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Em janeiro, indústria recua em seis dos 15 locais pesquisados

13/03/2024 09h00 | Atualizado em 13/03/2024 09h49

Com queda de 1,6% na indústria nacional em janeiro, na série com ajuste sazonal, seis dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas negativas.

Os maiores recuos foram registrados no Espírito Santo (-6,3%) e no Pará (-4,9%).

Rio Grande do Sul (-3,8%), Goiás (-3,3%), Santa Catarina (-3,1%) e Ceará (-0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Já o Amazonas (16,7%) apontou expansão de dois dígitos, a mais elevada do mês. Mato Grosso (4,4%), Região Nordeste (3,2%), Bahia (2,1%), Paraná (1,9%), Minas Gerais (1,0%), São Paulo (0,8%), Rio de Janeiro (0,8%) e Pernambuco (0,5%) mostraram os demais resultados positivos nesse indicador.

Em relação à média móvel trimestral, 11 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre terminado em janeiro, com destaque para Amazonas (7,3%), Ceará (2,1%), Paraná (1,6%), Região Nordeste (1,3%), Minas Gerais (1,3%) e Bahia (1,1%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 3,6% no setor industrial do país, com avanço em 16 dos 18 locais pesquisados. Dentre eles, destacam-se Rio Grande do Norte (30,6%), Amazonas (11,7%) e Goiás (10,2%) com as maiores expansões.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 0,4%, com taxas positivas em 10 dos 18 locais pesquisados.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Janeiro de 2024
Locais  Variação (%)
Janeiro 2024/
Dezembro 2023*
Janeiro 2024/
Janeiro 2023
Acumulado
Janeiro-Janeiro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas 16,7 11,7 11,7 2,1
Pará -4,9 5,1 5,1 6,2
Região Nordeste 3,2 1,3 1,3 -3,0
Maranhão - -6,6 -6,6 -6,2
Ceará -0,2 3,6 3,6 -4,7
Rio Grande do Norte - 30,6 30,6 17,4
Pernambuco 0,5 1,0 1,0 2,3
Bahia 2,1 8,0 8,0 -0,4
Minas Gerais 1,0 5,5 5,5 3,1
Espírito Santo -6,3 2,4 2,4 12,0
Rio de Janeiro 0,8 7,1 7,1 5,0
São Paulo 0,8 4,6 4,6 -1,1
Paraná 1,9 3,9 3,9 1,9
Santa Catarina -3,1 6,3 6,3 -0,5
Rio Grande do Sul -3,8 -4,5 -4,5 -4,5
Mato Grosso do Sul - 3,0 3,0 -0,9
Mato Grosso 4,4 9,5 9,5 7,0
Goiás -3,3 10,2 10,2 6,4
Brasil -1,6 3,6 3,6 0,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
* Série com Ajuste Sazonal

No recuo de 1,6% da produção industrial na passagem de dezembro para janeiro, na série com ajuste sazonal, seis dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Espírito Santo (-6,3%) e Pará (-4,9%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com ambos interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam ganhos de 6,5% e 4,5%, respectivamente. Rio Grande do Sul (-3,8%), Goiás (-3,3%) e Santa Catarina (-3,1%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-1,6%), enquanto Ceará (-0,2%) completou o conjunto de locais com índices negativos.

Por outro lado, Amazonas (16,7%) mostrou expansão de dois dígitos e o avanço mais elevado nesse mês, intensificando, dessa forma, a expansão de 11,7% verificada no mês anterior. Mato Grosso (4,4%), Região Nordeste (3,2%), Bahia (2,1%), Paraná (1,9%), Minas Gerais (1,0%), São Paulo (0,8%), Rio de Janeiro (0,8%) e Pernambuco (0,5%) assinalaram os demais resultados positivos do mês.

O índice de média móvel trimestral para a indústria variou 0,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2024 frente ao nível do mês anterior, permanecendo, dessa forma, com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023. Onze dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Amazonas (7,3%), Ceará (2,1%), Paraná (1,6%), Região Nordeste (1,3%), Minas Gerais (1,3%) e Bahia (1,1%). Por outro lado, Rio Grande do Sul, com queda de 1,7%, apontou o recuo mais intenso em janeiro de 2024.

Na comparação com janeiro de 2023, a indústria nacional cresceu 3,6% em janeiro de 2024, com taxas positivas em 16 dos 18 locais pesquisados. Vale citar que janeiro de 2024 (22 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (22). Nesse mês, Rio Grande do Norte (30,6%), Amazonas (11,7%) e Goiás (10,2%) registraram avanços de dois dígitos e os mais acentuados.

No Rio Grande do Norte, o crescimento foi influenciado, principalmente, pelo comportamento positivo observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Já a expansão no Amazonas se deveu ao resultado das atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, receptador-decodificador de sinais de vídeo codificados, aparelhos para recepção, conversão e transmissão de imagens ou dados, computadores pessoais de mesa, placas de circuito impresso montadas e peças e acessórios para máquinas para processamento de dados), máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado de paredes, janelas ou transportáveis – inclusive os do tipo split system) e outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios).

No caso de Goiás, a explicação do resultado positivo está no comportamento dos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, óleo de soja refinado e em bruto e queijos), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico e biodiesel) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis).

Mato Grosso (9,5%), Bahia (8,0%), Rio de Janeiro (7,1%), Santa Catarina (6,3%), Minas Gerais (5,5%), Pará (5,1%), São Paulo (4,6%) e Paraná (3,9%) também cresceram mais que a média nacional (3,6%), enquanto Ceará (3,6%), Mato Grosso do Sul (3,0%), Espírito Santo (2,4%), Região Nordeste (1,3%) e Pernambuco (1,0%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos. 

Por outro lado, Maranhão (-6,6%) e Rio Grande do Sul (-4,5%) recuaram na comparação com o mesmo período do ano passado. Esses resultados são explicados, principalmente, pela pressão exercida pelas atividades de metalurgia (óxido de alumínio), no primeiro local, e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e autopeças) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita e suas partes e peças, tratores agrícolas, semeadores, plantadeiras ou adubadores, aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias e motores hidráulicos), no segundo.

O acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 0,4% em janeiro de 2024, intensificou o ritmo frente ao resultado registrado em dezembro de 2023 (0,2%), quando havia interrompido a estabilidade observada em novembro (0,0%), outubro (0,0%) e setembro (0,0%) de 2023. Dez dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em janeiro de 2024 e 14 apontaram maior dinamismo frente aos índices de dezembro de 2023. Rio Grande do Norte (de 13,4% para 17,4%), Mato Grosso (de 5,3% para 7,0%), Bahia (de -1,9% para -0,4%), Espírito Santo (de 11,1% para 12,0%), Santa Catarina (de -1,4% para -0,5%) e Pará (de 5,4% para 6,2%) assinalaram os principais ganhos entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, enquanto Maranhão (de -4,8% para -6,2%) mostrou a maior perda entre os dois períodos.