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PNAD Contínua Trimestral: desocupação cai em 18 das 27 UFs no segundo trimestre de 2025

15/08/2025 09h00 | Atualizado em 15/08/2025 10h06

A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2025 (5,8%) foi a menor da série iniciada em 2012. Frente ao 1º trimestre de 2025, a taxa de desocupação caiu em 18 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras nove. As maiores taxas foram de Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) e as menores, de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).

A taxa de desocupação (7,0%) foi de 4,8% para os homens e 6,9% para as mulheres no segundo trimestre de 2025. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

No segundo trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 14,4%. Piauí (30,2%) teve a maior taxa, com Bahia (27,0%) e Sergipe (26,0%) a seguir. As menores taxas foram de Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,8%) e Espírito Santo (7,1%).

No segundo trimestre de 2025, havia 1,3 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais, o menor contingente da série para um segundo trimestre desde 2014 (1,2 milhão). Esse indicador recuou 23,6% em relação ao segundo trimestre de 2024.

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) do país no segundo tri de 2025 foi de 2,5%. Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) tinham os maiores percentuais, enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%). A seguir, vinham Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo (os cinco com 0,9%).

No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2% no segundo trimestre de 2025. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).

O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477. Houve alta nas duas comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367). Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade. Frente ao 2º trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880), com estabilidade nas demais regiões.

Do primeiro para o segundo trimestre de 2025, a taxa de desocupação caiu em 18 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras nove. As maiores taxas foram de Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) e as menores, de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).

Taxa de desocupação, por UF (%) – 1º e 2° trimestre de 2025

UF 1T 2025 2T 2025 situação
Pernambuco 11,6 10,4
Distrito Federal 9,2 8,7
Sergipe 9,3 8,1
Acre 8,2 7,3
Roraima 7,5 5,9
Tocantins 6,4 5,3
Paraná 4,0 3,8
Mato Grosso 3,5 2,8
Rondônia 3,1 2,3
Santa Catarina 3,0 2,2
Goiás 5,3 4,4
Espírito Santo 4,0 3,1
Rio Grande do Sul 5,3 4,3
Mato Grosso do Sul 4,0 2,9
Brasil 7,0 5,8
São Paulo 6,3 5,1
Rio de Janeiro 9,3 8,1
Ceará 8,0 6,6
Maranhão 8,1 6,6
Alagoas 9,0 7,5
Amapá 8,6 6,9
Piauí 10,2 8,5
Paraíba 8,7 7,0
Minas Gerais 5,7 4,0
Pará 8,7 6,9
Bahia 11,1 9,1
Amazonas 10,0 7,7
Rio Grande do Norte 9,9 7,5

Piauí tem a maior taxa de subutilização (30,2%) e Santa Catarina, a menor (4,4%)

No segundo trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 14,4%. Piauí (30,2%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (27,0%) e Sergipe (26,0%). As menores taxas ficaram com Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,8%) e Espírito Santo (7,1%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho, por UF (%) – 2° trimestre de 2025

Rondônia tem a maior proporção de conta própria (35,3%) e DF a menor (18,6%)

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).

Percentual de pessoas ocupadas por conta própria, por UF (%) - 2° trimestre 2025

Maranhão tem menor percentual de empregados com carteira (53,1%) e SC, o maior (87,4%)

No 2º trimestre de 2025, entre os empregados do setor privado do país, 74,2% tinham carteira de trabalho assinada. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%) e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).

Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado, por UF (%) - 2º trimestre 2025

Rendimento cresce no Sudeste e fica estável nas demais regiões

No segundo trimestre de 2025, o rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi estimado em R$ 3.477. Houve alta em ambas as comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440) e também ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367).

Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2024, foi observado crescimento dos rendimentos no Sudeste e no Sul (R$ 3.880), com estabilidade estatística nas regiões.

Já a massa de rendimento real habitual (R$ 351,2 bilhões) cresceu em ambas as comparações. O Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica (R$ 177,8 bilhões). Em relação ao 1º trimestre de 2025, a massa de rendimentos cresceu em quatro grandes regiões, e somente o Sul (R$ 63,0 bilhões) apresentou estabilidade.

Maranhão (56,2%) tem a maior taxa de informalidade e Santa Catarina (24,7%), a menor

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).

Taxa de informalidade da população ocupada, por UF (%) - 2º trimestre de 2025

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são considerados os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, os empregadores sem registro no CNPJ, os trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares.

Desocupação recua em todas as faixas de tempo de procura ante o 2º tri de 2024

No segundo trimestre de 2025, os contingentes de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pela PNAD contínua tiveram reduções frente ao mesmo trimestre do ano anterior, como mostra a tabela a seguir.

Além disso, duas das quatro faixas de tempo de procura mostraram seus menores contingentes para um segundo trimestre, na série histórica da PNAD Contínua, que teve início em 2012. As exceções foram a faixa inicial, de menos de um mês, que apenas mostrou o menor contingente desde 2016, e a faixa de 2 anos ou mais, com o menor contingente desde 2014. Nessa faixa de tempo mais longa, 1,3 milhão de pessoas procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse indicador recuou 23,6% frente ao segundo trimestre de 2024.

Maranhão tem maior percentual de desalentados (9,3%) e Santa Catarina, o menor (0,3%)

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) do país no primeiro tri de 2025 foi de 2,5%. Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%).

Percentual de pessoas desalentadas na força de trabalho ou desalentada, por UF (%) - 2º trimestre 2025