Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 foi de 0,33% em julho

25/07/2025 09h00 | Atualizado em 25/07/2025 09h13

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,33% em julho e ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de junho (0,26%).

Período   Taxa 
Julho de 2025  0,33% 
Junho de 2025  0,26% 
Julho de 2024  0,30% 
Acumulado no ano  3,40% 
Acumulado nos últimos 12 meses  5,30% 

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa foi de 0,30%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho, ficando entre o 0,00% de Educação e o 0,98% de Habitação. Já os grupos Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) apresentaram variação negativa na passagem de junho para julho.

 Grupo   Variação (%) Impacto (p.p.)
Junho Julho Junho Julho
 Índice Geral 0,26 0,33 0,26 0,33
 Alimentação e bebidas -0,02 -0,06 0,00 -0,01
 Habitação 1,08 0,98 0,16 0,15
 Artigos de residência 0,11 -0,02 0,01 0,00
 Vestuário 0,51 -0,10 0,02 0,00
 Transportes 0,06 0,67 0,01 0,13
 Saúde e cuidados pessoais 0,29 0,21 0,04 0,03
 Despesas pessoais 0,19 0,25 0,02 0,03
 Educação -0,02 0,00 0,00 0,00
 Comunicação 0,02 0,11 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.  

No grupo Habitação (0,98%), em julho, novamente destaca-se a energia elétrica residencial (3,01% e 0,12 p.p.), principal impacto individual no índice, permanecendo a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos. Além disso, houve os seguintes reajustes tarifários: 7,36% em Belo Horizonte (3,89%), a partir de 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,07%), vigente desde 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,33%), em vigor desde 24 de junho; 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (6,10%), vigente desde 04 de julho; e redução de 2,16% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,44%) a partir de 17 de junho.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,25%) incorporou os seguintes reajustes: 9,88% em Brasília (5,22%), a partir de 1º de junho, e 3,83% em Curitiba (0,12%), vigente desde 17 de maio.

O grupo Transportes acelerou de junho (0,06%) para julho (0,67%), colocando-se como a segunda maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. A alta no grupo foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86% e 0,11 p.p.) e o transporte por aplicativo (14,55% e 0,03 p.p.).

Os combustíveis, também no grupo Transportes, recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).

No mês foi apropriada a gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (-0,14%) em Brasília (-2,11%), e no ônibus urbano (-0,44%), em Brasília (-2,11%) e Belém (-5,79%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (-2,68%). Adicionalmente, o táxi (0,67%) incorporou o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (6,50%), a partir de 7 de junho.

No grupo Despesas pessoais (0,25%), destaca-se o reajuste nos jogos de azar (3,34%), vigente desde 09 de julho.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), a variação do subitem plano de saúde (0,35%) reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano.

O grupo Alimentação e bebidas (-0,06%) registrou queda na média de preços pelo segundo mês consecutivo, com a alimentação no domicílio recuando 0,40% em julho, ante a variação de -0,24% de junho. Contribuíram para esse resultado as quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%). No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%) após a queda de 7,24% no mês anterior.

A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,55% em junho para 0,84% em julho, em virtude da aceleração do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição, que passou de 0,60% em junho para 0,65% em julho.

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%), que apresentou queda nos preços do etanol (-4,23%) e da gasolina (-1,63%).

Região Peso Regional (%) Variação
Mensal (%)
 Variação
Acumulada (%) 
Junho Julho Ano 12 meses
Belo Horizonte 10,04 0,25 0,61 3,72 5,86
Porto Alegre 8,61 -0,10 0,48 3,66 5,09
São Paulo 33,45 0,19 0,40 3,37 5,42
Brasília 4,84 0,65 0,28 3,59 5,25
Recife 4,71 0,66 0,27 3,53 4,99
Fortaleza 3,88 0,44 0,25 3,39 5,33
Rio de Janeiro 9,77 0,00 0,24 2,83 4,78
Belém 4,46 0,35 0,19 3,58 5,44
Salvador 7,19 0,42 0,15 3,29 4,90
Curitiba 8,09 0,46 0,14 3,73 5,33
Goiânia 4,96 0,21 -0,05 2,78 5,19
Brasil 100,00 0,26 0,33 3,40 5,30
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, SistemaNacional de Índices de Preços ao Consumidor.   

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 15 de julho (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 13 de junho (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.