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PIB cresce 3,2% e totaliza R$ 10,9 trilhões em 2023

06/11/2025 10h00 | Atualizado em 06/11/2025 10h00

DESTAQUES

  • Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 10,9 trilhões, crescimento de 3,2% ante 2022. O PIB per capita chegou a R$ 51.693,92.
  • Os Serviços cresceram 2,8%, a Indústria cresceu 1,7% e a Agropecuária cresceu 16,3%.
    O consumo final cresceu 3,4%, sendo que o consumo final das famílias cresceu 3,2% e a despesa de consumo final do governo cresceu 3,8%.
  • Em 2023, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve queda de 3%, após ter aumentado 1,1% em 2022. A taxa de investimento foi de 16,4%.
  • Em 2023, 10 dos 12 grupos de atividades ficaram estáveis ou cresceram. Em 2022, nove dos 12 grupos de atividades haviam crescido ou ficado estável;
  • A publicação “Sistema de Contas Nacionais: Brasil 2023 – Notas Técnicas” do IBGE apresenta os resultados da série de Contas Nacionais com referência 2010, atualizados até 2023, com base no Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Em razão da transição para a nova base 2021, a divulgação detalhada foi temporariamente suspensa, mantendo-se apenas estimativas agregadas.

Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,2%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O valor adicionado dos serviços cresceu 2,8% puxado pelas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,5%) e o PIB per capita foi de R$ 51.693,92. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais: Brasil, divulgado hoje (6) pelo IBGE.

O valor adicionado bruto cresceu 3,4%. Em termos de impacto, 1,9 p.p se devem ao crescimento dos Serviços e 0,4 p.p ao crescimento da Indústria que juntos representam mais de 93% do indicador. Já a agropecuária cresceu 16,3% contribuindo positivamente com 1,1 p.p.

Consumo das famílias cresceu 3,2%

Em 2023, as despesas de consumo final, que englobam despesas de consumo das famílias, governos e instituições sem fins de lucro, cresceram 3,4%. A despesa de consumo final do governo, que engloba as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, cresceu 3,8%. Já o consumo das famílias, que representa 62,9% do PIB, cresceu 3,2%.

Se pela ótica da oferta quem puxou foi o setor agropecuário, na ótica da demanda foi o Consumo das Famílias. É importante dividir a demanda interna do setor externo, pois dos 3,2% do crescimento, 2,0 p.p. foram da demanda interna principalmente do consumo das famílias, e 1,3 p.p. da demanda externa, que também subiu, já que as exportações brasileiras de bens e serviços cresceram mais do que as importações.

Formação Bruta de Capital Fixo caiu 3% em 2023

A formação bruta de capital fixo (FBCF) da economia brasileira caiu 3% em 2023. O valor corrente da FBCF atingiu o patamar de R$ 1,8 trilhão e a taxa de investimento, que consiste na razão entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, foi 16,4%, uma queda em relação a 2022 (17,8%).

Reformulação da série do Sistema de Contas Nacionais

“Nesta publicação, o Sistema de Contas Nacionais terá como base os resultados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, já que o IBGE está com o projeto de reformulação da série do Sistema de Contas Nacionais, ano base 2010 para ano base 2021. Com isso, estamos publicando as tabelas atualizadas somente até 2023, quando houver informação, e as notas técnicas”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

A exigência de realização desse projeto leva à definição de um período de transição em que a divulgação da série mais detalhada é suspensa temporariamente. Tais resultados não incluirão, então, o detalhamento propiciado pelas Tabelas de Recursos e Usos (TRU) e pelas Contas Econômicas Integradas (CEI) publicadas anualmente. No entanto, serão mantidas as estimativas mais agregadas, publicadas com a metodologia em vigor, e divulgadas com uma especial ênfase em seu caráter preliminar que terão como base o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais que divulga TRU 12 atividades por 12 produtos e as Contas Econômicas Trimestrais com a economia nacional agregada.