimentação | - | - | - | -2,7 | 2,1 | 2,0 | 1,4 | 1,5 | 1,5 | 3,5 | 2,9 | 2,7 |
| 1.2 Outros serviços prestados às famílias | 0,8 | -2,8 | 7,2 | -0,7 | -5,5 | -10,8 | -1,5 | -2,0 | -3,2 | 0,1 | -0,8 | -2,6 |
| 2. Serviços de informação e comunicação | 0,6 | -0,5 | 1,2 | 4,0 | 3,5 | 4,9 | 5,9 | 5,6 | 5,5 | 6,3 | 6,0 | 5,6 |
| 2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,9 | 0,0 | -0,1 | 5,5 | 4,9 | 5,6 | 6,6 | 6,3 | 6,3 | 6,8 | 6,5 | 6,2 |
| 2.1.1 Telecomunicações | 0,0 | -0,7 | 0,8 | -0,6 | -1,2 | -0,6 | 0,9 | 0,6 | 0,5 | 2,4 | 1,8 | 1,3 |
| 2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 1,1 | 1,7 | 0,3 | 11,9 | 11,4 | 11,9 | 12,7 | 12,5 | 12,5 | 11,5 | 11,6 | 11,4 |
| 2.2 Serviços audiovisuais | -1,9 | -6,8 | 7,8 | -7,5 | -8,2 | -0,3 | 0,5 | -0,6 | -0,6 | 2,2 | 1,4 | 0,8 |
| 3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,5 | 0,3 | -0,6 | 2,8 | 2,8 | 2,3 | 2,4 | 2,4 | 2,4 | 3,2 | 3,2 | 2,9 |
| 3.1 Serviços técnico-profissionais | 1,2 | 0,2 | -1,8 | 6,6 | 5,9 | 6,3 | 2,8 | 3,2 | 3,5 | 5,1 | 5,3 | 4,9 |
| 3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,5 | 0,7 | -0,7 | 0,0 | 0,4 | -0,8 | 2,1 | 1,9 | 1,6 | 1,7 | 1,7 | 1,4 |
| 3.2.1 Aluguéis não imobiliários | -0,4 | 1,9 | -2,7 | -4,4 | -3,0 | -7,2 | 0,2 | -0,2 | -1,0 | 0,6 | -0,1 | -1,0 |
| 3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais | -0,8 | 0,7 | -0,2 | 1,5 | 1,5 | 1,4 | 2,8 | 2,6 | 2,5 | 2,1 | 2,3 | 2,2 |
| 4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,5 | 0,2 | 1,2 | 4,3 | 3,2 | 6,1 | 2,3 | 2,4 | 2,8 | 2,0 | 2,5 | 3,1 |
| 4.1 Transporte terrestre | 0,6 | 1,0 | 1,2 | 3,6 | 2,5 | 6,1 | -0,7 | -0,3 | 0,4 | -1,2 | -0,5 | 0,2 |
| 4.1.1 Rodoviário de cargas | - | - | - | 5,1 | 1,5 | 7,9 | -0,7 | -0,4 | 0,5 | -2,8 | -2,0 | -0,8 |
| 4.1.2 Rodoviário de passageiros | - | - | - | 0,9 | 2,9 | 2,6 | -2,0 | -1,3 | -0,9 | 1,0 | 1,1 | 0,6 |
| 4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre | - | - | - | 1,4 | 6,0 | 3,8 | 1,2 | 1,9 | 2,1 | 2,8 | 3,3 | 3,7 |
| 4.2 Transporte aquaviário | -1,0 | 0,0 | -4,9 | -0,8 | 1,1 | -5,5 | 2,9 | 2,7 | 1,8 | 3,9 | 3,6 | 2,9 |
| 4.3 Transporte aéreo | -3,8 | -2,9 | 3,4 | 18,2 | 14,1 | 20,2 | 20,7 | 19,8 | 19,8 | 20,0 | 22,0 | 24,0 |
| 4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,3 | -0,5 | 0,8 | 2,0 | 1,4 | 3,7 | 2,7 | 2,6 | 2,7 | 3,0 | 3,0 | 3,2 |
| 5. Outros serviços | 0,1 | 0,8 | 1,6 | -1,6 | -2,6 | 3,0 | -2,1 | -2,2 | -1,6 | -1,8 | -2,1 | -2,0 |
| 5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação | - | - | - | -3,9 | -5,8 | 2,3 | 0,9 | 0,0 | 0,3 | 2,8 | 1,4 | 1,1 |
| 5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros | - | - | - | -1,2 | -2,8 | 4,6 | -2,9 | -2,8 | -2,0 | -3,1 | -3,3 | -3,0 |
| 5.3 Atividades imobiliárias | - | - | - | -2,0 | -2,5 | -1,2 | 0,0 | -0,3 | -0,4 | 1,2 | 0,8 | 0,4 |
| 5.4 Outros serviços não especificados anteriormente | - | - | - | -0,1 | 6,0 | -3,3 | -4,3 | -3,1 | -3,1 | -2,8 | -1,9 | -2,5 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
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A média móvel trimestral foi de 0,3% no trimestre encerrado em setembro de 2025, na série com ajuste sazonal. Entre os setores, o comportamento positivo do setor de serviços, neste tipo de indicador, foi acompanhado por todas as cinco atividades, com destaque para os outros serviços (0,8%), seguidos por informação e comunicação (0,4%); transportes (0,3%); os prestados às famílias (0,3%); e os profissionais, administrativos e complementares (0,1%).
Na comparação com setembro de 2024, o volume de serviços cresceu 4,1%, sendo o 18º resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação e contou com crescimento em 54,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,1%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; logística de transporte de cargas; concessionárias de rodovias; e rodoviário coletivo de passageiros.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (4,9%); dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%); e dos outros serviços (3,0%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; consultoria em tecnologia da informação; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, no primeiro ramo; de agenciamento de espaços de publicidade; serviços de engenharia; consultoria em gestão empresarial; atividades de limpeza; e locação de mão de obra temporária, no segundo; e de seguros, previdência complementar e planos de saúde; atividades auxiliares dos serviços financeiros; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial; e atividades de apoio à agricultura, no último.
Já os serviços prestados às famílias (-0,4%) exerceram a única influência negativa do mês, pressionados, sobretudo, pela menor receita vinda de espetáculos musicais.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o setor de serviços expandiu 2,8%, com quatro das cinco atividades assinalando taxas positivas e crescimento em mais da metade (53,0%) dos 166 tipos de serviços. Entre os setores, a contribuição positiva mais relevante ficou com informação e comunicação (5,5%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda.
Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,8%); dos profissionais, administrativos e complementares (2,4%); e dos prestados às famílias (1,2%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas que atuam com transporte aéreo de passageiros; logística de cargas; navegação interior de carga; operação de aeroportos; e rodoviário de cargas, no primeiro ramo; agenciamento de espaços de publicidade; intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; consultoria em gestão empresarial; limpeza geral; gestão de ativos intangíveis não financeiros; e serviços de reservas relacionados a hospedagem, no segundo; e serviços de bufê; hotéis; e restaurantes, no último.
Em sentido oposto, os outros serviços (-1,6%) exerceram a única influência negativa, pressionados, em grande parte, pela menor receita vinda de atividades auxiliares dos serviços financeiros; administração de cartões de crédito; corretoras de títulos e valores mobiliários; manutenção e reparação de veículos automotores; e manutenção e reparação de computadores e de equipamentos periféricos.
Serviços crescem em 15 das 27 unidades da federação
A maior parte (15) das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços em setembro de 2025, na comparação com agosto (com ajuste sazonal). O impacto mais expressivo veio de São Paulo (1,1%), seguido pelo Distrito Federal (8,3%), Rio Grande do Sul (2,8%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,8%) e Bahia (3,3%). Em contrapartida, Mato Grosso do Sul (-7,4%) e Paraná (-1,4%) exerceram as principais influências negativas do mês, seguidos por Santa Catarina (-1,2%), Ceará (-1,4%) e Piauí (-6,1%).
Na comparação com setembro de 2024, a expansão do volume de serviços foi acompanhada por 23 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (5,9%), seguido por Distrito Federal (15,1%), Rio Grande do Sul (6,4%), Mato Grosso (8,3%) e Minas Gerais (1,7%). Em sentido oposto, Amazonas (-8,1%) e Piauí (-18,1%) lideraram as perdas do mês.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços se deu de forma disseminada, com 21 das 27 unidades da federação em alta. São Paulo (4,4%) exerceu o principal impacto positivo, seguido por Distrito Federal (7,5%), Santa Catarina (4,1%), Paraná (2,5%) e Rio de Janeiro (0,9%). Já o Rio Grande do Sul (-4,4%) registrou a influência negativa mais intensa.
Atividades turísticas variam 0,1%
O índice de atividades turísticas mostrou acréscimo de 0,1% em setembro, frente ao mês imediatamente anterior (com ajuste sazonal), segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 1,1%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 11,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,0% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Regionalmente, 10 dos 17 locais acompanharam o crescimento da atividade turística nacional (0,1%). A contribuição positiva mais relevante ficou com o Rio Grande do Sul (2,7%), seguido por Paraná (2,0%), São Paulo (0,2%) e Pará (4,9%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-0,6%) liderou as perdas do turismo neste mês, seguido por Goiás (-3,8%) e Ceará (-3,2%).
Na comparação com setembro de 2024, o índice de atividades turísticas nacional apresentou expansão de 4,6%, 16º resultado positivo seguido, sendo impulsionado, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros; e de serviços de bufê.
Em termos regionais, 13 das 17 unidades da federação mostraram avanço, com destaque para São Paulo (6,5%), seguido por Rio Grande do Sul (17,0%), Bahia (7,2%) e Distrito Federal (10,5%). Em contrapartida, Minas Gerais (-6,2%) exerceu o principal impacto negativo do mês, seguido por Rio de Janeiro (-1,1%) e Santa Catarina (-3,6%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 5,7% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; serviços de bufê; serviços de reservas relacionados a hospedagens; hotéis; e restaurantes.
Regionalmente, 15 dos 17 locais também registraram taxas positivas, com destaque para os ganhos vindos de São Paulo (5,7%) e do Rio de Janeiro (10,8%), seguidos por Bahia (7,8%), Rio Grande do Sul (12,3%) e Paraná (5,8%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-3,7%) e Mato Grosso (-2,0%) assinalaram as únicas perdas do turismo no ano.
Transporte de passageiros varia 0,4% e o de cargas cresce 0,7%
O volume de transporte de passageiros registrou variação positiva de 0,4% na passagem de agosto para setembro (com ajuste sazonal), segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 0,8%. Dessa forma, o segmento está 10,3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 15,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Nessa mesma comparação, o volume do transporte de cargas avançou 0,7% em setembro de 2025, quinto resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,1%. Dessa forma, o segmento está 3,3% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 39,7% acima de fevereiro 2020.
Frente a setembro de 2024, o transporte de passageiros teve alta de 10,2%, 13º resultado positivo seguido. O transporte de cargas avançou 5,5%, no mesmo tipo de comparação, registrando, o quinto avanço consecutivo.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o transporte de passageiros mostrou expansão de 7,5% frente a igual período de 2024, enquanto o de cargas avançou 0,8% no mesmo período.