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Prévia da inflação

IPCA-15 foi de 0,30% em julho

25/07/2024 09h00 | Atualizado em 25/07/2024 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,30% em julho, 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,39%).

Período Taxa
Julho de 2024 0,30%
Junho de 2024 0,39%
Julho de 2023 -0,07%
Acumulado no ano 2,82%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,45%

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa foi de -0,07%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (1,12% e 0,23 p.p), seguido por Habitação (0,49% e 0,07 p.p.). Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta. As demais variações ficaram entre o -0,08% de Vestuário e o 0,33% de Saúde e cuidados pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Junho Julho Junho Julho
Índice Geral 0,39 0,30 0,39 0,30
Alimentação e bebidas 0,98 -0,44 0,21 -0,09
Habitação 0,63 0,49 0,10 0,07
Artigos de residência -0,01 0,24 0,00 0,01
Vestuário 0,30 -0,08 0,01 0,00
Transportes -0,23 1,12 -0,05 0,23
Saúde e cuidados pessoais 0,57 0,33 0,08 0,05
Despesas pessoais 0,25 0,32 0,03 0,03
Educação 0,05 0,06 0,00 0,00
Comunicação 0,17 0,09 0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio recuou 0,70% em julho. Contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). No lado das altas, destacam-se o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,80% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho).

No grupo Habitação (0,49%) foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,20% e 0,05 p.p.). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos. A alta também foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 6,76% em Belo Horizonte (3,40%), a partir de 28 de maio; e de -2,43% em uma das concessionárias de São Paulo (0,42%), a partir de 4 de julho.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,22%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 9,85% em Brasília (5,02%), a partir de 1º de junho; e de 2,95% em Curitiba (0,09%), a partir de 17 de maio. No subitem gás encanado (-0,28%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,93%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho.

No grupo Transportes (1,12% e 0,23 p.p), as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 p.p. no índice de julho. Em relação aos combustíveis (1,39%), gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.

Quanto aos índices regionais, dez áreas de abrangência tiveram alta em julho. A maior variação foi observada em Brasília (0,61%), por conta das altas da passagem aérea (13,68%), da taxa de água e esgoto (5,02%) e da gasolina (2,94%). Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,05%), que registrou queda nos preços do tomate (-37,13%) e da cenoura (-28,27%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%)
Junho Julho Ano 12 meses
Brasília 4,84 0,24 0,61 2,22 5,26
São Paulo 33,45 0,38 0,39 2,70 4,55
Curitiba 8,09 0,43 0,33 2,72 3,85
Rio de Janeiro 9,77 0,38 0,33 2,72 4,45
Goiânia 4,96 0,33 0,31 2,47 4,31
Fortaleza 3,88 0,48 0,25 2,93 4,98
Belo Horizonte 10,04 0,68 0,25 4,05 5,27
Belém 4,46 0,16 0,19 3,12 4,97
Porto Alegre 8,61 0,41 0,17 2,29 3,72
Salvador 7,19 0,25 0,11 3,06 4,31
Recife 4,71 0,31 -0,05 2,77 3,11
Brasil 100,00 0,39 0,30 2,82 4,45
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de junho a 15 de julho de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 14 de junho de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.