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IPCA-15 é de 0,26% em junho

26/06/2025 09h00 | Atualizado em 26/06/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,26% em junho, 0,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em maio (0,36%). O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,05%, próximo à taxa de 1,04% registrada em igual período de 2024. Nos últimos doze meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, o IPCA-15 foi de 0,39%.

Período Taxa
Junho de 2025 0,26%
Maio de 2025 0,36%
Junho de 2024 0,39%
Acumulado no ano 3,06%
Acumulado nos últimos 12 meses  5,27%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. A maior variação e o maior impacto vieram de Habitação (1,08% e 0,16 p.p.), seguido de Vestuário com 0,51%. O grupo Alimentação e bebidas, após nove meses consecutivos de alta, apresentou recuo de 0,02%, assim como Educação. Os demais grupos oscilaram entre o 0,02% de Comunicação e o 0,29% de Saúde e cuidados pessoais.

Grupo Variação Mensal (%) Impacto
(p.p.)
Variação Acumulada (%)
Abril Maio Junho Junho Trimestre 12 meses
Índice Geral 0,43 0,36 0,26 0,26 1,05 5,27
Alimentação e bebidas 1,14 0,39 -0,02 0,00 1,51 6,94
Habitação 0,09 0,67 1,08 0,16 1,85 4,85
Artigos de residência 0,37 -0,07 0,11 0,01 0,41 2,67
Vestuário 0,76 0,92 0,51 0,02 2,21 4,17
Transportes -0,44 -0,29 0,06 0,01 -0,67 4,59
Saúde e cuidados pessoais 0,96 0,91 0,29 0,04 2,17 5,34
Despesas pessoais 0,53 0,50 0,19 0,02 1,22 5,83
Educação 0,06 0,09 -0,02 0,00 0,13 6,22
Comunicação 0,52 0,27 0,02 0,00 0,81 2,08
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema  Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.    

No grupo Habitação (1,08%), destaca-se a energia elétrica residencial (3,29% e 0,13 p.p.), principal impacto individual no índice. Em junho, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos. Além disso, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários: 7,36% em Belo Horizonte (6,82%), a partir de 28 de maio; 3,33% em Recife (4,58%), a partir de 29 de abril; 2,07% em Salvador (2,30%), a partir de 22 de abril; e redução de 1,68% na tarifa em Fortaleza (3,53%), a partir de 22 de abril.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,94%) incorpora os seguintes reajustes: 9,88% em Brasília (4,43%), a partir de 1º de junho; 3,83% em Curitiba (3,70%), a partir de 17 de maio; 9,98% em Recife (3,33%), a partir de 26 de abril e 6,58% em uma das concessionárias em Porto Alegre (1,95%), a partir de 4 de maio. O gás encanado (0,13%) teve reajuste médio de 0,77% no Rio de Janeiro (0,39%), vigente desde 1º de maio.

No grupo Vestuário (0,51%), destacam-se as altas nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%).

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,29%), neste mês, foi influenciado pelo plano de saúde (0,57%).

O grupo Transportes (0,06%) reflete a gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (1,22%), em Brasília (21,54%), e no ônibus urbano (1,39%), em Brasília (21,54%) e Belém (11,52%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (5,08%), após a queda registrada em maio. Adicionalmente, o táxi (0,21%) incorpora o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (2,08%), a partir de 7 de junho.

Ainda em Transportes, os combustíveis recuaram 0,69% em junho (ante o aumento de 0,11% em maio), com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).

No grupo Alimentação e bebidas (-0,02% e 0,00 p.p.), a alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, ante o aumento de 0,30% em maio. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%).

A alimentação fora do domicílio (0,55%) desacelerou em relação ao mês de maio (0,63%), em virtude da desaceleração do lanche (de 0,84% em maio para 0,32% em junho). Por outro lado, a refeição passou de 0,49% em maio para 0,60% em junho.

Em maio, IPCA-15 subiu em 9 das 11 regiões

Regionalmente, a maior variação foi registrada em Recife (0,66%), por conta das altas da energia elétrica residencial (4,58%) e da gasolina (3,44%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,10%), que apresentou queda nos preços do tomate (-10,04%) e da gasolina (-2,87%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação
Acumulada (%) 
Abril Maio Junho Trimestre 12 meses
Recife 4,71 0,34 0,22 0,66 1,22 4,65
Brasília 4,84 -0,02 0,26 0,65 0,89 5,59
Curitiba 8,09 0,51 0,18 0,46 1,15 5,53
Fortaleza 3,88 0,34 0,66 0,44 1,45 5,32
Salvador 7,19 0,27 0,20 0,42 0,89 4,86
Belém 4,46 0,33 0,65 0,35 1,34 5,44
Belo Horizonte 10,04 0,36 0,42 0,25 1,03 5,48
Goiânia 4,96 -0,13 0,79 0,21 0,87 5,57
São Paulo 33,45 0,56 0,28 0,19 1,03 5,40
Rio de Janeiro 9,77 0,37 0,24 0,00 0,61 4,87
Porto Alegre 8,61 0,88 0,63 -0,10 1,41 4,76
Brasil 100,00 0,43 0,36 0,26 1,05 5,27
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.    

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de maio a 13 de junho de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.