Produção industrial recua -0,6% em novembro
08/01/2025 09h00 | Atualizado em 08/01/2025 09h09
Em novembro de 2024, a produção industrial nacional mostrou redução de 0,6% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. Este é o segundo mês de queda, período em que a indústria acumulou perda de 0,8%.
Novembro 2024/ Outubro 2024 | -0,6% |
Novembro 2024/ Novembro 2023 | 1,7% |
Acumulado no ano | 3,2% |
Acumulado em 12 meses | 3,0% |
Média Móvel Trimestral | 0,0% |
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 1,7% em novembro de 2024, marcando a sexta taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,2% nos onze primeiros meses de 2024.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 3,0% em novembro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados dos meses anteriores.
As quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%), com a primeira interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 12,7%; e a segunda registrando redução de 6,9% em dois meses seguidos de queda na produção. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (-1,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,5%), de produtos químicos (-2,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%), de produtos do fumo (-16,3%), de bebidas (-2,7%) e de móveis (-5,7%).
Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram expansão na produção, a de máquinas e equipamentos (2,3%) exerceu o principal impacto em novembro de 2024 e marcou o segundo mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,8%, apontou o resultado negativo mais elevado em novembro de 2024 e intensificou a redução registrada no mês anterior (-1,1%). Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-2,1%), de bens de capital (-1,7%) e de bens intermediários (-0,7%) também mostraram queda na produção nesse mês, com o primeiro eliminando parte do avanço de 5,1% assinalado no mês anterior; o segundo voltando a recuar após apontar taxas positivas em outubro (1,6%) e setembro (3,9%) de 2024; e o último interrompendo três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 1,9%.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas Brasil - Novembro de 2024 |
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Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
Novembro 2024 / Outubro 2024* | Novembro 2024 / Novembro 2023 | Acumulado Janeiro-Novembro | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Bens de Capital | -1,7 | 14,0 | 8,8 | 6,7 |
Bens Intermediários | -0,7 | 1,6 | 2,6 | 2,7 |
Bens de Consumo | -1,6 | 0,2 | 3,9 | 3,5 |
Duráveis | -2,1 | 19,5 | 10,7 | 9,9 |
Semiduráveis e não Duráveis | -2,8 | -2,7 | 2,8 | 2,5 |
Indústria Geral | -0,6 | 1,7 | 3,2 | 3,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal |
Média móvel trimestral apresenta variação nula no trimestre encerrado em novembro
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em novembro de 2024 frente ao nível do mês anterior, após registrar 0,3% em outubro e -0,1% em setembro de 2024.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (1,2%) assinalou a taxa positiva mais elevada em novembro de 2024 e manteve a trajetória predominantemente ascendente iniciada em dezembro de 2023. Os segmentos de bens intermediários (0,3%) e de bens de consumo duráveis (0,2%) também apontaram crescimento na produção nesse mês e permaneceram com a sequência de resultados positivos iniciada em junho de 2024, período em que acumularam, respectivamente, avanços de 2,9% e de 9,5%. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) assinalou a única taxa negativa em novembro de 2024 e marcou o terceiro mês seguido de queda, período em que acumulou perda de 2,1%.
Frente a novembro de 2023, indústria cresce 1,7%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 1,7% em novembro de 2024, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 58 dos 80 grupos e 59,2% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que novembro de 2024 (19 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20).
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (15,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (34,9%) e máquinas e equipamentos (14,0%).
Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de metalurgia (7,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,3%), de produtos de metal (7,6%), de produtos químicos (2,4%), de produtos de borracha e de material plástico (5,0%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (7,3%), de produtos de minerais não metálicos (6,0%), de produtos diversos (11,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%).
Por outro lado, ainda na comparação com novembro de 2023, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, indústrias extrativas (-4,4%), produtos alimentícios (-4,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria, pressionadas, principalmente, pela menor produção de óleos brutos de petróleo, na primeira; de açúcar VHP e cristal, sucos concentrados de laranja, sorvetes e picolés, arroz, biscoitos e bolachas e bombons e chocolates em barras, na segunda; e de álcool etílico, na terceira. Vale destacar também o impacto negativo registrado pelo setor de bebidas (-8,4%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (19,5%) e bens de capital (14,0%) assinalaram, em novembro de 2024, expansão de dois dígitos e as taxas positivas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens intermediários (1,6%) também mostrou crescimento na produção nesse mês, mas apontou avanço menos elevado do que o verificado na média da indústria (1,7%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-2,7%) assinalou o único resultado negativo em novembro de 2024.
No índice acumulado para janeiro-novembro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 3,2%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 61 dos 80 grupos e 63,5% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (12,4%), produtos alimentícios (2,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,4%).
Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), de produtos químicos (2,8%), de produtos de borracha e de material plástico (5,5%), de produtos de metal (5,1%), de outros equipamentos de transporte (11,3%), de metalurgia (2,3%), de móveis (10,0%), de indústrias extrativas (0,7%), de produtos de minerais não metálicos (4,0%) e de celulose, papel e produtos de papel (2,7%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-novembro de 2023, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,8%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor produção de medicamentos.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os onze meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (10,7%) e bens de capital (8,8%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de eletrodomésticos (24,5%) e automóveis (5,2%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (18,0%), para fins industriais (8,0%) e de uso misto (20,1%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (2,8%) e de bens intermediários (2,6%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado no ano, mas ambos registraram avanços menos acentuados do que o verificado na média da indústria (3,2%).