Capacidade de armazenagem agrícola cresce 2,1% e chega a 227,1 milhões de toneladas no 2º semestre de 2024
12/06/2025 09h00 | Atualizado em 12/06/2025 14h47
No 2º semestre de 2024, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 227,1 milhões toneladas, 2,1% superior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos (9.511) subiu 0,9% em relação ao primeiro semestre de 2024.
O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.448), e o Mato Grosso tem a maior capacidade: 61,4 milhões de toneladas.
Neste segundo de semestre de 2024, as regiões Norte (7,5%), Nordeste (3,6%) e Centro-Oeste (1,2%) tiveram aumento no número de estabelecimentos. A Região Sul não alterou o número de estabelecimentos, enquanto o Sudeste teve uma queda de 0,4%.
Os estoques de produtos agrícolas totalizaram 36,0 milhões de toneladas, uma redução de 19,3% frente aos 44,6 milhões de toneladas de 31 de dezembro de 2023, reflexo dos problemas climáticos que influenciaram no desenvolvimento da safra de 2024.
Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de milho representaram o maior volume (17,7 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de soja (7,3 milhões), trigo (5,7 milhões), arroz (1,7 milhão) e café (0,9 milhão). Esses produtos constituem 92,4% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.
Capacidade dos silos atinge 120,5 milhões de toneladas, com alta de 2,6%
Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, tendo alcançado 120,5 milhões de toneladas, o que representa 53,1% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2024, os silos apresentaram um acréscimo de 2,6% na capacidade.
Número de estabelecimentos e capacidade útil instalada, por tipo, segundo as unidades da federação – Brasil - 2º semestre 2024
Na sequência, os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 82,6 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 2,1% superior à capacidade verificada no período anterior. Esse tipo de armazenagem é responsável por 36,4% do total do país.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 24,0 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 0,4% em relação ao primeiro semestre de 2024. Esses armazéns contribuem com 10,6% da capacidade total de armazenagem.
Os silos predominam no Sul, sendo responsáveis por 65,1% da capacidade armazenadora da região. A capacidade instalada com silos, no Sul, representa 43,3% da capacidade total do país com esse tipo de armazenagem.
O tipo “graneleiros e granelizados” aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 50,5% da capacidade da região. A região é responsável por 59,7% da capacidade total desse tipo de armazenagem no Brasil. Esse aspecto é compreensível pelo fato de a região contar com grandes propriedades e grupos do agronegócio, que produzem grande quantidade de grãos, tornando esse tipo de armazenagem mais viável.
Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na Região Sul (34,8%), seguido pela Região Sudeste (31,7%). Essas regiões são, respectivamente, grandes produtoras de arroz e café, produtos que são armazenados em sacarias e que utilizam este tipo de armazém. O Sul e o Sudeste, juntos, correspondem a 66,5% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.
Número de estabelecimentos aumentou em três das cinco Grandes Regiões
A Pesquisa de Estoques encontrou 9.511 estabelecimentos ativos no segundo semestre de 2024, um acréscimo de 0,9% frente ao primeiro semestre de 2024. Neste segundo semestre de 2024, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tiveram aumento no número de estabelecimentos, sendo esses de 7,5%, 3,6% e 1,2%, respectivamente. A Região Sul não alterou o número de estabelecimentos, enquanto o Sudeste teve uma queda de 0,4%.
O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.448), seguido por Mato Grosso (1.740) e Paraná (1.368). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do país, com 61,4 milhões de toneladas. Desse total, 58,1% são do tipo graneleiro e 37,4% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm 38,6 e 35,1 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante.
Estoques de arroz foram os únicos a aumentar
O estoque de produtos agrícolas totalizou 36,0 milhões de toneladas, uma queda de 19,3% frente aos 44,6 milhões de toneladas verificados em 31 de dezembro de 2023.
No segundo semestre de 2024, os estoques de milho representaram o maior volume (17,7 milhões de toneladas), seguidos pelos de soja (7,3 milhões), trigo (5,7 milhões), arroz (1,7 milhão) e café (0,9 milhão). Apenas o arroz apresentou acréscimo no estoque, quando comparado com 31/12/2023.
Esses produtos constituem 92,4% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa, sendo os 7,6% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor, e outros grãos e sementes.