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Produção industrial cresce 0,8% em agosto

03/10/2025 09h00 | Atualizado em 03/10/2025 09h00

Em Agosto de 2025, a produção industrial nacional cresceu 0,8% frente a julho, na série com ajuste sazonal. Em relação a agosto de 2024, na série sem ajuste, houve redução de 0,7% O acumulado no ano foi de 0,9% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,6%.

Agosto 2025/Julho 2025 0,8%
Agosto 2025/Agosto 2024 -0,7%
Acumulado no ano  0,90%
Acumulado em 12 meses 1,6%
Média móvel trimestral  0,3%

Na passagem de julho para agosto de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados apontaram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%) e produtos alimentícios (1,3%), com a primeira acumulando expansão de 28,6% em quatro meses consecutivos de crescimento; e as duas últimas marcando dois meses seguidos de avanço na produção, período em que acumularam ganhos de 2,7% e 2,4%, respectivamente.

Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de impressão e reprodução de gravações (26,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,8%), de produtos diversos (5,8%), de outros equipamentos de transporte (4,4%) e de bebidas (1,7%).

Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram queda na produção, produtos químicos (-1,6%) exerceu o principal impacto na média da indústria e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,4%. Outras influências negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-2,2%), de produtos de madeira (-8,6%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%) e de indústrias extrativas (-0,3%).

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias EconômicasBrasil - Agosto de 2025     
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)    
Agosto 2025 / Julho 2025* Agosto 2025 / Agosto 2024 Acumulado Janeiro-Agosto Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital -1,4 -5,0 -0,1 4,2
Bens Intermediários 1,0 2,0 2,2 2,4
Bens de Consumo 0,8 -4,9 -1,8 -0,3
  Duráveis 0,6 -4,0 4,8 8,1
  Semiduráveis e não Duráveis 0,9 -5,1 -2,9 -1,7
Indústria Geral 0,8 -0,7 0,9 1,6
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas   
*Série com ajuste sazonal    

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (1,0%), bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) e bens de consumo duráveis (0,6%) assinalaram as taxas positivas em agosto de 2025, com a primeira marcando o sétimo resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período ganho de 3,8%; a segunda registrando avanço de 1,1% em dois meses seguidos de crescimento na produção; e a última intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (0,3%) e junho (0,2%) de 2025. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao recuar 1,4%, mostrou a única taxa negativa em agosto de 2025 e intensificou a perda verificada no mês anterior (-0,2%).

Média móvel trimestral varia 0,3% no trimestre encerrado em agosto

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior, após registrar quedas em julho (-0,2%) e junho (-0,4%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens intermediários (0,5%) e bens de consumo duráveis (0,4%) assinalaram as taxas positivas em agosto de 2025, com a primeira permanecendo com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em janeiro de 2025; e a segunda interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,9%.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital (-0,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro marcando a quarta queda seguida e acumulando nesse período redução de 1,9%; e o segundo permanecendo com a trajetória descendente iniciada em março de 2025.

Frente a agosto de 2024, produção industrial reduz 0,7%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou redução de 0,7% em agosto de 2025, com resultados negativos em 3 das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos, 53 dos 80 grupos e 56,8% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2025 (21 dias) teve 1 dia útil a menos que igual mês do ano anterior (22).

Entre as atividades, a principal influência negativa no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,0%), pressionada, em grande medida, pela menor produção do item álcool etílico. Outros impactos negativos importantes foram assinalados pelos ramos de produtos de metal (-7,9%), de produtos de madeira (-18,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,8%), de produtos químicos (-2,3%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-9,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,2%), de bebidas (-4,9%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,9%). Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2024, entre as dez atividades que apontaram expansão na produção, a de indústrias extrativas (4,8%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, impulsionada, principalmente, pela maior produção do item óleos brutos de petróleo. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), de celulose, papel e produtos de papel (5,2%), de produtos do fumo (30,9%), de produtos têxteis (7,2%), de produtos alimentícios (0,6%) e de impressão e reprodução de gravações (15,6%).

Ainda na comparação com agosto de 2024, bens de consumo semi e não duráveis (-5,1%), bens de capital (-5,0%) e bens de consumo duráveis (-4,0%) assinalaram, em agosto de 2025, as taxas negativas entre as grandes categorias econômicas, acompanhando o movimento registrado pelo total da indústria (-0,7%). Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários (2,0%) apontou o resultado positivo nesse mês.

Bens de consumo semi e não duráveis apontou o maior resultado negativo ante agosto de 2024

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 5,1% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior e marcou a quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de carburantes (-13,5%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de álcool etílico. Vale citar também os resultados negativos registrados pelos grupamentos de semiduráveis (-8,8%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,2%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-4,3%), influenciados, em grande medida, pelos recuos na produção dos itens telefones celulares, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha ou não), calçados femininos de couro e de material sintético, calçados para esportes de material sintético, artefatos de alumínio para uso doméstico, sandálias e chinelos de material sintético, camisas, blusas e semelhantes de uso masculino (de malha ou não), cortinas e seus acessórios e vestidos (de malha ou não), no primeiro; cervejas e chope, açúcar refinado de cana-de-açúcar, sorvetes e picolés, café torrado e moído, balas, preparações em pó para elaboração de bebidas e complementos alimentares, suplementos vitamínicos e minerais, no segundo; e peixes congelados, no terceiro. Por outro lado, o único impacto positivo foi assinalado pelo subsetor de não duráveis (1,3%), impulsionado, em grande parte, pela maior produção de medicamentos e revistas periódicas impressas sob encomenda.

A produção de bens de capital, ao recuar 5,0% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior, assinalou a terceira taxa negativa consecutiva e a mais elevada desde março de 2024 (-10,6%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados nos grupamentos de bens de capital para equipamentos de transporte (-10,2%) e para fins industriais (-4,1%), pressionados, em grande parte, pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, embarcações para o transporte de pessoas ou cargas, caminhões, veículos para o transporte de mercadorias e reboques e semirreboques, no primeiro; e de bens de capital seriados (-4,5%) e não-seriados (-0,4%), no segundo. Vale destacar que o grupamento de bens de capital para energia elétrica (-0,7%) também mostrou resultado negativo nesse mês. Por outro lado, os subsetores de bens de capital agrícolas (13,1%), para construção (5,2%) e de uso misto (0,4%) assinalaram os impactos positivos no índice mensal de agosto de 2025.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo duráveis, ao recuar 4,0% em agosto de 2025, intensificou a perda registrada no mês anterior (-3,4%) e marcou a queda mais elevada desde maio de 2024 (-10,5%). Neste mês, o setor foi pressionado, em grande medida, pela menor fabricação de eletrodomésticos da “linha marrom” (-21,8%) e de automóveis (-3,1%). Vale destacar também os recuos registrados por eletrodomésticos da “linha branca” (-8,7%) e móveis (-6,2%). Por outro lado, os principais impactos positivos foram assinalados por motocicletas (14,8%) e pelo grupamento de outros eletrodomésticos (2,3%).

O setor produtor de bens intermediários mostrou expansão de 2,0% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior e assinalou a sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação. O resultado deste mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (4,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%), de produtos alimentícios (3,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,6%), de celulose, papel e produtos de papel (6,4%), de produtos têxteis (10,5%) e de máquinas e equipamentos (0,5%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos de metal (-8,6%), produtos de minerais não metálicos (-2,8%), produtos químicos (-1,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,4%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-4,3%), que apontou o terceiro mês seguido de queda na produção; e de embalagens (-7,1%), que marcou a quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais elevada desde abril de 2022 (-8,6%).

Acumulado no ano cresce 0,9%

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 0,9%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 25 ramos, 44 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (3,9%), máquinas e equipamentos (6,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,6%) e produtos químicos (2,6%). Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de metalurgia (3,0%), de produtos têxteis (10,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,1%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-agosto de 2024, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (4,8%) e de bens intermediários (2,2%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (5,7%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,9%, registrou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,1%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-agosto de 2025.