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IPCA-15 foi de 0,48% em setembro

Editoria: Estatísticas Econômicas | Igor Ferreira

25/09/2025 09h00 | Atualizado em 25/09/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,48% em setembro e ficou 0,62 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de agosto (-0,14%).

Período Taxa
Setembro de 2025 0,48%
Agosto de 2025  -0,14%
Setembro de 2024 0,13%
Acumulado no ano 3,76%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,32%

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 0,67%, acima da taxa de 0,62% registrada em igual período de 2024.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Habitação (3,31% e 0,50 p.p). Alimentação e bebidas (-0,35% e -0,08 p.p.) registrou a quarta redução consecutiva na média de preços. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,25% de Transportes e o aumento de 0,97% em Vestuário.

Grupo Variação Mensal (%) Impacto
(p.p.)
Variação
Acumulada (%)
Julho Agosto Setembro Setembro Trimestre 12 meses
Índice Geral 0,33 -0,14 0,48 0,48 0,67 5,32
Alimentação e bebidas -0,06 -0,53 -0,35 -0,08 -0,94 7,21
Habitação 0,98 -1,13 3,31 0,50 3,14 6,89
Artigos de residência -0,02 0,03 -0,16 0,00 -0,15 1,39
Vestuário -0,10 0,17 0,97 0,04 1,04 5,14
Transportes 0,67 -0,47 -0,25 -0,05 -0,05 2,60
Saúde e cuidados pessoais 0,21 0,64 0,36 0,05 1,21 5,64
Despesas pessoais 0,25 1,09 0,20 0,02 1,55 6,71
Educação 0,00 0,78 0,03 0,00 0,81 6,17
Comunicação 0,11 -0,17 -0,08 0,00 -0,14 1,70
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Habitação (3,31%), o principal e maior impacto individual no índice do mês veio da energia elétrica residencial (0,47 p.p.), que, após a queda de 4,93% em agosto, subiu 12,17% em setembro com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. Cabe destacar a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Além disso, houve reajuste tarifário de 4,25% em Belém (11,38%), a partir de 7 de agosto.

Vale mencionar também a variação da taxa de água e esgoto (0,02%), com o reajuste tarifário de 4,97% em Salvador (0,31%), a partir de 18 de julho. O resultado do subitem gás encanado (0,19%) decorre do aumento de 6,41% nas faturas em Curitiba (3,32%), a partir de 1° de agosto, e da redução média de 1,22% nas tarifas do Rio de Janeiro (-0,66%), também a partir de 1º de agosto.

No grupo Vestuário (0,97%), destacam-se as altas nas roupas femininas (1,19%) e nos calçados e acessórios (1,02%).

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,36%), em setembro, foi influenciado pelo plano de saúde (0,50%).

Em Alimentação e Bebidas (-0,35%), o grupamento da alimentação no domicílio registrou variação de -0,63%, após recuar 1,02% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-17,49%), da cebola (-8,65%), do arroz (-2,91%) e do café moído (-1,81%). No lado das altas, destacam-se as frutas, que subiram, em média, 1,03%.

A alimentação fora do domicílio (0,36%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,71%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 1,44% em agosto para 0,70% em setembro) e da refeição (de 0,40% para 0,20%).

No grupo Transportes (-0,25% e -0,05 p.p), o resultado foi influenciado pelo seguro voluntário de veículo (-5,95%) e pelas passagens aéreas (-2,61%). Em relação aos combustíveis (-0,10%), gás veicular (-1,55%) e gasolina (-0,13%) registraram queda nos preços, enquanto o óleo diesel (0,38%) e o etanol (0,15%) apresentaram altas.

Houve ainda o reflexo da gratuidade concedida no metrô (-0,67%) em Brasília (-9,85%), e no ônibus urbano (-0,79%) em Brasília (-9,85%) e Belém (-6,27%), além da redução de tarifa em Curitiba (-2,86%). Adicionalmente, o táxi (4,44%) incorporou o reajuste médio de 24,53% nas tarifas em Belém (21,53%), a partir de 12 de agosto, e de 12,37% nas tarifas em São Paulo (10,55%), a partir de 11 de agosto.

Quanto aos índices regionais, as 11 áreas de abrangência tiveram alta em setembro. A maior variação foi observada em Recife (0,80%), por conta da alta da energia elétrica residencial (10,69%) e da gasolina (4,78%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,10%), que registrou queda nos preços da gasolina (-2,78%) e do tomate (-24,39%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Variação
Acumulada (%)
Julho Agosto Setembro Trimestre 12 meses
Recife 4,71 0,27 -0,28 0,80 0,79 5,40
Belém 4,46 0,19 -0,61 0,62 0,20 5,54
São Paulo 33,45 0,40 0,13 0,60 1,13 5,77
Curitiba 8,09 0,14 -0,17 0,55 0,52 5,59
Rio de Janeiro 9,77 0,24 -0,31 0,55 0,48 4,92
Fortaleza 3,88 0,25 -0,11 0,40 0,54 5,26
Brasília 4,84 0,28 -0,29 0,37 0,36 5,05
Porto Alegre 8,61 0,48 -0,27 0,35 0,56 4,47
Salvador 7,19 0,15 -0,23 0,32 0,24 4,74
Belo Horizonte 10,04 0,61 -0,23 0,25 0,63 5,30
Goiânia 4,96 -0,05 -0,35 0,10 -0,30 4,83
 
Brasil 100,00 0,33 -0,14 0,48 0,67 5,32
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de agosto a 15 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de julho a 14 de agosto (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.