Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em março, IPCA fica em 0,56%

11/04/2025 09h00 | Atualizado em 11/04/2025 13h29

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,56%, ficando 0,75 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (1,31%). Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2023 (0,71%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,04% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.

Período Taxa
mar/25 0,56%
fev/25 1,31%
mar/24 0,16%
Acumulado no ano 2,04%
Acumulado em 12 meses 5,48%

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março, ficando entre o 0,10% do grupo Educação e o 1,17% do grupo Alimentação e bebidas, responsável pelo maior impacto (0,25 p.p.) no índice do mês, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral 1,31 0,56 1,31 0,56
Alimentação e bebidas 0,70 1,17 0,15 0,25
Habitação 4,44 0,24 0,65 0,04
Artigos de residência 0,44 0,13 0,01 0,00
Vestuário 0,00 0,59 0,00 0,03
Transportes 0,61 0,46 0,13 0,09
Saúde e cuidados pessoais 0,49 0,43 0,07 0,06
Despesas pessoais 0,13 0,70 0,01 0,07
Educação 4,70 0,10 0,28 0,01
Comunicação 0,17 0,24 0,01 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Alimentação e bebidas acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). No lado das quedas destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%).

A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). O lanche (0,63%) desacelerou em relação a fevereiro (0,66%).

Em Despesas pessoais (0,70%), grupo com a segunda maior variação no mês, o resultado foi influenciado pelo subitem cinema, teatro e concertos (7,76%), com o fim da semana do cinema que ocorreu em fevereiro.

No grupo Vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).

No grupo dos Transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%), que desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Apenas o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.

Ainda em Transportes, o resultado do ônibus urbano (-1,09%), além de contemplar o reajuste de 4,17% nas tarifas em Porto Alegre (0,21%), a partir de 31 de março, reflete as reduções de 2,15% em Curitiba em razão da tarifa promocional de metade do valor aos domingos e feriados e de Brasília (-24,18%), dada a decretação de tarifa zero aos domingos e feriados, a partir de 1º de março, válida também para o metrô (-1,68%).

Houve também aumento no táxi (0,23%) em razão de reajustes de 14,88% em Aracaju (9,46%), a partir de 11 de março e de 10,91% em Porto Alegre (0,32%), vigente desde 31 de março.

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43%), as maiores contribuições vieram do plano de saúde (0,57%) e da higiene pessoal (0,51%).

O grupo Habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, desacelerou dos 16,80% do mês anterior para 0,12% em março. Compõem a variação, além do reajuste de 1,37% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (-0,79%), vigente desde 15 de março, os aumentos e reduções nas alíquotas de Pis/Cofins das concessionárias.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Curitiba 8,09 1,55 0,76 2,24 5,43
Porto Alegre 8,61 1,29 0,76 2,03 5,13
São Paulo 32,28 1,18 0,71 2,05 5,77
São Luís 1,62 1,41 0,55 1,88 5,39
Vitória 1,86 1,51 0,53 2,41 5,58
Rio de Janeiro 9,43 1,40 0,53 2,01 5,22
Campo Grande 1,57 1,62 0,42 2,08 5,76
Salvador 5,99 1,38 0,41 2,18 5,63
Belo Horizonte 9,69 1,31 0,41 2,16 6,07
Aracaju 1,03 1,64 0,40 2,66 5,14
Recife 3,92 1,40 0,36 1,89 4,55
Belém 3,94 1,52 0,35 2,10 4,81
Fortaleza 3,23 1,03 0,32 1,47 4,57
Goiânia 4,17 1,16 0,31 1,44 5,23
Rio Branco 0,51 1,06 0,27 0,99 4,83
Brasília 4,06 1,38 0,27 2,23 5,61
Brasil 100,00 1,31 0,56 2,04 5,48
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).

INPC fica em 0,51% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,51% em março. No ano, o acumulado é de 2,00% e, nos últimos 12 meses, de 5,20%, acima dos 4,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a taxa foi de 0,19%.

Os produtos alimentícios aceleraram de fevereiro (0,75%) para março (1,08%). A variação dos não alimentícios passou de 1,72% em fevereiro para 0,32% em março.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Curitiba (0,79%), influenciada pela alta da gasolina (1,84%). A menor variação ocorreu em Brasília (-0,33%), com a redução de 24,18% no ônibus urbano.

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Curitiba 7,37 1,69 0,79 2,08 5,42
Porto Alegre 7,15 1,55 0,77 2,22 5,08
São Paulo 24,60 1,55 0,63 2,01 5,43
Aracaju 1,29 1,79 0,53 2,68 5,09
São Luís 3,47 1,37 0,53 1,86 5,19
Rio de Janeiro 9,38 1,57 0,53 1,97 5,18
Fortaleza 5,16 1,10 0,41 1,61 4,60
Campo Grande 1,73 1,64 0,39 1,95 5,73
Belo Horizonte 10,35 1,38 0,39 2,20 5,81
Goiânia 4,43 1,01 0,38 1,10 5,06
Belém 6,95 1,47 0,38 2,09 4,66
Rio Branco 0,72 1,25 0,37 1,12 5,02
Recife 5,60 1,45 0,37 1,82 4,05
Vitória 1,91 1,77 0,36 2,15 5,15
Salvador 7,92 1,50 0,36 2,34 5,42
Brasília 1,97 1,64 -0,33 1,59 5,19
Brasil 100,00 1,48 0,51 2,00 5,20
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).