Em setembro, indústria recua em 6 dos 15 locais pesquisados
11/11/2025 09h00 | Atualizado em 11/11/2025 09h00
Com a variação de -0,4% na produção industrial em setembro de 2025, na série com ajuste sazonal, 6 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam esse movimento negativo. Paraná (-6,9%), Bahia (-4,7%) e Rio de Janeiro (-4,3%) apresentaram os recuos mais acentuados, seguidos do Pará (-1,4%), São Paulo (-0,4%) e Região Nordeste (-0,1%). Já os resultados positivos mais intensos foram registrados no Amazonas (9,0%), Rio Grande do Sul (4,8%) e Espírito Santo (4,6%), seguidos por Ceará (2,9%), Pernambuco (2,8%), Santa Catarina (1,5%), Minas Gerais (1,3%), Mato Grosso (0,7%) e Goiás (0,6%).
A média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em setembro de 2025 frente ao nível do mês anterior. Os avanços mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (3,5%), Espírito Santo (2,6%) e Goiás (1,1%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,6%), Paraná (-1,5%) e Bahia (-0,9%) assinalaram os principais recuos.
Frente a setembro de 2024, o setor industrial cresceu 2,0%, com resultados positivos em 14 dos 18 locais pesquisados. Os principais avanços foram registrados no Espírito Santo (19,2%), Rio Grande do Norte (19,0%) e Rio Grande do Sul (10,6%).
| Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais - Setembro de 2025 |
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|---|---|---|---|---|
| Locais | Variação (%) | |||
| Setembro 2025/Agosto 2025* | Setembro 2025/Setembro 2024 | Acumulado Janeiro-Setembro | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
| Amazonas | 9,0 | 8,4 | 0,1 | 2,0 |
| Pará | -1,4 | 4,1 | 4,9 | 6,5 |
| Região Nordeste | -0,1 | 2,8 | -1,0 | 0,4 |
| Maranhão | - | -6,1 | -6,2 | -5,5 |
| Ceará | 2,9 | 4,7 | -0,5 | 0,2 |
| Rio Grande do Norte | - | 19,0 | -13,1 | -9,8 |
| Pernambuco | 2,8 | 4,6 | -5,9 | -2,6 |
| Bahia | -4,7 | 1,8 | 1,0 | 1,1 |
| Minas Gerais | 1,3 | 0,7 | 0,7 | 0,9 |
| Espírito Santo | 4,6 | 19,2 | 7,5 | 4,0 |
| Rio de Janeiro | -4,3 | 4,4 | 4,1 | 1,3 |
| São Paulo | -0,4 | -0,3 | -1,8 | -1,2 |
| Paraná | -6,9 | -1,8 | 3,4 | 4,2 |
| Santa Catarina | 1,5 | 3,6 | 3,1 | 4,5 |
| Rio Grande do Sul | 4,8 | 10,6 | 2,4 | 2,4 |
| Mato Grosso do Sul | - | 2,8 | -2,0 | -1,9 |
| Mato Grosso | 0,7 | -13,6 | -7,1 | -2,1 |
| Goiás | 0,6 | 4,4 | 2,2 | 1,5 |
| Brasil | -0,4 | 2,0 | 1,0 | 1,5 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas | ||||
A produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, com taxas negativas em 6 dos 15 locais pesquisados. Paraná (-6,9%), Bahia (-4,7%) e Rio de Janeiro (-4,3%) assinalaram os recuos mais acentuados, com os dois primeiros locais voltando a recuar, após crescerem, respectivamente, 5,4% e 4,9% no mês anterior; e o último acumulando perda de 6,2% em dois meses consecutivos de redução na produção. Pará (-1,4%) também registrou resultado negativo mais intenso do que a média nacional (-0,4%), enquanto São Paulo (-0,4%) e Região Nordeste (-0,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção em setembro de 2025.
Por outro lado, Amazonas (9,0%), Rio Grande do Sul (4,8%) e Espírito Santo (4,6%) mostraram as expansões mais elevadas nesse mês, com o primeiro local eliminando a perda de 8,3% acumulada no período julho-agosto de 2025; e os dois últimos marcando o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumularam avanços de 10,7% e 7,9%, respectivamente. Ceará (2,9%), Pernambuco (2,8%), Santa Catarina (1,5%), Minas Gerais (1,3%), Mato Grosso (0,7%) e Goiás (0,6%) também assinalaram resultados positivos em setembro de 2025.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em setembro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%). Nessa mesma comparação, 9 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para o Rio Grande do Sul (3,5%), Espírito Santo (2,6%) e Goiás (1,1%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,6%), Paraná (-1,5%) e Bahia (-0,9%) assinalaram os principais recuos.
Na comparação com setembro de 2024, o setor industrial avançou 2,0% em setembro de 2025, com 14 dos 18 locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que setembro de 2025 (22 dias) teve 1 dia útil a mais que igual mês do ano anterior (21). Espírito Santo (19,2%), Rio Grande do Norte (19,0%) e Rio Grande do Sul (10,6%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados nesse mês, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo observado nos setores de indústrias extrativas, no primeiro local; de confecção de artigos do vestuário e acessórios, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios, no segundo; e de produtos alimentícios, máquinas e equipamentos, produtos do fumo e veículos automotores, reboques e carrocerias, no último.
Amazonas (8,4%), Ceará (4,7%), Pernambuco (4,6%), Goiás (4,4%), Rio de Janeiro (4,4%), Pará (4,1%), Santa Catarina (3,6%), Região Nordeste (2,8%) e Mato Grosso do Sul (2,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (2,0%), enquanto Bahia (1,8%) e Minas Gerais (0,7%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de setembro de 2025. Por outro lado, Mato Grosso (-13,6%) assinalou o recuo mais elevado nesse mês, pressionado, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Maranhão (-6,1%), Paraná (-1,8%) e São Paulo (-0,3%) registraram os demais resultados negativos no índice mensal de setembro de 2025.
No comparação entre os resultados do segundo e do terceiro trimestres de 2025, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, 9 dos 18 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 0,6% para 0,5%. Pará (de 8,5% para 1,8%), Minas Gerais (de 3,2% para -1,5%), Mato Grosso (de -8,9% para -13,6%), Amazonas (de 4,1% para -0,6%), Maranhão (de -2,4% para -6,5%) e Paraná (de 3,4% para 0,2%) apontaram as perdas mais acentuadas, enquanto Rio Grande do Norte (de -17,1% para -1,1%), Mato Grosso do Sul (de -6,0% para 1,2%), Espírito Santo (de 11,8% para 16,0%), São Paulo (de -4,9% para -1,4%), Bahia (de -1,6% para 1,7%) e Pernambuco (de -0,2% para 2,2%) assinalaram os principais ganhos entre os dois períodos.
No acumulado no ano, houve expansão de 1,0%, com resultados positivos em 10 dos 18 locais pesquisados. Espírito Santo (7,5%), Pará (4,9%) e Rio de Janeiro (4,1%) assinalaram os avanços mais acentuados, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), no primeiro local; de indústrias extrativas (minérios de manganês e de cobre – em bruto ou beneficiados) e metalurgia (vergalhões de aços ao carbono), no segundo; e de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural), no último. Paraná (3,4%), Santa Catarina (3,1%), Rio Grande do Sul (2,4%) e Goiás (2,2%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (1,0%), enquanto Bahia (1,0%), Minas Gerais (0,7%) e Amazonas (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano. Por outro lado, Rio Grande do Norte (-13,1%) assinalou o recuo mais elevado, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo vindo da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Mato Grosso (-7,1%), Maranhão (-6,2%), Pernambuco (-5,9%), Mato Grosso do Sul (-2,0%), São Paulo (-1,8%), Região Nordeste (-1,0%) e Ceará (-0,5%) também mostraram resultados negativos no índice acumulado para os nove meses do ano.
No acumulado em 12 meses, a produção industrial cresceu 1,5%, com alta em 12 dos 18 locais pesquisados em setembro de 2025, mas 11 apontaram menor dinamismo frente aos índices de agosto de 2025. As principais perdas foram no Mato Grosso (de -0,3% para -2,1%), Maranhão (de -4,5% para -5,5%), Mato Grosso do Sul (de -1,0% para -1,9%), Pernambuco (de -2,0% para -2,6%), Paraná (de 4,7% para 4,2%) e Bahia (de 1,6% para 1,1%). Já o Rio Grande do Norte (de -12,7% para -9,8%), Espírito Santo (de 2,4% para 4,0%), Rio de Janeiro (de 0,4% para 1,3%), Amazonas (de 1,2% para 2,0%) e Rio Grande do Sul (de 1,8% para 2,4%) mostraram os ganhos mais acentuados entre os dois períodos.